sexta-feira, 31 de julho de 2009

QUESTÃO DE ESCOLHA

Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.Da montanha, a visão da paisagem é mais ampla e o ar mais saudável.Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfemidades.No vale, a faixa de liberdade é menor e o campo de ação mais abafado.Entregando-se a Deus - " a onda de comprimento nulo e de frequência infinita" - você se transfere psiquicamente, onde se realiza plenamente.Atormentando-se com dúvidas e paixões dissolventes, onde as distonias desalentam ou aceleram o ser, você tomba, mentalmente, nas demoradas faixas das sensações inferiores, nas quais se desarticula.O céu está ao seu alcance.O inferno encontra-se a um passo de você.É questão de escolha...Quando você sorri com alegria, os seus equipamentos se descontraem.Quando você se encoleriza, todos os seus implementos recebem altas cargas vibratórias destrutivas.A felicidade começa no ato de desejá-la.A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.Utilize bem o seu tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.Autor: Marco PriscoPsicografia de Divaldo Franco

INTELIGÊNCIA E AMOR

Instrumentos de incrível precisão singram os espaços infinitos...Técnicas avançadas são postas a serviço da inteligência para atenderem aos vôos da imaginação exaltada...Cálculos incomparáveis ampliam os horizontes da Matemática a fim de atenderem às exigências da indagação hodierna.E o homem, ávido de novos rumos, avança para fora da órbita do domicílio em que se encontra engastado, na Terra, procurando soluções que, no entanto, se encontram nele mesmo, se se dispuser a mergulhar nos labirintos da alma para decifrar os enigmas que o afligem.Todavia, a inteligência, aplicada na elucidação dos inquietantes quesitos da vida, tem-se divorciado do sentimento para prejuízo do homem mesmo, que se atormenta, cada dia e a toda hora, vítima da própria irresponsabilidade.É que a chama do intelecto não prescinde do óleo do coração, para arder com a potência necessária à produção de luz e calor, suficientes para manterem o lume de felicidade.E quando aquele se desenvolve sem o combustível deste, incêndio voraz irrompe na máquina da ordem tudo devorando, tudo destruindo, ou, por falta dos elementos combustíveis, a paralisia tudo condena ao aniquilamento.Por isso, se a Astronáutica intenta colocar o homem no satélite da Terra ou nos planetas vizinhos, projéteis balísticos são testados, diariamente, em franca ameaça à civilização que os fabrica.Enquanto belonaves aéreas cruzam os espaços, encurtando as distâncias em nome do conforto e da pressa, radares ultra-sensíveis comandam teleguiados que podem destruí-los quando utilizados com outras finalidades.Cidades flutuantes que competem em conforto e luxo com as grandes Metrópoles de terra, edificadas para o ócio e o gozo, cruzam os mares acondicionando prazer e fortuna; no entanto, sonares ativos favorecem torpedos que as desmoronam, tudo transformando em ferro retorcido e ruína que as águas sepultam...... E a carreira armamentista se processa em termos indescritíveis...Quando o coração se converte ao bem, a inteligência se desdobra em serviço nobre e enovador.Há dois mil anos já, as mãos de Jesus, atendendo ao impositivo da sua mente excelsa, semeou as estrelas da caridade - filhas do amor - nos céus escuros das consciências, como um sol gentil a adornar de luz o firmamento...É imperativo consorciar mente e sentimento nas esferas do trabalho, para que a vida se converta, no Orbe, em estância de harmonia e paz.Para tanto se faz imprescindível que cada cristão atenda ao programa que lhe compete.A sociedade tem início na família, e esta começa no indivíduo.Se o cristão em atividade não dispõe de bastante serenidade para atender às questiúnculas que o surpreendem, com o tirocínio que dele se espera, não está preparado para participar da família ampliada...Se ingere altas doses de cólera e verte volumosa quantidade de desacato, não pode contribuir para um mundo melhor, uma sociedade mais feliz.Se reage ao invés de agir, é peça desajustada na máquina do progresso.A mensagem cristã atualizada pelo Espiritismo é roteiro pacificador, diretriz equilibrante, via de segurança...Imperiosa ordem, disciplina, obediência às instruções da Boa Nova para resultados salutares, eficientes.Quem não se domina, é incapaz de dirigir...Quem não sabe obedecer, não dispõe de valor para orientar...Por essa razão é necessário harmonizar lucidez da mente com emoção sentimental, para o real equilíbrio.A paz do mundo é serva da paz do lar, e esta é escrava da paz do homem...A grande máquina depende de humildes parafusos ou pequeninos minérios que as ajustam.Jesus, falando às multidões, utilizou-se das imagens humildes e conhecidas do povaréu; nas sinagogas selecionou expressões compatíveis com o conhecimento dos interlocutores que o inquiriram; diante, no entanto, da empáfia e parvolice, elegeu o silêncio e o trabalho como respostas serenas, inconfundíveis, amando, porém, indistintamente.E o Espiritismo, que no-Lo traz de volta na atualidade, se fala a elevada linguagem da Filosofia e da Ciência, atendendo às imperiosas questões do momento, também repete a singela linguagem que é roteiro para todas as épocas:"Fazei a outrem o que desejardes que outrem vos faça", exaltando o amor ao lado das conquistas valiosas da inteligência.Autor: Joanna de ÂngelisPsicografia de Divaldo Franco. Livro: Dimensões da Verdade

NOSTALGIA E DEPRESSÃO

Nostalgia e Depressão. As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão. O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre. Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia. A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser. lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual. Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional. A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. Esse deperecimento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos. A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional. Tenha-se em mente um instrumento qualquer. Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz respeito. Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve. Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e enarmonias perturbadoras na conduta psicológica. No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida. À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo. Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos. A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente. O som provém do instrumento. O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização. Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se - tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades - contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a da carga emocional perturbadora. Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão. É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo. Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros. Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo. Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm. Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmônicos... Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina, determinando-se por não continuar a existência. A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio. Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido. Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição. Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos. O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da autocompaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora. Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força. Naturalmente, quando o processo se instala - nostalgia que conduz à depressão - a terapia bioenergética (Reich, commo também a espírita), a logoterapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis. A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais complexidades e dificuldades de recuperação. Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional. O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais. Autor: Joanna de ÂngelisPsicografia de Divaldo Franco

