segunda-feira, 21 de março de 2011

Os Perigos silenciosos dos Anabolizantes- Protejam seus filhos

Os esteróides androgênicos anabólicos (EAA ou AAS - do inglês Anabolic Androgenic Steroids), também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. Atualmente não são utilizados somente por atletas profissionais, mas também por pessoas que desejam uma melhor aparência estética, inclusive adolescentes. Os diferentes esteróides androgênicos anabólicos têm combinações variadas de propriedades androgênicas e anabólicas. Anabolismo é o processo metabólico que constrói moléculas maiores a partir de outras menores.

Os esteróides anabólicos foram descobertos nos anos 1930s e têm sido usados desde então para inúmeros procedimentos médicos incluindo a estimulação do crescimento ósseo, apetite, puberdade e crescimento muscular. Podem também ser usados no tratamento de pacientes submetidos a grandes cirurgias ou que tenham sofrido acidentes sérios, situações que em geral acarretam um colapso de proteínas no corpo. O uso mais comum de esteróides anabólicos é para condições crônicas debilitantes, como o câncer e a AIDS. Os esteróides anabólicos podem produzir inúmeros efeitos fisiológicos incluindo efeitos de virilização, maior síntese protéica, massa muscular, força, apetite e crescimento ósseo. Os esteróides anabolizantes também têm sido associados a diversos efeitos colaterais quando forem administrados em doses excessivas, e esses efeitos incluem a elevação do colesterol (aumenta os níveis de LDL e diminui os de HDL), acne, pressão sanguínea elevada, hepatotoxicidade, e alterações na morfologia do ventrículo esquerdo do coração.

O uso crescente de anabolizantes artificiais com fins estéticos nos Estados Unidos é classificada como uma "Epidemia silenciosa". Pesquisas recentes mostram que 7% dos estudantes colegiais americanos já foram ou são usuários de anabolizantes e que 9% dos que freqüentam academia os consomem regularmente. É a droga mais encontrada nos exames antidoping feitos pelo Comitê Olímpico Internacional.

No Brasil, embora não tenham sido feitos levantamentos capazes de quantificar o uso dos esteróides anabólicos, pode-se afirmar que o consumo cresce assustadoramente entre a população jovem. E isso acontece sem o menor controle das autoridades da saúde, porque não há no país uma regulamentação destinada a normatizar a venda desses medicamentos. Grande parte dos produtos anabolizantes consumidos internamente vem do exterior e é comercializada no mercado negro.

O nosso corpo é responsável pela produção de certos hormônios muito parecidos com o hormônio masculino (testosterona). Estes precursores são chamados de "esteróides anabólicos". A palavra "esteróide" vem do fato de todos estes hormônios terem a mesma estrutura química. A indústria farmacêutica, partindo desta estrutura química comum, sintetizou alguns fármacos que têm ação chamada anabolizante no corpo humano. O anabolizante, em termos mais simples, são produtos químicos que favorecem o desenvolvimento muscular, reduzem a quantidade de gordura e fortalecem os ossos. A palavra tem origem no anabolismo, que significa metabolismo positivo em contraposição com a situação chamada catabolismo, que se refere a metabolismo negativo.

O objetivo deste artigo é alertar para o perigo do uso abusivo de tais esteróides anabolizantes por adolescentes. Jovens, influenciados muitas vezes por amigos ou funcionários de academias de ginástica, que resolvem aumentar a massa muscular sem se preocuparem com os danos conseqüentes.

Sabemos que nas últimas décadas houve uma explosão do número de academias de ginásticas nos grandes centros urbanos do país. É um fenômeno, em princípio, elogiável. Leva a vários segmentos da população a necessidade de se fazer exercícios, da prática cotidiana ou de regular a movimentação física, de aprimorar o corpo, diminuindo a gordura corporal e aumentando a massa muscular.

Como forma de tentar ajudar na obtenção de um corpo mais saudável, musculatura perfeita, capacitação física ideal, também surge a "prescrição" de produtos nutricionais (vitaminas, minerais, aminoácidos). Muitas vezes os profissionais dessas academias começam assim e em pouco tempo passam a recomendar (em muitos casos a fornecer) anabólicos, "pró-hormônio de crescimento", e mesmo hormônios como testosterona, e hormônio de crescimento recombinado, isto é, obtido por processamento genético. Os médicos têm tomado conhecimento de fatos muito graves como, por exemplo, o uso de anabólicos esteróides para uso veterinário sendo usados para "queimar gorduras" e para "aumentar musculatura".

