domingo, 29 de agosto de 2010

Deus em Nossas Vidas

MR Lopes



Quando ele nasceu lhe deram o nome de Eugene. Seu sonho era voar, embora seu pai desejasse que ele se formasse em engenharia. Ele atravessou a infância e a adolescência sonhando com o espaço. Formou-se em engenharia elétrica e se transformou em um piloto dedicado da marinha americana.
Quando, em abril de 1961, a corrida espacial se intensificou com Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço, Eugene se apaixonou definitivamente pelas estrelas.
Finalmente candidatou-se a astronauta, participando do treinamento intensivo e depois de longa espera foi escalado para uma missão.
Quando deu seu primeiro passeio no espaço saindo da Gemini 9 sua primeira expressão foi: "Deus do céu. Que paisagem! É mesmo lindo aqui!"
O que ele viu, descreveu em entusiasmadas palavras, falando da água azul de ambos os lados da península da baixa Califórnia, no México, e do metal polido de que parecia ser feito o deserto do sudoeste.
Observando tantas maravilhas, ele foi se extasiando e chegou a dizer que era como estar sentado na varanda de Deus.
Em 1969 ele participou da missão da Apollo 10, que abriu caminho para o pouso da Apollo 11 na lua.
A 185 km de altitude, ele pode ver a terra e sua alma assim definiu o espetáculo: "ao olhar a terra dali, vi apenas um astro azul e branco a distância. Ao meu redor, as estrelas e a escuridão eterna envolviam tudo. Ninguém em juízo perfeito pode ter essa visão e negar a existência de um ser supremo. Algum poder superior colocou nosso planeta, nosso sol e nossa luz no vazio negro por onde vagam. Tudo é tão perfeito e bonito que sua existência não pode ser um acaso."
Eugene Cernan foi o último homem a pisar na lua, em dezembro de 1972, a bordo da Apollo 17, realizando definitivamente o seu sonho.
Hoje, os netos apontam a lua e lhe dizem: "vovô, olha lá a sua Lua."
Ele lhes fala então que a lua fica muito, muito distante. Que ele esteve lá, sentindo-se mais perto de Deus. Que na poeira lunar escreveu as iniciais do nome de sua filha, sabendo que elas ficariam ali, intocadas por mais tempo do que qualquer um poderia imaginar.
Fala-lhes da grandeza de Deus e da pequenez do Planeta azul.
Dia desses, sua netinha de apenas cinco anos, ouvindo a história fantástica do pouso na lua e dos passeios durante três dias em nosso satélite, o olhou profundamente e lhe disse: "vovô, eu não sabia que você tinha ido até o paraíso." E ele completou: "nem eu mesmo sabia. Mas estive lá."


Todos os grandes homens conseguem reconhecer a sua pequenez e a grandiosidade de Deus.

Cientistas que descobrem o mundo microscópico ou os que atentam para o universo, descobrindo novos mundos, outros astros, quanto mais se dedicam à pesquisa, mais têm a capacidade de afirmar que Deus existe.

Em verdade, nenhum homem que olhe o céu repleto de estrelas, que se banhe com os raios da lua em plena noite, pode prosseguir no mundo a dizer que não crê em Deus.

Psiquismo Fetal

Márcia Fuga



Saiba como a ciência demonstra que o feto já possui capacidade de resposta aos estímulos externos.

Sabemos que a vida biológica inicia-se com a fecundação, isto é, na fusão entre o óvulo e o espermatozóide, marcando, assim, o processo inicial do reencarne biológico. Mas e o espírito? O espírito é eterno, então, a vida não tem começo, ela é um processo infinito que tem como atributos o sempre, o eterno, o constante, mesmo que seja difícil para o nosso raciocínio entender plenamente essa verdade.

A pesquisa sobre psiquismo fetal entre os homens ocorreu inicialmente por causa da necessidade de entender-se a vida, seu início e seu término. Houve a necessidade de se entender como um pequenino recém-nascido possui tantas capacidades, evidenciando que não é um “charutinho inerte”; ainda mais quando analisado sob a ótica da psique, fica difícil para os especialistas o convencimento de que tanto desenvolvimento cognitivo no primeiro ano de vida seja decorrência de uma vida pós-natal. Buscou-se, dessa forma, para entender o desenvolvimento infantil, estudar a vida intra-uterina com os antecedentes de toda a complexidade do recém-nascido.

Vemos que o espírito milenar reencarna e reflete no novo corpo todas as suas tendências, seu caráter, suas qualidades ou dificuldades. O estudo mais aprofundado do psiquismo fetal, aliado à visão espírita, mostra-nos essas expressões individuais, afirmando que cada ser é único, com sua personalidade própria, reconstituída em várias encarnações e longas etapas vivenciadas.

Embriões com cinco semanas de vida, com apenas um centímetro de comprimento, já têm movimentos espontâneos. O feto com nove semanas e meia já é um ser ativo; se sua mãozinha ou pezinho tocar a parede do útero, os dedos se contrairão.

Entre 16 e 32 semanas de gestação, o feto reage com um piscar de olhos, estremecimento do corpo ou de um dos membros quando ruídos são aplicados próximo ao abdome da mãe. O feto ouve a voz de sua mãe a partir do quarto mês de gestação; voz áspera e zangada é associada a experiências desagradáveis.


PESQUISAS CIENTÍFICAS

Experiências realizadas em uma maternidade inglesa revelaram que fetos entre quatro e cinco meses acalmavam-se quando escutavam música clássica e ficavam agitados ao som do rock and roll.

Na Escandinávia, pesquisas com uso de tecnologia avançada revelaram que os fetos recebem e armazenam padrões de fala transmitidos por suas mães. Fotografias e filmagens mostram que fetos exercitam-se dentro do líquido amniótico com movimentos neuromusculares que levariam, em contato com o ar, ao choro e à vocalização.

Estudando o choro de prematuros extremos (900 gramas), verificou-se uma correspondência específica, em alguns casos, com a fala de suas mães. Através de espectrogramas, houve evidências da presença da audição e também da linguagem no útero. Recém-nascidos de mães mudas não choravam ao nascer ou quando choravam, apresentavam um choro estranho, como se tivesse faltado a linguagem falada no útero.

O dr. Anthony Deo Casper, pesquisador norte-americano, descobriu que os recém-nascidos discriminam e preferem a voz de sua mãe a outras vozes, conhecimento que devem ter adquirido durante a experiência intra-uterina.

Em posse de todos esses conhecimentos, a psicologia e o espiritismo encontram razões para consorciarem-se no entendimento do ser humano, não havendo abismos que os separem. Uma leitura da psicologia à luz do espiritismo no que tange à esfera pré-natal é riquíssima, principalmente se consultarmos as obras de André Luiz, psicografadas por Francisco Cândido Xavier.

A luz do conhecimento aliada ao sentimento de amor e respeito pela vida são ferramentas fundamentais garantir a integridade do feto.

sábado, 28 de agosto de 2010

Até o Fim...

Enviada por Patricia Soares, sábado, 28 de agosto de 2010 às 09:14

Já sentiu você o prazer de ajudar alguém, sem interesse secundário, de modo absoluto, do início ao fim da necessidade, presenciando um sucesso ou uma recuperação?

Por exemplo, encontrar um enfermo, sem possibilidades de tratamento, endereçado ao fracasso, e providenciar-lhe a melhoria, simplesmente em troca da satisfação de vê-lo restituído às oportunidades da existência?

Ressuma deste fato bem-estar sem paralelo em qualquer outra ação humana, por exprimir-se em regozijo íntimo inviolável.

Você já pensou nos resultados incalculáveis de se proteger uma criança impelida ao abandono, desde as primeiras iniciações da vida até a obtenção de um título profissional que lhe outorgue liberdade e respeito a si mesma, sem intuito de cobrança?

Já refletiu na importância inavaliável de um serviço sacrificial sustentado em benefício de outrem, do princípio ao remate, sem pedir ou esperar a admiração de quem quer que seja?

Só aqueles que já passaram por essas realizações conseguem julgar a pureza da euforia e a originalidade da emoção que nos dominam, ao cumprirmos integralmente os deveres assistenciais do começo ao acabamento, sem a mínima idéia de compensação.

Ocasiões não faltam.

Ombreamos diariamente multidões de doentes, desabrigados, famintos, nus, obsessos e desorientados.

Você pode até mesmo escolher a empreitada que pretenda chamar para si.

Há um encanto particular em sermos protagonistas ou colaboradores efetivos das vitórias do próximo. Em muitas ocasiões, não há melhor estimulante à vida e ao trabalho.

Para legiões de criaturas essa obra de benemerência completa e oculta é a fórmula para restaurarem a confiança em Deus, cujas leis de amor funcionam pela marca do anonimato, em bases impessoais.

Nessas empresas do bem por dedicação ao bem, almas inúmeras encontram a cura dos males, o esquecimento de sombras, a significação da utilidade pessoal e a equação ideal do contentamento de viver.

Quando inconformidade ou monotonia lhe desfigurem a paisagem interior, dinamize o seu poder de auxiliar.

Semeie sacrifícios e colha sorrisos.

Dê suas posses e receba a alegria que não tem preço.

Tome a iniciativa de oferecer a sua hora e outros virão espontaneamente trazer dias e dias de apoio ao trabalho em que você se empenhou.

Experimente. Desencadeie a causa do bem e o bem responderá mecanicamente com os seus admiráveis efeitos.



André Luiz(Do livro “Estude e Viva” - Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Saber Amar

O amor é o mais nobre dos sentimento humanos,podemos dizer que desde a antiguidade foi causa da tolerância e também da intolerãncia humana.Até nos contos mais lindos como Romeu e Julieta o amor foi a causa primária do desencarne precose dos jovens em questão.Deus, nosso pai de amor e bondade nos enviou Jesus Cristo,que pela fé e amor ao semelhante curou tantos leprosos, fez cegos voltarem a ver a luz do dia.Por amor Nossa Senhora sofreu ao ver seu filho na cruz.O amor tem que ser canalizado apenas para gerar o bem,a felicidade,mas os tempos estão mudados,existem pessoas matando por achar que amam demais, outras se matando por não receberem amor, e há os que matam porque não sabem amar.Vamos mudar o nosso modo de amar
O amor verdadeiro é o dar sem esperar retorno,é estender a mão ao irmão caído,se não puderes fazer isso, dê uma palavra amiga, um sorriso, um bom dia, assim estarás praticando o amor ao próximo, e amando ao próximo estarás amando a ti mesmo. Canaliza o teu amor a favor da tua evolução,saiba que amar é jamais ter que pedir perdão,é não possuir apenas conquistar.Ame o que tem e deixe que sejam livres, se voltarem é porque as conquistou, se não voltarem é porque nunca as teve.
Que Deus nos dê a condição de amar com sabedoria, e a sabedoria de saber amar.

Antonio Carlos Laranjeira Miranda

A transformação introspectiva do homem para um mundo regenerado

Prezados Irmãos Cristo!

Muita pessoas indagam sobre o destino da humanidade.
Umas dizem que o mundo vai se acabar, outras dizem que a maldade vai imperar, falam do Juízo final etc.
É preciso um estudo sério sobre estes momentos em que a terra está passando, na transição da sua fase de provas e expiações para um futuro mundo de regeneração, que vem acontecendo em forma de cataclismas e catástofres com atrocidades de formas tão brutais que até nossa inteligência duvida.
Acontece que a última oportunidade está sendo dada a esses espíritos que se comprazem no mal e sua reencarnação foi a última oportunidade que Eles tiveram no planeta terra, que muitos não estão aproveitando e vão após o seu ultimo desencarne terreno reencarnar em um planeta que se aproxima da terra na sua forma primitiva, onde esses espíritos que se comprazem no mal vão tem que começar uma reencarnação de sofrimentos para seu aprimoramento moral.
Deus na sua infinita sabedoria nos tem mandado sinais para que possamos ser os trabalhadores de última hora, onde deve predominar nos nossos corações a verdadeira fraternidade para com nossos irmãos.
Não adianta fórmulas mirabolantes, a Justiça Divina é igual para todos e sendo assim é necessário a nossa mudança interior, onde o novo homem vai estar preparado para entrar no mundo de Regeneração onde predominará o bem comum a todos.
Muita paz e que Jesus nos fortaleça no nosso propósito nobre de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Antonio Carlos Laranjeira Miranda

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Uso da Gravata

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.