HUMILDADE SEMPRE

>> MENSAGENS DE LUZ >> JOANNA DE ÂNGELIS

Humildade Sempre Joanna de Ângelis Alegra-te por fazeres parte da grandeza indescritível do Universo.Não te subestimes, a ponto de constituíres-te uma nota dissonante, nesta sinfonia de incomparável musicalidade.Busca sintonizar-te com a melodia que paira no ar, vibrante, afinando-te com a glória da vida.Engrandece-te na ação das coisas de menor monta; apequena-te, quando diante das expressivas realizações que promovem os pruridos da vaidade e desarticulam as peças da simplicidade.No contexto das expressões do Universo tu és importante, traduzindo a glória da Criação e evoluindo sem cessar.A humildade exterioriza o valor e a conquista pessoais.Ignorando-se, irradia-se e fomenta a paz em toda parte.Jamais te deixes engolfar pela revolta, que traduz soberba e orgulho.Quando alguém se permite penetrar de humildade, enriquece-se de força renovadora que se não exaure.Contempla as estrelas, mas não te descuides dos pedregulhos sob os teus pés.Sonha com os acumes esplendorosos das alturas, no entanto, não desconsideres as dificuldades-desafio da ascensão.O Sol, que mantém a corte de astros que o cercam, desgasta-se, lentamente.A Tecnologia, de tão salutares benefícios para a Humanidade, também responde pela tremenda poluição que ameaça a vida e a Natureza.O metal, que reluz, se consome no burilamento a que se entrega.Só a humildade brilha sem desgastar-se e eleva sem por em perigo.Muitos falam, escrevem e traçam definições sobre a humildade de que se dizem possuidores ou que propõem para vivê-la os outros.Sê tu aquele que passa incompreendido, porém entendendo o próximo e as circunstâncias, sem tempo para justificativas ou colocações defensivas.Segue a programação a que te vinculas com o bem, não descurando o burilamento íntimo, o sacrifício pessoal.Se outros pensam em contrário à tua atividade — cala e prossegue.Cada qual responde a si mesmo pelo que é e pelo que faz.A humildade difere da humilhação. Uma é luz, outra é treva; a primeira eleva, a segunda rebaixa.Investe-te da segurança, de que, na Terra, ainda não há lugar ou pelo menos compreensão, para a verdadeira humildade de que Jesus se fez o protótipo por excelência, e, olhos nEle postos, ignora o mal e os sequazes dos maus, não revidando nem magoando ninguém, embora ferido, em sofrimento intenso, na certeza da vitória plena e final, após a larga travessia pelo oceano das paixões humanas dilacerantes.Autor: Joanna de ÂngelisPsicografia de Divaldo Franco

ALMA QUERIDA

Alma querida! Batida pelo vendaval, sacudida pelas incertezas sob chuva de calhaus, sobre espículos cruéis. É noite, e as sombras desenham fantasmas. Tu tremes, choras... Dói-te o peito, represado de angústias e cambaleiam as tuas pernas fragilizadas. Tuas mãos, sempre ágeis, descem e se negam a transformar-se em asas para voar. Alma querida! Fita além da noite e verás, verás o amanhecer longínquo que chegará a ti, pleno de luz, apagando todas as sombras, diminuindo todas as aflições. Não pares! Ergue a cabeça e avança, alma solitária e triste! O Sol da eterna crença, avança no teu rumo, aguardando que sigas na Sua direção, no encontro, quando nimbada de luz, alma feliz, bendirás todas as dores, todas as humilhações, que são os tesouros imarcessíveis da vida, coroando-te de estrelas. Almas queridas! Não canseis de lutar! Cada um de nós é alma em reajustamento. Experimentamos aqui, outra vez, o seu quadro de testemunho, mas o nosso Modelo, quando aceitou a Cruz, transformou-a em dois braços que afagam e não numa trave hedionda de horror. Ide! Avante, Almas queridas, bendizendo a noite com vossas preces, que se transformarão em estrelas, com vossas lágrimas que se converterão em pingentes de luar, para que nunca mais haja escuridão. Deus vos abençoe, almas queridas! São os votos da servidora humílima e maternal de sempre.Autor: Joanna de ÂngelisPsicografia de Divaldo Franco

SURGE UMA NOVA ERA

O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância. Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova. Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã. Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, corno fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo. Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apóiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão. Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono. Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações. O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade. Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor. Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas. Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar. Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas. Passada a tempestade, a luz volta a fulgir. A sombra é somente ausência da claridade. Não é real. Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.Autor: Joanna de ÂngelisPsicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos Enriquecedores

PERSEVERAR

...perseveremos no bem sobretudo....a estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente ...Perseveremos servindo para transpô-la....o ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem...Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las....ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar...Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos....as lutas e desafios se nos avolumam na marcha...perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranqüilidade das quais não prescindimos para seguir adiante....discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças...Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe....filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão...no entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso....perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir...Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo......perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.Autor: Bezerra de MenezesPsicografia de Chico Xavier. Livro: Bezerra, Chico e Você.

O PASSE ESPÍRITA

O passe não é somente uma prática Espírita. Muitas religiões, seitas e mesmo terapias alternativas usam o passe como um dos seus mecanismos de cura, apesar de normalmente usarem nomes diferentes.Basicamente, o passe envolve uma troca de fluidos (geralmente do médium e do plano espiritual para o enfermo), e não possui qualquer tipo de contra indicação, sendo sempre valioso nos diversos tipos de enfermidades e distúrbios, podendo ser aplicado em qualquer pessoa e de qualquer idade. Mas para se ter maior eficácia, requer-se do médium hábitos sadios e atitudes cotidianas exemplares, baseadas na simplicidade, humildade e controle emocional. E do beneficiado, que eleve o seu pensamento e se ponha em atitude de fé verdadeira e que se disponha à cura mudando seu comportamento através da reforma íntima.É muito importante a sintonia vibracional nessa troca de fluidos (entre o espírito auxiliar, o passista e o necessitado) para que a freqüência miraculosa do amor se estabeleça e se cumpra a sua função fraternal.Há três tipos de passes: os espirituais, os magnéticos e os mistos. Nos primeiros, os fluidos são predominantemente dos Espíritos; nos magnéticos, recebem influência dos fluidos do magnetizador; e nos mistos, há uma espécie de equilíbrio entre as duas fontes de fluidos.Os passes geralmente devem ser ministrados nos Centros Espíritas, mas dependendo das condições morais/ espirituais dos envolvidos na prática, é possível se realizar podendo ser aplicado em qualquer local, a qualquer hora.Os espíritas que estudam seriamente o Espiritismo acreditam apenas na prática do amor, da caridade, da boa vontande, da disciplina e de todos os demais bons sentimentos, aliada à coerência doutrinária e ao respeito às orientações de Allan Kardec e da Federação Espírita Brasileirsefacaridade@ig.com.br cometer excessos, falo de certos hábitos que possam prejudicar a própria pessoa que aplica o passe, tais como: não comer demais, não fumar, etc. Não existe, ao meu ver, uma fórmula concreta, mas acredito que a boa vontade em ajudar,faz com que nós nos ajudemos ajuda antes de tudo quem aplica o passe, pois está nos princípios basilares do Cristo.