Essas práticas são criminosas e condenáveis e merecem uma ampla investigação por parte de nossas autoridades de Saúde Pública. Aos jovens, cuja vontade de ter um "corpo sarado" é mais forte do que o medo dos efeitos colaterais, é preciso fornecer orientação específica e detalhada sobre os múltiplos perigos desse tipo de automedicação. Também é importante levar aos adolescentes a alternativa saudável para que atinjam seus objetivos de maneira a não comprometer o corpo e a saúde. Sempre com um esquema nutricional adequado e treinamento físico bem orientado e freqüente.
O dopping mais preocupante é aquele que acontece nas academias, vestiários e lojas que comercializam suplementos nutricionais. Outro fato preocupante é que uma pesquisa mostrou que professores de educação são usuários de esteróides anabolizantes.
Apesar de todas as matérias mostradas na mídia, informando sobre as conseqüências do uso destes anabolizantes, ainda há uma alta taxa de complicações atendidas em pronto socorros e internações hospitalares e até morte súbita. O desejo de tornar-se grande, forte e musculoso supera os riscos a saúde.

É comum internações com necrose muscular do local de aplicação dos medicamentos, havendo casos extremos com uso de produtos veterinários.

A alimentação anterior e posterior ao exercício é importante para diminuir as perdas e repor aminoácidos desgastados durante e imediatamente após os exercícios. A hidratação também é outro ponto importante pois níveis ideais de potássio ajudam na síntese protéica e o volume hídrico ideal garantem a chegada do nutriente ao sítio onde é solicitado.

Outro ponto importante neste dopping das academias é que não há comitê olímpico e os órgãos fiscalizadores fazem muito pouco ou quase nada. O negócio é tão lucrativo que já se tem notícias de traficantes de drogas comercializando também esteróides anabolizantes.

É importante discutirmos este assunto com os jovens e profissionais da área para que menos mortes, seqüelados e obesos possam surgir em conseqüência do chamado dopping das academias.

Os esteróides anabolizantes usados por atletas para melhorar sua performance enfraquecem o organismo contra infecções e o câncer, de acordo com testes feitos na Austrália. Os cientistas descobriram que, mesmo usando doses 50 vezes menores do que as que são habitualmente ministradas por esportistas que se dopam, as drogas afetavam o sistema imunológico.
Os voluntários que participaram dos testes na Universidade Southern Cross também afirmaram ter sofrido mudanças de personalidade. Isso pode explicar por que em muitos casos os usuários de esteróides se tornam exageradamente agressivos.
Por seis semanas, um grupo de 24 atletas de vários países concordou em tomar esteróides anabolizantes para que a investigação fosse realizada como parte de um projeto encomendado pela revista New Scientist e pelo canal de TV britânico Channel 4.
No começo do estudo, eles participaram de uma série de atividades esportivas para avaliar como o seu desempenho era afetado. Os atletas foram divididos em dois grupo. O primeiro recebeu injeções de enantato de testosterona, um gênero de esteróide. O segundo grupo tomou injeções de placebo. Os cientistas que avaliaram os resultados não sabiam quem havia recebido o quê.
Como esperado, a droga melhorou o desempenho dos atletas, mas não sem efeitos colaterais.
Entre os que tomaram os esteróides observou-se uma redução de 20% das células NK, um tipo de glóbulo branco do sangue que é fundamental para o sistema imunológico.
Um outro efeito colateral foi a redução da empatia dos atletas que tomaram as drogas com outras pessoas, tornando-os menos sensíveis aos efeitos que suas ações têm sobre os outros.

Inúmeros efeitos colaterais de longo e curto prazo são relacionados com o uso de esteróides anabólicos. Veja abaixo, alguns já conhecidos :
- Calvície;
- Acne;
- Agressividade;
- Hipertensão arterial;
- Hipertrofia da próstata;
- Limitação do crescimento;
- Hepatotoxidade;
- Impotência sexual;
- Esterilidade;
- Insônias;
- Cefaléias;
- Aumento do mau colesterol LDL;
- Diminuição do bom colesterol HDL;
- Ginecomastia (surgimento de seios);
- Selamento das epífises ósseas;
- Coronáriopatias (complicações cardíacas);
- Enrijecimento das articulações;
- Atrofia testicular;
- Em mulheres, além dos acima citados podem ocorrer:
- Virilização;
- Crescimento de pelos;
- Engrossamento da voz;
- Hipertrofia do clitóris;
- Distúrbios menstruais e ovulatórios.
Não se sabe até que ponto os problemas ocasionados pelo uso das "bombas" são reversíveis. "Os casos têm que ser analisados de forma isolada porque cada organismo reage de um jeito ao uso do esteróide. Em muitos casos, o nível de comprometimento das funções é tão grande que não há opção de cura. Várias pessoas já morreram por causa do uso indiscriminado dos anabolizantes".

Por tantos riscos e inconvenientes, o uso indiscriminado de anabolizantes deve ser desencorajado, banido do meio esportivo. A grande arma capaz de resolver esse problema são as campanhas educativas. " O uso de esteróides já se tornou um caso de saúde pública.

Uma outra moda de ganhar volume no corpo, vem sendo praticada pelos adolescentes, que é a aplicação injetável de óleo mineral. Após a aplicação do óleo vegetal ocorre a fibrose muscular no local injetado e muitas vezes leva a amputação do membro afetado.

Pais: Vamos acompanhar nossos filhos com a educação da presença, evitando que o mesmo tome rumos
de sofrimento para Eles e a família.
Muita paz em Cristo!

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