Há a história daquele viajor no deserto.

Sedento, pediu água a alguém que cruzou com ele.
– Não tenho água – respondeu o desconhecido – apenas gravatas, lindas gravatas que estou levando para o mercado.
– Ora, que vou fazer com gravatas! – reclamou nosso herói.
E continuou a vagar.
Mais adiante, cambaleante, encontrou outro homem.
– Água! Por favor, água!
– Sinto muito. Só tenho gravatas…
Exausto, quase morto de sede, encontrou um terceiro viandante, que também levava gravatas ao mercado.
O infeliz arrastou-se por vários quilômetros, até que, eufórico, viu um grande hotel a distância.
Reunindo suas últimas energias, chegou engatinhando à recepção e gemeu, rouquenho;
– Por favor, pelo amor de Deus, preciso de água!
O recepcionista o contemplou, compadecido, e respondeu:
– Desculpe, senhor. De acordo com o regulamento, não atendemos ninguém sem gravata.



***

Qualquer pessoa que se dê ao trabalho de analisar as lições de Jesus identificará nelas o mais precioso roteiro já oferecido ao Homem para solução de seus problemas.

A palavra Evangelho, do latim evangelio, significa Boa Nova e define com precisão a mensagem cristã.

É a excelente notícia da existência de um Deus Pai, que trabalha incessantemente pelo bem de seus filhos e pouco exige em favor de nossa felicidade:

Apenas que nos amemos uns aos outros.

As passagens evangélicas gravitam em torno dessa revelação, trocada em miúdos nas experiências do cotidiano, nas lições singelas, nos exemplos inesquecíveis de Jesus, com o permanente convite para que nos abeberemos dessa linfa pura que sacia para sempre nossa sede de paz.

***

Embora o roteiro evangélico seja claro e objetivo, raros atingem a celeste fonte de bênçãos.

E deparamo-nos, a todo momento, com cristãos sedentos de paz, tristes, deprimidos, angustiados, doentes, infelizes…
Qual o problema?
O que está faltando?
Elementar:

Falta a gravata!

Usá-la seria nos submetermos às disciplinas necessárias, que se exprimem no empenho de assimilar e vivenciar os ensinamentos de Jesus.



***

Alguns exemplos:

• Diante das ofensas.

Usar a gravata seria perdoar, não sete vezes, mas setenta vezes sete, isto é, perdoar incessantemente, incondicionalmente àqueles que nos ofendam, sem guardar ressentimentos ou cultivar a volúpia da mágoa.
Certa feita uma senhora, às voltas com complicada família, marido e filhos agressivos que infernizavam sua vida, reclamava com Chico Xavier. Não suportava mais. Estava prestes a explodir.
– Minha filha – dizia o abnegado médium –, Jesus recomendou que perdoemos não sete vezes, mas setenta vezes sete.
– Olhe, Chico, tenho feito contas. Perdoei meus familiares bem mais que quatrocentos e noventa vezes. Já fiz o suficiente…
– Bem, minha filha, Emmanuel está ao meu lado e manda dizer-lhe que é para perdoar setenta vezes sete cada tipo de ofensa. Ainda há muito a perdoar.

• Diante do desajuste alheio.

Usar gravata seria não discriminar ninguém, procurando ajudar mesmo os que nos prejudiquem, lembrando com Jesus que os sãos não precisam de médico.
Uma senhora teve sua casa invadida por um amigo do alheio. Levou seus pertences, suas jóias e o dinheiro que guardava em casa, mas não levou sua tranqüilidade, seu espírito cristão.
Isso ficou patente quando o assaltante foi preso.
Ela o procurou na delegacia, passou a visitá-lo na prisão, deu-lhe livros espíritas, tornou-se sua amiga e confidente.
Com suas iniciativas operou nele uma espantosa transformação, ajudando-o a reformular suas concepções de vida e a converter-se aos valores do Evangelho.
Tornou-se um homem de bem.

• Diante das dificuldades do Mundo.

Usar a gravata seria confiar na proteção divina, fazendo o melhor, cumprindo nossos deveres, buscando o reino de Deus e a sua justiça, confiantes de que tudo o mais virá por acréscimo.
Quando aquele jovem italiano começou a atender pobres, dando-lhes de comer e vestir, seu pai o censurou:
– Como te atreves a dar o que não te pertence! Tudo o que usas é comprado com meu dinheiro!
Então ele deixou tudo com o genitor, até suas próprias vestes!
Confiante em Deus, partiu para gloriosa missão.
Nascia Francisco de Assis, um dos vultos mais notáveis do Cristianismo.

• Diante do falecimento de entes queridos.

Usar a gravata seria retomar a normalidade, reassumir nossas vidas, cultivando bom ânimo, deixando aos mortos cuidarem de seus mortos, conforme a expressão evangélica – evitando questionamentos e apego, que paralisam nossa iniciativa e perturbam os que retornam à pátria espiritual.
Eles nos falam mais ou menos assim, nas comunicações mediúnicas ou nos contatos espirituais durante o sono.
– Amados, não se atormentem. Continuamos vivos, e retribuímos com intensidade maior o afeto, o carinho que nos dedicam. Também sentimos saudades. Vibramos com suas alegrias, choramos com suas tristezas, mas é preciso seguir em frente. O Senhor nos ampara a todos. Confiemos. O tempo passa célere. Em breve estaremos juntos novamente, na vida maior!

• Diante do mal.

Usar a gravata é considerar que antes de ver o cisco no olho do irmão é preciso retirar a lasca de madeira que está em nosso olho.
Inconcebível apontar nos outros males que não superamos.
O pai surpreende o filho fumando.
Preocupado, procura alertá-lo:
– Meu filho, não fume. O cigarro afeta nossos pulmões, promove distúrbios circulatórios, cria sérios embaraços a nossa saúde.
– Mas, papai – responde o filho –, se o cigarro faz tanto mal, por que o senhor fuma?


***

Parece que a Doutrina Espírita cobra muito, não é mesmo, amigo leitor?
Se martelamos o dedo, não devemos praguejar – é vibração deletéria.
Se nos ofendem, não devemos revidar – é manifestação de animalidade.
Se a vida está difícil, não devemos reclamar – é sintonia negativa.
Se falece o ente querido não devemos desesperar – é perturbação para ele.
Nem mesmo o prazer de uma fofoca! – é ver se não faríamos pior…

Barra pesada, ser espírita!

Mas estamos equivocados se pensamos assim.
O Espiritismo é a doutrina da consciência livre.
Não cobra nada.
Apenas amplia o campo de nossas percepções, a nossa visão das realidades espirituais, mostrando-nos, como ensinava o apóstolo Paulo, que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convêm.
Imperioso, portanto, aplicar o Evangelho, buscando definir o que Jesus espera de nós.
Enquanto não o fizermos, jamais teremos acesso aos mananciais divinos, que saciam nossa sede de paz e harmonia.
Simplificando:

Usemos a gravata!
Richard Simonetti

É Preciso Saber Ajudar

Ver crianças passando por necessidades, seja em fotos do Afeganistão ou sob a marquise de um prédio a três quarteirões de casa, é sempre triste. E é quando nos perguntamos: o que se pode realmente fazer, enquanto cidadão e enquanto espírita?

São muitas as ações espíritas voltadas à infância e à juventude sem recursos, moradora das sub-habitações urbanas, subnutrida, sem escola e sem família estruturada, grande parte já trilhando os caminhos tortuosos da delinqüência.

Mas um fato observável, sobretudo nos grandes centros, é que o tipo de trabalho social comumente desenvolvido pelas entidades supre apenas necessidades imediatas e cria uma dependência viciosa das famílias com respeito às doações. Centros espíritas se estabeleceram, há vinte ou trinta anos, próximos à favela, e a favela só faz crescer!! Doa-se roupa, comida e material de construção, mas a pobreza nunca deixa de existir.

E as crianças nascem e crescem neste ambiente, também vão à casa espírita para receber. Mesmo as que nunca comparecem à “Evangelização” surgem do nada, quando é Páscoa ou Dia da Criança, esperando ganhar... “O que é que a gente vai ganhar?” – perguntam. Isto significa que nosso modelo vem fazendo mais estragos do que se supunha, já está passando de pai para filho.

E este seria o momento de nós nos perguntarmos como espíritas: o que é que estamos fazendo? Para que estamos trabalhando? Como estamos educando?

Não basta ajudar. É preciso saber ajudar.

Primeiro, conscientizar-se de que não há vítimas ou coitadinhos neste mundo. Todos vivemos um processo evolutivo e buscamos condições de aprimoramento espiritual. Socialmente, a vida nos coloca em várias posições, dependendo da lição que devemos aprender, mas todos estamos aqui para aprendê-la.

Os pobres não são vítimas da injustiça social, porque não existe injustiça social, mas necessidade e merecimento individuais. Será que recebemos estas criaturas na casa como Espíritos em processos difíceis de aprendizagem? Ou como criaturas “carentes”, incapazes de melhorar de vida e saírem da miséria, a quem oferecemos doações por tempo indeterminado? Até que ponto se trabalha para que eles, muito embora necessitem de donativos em situações emergenciais, passem a prover seu próprio sustento, assim que estejam devidamente capacitados ou empregados?

A esmola que muitas vezes se dá e que se chama de caridade, ou humilha, ou cria “sem-vergonhas”. E as crianças, mesmo as menores, já estão vivendo esta realidade, enquanto a casa espírita trabalha em prol de gerações de dependentes, e o mundo não se torna nem um pouco melhor com isto.

É claro que os pequenos trazem carências mais sutis, ligadas à ausência de estímulos, de vínculos afetivos firmes e de atenção emocional, que não podem ser desprezadas nem resolvidas com café com leite e que pedem ações imediatas.

Não, não tenho soluções. Quanto aos adultos, entendo que a casa espírita deveria ocupar-se daqueles que realmente desejam progredir, que se integram a algum tipo de treinamento profissional, que querem melhorar de vida, ou que buscam um conforto espiritual e o conhecimento das leis da vida, para se reerguerem.

Para todos os outros, as portas da instituição permanecem abertas, assim que decidirem investir no próprio aprimoramento.

Às crianças, que se ofereçam oportunidades e afeto verdadeiro, atenção individualizada na medida do possível, mas deixando claro que, por mais que as amemos, não cuidaremos delas pelo resto de suas vidas, assim como não fazemos com os nossos próprios filhos. Cuidado com promessas que não poderão ser cumpridas. Precisaremos oferecer-lhes condições de desenvolver a auto-estima e a auto-responsabilidade, sem responsabilizar pais ou sociedade pelo que quer que lhes venha a acontecer de desagradável, no futuro, mas a si mesmas já que contam com seu livre-arbítrio. Poderemos ajudá-las a desenvolver o amor ao trabalho, o desejo de aprender, ensiná-las a estabelecer objetivos de vida e a buscá-los.