INFORMAÇÕES SOBRE O PASSE ESPÍRITA

1-O passe não é privilégio de ninguém, quer seja, pessoas, grupos ou Religiões.
2-Quem aplica passes é seguidor de Jesus, que ensinou a impor as mãos sobre os enfermos e beneficia-los.
3-O passe, muitas vezes, é recurso paliativo, de ação passageira, apenas aliviadora.
4-O objetivo maiorm da Doutrina Espírita é a cura da alma através do esclarecimento.
5-O tratamento pelo passe espírita, não dispensa tratamento médico
6-Somente devem tomar passes os realmentes necessitados.
7-Ninguém pode dizer de quantos passes uma pessoa necessita.
8-Parar de receber passes, quando já se sentir bem.
9-O que realmente educa os sentimentos e sensações ruins, é a reforma íntima
10-O evangelho é para ler, mas principalmente para praticar.

Obs: Seja receptivo a prece espontânea ajuda na recepção dos fluidos.
Não seja refratário! Pensamentos dispersos dificultam a recepção dos fluidos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A FÉ E SEU PODER

LEDA MARQUES BIGHETTIde Ribeirão Preto, SP.

Analisando a trajetória evolutiva identificamos o homem a caminhar dentro de horizontes e arrastando-os na seqüência existencial através das raízes em heranças. O que vai contribuir para que se liberte desses atavismos, será o conhecimento, permitindo este que cada um se analise, escolha e trace os caminhos da própria libertação.
Sob essa reflexões, teve o homem sempre a oportunidade de escolher caminhos?
Após a instalação do Cristianismo como religião oficial, com o predomínio da vida religiosa sobre as demais formas sociais, e, sobretudo, com a concentração do campo espiritual nos conventos e seminários, durante a Idade Média principalmente, o comum nas questões da fé, é a imposição dos pontos considerados de fundamental interesse ao pensamento humano e que devem ser aceitos como dogma de fé, incontestáveis, proibidos de serem discutidos, não se admitindo não só refutações como também simples trocas de idéias sobre os mesmos. A autoridade de quem dita o dogma é absoluta, infalível, definitiva e todo cristão deve acatá-la como expressão autêntica da verdade revelada.
Fé é chamada de virtude teologal, isto é, qualidade essencial para salvação e como tal deve-se aceitá-la, não importando o modo como se viva. Basta ter fé.
A vigência de tal estado, vem desaguar mais ou menos no século XVIII e se afirma em dois grandes movimentos: o materialismo, anterior ao Cristianismo, mas que se acentua por rejeitar a salvação pela fé. Na outra opção, firma-se a fé cega, que nada examina, tudo aceita, sectária, fanática e passiva.
Esse panorama no início do século XIX mescla-se ao lado das contestações nascentes, dos raciocínios que acirravam discussões em verdadeira oposição ao dogma. Lógica, razão, observação e experimentação vão caracterizar o pensamento da época. Questionam, buscam, refutam. Nesse clima, em face à tantas controvérsias, principalmente frente aos efeitos físicos que imperam, uma mente lúcida, personificada pelo professor Rivail procura a Verdade. Não o faz, nem dentro do materialismo, em nem na fé cega. Busca estudar através do campo científico. Aplica o método da experimentação: sem teorias pré concebidas observa, compara, deduz. Dos efeitos procura causas. Encadeia os fatos e só admite uma explicação como válida quando resolve ela todas as dificuldades de uma questão.
O conteúdo espírita, advindo dessa busca “(…) não pretende forçar convicção alguma, mas tão somente oferecer uma base racional de crença espiritual dos que não podem tê-la por não aceitarem as formas existentes (…)” 1
Tal afirmação é lógica, uma vez que a evolução vai fazendo com que as criaturas superem propostas ingênuas na procura de princípios mais claros na fé que esclarece satisfazendo a razão.
Como então, fé é entendida?
O vocábulo possui várias significações: pode ser entendido como crença, confiança, crédito, preceitos desta ou daquela religião ou fé pura, isto é, aquela que não diz respeito a nenhuma forma de crença ou seita em especial, mas que se traduz por segurança absoluta quanto ao que diz respeito à existência de um ser superior, Deus, sua justiça e misericórdia.
Seria esta a mais sublime como também a mais difícil de ser encontrada, pois se estabelece sob bagagem que fala de aprimoramento passado.
Ter fé nesse sentido, é ter convicções, certezas que ultrapassam o âmbito de uma sigla religiosa e que leva a que se vençam barreiras, porque não se sente sozinha, sabe por onde, porque e para onde caminha, repousada a sensibilidade em alegria íntima. Traduz certeza na Providência, confiança que leva a posicionar-se diante das lutas e conflitos com tranqüilidade e luz no coração.
Crer e ter fé, nesse caso, são a mesma coisa?
Não. Acreditar é expressão de crença, dentro da qual os legítimos valores da fé se encontram embrionários. O indivíduo admite sem exame, afirmações absurdas ou não, propostas estranhas ou dogmas. Age só pelo sentimento, no qual aceita sem verificação tanto o verdadeiro como o falso. Levada ao excesso, conduz ao fanatismo. No oposto, pode abolir o sentimento e só usar a razão. Encontrará fantasmas impiedosos que podem levar à negação, à obstinação e ao crime.
Na realidade, desenvolver fé, é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu creio, mas afirmar eu sei, com todos os valores da razão e do sentimento.
Essa fé – eu sei – não caminha sozinha e ao exercer-se, desenvolve outros aspectos, considerados estes como virtudes uma vez que essa fé não existe sem a paciência, esperança, humildade, persistência, sem o entendimento racional, daquele que crendo, sabe.
Como efeito, teremos um homem desperto nos sentimentos nobres; torna-se empolgante; traduz certezas, exprime confiança na disposição sadia daquele que entendendo, confia, trabalha e aguarda.
Fé – razão e sentimento, tríade inseparável em que um vivifica o outro e a união dos três abre ao pensamento campo de certezas no qual a vida se harmoniza.
Quais os efeitos dessa forma de fé?
Diante dos perigos e turbulências, o homem assim convicto, age, faz a sua parte, permanece em equilíbrio e aguarda respostas atento para identificá-las, não no sentido do que quer que se realize, mas conforme a necessidade que atenderá. Torna-se robusto e forte nas atitudes. O conhecimento do mundo invisível, a confiança numa lei superior de Justiça e progresso, propiciam calma e segurança.
“(…) Efetivamente, que poderemos temer, quando sabemos que a vida é imortal e quando, após os cuidados e consumições da vida, além da noite sombria em que tudo parece afundar-se, vemos despontar a suave claridade dos dias infindáveis? (…)” 2
Para que tal estágio seja alcançado a base tem que ser sólida amparada no livre exame e liberdade de pensamento, na observação direta das leis naturais, reguladoras estas de todos os fenômenos. Este é o caráter da fé espírita: decorre do exame racional dos fatos em perfeita consonância com as leis que regem a Vida.
Como adquirir essa forma de fé?
Não é conquista que se estabelece de uma hora para outra. É ação individual no tempo, nas experiências vivenciadas em reflexões lógicas das causas, oração, meditação para discernir e acertar. Em gérmen, está presente em todos os seres; é inata a aguardar o esforço de cada um para crescer e fazer sentir sua ação.
No Espiritismo, é entendida como uma faculdade natural da alma. A semelhança do Amor, também contido em gérmen, cultivado à luz da razão, desenvolve-se da mesma forma que as outras faculdades. Naqueles em que já se apresenta espontânea, atestam sinais de progresso anterior, no qual já creram compreendendo, trazendo ao renascer a intuição do conhecido.
Os que sentem dificuldades, que estão na luta da busca, no conflito, na dualidade do passado detido na fé cega que não mais satisfaz e abrindo-se a um futuro ainda não claro, buscar, pesquisar, raciocinar, comparar, compreender para que a inteligência lhe aponte a lógica de uma proposta.
A fé que não se assentar sob essas bases, impõem-se sobre uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.
Fé raciocinada se apóia em fatos, na lógica que não deixa dúvida. Leva o homem a melhoria íntima em certezas que o direcionam para agir livremente sem medo de castigos, sem promessas, trocas ou dependências na fé raciocinada que “(…) pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade (…)” 3
Qual passagem evangélica é um exemplo do poder da fé?
Um certo pai procura Jesus para que lhe cure o filho obsedado, já que os discípulos não haviam conseguido faze-lo. Jesus pergunta:
“(…) — Há quanto tempo isto lhe sucede?
Desde a infância; mas se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos.
Ao que lhe respondeu Jesus:
— Se podes! Tudo é possível ao que crê.
E imediatamente o pai do menino exclamou (com lágrimas): — Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé (…)” 4
O texto passa esperança ao mesmo tempo que ensina que no campo íntimo, no sentimento, na estrutura moral, impossível é termo sem significação, aceito apenas por aqueles que desconhecem a força dos que tendo fé, crêem porque sabem.
Quando a crença, a fé nos pareça pouca, insuficiente, titubeante, surge a exclamação do Pai: “— (…) Creio Senhor! Ajuda-me na minha pouca fé (…)” 4
Exterioriza-se ainda nessa passagem as características da fé verdadeira: o filho sofria desde a infância e não há desânimo; há persistência, humildade, pois leva primeiro aos discípulos e só depois procura Jesus; não perde a esperança, não desanima, não se entrega. Mantém a atitude de certeza na busca do bem para o outro, atitudes enfim, corajosas, que no seu todo davam-lhe forças para prosseguir buscando sem desequilíbrios ou descontrole.
“(…) A fé é o maior tesouro da alma (…).” 5 Sem ela nenhum sentimento generoso, caridade ou amor poderá habitar, crescer e florescer na alma humana, uma vez que não há a certeza que gera a esperança para alcançar. Analisando, o valente pai da parábola não sente dificuldade, procura, busca, entende, tem objetivos, desvincula-se de si, busca o melhor reflete, aceita, recomeça e encaminha-se para Deus.
“(…) Eu repito: a fé humana e divina, se todos os encarnados estivessem bem persuadidos da força que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que, até o presente, chamou-se de prodígios, e que não é senão, o desenvolvimento das faculdades humanas (…)” 3
Conclui-se que sendo inata, aguarda pelo trabalho de cada um consigo, para que crescendo, clareie e fortaleça a alma como mensagem de Deus libertando as criaturas.
Bibliografia:
1. KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1968, 14. ed., primeiro diálogo, p. 10.
2. DENIS, Léon. Depois da Morte. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1983, 12. ed., Parte Quinta, XLIV, p. 260.
3. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Araras, SP: IDE, 34. ed., cap. XIX– 7, p. 247, 12 e 250.
4. BÍBLIA, Novo Testamento. Rio de Janeiro, RJ: Sociedade Bíblica do Brasil, 1973, in: Mc 9 : 21-24, p. 57.
5. SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus. Matão, SP: Casa Editora O Clarim, 1976, 10. ed., p. 260.

