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sexta-feira, 28 de maio de 2010
O Poder da Fé
A fé privilegiada pelo Cristo era muito diferente daquela contida e pregada pela religião "organizada" pelos homens, que deixou de possuir a qualidade de um poder que transporta montanhas, e passou a encaixar-se na aceitação de credos e seitas dominadoras da consciência do homem.
(Eduardo Carvalho Monteiro, em "Allan Kardec, o Druida Reencarnado")
Há muito tempo, as pessoas têm confundido os significados da palavra "fé" e da palavra "crença".
Crença é aquilo a que Eduardo C. Monteiro se refere no final do trecho acima, a aceitação de dogmas e de credos. Diante de um conjunto de princípios impostos, de informações sem possibilidade de comprovação, crer é simplesmente uma opção intelectual.
A outra opção é não crer. Não pode haver força nem sentimento verdadeiro na crença, pois não há fundamento sólido para tanto. A crença anda sempre acompanhada da dúvida, porque não é possível experimentá-la. De fato, só se tem necessidade de crer quando não é possível saber. Exemplo: Se eu sei que a Terra gira em torno do Sol, eu não necessito crer nisso.
A crença não se torna fé, a menos que possa ser testada e certificada através da experiência e da razão livre de preconceitos. A fé verdadeira não pode ser traduzida pelo crer, mas sim pelo saber.
E o maior mérito do Espiritismo bem compreendido, no meu entender, é fincar a fé sobre as bases da razão.
Ele nos possibilita saber o que antes só era aceitável como crença.
Isto é muito mais profundo e abrangente do que se supõe.
Em primeiro lugar, só a fé remove montanhas. Crenças, não. Crença, por mais forte que seja, é sempre uma hipótese. Fé é saber, é conhecimento disponível e aplicável.
Quando se sabe que Deus existe, pode-se realmente confiar-lhe poder sobre nossas vidas. Quando se crê, este poder é apenas presumido, e nunca nos entregamos totalmente a ele.
Quando se sabe da imortalidade, a morte muda de significado. Quando se crê apenas, o futuro permanece uma incógnita.
Quando se sabe da reencarnação, a importância do relacionamento humano cresce e nos conduz a decisões diferentes, com consciência dos compromissos assumidos. Quando se crê, as razões se enfraquecem.
Quando se sabe que um Espírito-protetor nos acompanha, pode-se pedir-lhe inspiração com a certeza de que ela virá. Quando se crê, mesmo que a inspiração venha, sempre duvidaremos dela.
Quando se sabe que a vida é só uma viagem, a importância de muitos acontecimentos e de muitas coisas muda totalmente. Quando não se sabe o que a vida é, nunca se sabe o que valorizar nela.
Quando se sabe que todos somos Espíritos criados iguais por Deus, para a evolução, desaparecem as diferenças sociais e raciais.
Todas estas certezas têm peso decisivo em nossas atitudes. Nosso modo de ser altera-se radicalmente a partir delas, porque só uma profunda compreensão, aliada a um forte sentimento, é capaz de modificar padrões estruturados de comportamento e levar à revisão de nossas posições navida. Só a fé tem este poder.
E mais: quando se sabe que é possível agir, pelo pensamento e vontade, sobre os fluídos que nos rodeiam e penetram, multiplicamos a eficácia da fé. Esta certeza mobiliza força para atuar positivamente sobre esta matéria imponderável, que se modifica ao influxo de nossos pensamentos, com efeitos incontestáveis sobre a saúde, sobre os Espíritos (encarnados e desencarnados) que nos cercam, e os acontecimentos.
A fé (saber, certeza) é tão fundamental, que Jesus disse a seus apóstolos: se não curastes, foi porque não tivestes fé.
Fé sólida, fé inabalável, convicção plena, certeza absoluta, como diz Kardec, é aquela que não exige que abdiquemos do raciocínio, nem insulta a nossa inteligência.
Só se pode transportar montanhas quando se sabe com certeza das faculdades imensas que Deus nos deu, as quais temos a responsabilidade de desenvolver. Só isto nos dá força de enfrentar obstáculos, oposições e ironias, de atravessar serenamente momentos difíceis em que a simples crença vacilaria e, quem sabe até, nos abandonaria pelo caminho.
RITA FOELKER
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