Muitas pessoas, que implantam obras sociais ou que se inscrevem como voluntárias da assistência, fazem o melhor que sabem, acreditam fazer o bem. Mas é preciso verificar se este é um bem real ou ilusório, se está melhorando de fato a vida das pessoas assistidas e ajudando-as a progredir ou a permanecerem estacionadas no comodismo.
Rita Foelke

Condução dos Nossos Pensamentos

"A Mente é um macaco louco pulando de galho em galho". O que equivale dizer que nossos pensamentos estão desordenados, muitas vezes em convulsão, quando conversamos fazemos "colcha de retalhos".

Você concordaria com a afirmação de que normalmente não conseguimos centrar a nossa conversação em um só assunto. Quero dizer interrompemos o nosso raciocínio e enveredamos por outro assunto ou suspendemos a nossa exposição para darmos atenção a algo que está fora do tema presente.

Quanta energia dissipada tentando se atentar para tudo e não atendendo a nada! Isto se deve a forma de conduzir nossos pensamentos. Nós não aprendemos a parar de pensar no sentido meditativo.

A massificação nos bombardeia com idéias e estímulos que dominam as nossas características competitivas e nós não queremos perder, pois que senão seremos ultrapassados e a "vida é curta" "é uma só", sob o ponto de vista materialista ou de algumas ideologias.

Diz-se em auto-reprogramação-humana (ARH), que esta é uma característica do pensamento-horizontal. O Pensamento-Horizontal desvia o nosso foco do que acontece em nós e no meio ambiente que nos rodeia, divide o tempo e também nos divide: ou/ora vivemos no passado; ou/ora no presente; ou/ora no futuro.

Viver no passado "no meu tempo" é uma característica da Mente-velha, retrograda, limitada, sem aspiração, fator de depressão. As pessoas idosas têm fortíssima tendência a viver no passado.

Os que pensam mais na atualidade, em geral os de meia idade e também boa parte dos jovens, impõem-se a impulsividade, pelo querer aproveitar tudo ao máximo da vida, o que os tornam intempestivos ou ansiosos e quando não conseguem caem no oposto, tédio (fossa) e passividade. Acontece um evento musical, um festival de cinema, e querem ver tudo ao mesmo tempo, faltam aulas e serviço ou deixam tudo pela metade e se não conseguem, sentem-se frustrados.

Já os que pensam mais no futuro em geral a juventude, ficam sujeitos a ansiedade e a fantasia. O medo do que vai ainda acontecer pode tornar-se mórbido e causar alienação. A competição pode gerar distúrbios emocionais que afetam sensivelmente a personalidade em formação, criando gerações neuróticas e paranóicas como já é o caso da juventude de alguns paises ditos de primeiro mundo. Hoje a depressão jovem já é fato.

Na linha do Pensamento-Vertical temos a atenção voltada ao máximo para a percepção da realidade interna e externa do que estamos vivenciando no momento. É o que Dr. Nilson Ruiz Sanches chama em seu livro ARH-Auto-Reprogramação Humana, de "presentificação" do pensamento, não quer dizer absolutamente fato momentoso e sim, agora, momento, da meditação. O Pensamento-Vertical, o Momento, o Agora, aciona o Pensamento Racional e o Pensamento Intuitivo e aditaria o Pensamento Inspirado.

O Pensamento-Vertical nos coloca da melhor maneira dentro do contexto. Desenvolve o "músculo da atenção" favorecendo a concentração e a percepção da realidade interna, do momento envolto, da família, do grupo social, do mundo.

Auto analisando-se e 'presentificando-se'; realizando visualizações e abrindo a mente para o mundo espiritual (novos paradigmas para muitos), o ser humano se coloca inteiramente dentro do contexto em nível de Consciência Superior, queremos dizer Racional e Intuitivo Superiores.

Temos uma forma racional de pensar em nível de consciência inferior, o estado de sono e o superior em que o ser, centrado em si, faz o "nível de consciência de si".

Consciência de si é aquele nível no qual o ser humano deixou de ser apenas máquina, pois que conseguiu o "total controle da máquina".

Waldomiro Barcelos

A Ecologia à Luz do Espiritismo

Izabel Gurgel

I - INTRODUÇÃO
A partir do momento da criação do mundo passaram-se muitos milhões de anos até que a configuração do planeta Terra assumisse a forma que nós conhecemos hoje.

Isso já deixa antever que a Criação não permite que a Natureza dê saltos , o que dificultaria, desta maneira, a evolução lenta e progressiva pela qual passaram os diferentes seres dos diferentes reinos que estão neste planeta, não só no que diz respeito à crosta terrestre propriamente dita, bem como tudo aquilo que compõe o quadro natural , além das interelações intrínsecas, entre a camada gasosa que envolve a terra , conhecida como atmosfera e, este mesmo planeta.

Em nossos dias, o desenvolvimento científico e tecnológico, nos permite saber que esta configuração não foi e nem é definitiva e mais, que ela está em constante modificação, ao longo do tempo e do espaço, segundo uma dinâmica própria em consonância com o planejamento dos Arquitetos Siderais, em função do equilíbrio cósmico.

A Natureza como um todo, e todo o Cosmos, segue o seu curso evolutivo e, esse ambiente do planeta Terra que foi destinado ao Homem para que nele desenvolvesse também o seu caminho lento e progressivo de evolução, em equilíbrio com tudo aquilo que está à sua volta, e sobretudo , com a grave responsabilidade de conviver pacífica e harmoniosamente com seus semelhantes e com este ambiente que o cerca.

Hoje em dia , neste final de século, em que o clamor de boa parte da humanidade ainda se volta para a saúde e o pulsar do planeta, verificamos que a espécie Homo sapiens , da qual o homem é o seu representante de topo, esta longe o bastante para que se possa dizer que este mesmo homem procurou conservar o seu patrimônio natural que lhe foi posto à disposição para os anos a seguir.

Por outro lado, pelo menos desde que os profetas, avatares e principalmente Jesus, vieram trazer os ensinamentos necessários para conduzir a mente do homem também para as coisas do Pai , desde Moisés que ,muito tempo antes da vinda de Jesus , mesmo que ainda predominasse a Lei de talião, do “Olho por Olho e Dente por Dente”, que vem a Humanidade sendo preparada para se colocar numa posição hominal, não só em relação à sua estatura bípede (a qual já a possuía há muitos tempo), mas sobretudo em relação à elevação de seus pensamentos para Deus e para as coisas do Espírito, através do Amor Crístico Universal.

Jesus, quando de sua descida à Terra, estabeleceu a Escola Iniciática na Doutrina do Amor , tendo dito que trazia um único Mandamento : “ Amem a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos”, pela caridade, pela fraternidade , pelo amor ilimitado e que só assim o Reino de Deus estaria com suas portas abertas para todos aqueles que, desta forma, passassem a conduzir suas vidas, sendo esta a grande orientação deixada por Ele para toda a humanidade.

Ao findar o Segundo Milênio, vê-se que o homem pouco apreendeu, ou sequer colocou em prática tais ensinamentos representados por essa grande síntese proposta por Jesus. E se não foi capaz de amar a seu Deus, como teria sido capaz de amar a si próprio e ao próximo como a si mesmo?

Considerando que ele próprio vem permitindo degradar sua matéria pelo uso abusivo dos prazeres da matéria e as ilusões que só as artificialidades da personalidade, de seu Ego super dimensionado trazem para si, pode-se imaginar os danos que este mesmo Ser humano vem causando ao ambiente natural que o cerca.

II- O QUE É ECOLOGIA?
Antes de continuarmos, devemos saber qual o significado do termo Ecologia:

oikos , em grego, quer dizer “casa”, “lugar onde se vive” e logos, também do grego, significa, “estudo de”.

Ecologia, de forma literal, pode ser entendida como “o estudo dos organismos em sua casa”.

Mas, como definição, podemos ter como sendo o estudo dos organismos ou de grupos de organismos em relação ao seu ambiente. Ou ainda, a ciência das interelações entre os organismos vivos e seu ambiente.

Considerando-se que a ecologia esta relacionada com a biologia de grupos de organismos e com processos funcionais nas terras, oceanos e águas doces é mais acurado dizer-se que ecologia é o estudo da estrutura e funções da natureza (admitindo-se que a humanidade é parte integrante dela), ou ainda: é a ciência do “ambiente vivo” ou simplesmente “da biologia ambiental”.

Pelo que pode-se ver do que foi dito acima em termos de conceituações, o Homem tem-se interessado pela Ecologia de uma forma prática, nada pragmática, desde muito cedo em sua História. Nas sociedades primitivas, cada indivíduo, para sobreviver, precisou ter um conhecimento definido do seu ambiente, isto é, para saber valer-se dele, precisou compreender as forças da Natureza , dos seus diferentes reinos, quer dizer: dos minerais, vegetais e demais animais.

O fruto de suas próprias observações levou esse homem primitivo a observar os astros em seu deslocamento pelo céu, os ventos, a chuva, as variações de temperatura, as correntes marinhas, as marés, as estações do ano, as plantas a serem cultivadas, por exemplo, e assim, empiricamente, mas perfeitamente integrado com tudo o que a natureza se lhe apresentava permitiu que sua trajetória evolutiva se processasse e chegasse onde estamos hoje, quando a Ciência e a Tecnologia contemporânea, já permitiram levar o Homem a explorar espaços e planetas outros que a Terra, tendo há trinta anos atrás, sido-lhe permitido pisar o solo lunar e retornado à Terra, são e salvo.

Só que o descompasso havido ao longo do tempo, levou o nosso planeta à situação em que se encontra em nossos dias, não precisando acrescentar as crises e os problemas que o próprio homem criou, mas que não se preocupou muito em resolvê-los, pelo menos, de forma objetiva e concreta.

Se considerarmos que as crises morais, sociais e filosóficas engendradas pelo Homem vieram refletir-se , de forma inexorável, sobre o meio que o cerca, como podemos esperar, por mais auto-regenerador que seja o Sistema de Gaia, que o Homem encontre um caminho pacífico e obedecendo os princípios básicos da Natureza para resolver tais conflitos?

“A pressão sobre o meio ambiente é, ao mesmo tempo, causa e efeito de tensões políticas e conflitos militares. As nações freqüentemente lutaram para ter ou manter o controle de matérias primas , suprimento de energia, terras, bacias fluviais , passagens marítimas e outros recursos ambientais básicos. Esses conflitos tendem a aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles”, este trecho é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro “Nosso Futuro Comum”, vindo corroborar o que foi dito acima.

Se hoje podemos compreender que a religião é a re-ligação do Homem com Deus Criador, reconectar-se com a Teia da Vida significa, dentro da observância da Lei de Evolução, construir e alimentar comunidades sustentáveis nas quais podemos satisfazer nossas necessidades a aspirações, sem diminuirmos as chances das gerações futuras, tentando o homem de todas as formas possíveis minimizar os efeitos, por mais nefastos que sejam, das disputas políticas entre as nações, sobre o meio ambiente .

Por causa disso, precisamos reaprender alguns princípios básicos de Ecologia.

Considerando-se que, basicamente todos os sistemas vivos exibem os mesmos princípios de organização, todas as comunidades são redes organizacionalmente fechadas, mas abertas a fluxos de energia e de recursos.

Por causa disso, o Homem precisa entender que apenas compreender os ciclos da natureza não lhe basta mais; faz-se necessário que ele traga isso para todas as experiências por que passa ao longo de sua vida. Além do princípio da interdependência, isto é, a dependência mútua de todos os processos vivos uns aos outros, que é a natureza de todo relacionamento ecológico que precisa ser igualmente incorporada, há a necessidade de o homem compreender porque determinadas crises ocorrem em certas regiões da Terra, como conseqüência de sua inadequada prática do uso da terra, por exemplo.