CONFLITOS DE CULPA

Atualmente percebe-se um grande número de pessoas, principalmente de jovens, que carregam consigo o sentimento de culpa e os seus conflitos. Muitas podem ser as causas de tal questão:• Registros no inconsciente profundo, resultantes de comportamentos inadequados ou destrutivo em outras existências ou na atual;• ” Ignorância medieval ” nele ainda remanescente, que a tudo quanto ignorava, por parecer aético ou imoral, transformava em pecado, culpa imundice, propiciando sentimentos ultrajantes e vergonhosos àqueles que passavam pelas experiências dignas de punição;• Convivência doentia com pais neuróticos e irritados, que gritam e acusam, que maltratam e agridem a criança que, se sentindo impossibilitada de tolerá-los ,foge-lhes da presença, refugiando-se no seu quarto ou no mundo particular da imaginaçãoQuando se trata dos registros no inconsciente profundo, inadvertidamente o paciente experimenta a desagradável sensação de haver escamoteado a verdade ou agido erradamente, sem que ninguém tivesse idéia ou conhecimento dos seus atos reprocháveis. Porque os dissimulou com vigor ou conseguiu nega-los com veemência, permanece-lhe a crença subjacente de que, num ou noutro momento pode ser chamado à prestação de contas ou ser desmascarado, tombando em descrédito ou sofrendo a zombaria de quem hoje lhe oferece confiança e amizade.
Acoimado pela culpa, foge dos relacionamentos de qualquer natureza, cultiva o mau humor, processa erradamente o que houve, sempre considerando que todas as queixas e reprimendas, advertências e observações que o alcançam têm por meta censurá-lo, humilhá-lo, estigmatizá-lo…
No que diz respeito à “ignorância medieval” ocorre a vergonha de si mesmo assomando ainda hoje como sinal de permanência emocional nos dias sombrios da intolerância, considerando ignóbil ou vulgar, promíscuo ou sujo, todo e qualquer comportamento menos adequado ou mais primitivo, e assim se eximindo de culpa. Devido a esse comportamento emocional, tem dificuldade em assumir a responsabilidade pelos seus erros, enganos e equívocos, tendo ainda sempre desculpas para justificar o que considera reprovável.
Muitos pais acusam os filhos de ser um peso nas suas vidas ou responsável pelos problemas e transtornos que experimentam, passa a sentir culpa, de que não consegue liberar-se, prosseguindo numa adolescência incompleta, na qual surge a vergonha da própria sexualidade, por parecer-lhe algo impuro.
Quando a culpa aparecer no indivíduo deve-se assumi-la e trabalhar com naturalidade, o sentimento de perdão e compreensão aos pais e aos fatores que trabalharam para a sua instalação facultam-lhe o desaparecimento paulatino até a total desintegração.
O hábito saudável de aceitar-se como se encontra libera da autocrítica recriminatória, portanto, autopunitiva.Bibliografia: O Despertar Do Espírito – Divaldo P. Franco / Joanna de Ângelis

CONCEITO DE CULTURA A LUZ DO ESPIRITISMO


O conceito de cultura à luz do Espiritismo
“A cultura é uma lente através da qual o homem vê o mundo e por isso homens de culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas”.Ruth Benedict
A cultura em nosso entendimento simples pode ser considerada como um todo complexo de padrões e de comportamentos que são transmitidos coletivamente sendo típicos de uma determinada sociedade, sendo assim, são os hábitos adquiridos pelo homem e desenvolvidos por ele através dos tempos, nós temos a pretensão- não somente neste artigo, mas em toda leitura complementar que indicamos ao final dele- de iniciar uma discussão sobre algumas idéias que ainda sobrevoam as mentes de alguns leitores, idéias que estão afirmando a existência de uma espécie de herança-genético-cultural onde a frase corrente nos servirá como um exemplo, pois ela vem sendo passada culturalmente, geração após geração: ele puxou o pai. Essa frase atribui a uma determinada pessoa, geralmente mais nova, uma herança-genético-cultura passada por outra pessoa, geralmente mais velha, desconsiderando o fato que o aspecto cultural não pode ser passado geneticamente, mas se assim fosse-vamos supor que existisse tal feito genético-eu pergunto ao caro leitor: será que o filho do Pelé é tão bom jogador quanto o pai ou o filho de Machado de Assis seria tão inteligente quanto o próprio? Talvez sejam perguntas modestas, mas ainda peço que o digno leitor destas simples linhas coloque-as em prática e já adiantando: o caríssimo amigo verá somente uma semelhança genética em cada exemplo, uma semelhança que é dada maiôs pelas afeições físicas e não as intelectuais ou morais de cada ser, poderás perceber que esses seres que nos foram um alvo de pesquisas são simples afins e por isso parecidos em alguns desses aspectos que podemos considerar como individuais, mas, por favor, não atribua isso a uma herança genética.Também podemos considerar que cada ser humano possui uma cultura diferente e que cada um é um espaço cultural em potencial que está em pleno desenvolvimento e a cada instante de vida no Planeta tem o poder de absorver determinado tipo cultural, filtrando-o e deixando entrar em si o que ele considera relevante para sua vida, esse é um processo complexo que pode acontecer com o auxílio de outros seres, os quais ele mantém contato direto ou indireto; a célebre frase de Heráclito nos faz pensar melhor nisso, pois nos é passado que ao retornar para o rio o ser que outrora havia estado no interior deste não é mais o mesmo e assim interpretamos que essa mudança só é possível porque a cultura pessoal já foi acrescentada e enriquecida com alguma outra cultura levando-nos a levantar a bandeira dos que acreditam que o homem não deixa de evoluir embora pareça que ele além de evoluir retrograda culturalmente e moralmente a cada dia numa espécie de traçado curvo e decrescente, mas acredito que há uma multiplicidade cultural em cada Ser onde cada um possui uma cultura própria sendo uma sociedade individual e complexa que por estar inserido em uma outra sociedade tem o mesmo tipo de cultura que representa os valores coletivos, porém possuem uma cultura individual diferente e por mais que tentemos moldar homens para serem iguais eles serão sempre diferentes em suas culturas, quer coletivas ou individuais.Talvez pudéssemos apenas ficar com o conceito de que a cultura são os padrões complexos dos padrões concretos de comportamento – costumes, usos, tradições, feixes de hábito, etc. etc. - mas trazemos a idéia do Professor Clifford Geertz que conclui que a cultura pode ser vista pode ser vista como um conjunto de mecanismos de controle – planos, receitas, regras, instruções para governar o comportamento, etc. -, sendo o homem o animal mais desesperadamente dependente de tais mecanismos de controle, extragenéticos, fora da pele, de tais programas culturais para ordenar o seu comportamento, o Professor diz que o homem precisa de símbolos significantes, sem os quais seria ignorável tais como o símbolo de um líder, um presidente, líder espiritual (conhecido popularmente como pajé) ou mesmo um ditador, ele afirma que não há um limite determinado entre o que é biológico ou cultural no Ser Humano, mas que em algum ponto os dois se entrelaçam e esse ponto é a necessidade.O professor Ney Lobo escreve assim no seu livro Filosofia Espírita da Educação e Suas Conseqüências Pedagógicas e Administrativas: O espírito, ao reencarnar, não somente é envolvido pelo ambiente sócio cultural em que renasce, mas traz, ainda, por acréscimo, a cultura da encarnação progressa. Essa ultima, porem, se manifesta tão somente pelos seus traços estruturais e não por conteúdos: “cultura é tudo aquilo que fica depois que se esquece tudo”. No século XIX, item Transmigração dos Povos da obra A Caminho da Luz ditada pelo espírito Emmanuel nos é exposto uma informação valiosa sobre povos que existiram em uma época e reencarnaram em outra da historia da humanidade, conduzindo seus valores e conservando sua personalidade coletiva: assim os antigos fenícios (2300 – 332 a.C.) reapareceram na Espanha e Portugal, 1700 anos depois, com a mesma vocação marítima; os Espíritos de Atenas na Grécia clássica reencarnaram na França moderna, reativando o direito dos homens e dos povos; os espartanos transferem-se para a Prússia com o mesmo espírito belicoso; os romanos transmigraram para a moderna Grã-Bretanha onde renovam a edilidade romana, educação, prudência e espírito admistrativo, assim escreve o professor Ney Lobo. E em O Livro dos Espíritos questão número 272 é perguntado aos