Compreender a interdependência ecológica significa compreender o relacionamento das partes com o todo, dos objetos com os relacionamentos, do conteúdo aos padrões.

III- A ECOLOGIA À LUZ DO ESPIRITISMO
Encontramos no livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, as questões de número 27, 28 e 121, em que se lê:

“Como devemos compreender a Natureza?” e a resposta de Emmanuel foi a seguinte: “A Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos”.

Em seguida, foi perguntado a Emmanuel:As manifestações de vida dos vários reinos da Natureza, abrangendo o Homem, significam a expressão do Verbo Divino, em escala gradativa nos processos de aperfeiçoamento da Terra? Ao que foi por ele respondido: “Sim em todos os reinos da Natureza palpita a vibração de Deus, como o Verbo Divino da Criação Infinita; e, no quadro sem-fim do trabalho de experiência, todos os princípios, como todos os indivíduos, catalogam os seus valores e aquisições sagradas para a vida imortal.

A pergunta 121 é a seguinte: “O meio Ambiente influi no Espírito?” e Emmanuel responde: “O meio ambiente em que a alma renasceu, muitas vezes constitui a prova expiatória; com poderosas influências sobre a personalidade, faz-se indispensável que o coração esclarecido coopere na sua transformação para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência”.

Pelo exposto, podemos ver que a Ecologia à luz do Espiritismo , certamente diz respeito à uma ecologia mais profunda, da consciência ecológica que deve vir do respeito à qualquer forma de preservação da vida, do respeito pela vida, que vem do religare espiritual.

É intenção de Deus de que todos os Seus filhos sejam felizes e, mesmo que nossa Humanidade atual, esteja neste planeta em fase de provas e expiações, com tudo isso nosso Deus, nos deu, por empréstimo um mundo muito belo, como um verdadeiro caleidoscópio de ambientes, com relevo, rios, montanhas, grutas, vales, florestas, cachoeiras, desertos, regiões cobertas de gelo, sendo as temperaturas muito baixas, fatores limitantes para qualquer forma de vida, onde apenas aquelas que possuam as precondicionantes e que foram sofrendo adaptações lentas e progressivas ao longo do tempo geológico, aperfeiçoaram-se de forma a viver em locais muito inóspitos e assim, para todas as demais formas de vida distribuídas pelas diferentes regiões biogeográficas de nosso planeta.

Se a intenção de Deus tivesse sido apreendida ao longo do tempo, sobretudo, no último século, pelos habitantes da Terra, não estaríamos diante dos descalabros que constatamos hoje em dia.

Naturalmente a Terra foi passando por transformações ( algumas quase imperceptíveis, enquanto outras, com características catastróficas) e os agentes naturais da Natureza, foram fazendo o seu trabalho, todos eles regidos pela batuta invisível dos Engenheiros Siderais.

As paisagens foram se sucedendo e com isso, muitas delas foram desaparecendo num lugar e aparecendo outras, em outros locais, e com elas todo o conjunto de formas vivas igualmente passaram pelo mesmo processo, que é sempre de cunho evolutivo, provendo assim, um saneamento de algumas regiões .

Entretanto, o que se apresenta no mundo atual, resguardadas algumas paisagens naturais que o Homem ainda não conseguiu modificar de forma muito indecorosa, o Continente Antártico sendo um desses exemplos, denota a total incúria e desrespeito, sobretudo do Homem contemporâneo, à Natureza que o cerca , sobretudo vindo a desestabilizar os ciclos biogeoquímicos do planeta, destruindo a camada de Ozônio que a protege da incidência muito acentuada dos raios ultra violeta, o efeito estufa, acrescido do lançamento cada vez maior de CO2 e outros gases que aceleram o efeito estufa, da utilização de defensivos agrícolas que, em nome de um melhor rendimento de safras e com conseqüências danosas para todos os sêres vivos, estão poluindo as terras e os rios , e que, por sua vez irão poluir os mares; e o efeito do “El Ninõ e La Niña”,aí também estão como exemplos muito nefastos.

Hoje , sabemos que estamos na iminência de catástrofes ecológicas de conseqüências imprevisíveis, caso o Homem não desperte rápido do seu sonho destrutivo, em nome do progresso e do desenvolvimento, de um condomínio que esta sob nossa responsabilidade e guarda ,mas que pertence a nosso Deus Criador apenas para quadro de nossa evolução e para ver se despertamos e nos religamos às realidades da Criação.

IV- PERSPECTIVAS
Mahatma Gandhi disse certa vez: “Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo”.

De certa forma é a constatação do que foi dito acima com relação à pergunta de número 29 feita ao Espírito Emmanuel, mas sobretudo em sua resposta, no que tange a própria transformação do Homem para o bem , melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos aqueles que vivem em sua esfera de interferência.

E essência do que Gandhi quis dizer foi que, antes que o homem deseje modificar o mundo , ele deve, antes de mais nada, começar por modificar-se a si próprio.

Essa modificação se realiza em dois sentidos: de dentro para fora, isto é, em seus próprios pensamentos, em suas palavras e em suas ações, em relação a ele mesmo e projetando isso para o seu mundo exterior, e, por sua vez, recebendo dele todas as informações necessárias para se engrandecer em conhecimentos, em experiências , sobretudo se modificar para melhor e, por conseguinte, SER aquilo que queremos para o nosso mundo, para o meio, com todo o seu conjunto de funções e de estruturas, mas admitindo que não é a sua vontade pessoal que deve imperar , mas sim o bem estar da humanidade, dotada da mesma paz, equilíbrio e auto-conhecimento que ele próprio.

Através da Educação , que é uma espécie de jornada para dentro do próprio “eu”, certamente o desejado equilíbrio, necessário para que haja uma ação mais efetiva do homem em busca da sua própria evolução, se dará através da busca do equilíbrio saudável dos elementos no ambiente global e que também se aplicam ao equilíbrio saudável das forças que constituem os sistemas políticos. Em outras palavras, é através do auto-conhecimento consciente e disciplinado que poderá o homem chegar ao cerne deste processo, que é eminentemente educativo.

Al Gore disse em seu livro “O Equilíbrio da Terra”, de 1992, “que não surpreende que tenhamos nos tornado tão desconcertados com o mundo natural - e é incrível que ainda sintamos alguma conexão com nós mesmos. Acostumamo-nos com a idéia de um mundo sem futuro. As engenhocas de distração estão gradualmente destruindo a ecologia interior da experiência humana. O essencial para esta ecologia é o equilíbrio entre o respeito pelo passado e a fé no futuro, entre a crença no indivíduo e um compromisso com a comunidade, entre o nosso amor pelo mundo e o nosso medo de perdê-lo. Um equilíbrio, em outras palavras, do qual o ambientalismo espiritual depende”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cremação: Sim ou Não?

A cremação está em voga nos dias de hoje. Hábito já enraizado em alguns países, começa a despontar em Portugal. Tem a anuência de uns e a forte oposição de outros. Quanto ao Espiritismo, o que ele nos poderá trazer de novo em relação a este tema?

Cremação não é mais do que a redução dos cadáveres a cinzas. Tem vindo a ganhar adeptos um pouco por todo o mundo e consequentemente também em Portugal. Tem apoiantes e combatentes da ideia, como geralmente acontece com todas as novidades.

Habituámo-nos à ideia através dos filmes americanos e, mais recentemente, com as novelas brasileiras, onde vemos os familiares do desencarnado (espírito liberto da carne pelo processo da morte física) a espalharem as cinzas num determinado local, ou pura e simplesmente a guardá-las religiosamente num jazigo familiar.

Para outros, poderá ser apenas uma moda, e se alguns admitem razões mais ou menos válidas para o acto da cremação (por exemplo, falta de espaço nos cemitérios, mais higiénico, mais prático, etc., etc.,) outros querem-na pura e simplesmente por modismo. Hoje em dia é chique ser cremado, é quase uma questão de “status”. Outros alegam que a cremação é uma falta de respeito para com o familiar falecido e que há que dar um pouco de dignidade à sua memória. Outros ainda, acreditando na ressurreição dos corpos físicos em decomposição, opõem-se fortemente a esta prática, não vá ela contrariar suas crenças.

As opiniões são múltiplas, e respeitáveis, como não podia deixar de ser.

Não somos corpos mas sim espíritos imortais que habitam temporariamente um corpo

O Espiritismo não faz a apologia do corpo físico, não o idolatra nem o despreza, dando-lhe apenas a importância que ele tem e só essa, despindo-se de todas as excentricidades que entretanto a humanidade foi criando em volta dos cadáveres.

Para o espiritismo, não somos corpos com espíritos dentro, somos isso sim, espíritos eternos temporariamente num corpo físico, com um objectivo nobre - a evolução moral e intelectual. Quando esse corpo físico se deteriora, o espírito abandona-o, retornando à pátria espiritual, para logo que possível voltar à gleba terrestre revestido de um novo corpo físico que lhe dará o ensejo de novas experiências no planeta, novas oportunidades de evolução, bem como de terminar ou completar aquilo que porventura não conseguiu na existência carnal anterior.

Nesse sentido, o corpo físico é como uma peça de roupa que adquirimos. É importante pelo seu preço e qualidade, há que preservá-lo ao máximo para que nos dure e seja útil o maior número de dias possível. Quando a peça de vestuário se deteriora é posta de parte e logo substituída por outra em melhores condições. Ora, o corpo físico não é mais do que a roupagem que o espírito utiliza para se poder manifestar e viver neste planeta. Nesse sentido, a partir do momento em que o espírito se desprende do corpo físico, deixa de ser importante a finalidade que lhe é atribuída, se ser enterrado ou cremado. As razões pró e contra são mais de ordem social e humana do que propriamente de ordem espiritual.

Acontece que a pessoa desencarnada (falecida) se foi correcta e aproveitou bem a existência física, para ela é-lhe indiferente o destino do cadáver, já que outros horizontes mais felizes se lhe descerram, estando desprendido da vida terrena e sendo amparado quer por familiares quer por amigos espirituais que a orientam na nova vida que então começa, no plano espiritual. Se a pessoa está demasiado agarrada à vida material, seja no campo da avareza, seja na dependência de tudo aquilo que nos prende à matéria, certamente ao desencarnar ser-lhe-á mais difícil desprender-se daquilo pelo qual a sua mente está obcecada - a matéria, os bens materiais, etc., etc.,. Muitos deles demoram-se por longos períodos junto à crosta terrestre até que se apercebam da sua real situação e se disponham a objectivar novos valores existenciais.

A cremação pode suscitar ecos de sensibilidade ao espírito mais ligado à matéria

Neste sentido, os espíritos aconselham a que as cremações sejam efectuadas cerca de 3 a 4 dias depois do desenlace físico, dando assim oportunidade para que a desencarnação (saída do corpo de carne devido ao fenómeno da morte física) tenha mais possibilidade de se completar, já que no caso do espírito estar muito materializado e ainda ligado ao corpo, poderá sentir os horrores da cremação.

Questionado sobre se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, Emmanuel, através do médium Francisco Cândido Xavier disse: «Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o acto da destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o “tónus vital”, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material.»

É claro que nada disto é taxativo, pois se uns se desprendem rapidamente do corpo, outros poderão demorar-se bastante tempo ainda com sensações corporais, como acontece com alguns suicidas.

A cremação será uma questão de opção tendo em conta as vantagens e inconvenientes sociais, já que o cadáver nenhum valor tem como tal.

O Espiritismo preocupa-se isso sim em dar um roteiro de aprimoramento e felicidade para os locatários dos corpos físicos, isto é, para todos nós, espíritos imortais que nos encontramos em viagem de aprendizado no roteiro terrestre.