Espíritos se poderá dar-se que Espíritos vindos de um mundo inferior à Terra, ou de um povo muito atrasado, como os canibais, por exemplo, nasçam no seio dos povos civilizados? E assim eles respondem: Pode. Alguns há que se extraviam, por quererem subir muito mais alto. Mas, nesse caso, ficam deslocados no meio em que nasceram, por estarem seus costumes e instintos em conflito com os dos outros homens. Tais seres nos oferecem o triste espetáculo da ferocidade dentro da civilização. Voltando para os meios dos canibais, não sofrem uma degradação; apenas volvem ao lugar que lhes é próprio e com isso talvez até ganhem. A questão número 141 do livro O que é o Espiritismo? Expõe-se assim: Por que, no meio das sociedades civilizadas, se mostram seres de ferocidade comparável à dos mais bárbaros selvagens? E assim eles respondem: São espíritos muito inferiores, saídos das raças bárbaras, que experimentam reencarnar em, meio que não é seu, e onde estão deslocados, como estaria um rústico colocado de repente numa cidade adiantada. Diante disso citamos o exemplo dos meninos lobo da Inglaterra, eles foram criados com os lobos das florestas inglesas e adquiriram todo o transjeito daqueles animais, mas quando foram expostos ao contato com a vida dos humanos ingleses pereceram rapidamente.A cultura tem o dom de explicar, promover o desenvolvimento, perpetuar ou extinguir um meio humano inteiro onde o individuo estiver inserido, ela se propaga e ultrapassa fronteiras o tempo todo e nos dias atuais com agilidade cada vez maior. Ela serve, também, não para acabar, mas para nos iniciar numa reflexão cada vez mais apurada do etnocentrismo que domina as culturas existentes – coletivas ou individuais. A derrubada do etnocentrismo é algo primordial para essas culturas e só terá inicio quando cada ser humano reconhecê-lo em si e reconhecê-lo não como um ponto simplesmente, mas como uma chaga que pode ser curada, tornando-se cada vez mais maleável dispondo-se a absorver e filtrar todo e qualquer tipo de cultura promovendo assim uma ascensão intelectual e/ou moral que é própria do Homem.O Professor Ney Lobo lembra-nos na sua célebre obra citada acima que a Doutrina Espírita procura sempre valorizar a cultura intelectual do homem, de mãos dadas com o culturalismo pedagógico, isento, todavia, do seu exclusivismo e reconhece, ainda, que o aperfeiçoamento moral pode ser o efeito da cultura intelectual. O Professor Paulo Freire lembra-nos que o saber é relativo e o escrito e poeta francês Victor Hugo diz que a verdade não está nos extremos, mas sim no meio, levando o que seria a verdade não a uma simples divergência de opiniões, mas a convergência delas o que nos faz levantar os escritos da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, Capítulo XII, Versículos 15, 16 e 17 que fala a respeito da união e transcrevemos assim: se o pé disser: porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E a orelha disser: porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Paulo quer chamar a atenção para um único e relevante sentimento, o da união, que talvez seja o sentimento mais importante que poderemos encontrar nessa nossa tentativa de descobrimento de nós mesmos através da tentativa de entender o que realmente é cultura, fora e dentro de nós mesmos.
“O progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre segue-o imediatamente”.O Livro dos Espíritos - Q 780Michel SerpaJuliana Brasil
Texto elaborado para o estudo: Cultura à Luz do Espiritismo (O conceito de cultua)Realizado no dia 23/02/2008 às 17h na Mocidade do Grupo Espírita Coração de JesusExpositores: Michel Serpa e Juliana Brasil.
Bibliografia básica:1. Novo Testamento - Edição The Gideons International - Nashville Tennessee - E.U.A. - Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, Capítulo XII, Versículos 15, 16 e 172. Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos – Edição: Federação Espírita Brasileira – Tradução Guillon Ribeiro – Perguntas realizadas: 190,; 191; 217; 222; 271; 272; 637; 753; 755 e 780.3. Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Edição: Federação Espírita Brasileira – Tradução: Guillon Ribeiro – Capítulo VI, Versículo 5, Parágrafo 5.4. Kardec, Allan – O que é o Espiritismo? – Edição: Federação Espírita Brasileira – Tradução: Guillon Ribeiro – Questão: 37; 139; 140 § 2º e 141.5. Xavier, Francisco Cândido – Espírito Emmanuel – A Caminho da Luz – Edição: Federação Espírita Brasileira.6. Lobo, Ney – Filosofia Espírita da Educação e Suas Conseqüências Pedagógicas e Administrativas, Vol. 1 – Edição: Federação Espírita Brasileira – 2ª edição – Pág. 103 a 105.7. Laraia, R.B. – Como Opera a Cultura e Antecedentes Históricos do Conceito de Cultura. In: Laraia, R. B. – Cultura: Um Conceito Antropológico (15ª edição) – Rio de Janeiro – Editora: Jorge Zahar ed. 2002.8. Lévi-Strauss, C. – Natureza e Cultura – In: Lévi-Strauss, C. – As Estruturas Elementares do Parentesco – Petrópoles – Editora: Vozes 1982.9. Geertz, C. – O Impacto do Conceito de Cultura Sobre o Conceito do Homem – In: Geertz, C. – A Interpretação das Culturas – Rio de Janeiro – Editora: Jorge Zahar ed. 1978.10. Tylor, Edward – Primitive Culture, 1871 – cap. 1 – P. 1ondres, John Murray & Co. [1958 – Nova Iorque, Harper Torchbooks].11. Benedict, Ruth – O Crisântemo e a Espada – 1972.12. Holanda, Aurélio Buarque de – Mini-dicionário eletrônico – Edição: Positivo 2004.13. Freire, Paulo – Educação como Prática da Liberdade – Editora: Paz e Terra Ltda. 1974.14. Pedro, Antônio e Cáceres, Florival – História Geral (Série Sinopse) – São Paulo – Editora: Moderna 1980.

A EUTANÁSIA NA VISÃO ESPÍRITA

A Eutanásia na visão espírita
Eutanásia. Do grego ‘eu’ (bom) e ‘tanathos’ (morte). Seria, analisando etimologicamente, a suposta “boa morte”. Cientificamente, uma morte com menores sofrimentos.A eutanásia é tratada por alguns enfermos como “um meio de se obter uma morte digna”. Não podemos julgar essas pessoas devido aos seus problemas e suas condições de saúde. Mas podemos analisar a palavra digno. Digno é, entre outros significados, alguém ou algo merecedor. Analisemos este termo. Então, no caso, por se encontrarem em um estado grave de enfermidade, algumas pessoas se julgam no direito de determinar o término de sua vida, julgando esta ser uma opção mais correta por não se considerarem merecedoras deste tipo de desencarne. No Livro dos espíritos, os espíritos afirmam que “é sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência”.No livro Após a Tempestade, Joanna de Ângelis define a eutanásia como algo puramente material. “É uma prática nefanda que testemunha a predominância do conceito materialista sobre a vida, que vê apenas a matéria e suas implicações imediatas em detrimento das realidades espirituais, refletindo também a soberania do primitivismo animal na constituição emocional do homem”, afirma. Depois dessa explicação, vemos que esse ato pode parecer bastante pensado aos olhos da pessoa, do ponto de vista material, mas é uma atitude extremamente impensada do ponto de vista espiritual. Queremos que as pessoas pensem realmente se é isso que desejam. Esse ato abrevia o sofrimento de hoje, mas acarreta sofrimentos até maiores a esses espíritos ao longo de sua caminhada evolutiva e contradizem, se for o caso, o respeito dessas pessoas às leis de Deus. Nós, espíritas, temos a consciência de que a eutanásia não é um alívio. Pelo contrário, é o início de grande sofrimento para esse espírito. Tal ato seria uma inconseqüência mediante o que aprendemos em nossa doutrina. Não estamos aqui simplesmente para passar nossa opinião. Estamos, além disso, mostrando o que a Doutrina Espírita tem a nos dizer sobre esse tema tão complexo.E no caso de uma outra pessoa,seja ela um familiar ou o próprio médico,tomar a decisão de interromper a vida desse enfermo ou colaborar com esse ato? Seria essa uma ação solidária ou inconseqüente, errônea?Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no Capítulo V (Bem-aventurados os aflitos), item 28 “Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústia, apressando-se-lhe o fim?”, nós podemos obter a resposta: “Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias adversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A ciência não se terá enganado nunca em suas previsões? (...)”O Evangelho nos responde e ainda toca em uma questão muito importante: a ciência e seus erros, improváveis mas possíveis. Com certeza, acontecem muitos casos de médicos que prevêem um prazo de vida a um enfermo e este se expande muito mais que o esperado. Sabemos que a ciência evolui a cada dia e nos prova coisas consideradas improváveis há tempos atrás. Ela pode até determinar os fatores que podem influenciar uma vida longa ou curta, mas nunca dizer exatamente quando será o termo de uma vida. Isso só cabe a Deus.Por todos esses fatores, devemos ser contra a Eutanásia (não esquecendo, claro, do livre arbítrio) mas, acima de tudo, devemos nos mostrar solidários aos enfermos, argumentando sobre a decisão destes de abreviar sua vida, mostrando-lhe que é importante à sua família, sem entrar na questão do desencarne (pós-morte) em se tratando de uma pessoa que não tenha religião ou que não seja espiritualista, mostrar a esta uma maneira de ser útil à sociedade, de ter auto-estima, de se sentir alguém.
Ramon Campos Mitchell da Silva

quinta-feira, 23 de julho de 2009

POEMA O ENVIADO DO CRISTO

Esse triste companheiro Cujo passo te procura Ralado de desventura Que não sabes de onde vem...
Esse pedinte arrasado Por dores desconhecidas, Emaranhado em feridas, Sem proteção de ninguém...
Esse amigo que lastimaA própria ação rude e cegaNo cárcere que o segregaPara reforma e pesar...
Esse irmão largado à noite,De olhar magoado e profundo Que roga debalde ao mundoO doce calor de um lar...
Essa mendiga que estendePobre mão encarquilhada Cuja penúria na estrada Ninguém na Terra traduz...
Esse doente cansado Que se lamenta sozinhoAbandonado ao caminho à mingua de paz e luz...
Essa mãe de filho ao peito Que em lágrimas se consome às vezes com febre e fomeRogando socorro em vão...
Essa criança assustada Que chora sem rumo certo, Flor atirada ao desertoAnjo na cruz da aflição...
À frente desses amigosQue o sofrimento encarcera Corações em longa esperaRecordai o “não julgueis”...
Eles não pedem censura Mostrando a necessida deEnsinar que a caridade É a lei de todas as leis!...
Esses irmãos quase mortos!...Eis que o Céu no-los envia Na estrada do dia-a-dia Para as lições do Senhor!...
Saibamos ressuscitá-los Da morte em sombra na prova Doando-lhes vida novaNa escola viva do amor!...
Chico Xavier - espírito IRENE SOUZA

POEMA DE GRATIDÃO

Senhor Jesus, muito obrigada!Pelo ar que nos dás,Pelo pão que nos deste,Pela roupa que nos veste,Pela alegria que possuímos,Por tudo de que nos nutrimos.
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,Pelas aves que voam no céu de anil,Pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!Pelos olhos que temos...Olhos que vêm o céu, que vêm a terra e o mar,Que contemplam toda beleza!Olhos que se iluminam de amorAnte o majestoso festival de corDa generosa Natureza!
E os que perderam a visão?Deixa-me rogar por elesAo Teu nobre Coração!Eu sei que depois desta vida,Além da morte,Voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,Pelos ouvidos que me foram dados por Deus.Obrigada, Senhor, porque posso escutarO Teu nome sublime, e, assim, posso amar.Obrigada pelos ouvidos que registam:A sinfonia da vida,No trabalho, na dor, na lida...O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,As lágrimas doridas do mundo inteiroE a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar?Deixa-me por eles rogar...Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.Mas também pela voz que ama,Pela voz que canta,Pela voz que ajuda,Pela voz que socorre,Pela voz que ensina,Pela voz que ilumina...E pela voz que fala de amor,Obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daquelesQue perderam o dom de falarE o teu nome sequer podem pronunciar!...Os que vivem atormentados na afasiaE não podem cantar nem à noite, nem ao dia...Eu suplico por elesSabendo que mais tarde,No Teu Reino, voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhasAlavancas da ação, do progresso, da redenção.Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,Pelas mãos que fazem ternura,E que socorrem na amargura;Pelas mãos que acarinham,Pelas mãos que elaboram as leisE pelas que as feridas cicatrizamRetificando as carnes partidas,A fim de diminuírem as dores de muitas vidas!Pelas mãos que trabalham o solo,Que amparam o sofrimento estancam lágrimas,Pelas mãos que ajudam os que sofrem,Os que padecem...Pelas mãos que brilham nestes traços,Como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!
...E pelos pés que me levam a marchar,Erecto, firme a caminhar,Pés da renúncia que seguemHumildes e nobres sem reclamar.
E os que estão amputados, os aleijados,Os feridos e os deformados,Os que estão retidos na expiaçãoPor crimes praticados noutra encarnação,Eu rogo por eles e posso afirmarQue no Teu Reino, após a lidaDesta dolorosa vida,Poderão bailarE em transportes sublimes com os seus braços também afagar.Sei que lá tudo é possívelQuando Tu queres ofertar,Mesmo o que na Terra parece incrível!
Obrigada, Senhor, pelo meu lar,O recanto de paz ou escola de amor,A mansão de glóriaOu pequeno quartinho,O palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho ePelo lar que é meu...Mas, se eu sequerNem um lar tiverOu teto amigo para me abrigarNem outra coisa para me confortar,Se eu não possuir nada,Senão as estradas e as estrelas do céu,Como sendo o leito de repouso e o suave lençol,E ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho ao léu...Sem um alguém para me consolarDirei, cantarei, ainda:Obrigada, Senhor, porque te amo e sei que me amas,Porque me deste a vidaJovial, alegre, por Teu amor favorecida...Obrigada, Senhor, porque nasci,Obrigada, porque creio em Ti....E porque me socorres com amor,Hoje e sempre,Obrigada, Senhor