Fazer a Diferença

Um velho passeava na praia e viu um menino que apanhava estrelas-do-mar e as atirava suavemente de volta à água.
O velho perguntou ao menino: - O que é que estás a fazer? Ao que o miúdo respondeu: - O sol está a subir e a maré a descer. Se eu não devolver estas estrelas ao mar elas irão morrer. No seu ar de pessoa madura o idoso respondeu: - Mas, meu jovem - há quilómetros de praia cobertos de estrelas-do-mar. Que diferença faz atirares uma ou outra ao mar?
O menino curvou-se, pegou mais uma estrela e atirou-a, carinhosamente, de volta ao oceano, e disse: - FIZ A DIFERENÇA PARA ESTA ESTRELA!

Este pequeno e inocente texto que retirámos de um e-mail recebido via Internet faz-nos meditar acerca das nossas responsabilidades na sociedade, nomeadamente aqueles que se dizem espiritualistas, onde se incluem os cristãos em geral e os espíritas em particular. Relembramos o líder indiano Gandhi, que se afirmava estupefacto perante a grandiosidade da ideia cristã e que ficava boquiaberto pelo facto dos seus seguidores não a colocarem em prática. Afirmava ele que se um terço dos cristãos colocasse em prática as suas ideias o mundo estaria completamente diferente.
Geralmente deleitamo-nos com as ideias, mas quando chega o momento de as colocarmos em prática falhamos, de tal modo estamos imersos no egoísmo, no orgulho, dos quais fazemos questão de não sairmos. É uma repetição continuada, dia após dia.
Mergulhados no materialismo anestesiante, que não nos permite ver mais além do que a nós próprios, vivemos na matéria, com a matéria, da matéria e para a matéria, esquecendo que somos seres imortais com responsabilidades intransferíveis no concerto da vida.
Assim sendo, cumpre-nos viver uma espiritualidade sadia, que nos faça despertar para novos valores para além dos valores efémeros que acumulamos em contas bancárias. Assim procedendo seremos o «sal do mundo», demonstrando com o exemplo que é possível mudar a sociedade, começando por nos mudarmos a nós próprios em primeiro lugar.

Fazer a diferença é o caminho que nos cumpre percorrer, mesmo que tal proceder pareça irrisório e sem impacto. Tal análise pessimista deriva do facto de não termos uma visão de conjunto a longo prazo.
Estudar a doutrina espírita (ou espiritismo) abre sem dúvida os horizontes existenciais, explicando ao homem quem ele é, de onde vem, para onde vai, o porquê das dissemelhanças de oportunidades, de características.
Estimular os laços de fraternidade entre todos, distribuir amizade sincera e desinteressada, interessarmo-nos uns pelos outros sem outro objectivo que não seja o do prazer de ser útil, são tarefas inevitáveis para quem quiser ser mais feliz dentro dos parâmetros vivenciais que Jesus de Nazaré deixou há cerca de 2000 anos.
Está na hora de investirmos numa estratégia diferente, na estratégia da paz interior, da paz social, uma vez falida a estratégia do egoísmo, do orgulho que só tem trazido sofrimento à humanidade e que teimamos em colocar em prática há mais de 2000 anos.
Mais importante do que acertar, conseguir de imediato, é tentarmos a mudança de atitude.

Está na hora de fazer... a diferença.

O Poder da Oração

Orar, rezar, sempre fez parte da tradição religiosa da nossa cultura. Aprendemos com os nossos pais, com as nossa religiões, mas será que a oração faz mesmo bem à saúde? Um grupo de pesquisadores diz que sim! Venha saber também a opinião da doutrina espírita sobre o assunto.

O poder da oração sempre andou de mãos dadas com a fé religiosa. Acreditava-se, para quem tinha fé, que a oração tinha o condão de aliviar os sofrimentos alheios, principalmente daqueles que já tivessem partido do mundo terreno para o mundo espiritual, pelo processo natural da morte do corpo físico.

As religiões tradicionais têm as suas orações preferidas, ensinando-as aos seus prosélitos.

Com o aparecimento do espiritismo, em 1857, com o lançamento da obra magistral «O Livro dos Espíritos», apareceu uma nova ideia, uma filosofia nova que nos apresentava a espiritualidade despida de todo e qualquer adorno, culto acessório, ritual.

Vieram ensinar-nos os espíritos que a oração nada mais é do que um acto de telepatia entre nós, seres no corpo de carne, e os seres que já estão no mundo espiritual, a que vulgarmente apelidamos de espíritos. Assim sendo, não faz qualquer sentido a declamação repetida de preces feitas, ditas umas após as outras, pois o que conta é a fonte geradora da energia mental que podemos direccionar com o nosso pensamento.


A oração é um acto de telepatia entre nós e os seres espirituais numa permuta de energias que nos fortalece.

Com a descoberta das leis que regem o intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo, vemos que tudo deriva da nossa mente e que nada mais além do que o nosso pensamento tem importância para as coisas do espírito. Assim, uma oração muito bonita, com lindas palavras, ou muito demorada não sortirá qualquer efeito, se o pensamento de quem a efectua estiver nesse momento direccionado para outras situações, como por exemplo um problema familiar, um problema comercial, etc.
A oração, para sortir efeito, terá de ser sincera, brotar do íntimo de cada um, ser sentida profundamente, num acto de concentração da pessoa, em que a nossa mente liberta-se temporariamente do nosso mundo corpóreo, adentrando-se no mundo espiritual, onde vai buscar essas energias que a fortalecem. A pessoa que consegue esse estado de alma, entra em sintonia vibratória com seres do mundo espiritual superior, enviando os seus pensamentos e recebendo deles uma energia que fortalece, intui e orienta.
Daí a doutrina espírita alertar-nos sempre para a necessidade da nossa reforma íntima, procurando desenvolver as potencialidades do pensamento, dentro de uma directriz de disciplina interior, de consciencialização espiritual, procurando sempre ir mais além em busca de novos estados de espiritualidade.
«De acordo com os resultados de uma investigação realizada num hospital da cidade de Kansas, nos EUA, vários doentes na unidade dos problemas coronários melhoraram depois de um grupo de cristãos ter rezado por eles – mesmo sem os conhecer.
O estudo foi organizado pelo médico William Harris que, por precaução, não deu conhecimento do seu trabalho aos pacientes em causa e aos outros médicos. A partir do número dos seus registos clínicos, Harris seleccionou 466 doentes e forneceu os seus nomes próprios a um grupo de cristãos que se voluntariou para rezar por cada um deles, todos os dias, durante quatro semanas. A sua evolução clínica foi depois seguida por uma equipa de dez médicos que, tendo em conta um determinado número de parâmetros e sintomas, verificou que estes doentes registaram melhoras bastante mais acentuadas que os restantes 524 pacientes internados pelos quais ninguém rezou.
O estudo foi conduzido ao longo de um ano e veio confirmar as conclusões obtidas num teste similar, realizado em 1988..
Em «O Livro do Espíritos» e nas restantes obras de Allan Kardec, podemos encontrar assuntos preciosos, relacionados com este tema, que nos ajudarão a fazer um pouco mais de luz acerca dos mesmos.
Na Internet poderá encontrar mais informação em www.adeportugal.org

Físico Russo: A MORTE NÃO EXISTE

O cartaz não enganava. O Dr. Konstantin Korotkov, físico e cientista russo, iria estar em Portugal em Abril de 2004, para um evento de ordem cultural.

Tendo conhecido este cientista via Internet e conhecedores do seu trabalho não hesitamos em fazer-lhe uma entrevista que sairá no próximo “Jornal de Espiritismo”.


Aproveitamos o ensejo para falar com este físico que se tem notabilizado pelas suas pesquisas nos campos energéticos do ser humano, entre outras que tem levado a cabo. Todos os anos, o Dr. Korotkov organiza um evento internacional em S. Petersburg, na Rússia, onde acorrem pesquisadores e cientistas de todo o mundo.


O Dr. Konstantin Korotkov, físico russo, é professor na Universidade Técnica do Estado de S. Petersburg. Publicou mais de 70 artigos científicos em jornais de ponta em Física e Biologia e possui 12 patentes de invenções em biofísica. Desenvolve investigação científica há 25 anos. Tem sido convidado para efectuar conferências e workshops em vários países, é autor de 5 livros, alguns traduzidos para o inglês como “Light after Life”. É editor associado do jornal “Consciousness and Physical Reality”, com artigos publicados em russo e em inglês.


Tendo inventado uma técnica para medir os campos energéticos humanos, o GDV (Gas Discharger Visualization), através de softwares próprios, pode-se verificar do estado de saúde da pessoa, do seu campo energético bem como de qualquer ser vivo. Esta técnica já é aceite pelo Ministério da Saúde Russo, sendo utilizado em vários hospitais, havendo inclusive vários cursos neste país, nas universidades, bem como nos EUA, sobre esta temática, registando-se já cerca de 100 organizações em todo o mundo que utilizam o GDV.



Físico russo refere que as suas experiências demonstram que




a vida continua, que o Espírito sobrevive à morte do corpo de carne




e que é possível dentro de certas circunstâncias




comunicar com os chamados “mortos”.

Korotkov tem ainda experiências interessantes com invisuais ou pessoas dotadas de perda de acuidade visual, e experiências efectuadas com cadáveres, analisando os seus campos energéticos logo após a morte do corpo físico. Korotkov refere que estamos no limiar de novos conhecimentos e não há como não avançar, explicando que de acordo com as suas pesquisas é possível demonstrar a imortalidade da alma bem como a interacção entre os falecidos e os vivos, em determinadas condições, experiências estas efectuadas com Shamans da Sibéria.


Korotkov tem inúmeras experiências efectuadas com médiuns em que demonstra que as energias curativas dos médiuns alteram as características da água, bem como podem contribuir para o restabelecimento da saúde dos doentes.

Inicialmente efectuou várias experiências com o Sr. Allan Chumak, que magnetizando uma determinada porção de água, impondo as suas mãos sobre ela, o campo energético da água aumentava cerca de 300% em relação à mesma quantidade de água não magnetizada pelo ser humano.
Questionado sobre se conhecia as pesquisas de Allan Kardec, Korotkov afirmou peremptoriamente que sim, referindo «O Livro dos Espíritos» e «O Livro dos Médiuns» afirmando já os ter estudado. Korotkov defende que todas as suas experiências demonstram que a vida continua, que a consciência ou o Espírito sobrevive à morte do corpo de carne e que é possível dentro de certas circunstâncias comunicar com os chamados “mortos”.




Para os interessados poderão procurar mais informação na sua página na Internet em www.korotkov.org

Entre outros livros poderá adquirir «Light After Life» onde Korotkov descreve várias das suas experiências. A não perder.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Círculo do Amor

Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou.

O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face,ela ficou Preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora.Ele iria aprontar alguma? Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto. Ele pôde ver que ela estava com muito medo e disse:

- "Eu estou aqui para ajudar madame. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Bryan".

Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora era ruim o bastante. Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu. Mas ele ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos.

Enquanto ele apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St. Louis e só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda.

Bryan apenas sorriu enquanto se levantava. Ela perguntou quanto devia.Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todos as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan não tivesse parado. Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe ajudara bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. Ele respondeu:

- "Se realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda que precisar".

E acrescentou: "... e pense em mim". Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem, indo pra casa, desaparecendo no crepúsculo.

Algumas milhas abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante. Ela entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante sujo.

A cena inteira era estranha para ela. A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pôde apagar.

A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Bryan.

Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem dólares, a senhora se retirou. Já tinha partido quando a garçonete voltou.

A garçonete ainda queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de $100 dólares.

Havia lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: "Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar não deixe este círculo de amor terminar com você".

Bem, havia mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir.

Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê para o próximo mês, como estava difícil! Ela virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:

"Tudo ficará bem; eu te amo, Bryan".

Pense nisso, e ..... não feche esse círculo!

Lição das Trevas

Médium: Chico Xavier
Espírito: Irmão X


No vale das trevas, delirava a legião de Espíritos infelizes.

Rixas, obscenidades, doestos, baldões.

Planejavam-se assaltos, maquinavam-se crimes.

O Espírito Benfeitor penetrou a caverna, apaziguando e abençoando ...

Aqui abraçava um desventurado, apartando-o da malta, de modo a entrega-lo, mais tarde, a equipes socorristas; mais adiante, aliviava com suave magnetismo a cabeça atormentada de entidades em desvario...

O serviço assistencial seguia difícil, quando enfurecido mandante da crueldade, ao descobri-lo, se aquietou em súbita acalmia e, impondo respeitosa serenidade à chusma de loucos, declinou-lhe a nobre intenção. Que os companheiros rebelados se acomodassem, deixando livre passagem àquele que reconhecia por missionário do bem.

- Conheces-me? – interrogou o recém-chegado, entre espantado e agradecido.

- Sim – disse o rude empreiteiro da sombra -, eu era um doente na Terra e curaste meu corpo que a moléstia desfigurava. Lembro-me perfeitamente de teu cuidado ao lavar-me as feridas...

Os circunstantes entraram na conversação de improviso e um deles, de dura carranca, apontou o visitador e clamou para o amigo:

- Que mais te fez este homem no mundo para que sejamos forçados à deferência?

- Deu-me teto e agasalho.

Outro inquiriu:

- Que mais?

- Supriu minha casa de pão e roupa, libertando-nos, a mim e a família da nudez e da fome ...

Outro ainda perguntou com ironia:

- Mais nada?

- Muitas vezes, dividia comigo o que trazia na bolsa, entregando-me abençoado dinheiro para que a penúria não me arrasasse ...

Estabelecido o silêncio, o Espírito Benfeitor, encorajado pelo que ouvia, indagou com humildade:

- Meu irmão, nada fiz senão cumprir o dever que a fraternidade me impunha; entretanto, se te mostras tão generoso para comigo, em tuas manifestações de reconhecimento e de amor que reconheço não merecer, porque te entregas, assim, à obsessão e à delinqüência?! ...

O interpelado pareceu sensibilizar-se, meneou tristemente a cabeça e explicou:

- Em verdade, és bom e amparaste a minha vida, mas não me ensinaste a viver!...

--- xxx ---

Espíritas, irmãos! Cultivemos a divulgação da Doutrina Renovadora que nos esclarece e reúne! Com o pão do corpo, estendamos a luz da alma que nos habilite a aprender e compreender, raciocinar e servir.

O Acusado

Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.

Na verdade, o autor do crime era pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.

O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.

Disse o juiz: sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do senhor: vou escrever em um pedaço de papel a palavra INOCENTE e outro pedaço a palavra CULPADO. Você sortear um dos papéis e aquele que sair será o veredito.

O senhor decidirá seu destino, determinou o juiz.

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída.

Não havia alternativas para o pobre homem.

O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.

O homem pensou alguns segundos e pressentindo uma vibração aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e o engoliu.

Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

- Mas o que você fez?

E agora? Como vamos saber qual seu veredito?

- É muito fácil, respondeu o homem. - Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário.

Imediatamente o homem foi libertado.

MORAL DA HISTÓRIA

Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último momento. Saiba que para qualquer problema há sempre uma saída.

Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar.

Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos. Creia que você pode conseguir.

Posturas Espíritas

Em razão da nossa educação basal, em razão do nosso nivelamento intelectual, das nossas crenças, nossas inclinações e outros tantos fatores que influenciam o nosso comportamento de ver e entender a doutrina espírita, nós adotamos determinadas posturas que não se coadunam com os ensinamentos kardecianos. Práticas estranhas adentram o Espiritismo e mister se torna que as evitemos.

De maneira geral, observamos em nosso movimento:

Espíritas Contemplativos:

São especiosos. Acham a doutrina uma maravilha! Fazem alarde do Espiritismo. Enchem-no de encômios, de adjetivos. Acrescentam informações inverídicas, porque o desconhecem. Eles têm uma inclinação para o fanatismo, porque não estudam o Espiritismo profundamente, apenas o contemplam. Fazem leituras superficiais e fantasiam coisas.

Espíritas Fenomenistas:

Estão sempre atrás de um fenômeno. Percorrem léguas e léguas atrás de médiuns de efeitos físicos. Mas são incapazes de permanecerem sentados alguns minutos para uma conferência espírita. Não têm embasamento doutrinário e por isso necessitam dos fenômenos para sentirem-se “motivados”. E quando o médium, por qualquer motivo, deixa o centro espírita a que está vinculado essas pessoas também o deixam. Mas, quando o médium retorna, lá estão essas pessoas nas primeiras fileiras. Choram, emocionam-se, mas não se dispõem a modificar o modus vivendi nem o modus operandi.

Esquecem-se que os fenômenos existem desde que o mundo é mundo. Moisés era capaz de realizar fenômenos incríveis, Jesus da mesma forma, Chico Xavier, José Arigó, Eusápia Paladino e tantos outros notáveis que vieram para alavancar o mundo. Mas os fenômenos passaram, seus exemplos e valores morais permaneceram.

Mas os fenomenistas não querem modificar-se. São alimentados tão somente pelos fenômenos. E por isso mesmo são vazios.

Espíritas Racionalistas:

São os espíritas que imaginam que a doutrina espírita é apenas um código de lógica e que por isso mesmo não pode ser outra coisa senão razão. Não se dão conta das dimensões sentimento, prática. Para eles não há lugar para o amor, para a fraternidade. Vão se tornando donos da verdade. Somente eles entendem Kardec, somente eles conseguem interpretar os livros da Codificação. Nos estudos sistematizados da doutrina espírita (ESDE) somente eles estão certos com suas visões e interpretações. Fazem-se pontífices! Criam suas próprias estruturas. Fundam os seus centros. E nada de sentimento, afinal de contas o espiritismo é razão. Esquecem-se da sua tríplice função (filosofia, religião, ciência). Esquecem-se que ao lado da razão é imprescindível o coração (o sentimento).

Espíritas Devocionistas:

São aqueles que trazem das crenças anteriores toda uma bagagem e querem injetá-la na doutrina espírita. Trazem a voz melosa, ritos estranhos... Têm uma capacidade enorme de imaginarem que os médiuns são semideuses. Santificam os médiuns. E se esses faltam às tarefas do centro, sentem-se sozinhos, desmotivados, incapazes, porque a “atividade só tem fundamento se fulano ou beltrano estiver aqui”. Reverenciam determinados médiuns, esquecidos de que todas as bajulações só tendem a comprometer o trabalho do medianeiro.

Assevera André Luiz que devemos nos “precaver contra as petições inadequadas junto à mediunidade (...), por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados obtidos através dele, lembrando-se que é sempre possível agradecer sem lisonjear.” (Conduta Espírita)

Esses espíritas devocionistas penduram imagens de espíritos notáveis no centro e mantêm as antigas práticas. Bezerra de Menezes, Scheilla, Barsanulfo e tantos outros e, ao pé da imagem, deixam uma flor num pequeno jarro. Que diferença há entre esse comportamento e os de irmãos de outras religiões que cultuam suas imagens?

Ainda André Luiz adverte: “Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos”.

Resguardar o Espiritismo dessas práticas (e tantas outras) é dever de todos nós. Não condizem com as posturas espíritas exaradas pelo ínclito Codificador.

O Consolador bate a porta da nossa razão e do nosso coração e todas essas práticas estranhas ao Ensino Redivivo devem ser evitadas.

Mais uma vez o nobre espírito André Luiz diz-nos: “A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo o custo.”

O Consolador Prometido

Iniciamos nosso artigo, relembrando a história de Jesus; veio ao mundo, anunciado pelos profetas, várias passagens de sua existência reveladas nos Livros da Lei foram confirmadas na vida real. Como Messias, surgiu no seio da religião dominante, educado conforme as normas religiosas vigentes, participando com seus progenitores de todos os eventos religiosos que aconteciam na época; veio cumprir o programa do Pai, cumprir a sua missão. Estabelecer uma nova ordem, estabelecer a Lei do Amor.

Os homens sempre pedem aos céus os sinais, as evidências pelas quais possam reconhecer aqueles que vem cumprir na Terra, os desígnios do Criador. Os sinais são enviados, as evidências ocorrem e os missionários enviados cumprem a vontade do Pai; que geralmente, não é a vontade dos que dominam. Os homens se impõem e isto é contra as Leis naturais que se estabelecem harmonizando e equilibrando.

A história de Jesus, não necessitamos relembrá-la; e por não serem aceitas as suas Verdades e não serem convenientes as suas propostas; apesar de todos os sinais e da beleza de sua mensagem, não foi reconhecido como o Messias pelos lídimos posseiros da Revelação Mosaica.

Apesar de tudo, surgiriam aqueles, que sensíveis à Nova Revelação, souberam absorver as lições do Mestre e identificados com os seus propósitos e princípios, abraçaram a missão de propagar a Boa Nova a todas as criaturas. Surgindo então o movimento conhecido como o Cristianismo.

Antes de seu desencarne, Jesus deixou registrado entre seus apóstolos, que após a sua partida, eles não ficariam desamparados e descreveu algumas características, daquele que deveria dar continuidade à sua Missão na Terra. Passamos a transcrever os registros referentes a este episódio, que extraímos de “A Bíblia Sagrada”, traduzida por João Ferreira de Almeida e publicada pela Imprensa Bíblica Brasileira em 1962.

S.João Cap.14 ver. 16, 17 e 26. – E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que tenho dito.

S.João Cap. 16 ver. 12,13 – Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.

Nosso objetivo, neste artigo, é demonstrar que 2000 anos depois os fatos se repetem com os mesmos componentes demonstrados por ocasião da vinda do Cristo. Manifesta-se em Paris em 1857 o Espírito de Verdade e apresenta ao Mundo a Doutrina dos Espíritos no seio das Religiões dominantes conforme prometido pelo Cristo.

De novo, no seio das religiões estabelecidas, por meio de seus adeptos, Deus revela conforme a promessa de Jesus. Mas a Revelação Divina, apesar de seu conteúdo não atende aos anseios daqueles que dominam e não querem abrir mão do poder conquistado. E novamente, aqueles sensíveis a mais esta Revelação Divina são os responsáveis por trazê-la até os dias de hoje.

Apesar de, nos dias atuais, a Doutrina dos Espíritos ser divulgada com ampla liberdade e ter a seu dispor todos os meios de comunicação disponíveis; existem ainda alguns sacerdotes e pastores que insistem em vinculá-la ao demônio insuflando àqueles menos informados, certo temor em examinar o conteúdo do Espiritismo. Além daqueles que ainda freqüentam as Casas Espíritas “escondidos” de seus pares. Sem esquecer que, de vez em quando, voltamos a escutar aquele velho chavão de que; os espíritas não são cristãos.

Nosso objetivo aqui é provar que Jesus designou o seu sucessor como sendo o Consolador Espírito de Verdade e pelas características apontadas pelo Cristo, o Espiritismo é este Consolador Prometido.

Em Paris, 1860, o Espírito de Verdade dirige-se aos espíritas: Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; Instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo se encontram todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do Além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus – Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade. Duas condições, apontadas pelo Cristo em João transcritas acima, estão ai evidenciadas: 1 – O Espírito de Verdade; 2 – Não falará de si mesmo. Enumeramos abaixo as condições 3 – Consolar e 4 – Esclarecer.

Em quais situações o Espiritismo consola?

Perda de entes queridos, a morte não existe; como o nascimento; é a ligação do Espírito e seu corpo incorruptível (Paulo), ao corpo físico; a morte é o desligamento deste Espírito do corpo material que não reúne mais condições de permitir-lhe as manifestações. Retornando ao Plano Espiritual, como Jesus, plenamente vivo e imortal. Animais não são seres à parte da criação, mas o Princípio Espiritual com uma alma em sua trajetória evolutiva. Sentimento de Antipatia entre alguns familiares, retorno ao mesmo palco na condição de familiar, daqueles que em reencarnações passadas viveram situações de conflito, com o objetivo de reconciliação na vida presente. Pobreza e Riqueza, provas na vida presente que devemos vencê-las com resignação e caridade para aproveitarmos a vida atual. Parentes de Criminosos, nosso ente querido paga a pena com a sociedade e não está condenado ao inferno; sua consciência culpada o conduzirá ao reajuste em nova existência com aquele que houver prejudicado na vida atual, quando, a partir de então, poderá seguir livre rumo à perfeição.

Em quais situações o Espiritismo esclarece? Adão e Eva: o ser humano, como os animais e todos os seres vivos, são produtos do processo evolutivo realizado nos mundos criados por Deus e que consistem o nosso Universo, repleto de mundos habitados e onde a vida se expressa de diferentes modos materiais e imateriais. Permitindo ao Espírito de homens e mulheres, criados da mesma forma, simples e ignorantes, moldar sua perfectibilidade. Mundo em seis dias: condizente com as provas geológicas, o Espiritismo mostra que os mundos foram formados em bilhões de anos e que as eras geológicas são condizentes com a forma poética que a Escritura descreve aos habitantes daquela época segundo sua capacidade de entendimento. Nascimento e Morte: são processos naturais de preparação, ligação, vivência e evolução, desligamento e retorno do ser imaterial à sua pátria de origem, o mundo espiritual. Meu reino não é deste Mundo: descrição, amostras, experiências e constatações sobre a vida espiritual, seus habitantes e constituição. Reencarnação: pluralidade das existências permitindo nossa evolução, aprendizado, reajuste e justiça de Deus, tornando-nos artífices de nossa perfeição.

Ficaríamos escrevendo eternamente, não fosse a necessidade de afirmar, peremptoriamente: o Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus. Aqueles que enfrentaram todas as vicissitudes para permitir que esta doutrina chegasse até nós de forma tão clara e abundante de provas, são os verdadeiros Cristãos responsáveis por identificar e preservar o Cristianismo Redivivo. Pelo exposto, de forma consciente, coloquemos de uma vez por todas as coisas nos seus devidos lugares, sem necessidade de privarmos nossos filhos do convívio do Consolador Prometido, obrigando-os a cumprir rituais e dogmas a que fomos vinculados no passado. Quando ouvirmos os velhos e superados chavões contra os Espíritas, tenhamos em mente as palavras de Jesus: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará.

Apometria, Corrente Magnética e Cromoterapia

Divaldo Franco


O médico carioca residente em Porto Alegre desde os anos 50, Dr. José Lacerda, espírita que era então, começou a realizar atividades mediúnicas normais numa pequena sala de Hospital Espírita de Porto Alegre e ali realizou investigações pessoais que desaguaram no movimento denominado Apometria.

Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria, porque eu não sou apômetra: eu sou espírita, mas o que posso dizer é que a Apometria, segundo os seus próprios seguidores, não é Espiritismo. Suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de “O Livro dos Médiuns”.

A presunção de alguns chegou a afirmar que a Apometria é um passo avançado ao Movimento Espírita e que Allan Kardec encontra-se totalmente ultrapassado, já que sua proposta era para o século XIX e parte do século XX, e que a apometria é o degrau mais evoluído. A prática e os métodos violentos de libertação dos obsessores que este e outros métodos correlatos apresentam, a mim me parecem tão chocantes que me fazem recordar da lei de Talião, que já foi suavizada por Moisés, com o código legal, e que Jesus sublimou através do amor.

De acordo com aqueles métodos, quando as entidades são rebeldes os doutrinadores, depois de realizarem uma contagem cabalística ou um gestual muito específico, as expulsam com violência para o magma da Terra, substância ainda em ebulição do nosso planeta, ou as colocam em cápsulas espaciais que são disparadas para o mundo da erraticidade.

Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio à minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico, ou ser desintegrado, ou se me mandassem expulso da Terra numa cápsula espacial, renegaria aquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão.

A Doutrina Espírita, baseada no ensino de Jesus, centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas, que, para nós, espíritas, merecem todo respeito, mas não atêm nada a ver com Espiritismo.

O mesmo se dá com as práticas da Terapia de Existências Passadas, realizadas dentro da Casa Espírita ou da cromoterapia, que foge, totalmente, da finalidade do Espiritismo.

O mesmo se dá com as práticas da Terapia de Existências Passadas realizadas dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, que fogem totalmente da finalidade do Espiritismo.

A Casa Espírita não é uma clínica alternativa. Não é lugar onde toda experiência nova deve ser colocada em execução. Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos não conhecem as bases kardequianas e, ao conhecerem-nas, nunca as vivenciaram.

Temos todo o material revelado pelo mundo espiritual nestes tantos anos de codificação, no Brasil e no mundo, pela mediunidade incomparável de Chico Xavier; as informações que vieram pela notável Yvonne do Amaral Pereira; por Zilda Gama e por tantos médiuns nobres conhecidos e desconhecidos.

Então, se alguém prefere a Apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito! Mas não misture para não confundir. A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância. Poderia haver alguém mais cruel do que o jovem Saulo de Tarso? Ele havia assassinado Estevão a pedradas, havia assassinado outros, e foi a Damasco para assassinar Ananias. Jesus não o colocou numa cápsula espacial e disparou para o infinito. Apareceu a ele! Conquistou-o pelo amor. “Saulo, Saulo, por que me persegues?” pode haver maior ternura nisso? E ele tomado de espanto perguntou: “Que é isto?” “Eu sou Jesus, aquele a quem persegues”. E ele, então, caiu em si. Emmanuel ensina que o termo “caindo em si” significa que a capa do ego cedeu lugar ao encontro com o ser profundo. Ele despertou, e graças a ele nós conhecemos Jesus pela sua palavra, pelas suas lutas, pelo alto preço que pagou, apedrejado várias vezes, jogado por detrás dos muros nos lugares do lixo, foi resgatado pelos amigos e continuou pregando.

Então, os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles.

Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudocientíficos. Mas, como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita.

Na minha condição de Espírita, exercendo a mediunidade por mais de 60 anos, os resultados têm sido todos colhidos na árvore do amor e da caridade e a nossa mentalidade espírita não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos.

Condução dos Nossos Pensamentos

Valdomiro Halvei Barcellos

A Mente é um macaco louco pulando de galho em galho". O que equivale dizer que nossos pensamentos estão desordenados, muitas vezes em convulsão, quando conversamos fazemos "colcha de retalhos".

Você concordaria com a afirmação de que normalmente não conseguimos centrar a nossa conversação em um só assunto. Quero dizer interrompemos o nosso raciocínio e enveredamos por outro assunto ou suspendemos a nossa exposição para darmos atenção a algo que está fora do tema presente.

Quanta energia dissipada tentando se atentar para tudo e não atendendo a nada! Isto se deve a forma de conduzir nossos pensamentos. Nós não aprendemos a parar de pensar no sentido meditativo.

A massificação nos bombardeia com idéias e estímulos que dominam as nossas características competitivas e nós não queremos perder, pois que senão seremos ultrapassados e a "vida é curta" "é uma só", sob o ponto de vista materialista ou de algumas ideologias.

Diz-se em auto-reprogramação-humana (ARH), que esta é uma característica do pensamento-horizontal. O Pensamento-Horizontal desvia o nosso foco do que acontece em nós e no meio ambiente que nos rodeia, divide o tempo e também nos divide: ou/ora vivemos no passado; ou/ora no presente; ou/ora no futuro.

Viver no passado "no meu tempo" é uma característica da Mente-velha, retrograda, limitada, sem aspiração, fator de depressão. As pessoas idosas têm fortíssima tendência a viver no passado.

Os que pensam mais na atualidade, em geral os de meia idade e também boa parte dos jovens, impõem-se a impulsividade, pelo querer aproveitar tudo ao máximo da vida, o que os tornam intempestivos ou ansiosos e quando não conseguem caem no oposto, tédio (fossa) e passividade. Acontece um evento musical, um festival de cinema, e querem ver tudo ao mesmo tempo, faltam aulas e serviço ou deixam tudo pela metade e se não conseguem, sentem-se frustrados.

Já os que pensam mais no futuro em geral a juventude, ficam sujeitos a ansiedade e a fantasia. O medo do que vai ainda acontecer pode tornar-se mórbido e causar alienação. A competição pode gerar distúrbios emocionais que afetam sensivelmente a personalidade em formação, criando gerações neuróticas e paranóicas como já é o caso da juventude de alguns paises ditos de primeiro mundo. Hoje a depressão jovem já é fato.

Na linha do Pensamento-Vertical temos a atenção voltada ao máximo para a percepção da realidade interna e externa do que estamos vivenciando no momento. É o que Dr. Nilson Ruiz Sanches chama em seu livro ARH-Auto-Reprogramação Humana, de "presentificação" do pensamento, não quer dizer absolutamente fato momentoso e sim, agora, momento, da meditação. O Pensamento-Vertical, o Momento, o Agora, aciona o Pensamento Racional e o Pensamento Intuitivo e aditaria o Pensamento Inspirado.

O Pensamento-Vertical nos coloca da melhor maneira dentro do contexto. Desenvolve o "músculo da atenção" favorecendo a concentração e a percepção da realidade interna, do momento envolto, da família, do grupo social, do mundo.

Auto analisando-se e 'presentificando-se'; realizando visualizações e abrindo a mente para o mundo espiritual (novos paradigmas para muitos), o ser humano se coloca inteiramente dentro do contexto em nível de Consciência Superior, queremos dizer Racional e Intuitivo Superiores.

Temos uma forma racional de pensar em nível de consciência inferior, o estado de sono e o superior em que o ser, centrado em si, faz o "nível de consciência de si".

Consciência de si é aquele nível no qual o ser humano deixou de ser apenas máquina, pois que conseguiu o "total controle da máquina".

sábado, 14 de agosto de 2010

Nunca, a Sós

Joanna de Ângelis (espírito)

Não poucas vezes, no turbilhão da vida moderna de hoje, qual aconteceu na monotonia dos dias transatos, a criatura humana tem a impressão de que se encontra a sós, lutando contra a correnteza dos acontecimentos, que a leva inapelavelmente na direção do abismo.

Falta de estímulo para continuar na faina pela conquista do pão, desinteresse por si mesma, sofrimento interior sem aparente explicação, ausência de compreensão dos amigos, frustração ante as ocorrências que esperava lhe fossem favorecer com plenitude ou paz, tormentos íntimos perturbadores, são fenômenos do dia-a-dia na agenda de incontáveis criaturas, que se sentem desamparadas e solitárias...

A ausência de uma fé religiosa robusta que possa apontar o rumo da imortalidade, abre espaço para comportamentos inquietadores, empurrando para a depressão e para a revolta surda, silenciosa.

As aspirações materialistas, trabalhadas pelos conceitos de felicidade sem jaça e de harmonia sem desafios, transformam-se em desencanto, gerando cepticismo a respeito de qualquer conquista que possa equacionar esses transtornos, submetendo-a ao açodar de ressentimentos da existência e das pessoas à sua volta.

Enquanto o vozerio do prazer enganoso e a gargalhada estentórica da alucinação no gozo imediatista, dominam as paisagens humanas, convidando ao afogamento dos conflitos no mar tumultuado da embriaguez dos sentidos, mais aflição desencadeia em quem se encontra em angústia por ausência de objetivo existencial.

Sucede que o homem da atualidade, após as conquistas externas que persegue, não se preocupou quanto deveria pela autopenetração, descobrindo os valores que se lhe encontram ínsitos, desenvolvendo-os e harmonizando-os com as aquisições de fora. Priorizou demasiadamente a face material em detrimento da realidade espiritual, agonizando, agora, nos favores do poder e do prazer, sem preencher-se de paz, porquanto lhe ocorrem saturação e cansaço, enquanto permanece com sede de realização íntima e de maior contato com a Vida em si mesma.

Confundindo a transitoriedade do corpo com a eternidade do Espírito, desfruta das sensações e das emoções do primarismo orgânico, sem as correspondentes expressões da emotividade superior.

A arte, a cultura, a tecnologia, o pensamento filosófico, vinculados ao impositivo de oferecer respostas imediatas, perdem em beleza o que adquirem em agressividade, expressando o momento moral do planeta, conduzindo à excitação e logo depois à exaustão, sem contribuírem com harmonia, esperança, alegria ou paz.

Não se trata de uma observação pessimista, mas de uma constatação de resultados, contabilizando-se a hediondez do crime e da violência que se multiplica em toda parte, em prejuízo da cultura e da civilização.

***

No passado, quando a Humanidade estorcegava sob a chibata do Império Romano, que dominava praticamente o mundo, e o abuso do poder aliado à desgovernança moral dos indivíduos, fomentavam o sofrimento de milhões de outros, veio Jesus, que inaugurou a Era da esperança, prometendo jamais deixar a sós quem quer que nEle confiasse ou que se entregasse a Deus.

A partir de então, ninguém mais ficou em solidão.

Maria, a pecadora arrependida, que se Lhe dedicou, experimentou vicissitudes diversas, mas nunca ficou ao desamparo.

Pedro, reconhecendo a loucura momentânea da negação, prosseguiu sem desânimo, e jamais deixou de receber-Lhe a presença.

Saulo, tocado pela Sua misericórdia, transformou-se, tornando-se-Lhe arauto incomparável, que O levou a quase todo o mundo do seu tempo.

João, que Lhe permaneceu fiel, prosseguiu amparado, e narrou-Lhe a saga incomparável, visitado pelo Seu psiquismo afável e inspirador.

Mais tarde, Agostinho, travando contato com o Seu pensamento, renovou-se, e fez-se piloti de segurança da Sua mensagem.

Francisco Bernardone, fascinando-se pelo Seu convite, experimentou padecimentos incessantes, nunca, porém, a sós...

Terezinha de Lisieux, tocada pela Sua palavra, dedicou-Lhe a rápida juventude, experimentando o Seu apoio.

Tereza de Calcutá, em Sua homenagem, tomou a cruz dos sofrimentos humanos e carregou-a nos ombros frágeis até o fim da existência, sentindo-Lhe a força revigorante.

... E milhares de outros exemplos, que se Lhe vincularam, conseguiram enfrentar todas as vicissitudes, sem perder o entusiasmo ou jamais recear, com a Sua companhia.

Experimenta, por tua vez, identificar-te com Jesus, penetrar-lhe os ensinamentos, reflexionar nele, assimilá-los, aplicando-os ao comportamento, e verificarás que uma transformação vigorosa se operará em teu ser interior, propiciando-te coragem e valor para prosseguires sem qualquer desânimo ou perturbação.

E quando te advierem as lutas e os testemunhos, que são inevitáveis na economia espiritual de todos os seres que rumam na direção do Infinito, e que não te pouparão, nEle encontrarás amparo e estímulo para o prosseguimento com incomum alegria, aquela que caracteriza todo aquele que se encontra viajando na direção do Grande Lar, e esperam o momento da chegada feliz.

Desse modo, não fujas do mundo nem te atires a ele, buscando soluções que nessa conduta não encontrarás.

Reconsidera, portanto, as tuas atuais atitudes, e experimenta renovação com Jesus, facultando-te uma nova oportunidade para enriquecer-te de alegria de viver e poderes expandir o teu pensamento e as tuas realizações.

***

Quem O visse na cruz, naquela tarde funesta e tenebrosa, entre dois ladrões e sob a zombaria dos trêfegos e aturdidos do mundo, pensaria que estava diante de um vencido e abandonado, que a morte logo iria colher. No entanto, Ele estava em vinculação estreita com Deus, muito além das percepções humanas, cercado por legiões de cooperadores espirituais do Seu reino, preparando-Se para a libertação, a fim de logo mais retornar em gloriosa ressurreição, demonstrando a Sua e a imortalidade de todas as criaturas.

Desse modo, quando te sintas em abandono, aparentemente desamparado e sem amigos, sob sofrimentos e angústias, pensa em Jesus, e jamais experimentarás solidão.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 9 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia.)

Evite a Lamentação

Antônio Moris Cury

Este é o título do capítulo 20 do excelente livro intitulado "Para uso diário", ditado pelo Espírito Joanes através do médium psicógrafo J. Raul Teixeira e publicado pela Editora Fráter Livros Espíritas, cujo texto pode ser encontrado nas páginas 111 e 112 da 1ª edição, que veio a lume em 1999.

Está dito no primeiro parágrafo que "Cada dia novo que o Senhor lhe oferta é bênção de incalculável valor, na trilha de sua nova reencarnação" (página 111), como de fato é mesmo, bastando que observemos, para se chegar a esta conclusão, que ninguém pode garantir que amanhã, por exemplo, estará vivo, na carne. Que estaremos vivos amanhã, ainda que fora do corpo físico, não resta a menor dúvida, porquanto todos nós, Espíritos, encarnados ou não, uma vez criados por Deus (nosso Pai Celestial, criador de todas as coisas e inteligência suprema do Universo), passamos a ser imortais e, portanto, viveremos por toda a eternidade.

E, por outro lado, a bênção é de incalculável valor, realmente, uma vez que teremos novas 24 horas pela frente, segundo a contagem humana do tempo, que nos permitirão múltiplas oportunidades e atividades, como, apenas para exemplificar, a de ser úteis, cumprindo as nossas obrigações, desempenhando a nossa tarefa com capricho, com esmero, seja ela qual for, contribuindo por esse modo para o equilíbrio das relações humanas, sem falar que, nestas mesmas 24 horas, poderemos corrigir falhas, erros, males e equívocos cometidos, ajustando-nos e reajustando-nos com as leis divinas ou naturais, mesmo que parcialmente.

A seguir, o Espírito Joanes esclarece: "Você está no mundo com o propósito de progredir, conforme acertou com seus Mentores Desencarnados, que o acompanham do Invisível" (página 111).

A frase, enxuta e direta, permite conclusões de grande valia para o nosso dia-a-dia. A propósito, o nome do livro, "Para uso diário", já diz tudo: são lições, advertências e esclarecimentos para nosso uso diário.

Com efeito, estamos no mundo para aprender e progredir. Como se sabe, o pro
gresso pode ser intelectual e moral, sendo que o progresso intelectual engendra o progresso moral. E será ótimo, excelente mesmo, quando ambos caminharem juntos, lado a lado.

Não é de graça, portanto, que se afirma ser a Terra uma escola, na qual todos nós nos encontramos matriculados para aprender, muito aprender, sobre todos os assuntos (ciências, filosofias, religiões, artes, etc.), a começar pelo aprendizado da fraternidade, que, uma vez consolidado, nos conduzirá a que tratemos a todos como nossos irmãos (que verdadeiramente o são do ponto de vista da vida verdadeira e permanente, a vida espiritual, já que somos todos filhos do mesmo Pai Celestial, que é Deus), fazendo aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem, com o que estaremos cumprindo o ensino máximo do Cristo, consubstanciado na célebre sentença: "Amar ao próximo como a si mesmo", sabendo-se que quem assim procede estará, exatamente por este motivo, amando a Deus sobre todas as coisas.

De outra parte, quando na erraticidade, nós concordamos com nossos Mentores Desencarnados, que nos acompanham do Invisível, que reencarnaríamos para progredir, para evoluir, intelectual e moralmente, a cuja Lei do Progresso, aliás, estamos todos subordinados, no mínimo, porque para atingirmos a perfeição relativa é absolutamente necessário que saibamos tudo. Tudo de tudo. E, como sabido, o destino final dos seres humanos é constituído da perfeição relativa e da felicidade suprema.

Também pelo trecho antes transcrito, fica fácil deduzir que toda reencarnação é precedida de planejamento, isto é, a reencarnação se dá com linhas básicas definidas anteriormente, vale dizer, se casaremos ou não; com quem, se for o caso; que profissão teremos; se teremos ou não filhos; em que cidade ou local reencarnaremos; quem serão os nossos familiares; em que contexto social, etc., quase tudo passível de modificação posterior à reencarnação, como decorrência de nosso livre-arbítrio, que permite de maneira ampla que tomemos as decisões que quisermos mas que, em contrapartida, torna-nos por elas responsáveis, e responsáveis pelas suas conseqüências, como é natural e absolutamente lógico.

Ademais disso, os Mentores Desencarnados nos acompanham do Invisível, como verdadeiros anjos da guarda, velando por nós como fazem os pais em relação aos filhos, inspirando-nos boas idéias, boa conduta, sugerindo-nos o melhor para o nosso progresso, para o nosso auto-aperfeiçoamento, vibrando quando tomamos as decisões certas e lastimando quando enveredamos pelos caminhos equivocados, mas que, em verdade, não podem e não devem fazer o que nos compete, com exclusividade. É necessário que façamos a nossa parte, e a façamos bem, do melhor modo possível ao nosso alcance.

Depois de discorrer sobre o tema, de maneira concisa (todo o texto do capítulo 20 da multicitada e importante obra, com efeito, é composto de apenas 42 pequenas linhas), o Espírito Joanes, pela mediunidade de J. Raul Teixeira, aconselha: "Evite a lamentação, uma vez que ela em nada lhe auxiliará. Não diminuirá o peso da sua cruz, nem dispensará as nuvens que estejam toldando, porventura, os seus horizontes" (páginas 111 e 112).

Não obstante muito evidente, a verdade é que nem sempre prestamos atenção em que a lamentação (a lamúria ou a reclamação, se preferirmos estes vocábulos) não resolve nenhum problema, nenhuma dificuldade. Muito ao contrário, pode até gerar agravação.

Com efeito, se a lamentação ou a reclamação resolvesse algum problema ou superasse qualquer dificuldade seria amplamente indicada como a nova e fantástica panacéia dos tempos modernos, como novíssima medicação para todos os males.

Mas, como muito bem nos advertiu o Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, no pequeno-grande livro intitulado Agenda Cristã: "As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você" (28ª edição, FEB, 1991, página 120).

E lembrar, depois disto, que nós, de um modo geral, costumamos reclamar de tudo! E lembrar que, se não temos do que reclamar - hipótese raríssima, pouco encontradiça -, reclamamos do clima, seja porque chove muito, seja porque não chove, porque está calor ou porque está frio, porque venta muito ou porque o sol não aparece há vários dias, etc.!

É preciso e conveniente, portanto, que imponhamos silêncio sobre nossas eventuais reclamações (relembremos, com André Luiz, que elas nem mesmo conquistam a simpatia de quem nos está ouvindo), contribuindo, assim, para a harmonia do ambiente em que nos encontrarmos, tornando-nos pessoas mais agradáveis, de mais fácil convivência, palmilhando melhor, e cada vez melhor, enfim, o caminho da fraternidade.