DIVALDO PEREIRA FRANCO - ESPÍRITO : AMÉLIA

CONTO - CÍRCULO DO AMOR

Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou.
O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face,ela ficou Preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora.Ele iria aprontar alguma? Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto. Ele pôde ver que ela estava com muito medo e disse:
- "Eu estou aqui para ajudar madame. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Bryan".
Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora era ruim o bastante. Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu. Mas ele ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos.
Enquanto ele apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St. Louis e só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda.
Bryan apenas sorriu enquanto se levantava. Ela perguntou quanto devia.Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todos as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan não tivesse parado. Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe ajudara bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. Ele respondeu:
- "Se realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda que precisar".
E acrescentou: "... e pense em mim". Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem, indo pra casa, desaparecendo no crepúsculo.
Algumas milhas abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante. Ela entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante sujo.
A cena inteira era estranha para ela. A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pôde apagar.
A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Bryan.
Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem dólares, a senhora se retirou. Já tinha partido quando a garçonete voltou.
A garçonete ainda queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de $100 dólares.
Havia lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: "Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar não deixe este círculo de amor terminar com você".
Bem, havia mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir.
Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê para o próximo mês, como estava difícil! Ela virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
"Tudo ficará bem; eu te amo, Bryan".
Pense nisso, e ..... não feche esse círculo!

CONTO - UMA LINDA HISTÓRIA

Uma mulher saiu de sua casa e viu três homens com longas barbas brancas sentados em frente ao quintal dela. Ela não os reconheceu. Ela disse:
- Acho que não os conheço, mas devem estar com fome. Por favor entrem e comam algo.
- O homem da casa está ? Perguntaram.
- Não, ela disse, está fora.
- Então não podemos entrar. Eles responderam.
A noite quando o marido chegou, ela contou-lhe o que aconteceu.
- Vá diga que estou em casa e convide-os a entrar.
A mulher saiu e convidou-os a entrar.
- Não podemos entrar juntos. Responderam.
- Por que isto ? Ela quis saber. Um dos velhos explicou-lhe :
- Seu nome é Fartura. Ele disse apontando um dos seus amigos e mostrando o outro, falou:
- Ele é o Sucesso e eu sou o Amor. E completou :
- Agora vá e discuta com o seu marido qual de nós você quer em sua casa.
A mulher entrou e falou ao marido o que foi dito. Ele ficou arrebatado e disse :
- Que bom ! Ele disse :
- Neste caso. vamos convidar Fartura. Deixe-o vir e encher nossa casa de fartura.
A esposa discordou :
- Meu querido, por que não convidamos o Sucesso ?
A cunhada deles ouvia do outro canto da casa. Ela apresentou sua sugestão:
- Não seria melhor convidar o Amor ? Nossa casa então estará cheia de amor.
- Atentamos pelo conselho da nossa cunhada - disse o marido para a esposa - Vá lá fora e chame o amor para ser nosso convidado.
A mulher saiu e perguntou aos três homens :
- Qual de vocês é o amor ? Por favor entre e seja nosso convidado.
O amor levantou-se e seguiu em direção à casa. Os outros dois levantaram-se e seguiram-no. Surpresa a senhora perguntou-lhes:
- Apenas convidei o Amor, por que vocês entraram ?
Os velhos homens responderam juntos :
- Se você convidasse o Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui fora, mas se você convidar o Amor, onde ele for iremos com ele. Onde há amor, há também fartura e sucesso !!!
Revista espírita Cristã

CONTO - LIÇÃO DAS TREVAS

No vale das trevas, delirava a legião de Espíritos infelizes.
Rixas, obscenidades, doestos, baldões.
Planejavam-se assaltos, maquinavam-se crimes.
O Espírito Benfeitor penetrou a caverna, apaziguando e abençoando ...
Aqui abraçava um desventurado, apartando-o da malta, de modo a entrega-lo, mais tarde, a equipes socorristas; mais adiante, aliviava com suave magnetismo a cabeça atormentada de entidades em desvario...
O serviço assistencial seguia difícil, quando enfurecido mandante da crueldade, ao descobri-lo, se aquietou em súbita acalmia e, impondo respeitosa serenidade à chusma de loucos, declinou-lhe a nobre intenção. Que os companheiros rebelados se acomodassem, deixando livre passagem àquele que reconhecia por missionário do bem.
- Conheces-me? – interrogou o recém-chegado, entre espantado e agradecido.
- Sim – disse o rude empreiteiro da sombra -, eu era um doente na Terra e curaste meu corpo que a moléstia desfigurava. Lembro-me perfeitamente de teu cuidado ao lavar-me as feridas...
Os circunstantes entraram na conversação de improviso e um deles, de dura carranca, apontou o visitador e clamou para o amigo:
- Que mais te fez este homem no mundo para que sejamos forçados à deferência?
- Deu-me teto e agasalho.
Outro inquiriu:
- Que mais?
- Supriu minha casa de pão e roupa, libertando-nos, a mim e a família da nudez e da fome ...
Outro ainda perguntou com ironia:
- Mais nada?
- Muitas vezes, dividia comigo o que trazia na bolsa, entregando-me abençoado dinheiro para que a penúria não me arrasasse ...
Estabelecido o silêncio, o Espírito Benfeitor, encorajado pelo que ouvia, indagou com humildade:
- Meu irmão, nada fiz senão cumprir o dever que a fraternidade me impunha; entretanto, se te mostras tão generoso para comigo, em tuas manifestações de reconhecimento e de amor que reconheço não merecer, porque te entregas, assim, à obsessão e à delinqüência?! ...
O interpelado pareceu sensibilizar-se, meneou tristemente a cabeça e explicou:
- Em verdade, és bom e amparaste a minha vida, mas não me ensinaste a viver!...
--- xxx ---
Espíritas, irmãos! Cultivemos a divulgação da Doutrina Renovadora que nos esclarece e reúne! Com o pão do corpo, estendamos a luz da alma que nos habilite a aprender e compreender, raciocinar e servir.
Chico Xavier

CONTO - O BOLO

Às vezes nos perguntamos: "O que eu fiz pra merecer isso?",ou "Por que Deus tinha que fazer isso justo comigo?".
Aqui vai uma belíssima explicação.
A filha dizia a sua Mãe como tudo ia errado. Ela não se saiu bem na prova de Matemática, o namorado resolveu terminar com ela e a sua melhor amiga estava de mudança para outra cidade.
Enquanto isso, sua Mãe preparava um bolo e perguntou se a filha gostaria de um pedaço, e ela disse:
- É claro mãe, eu adoro os seus bolos.- Toma, um pouco de óleo de cozinha.- Credo!- Que tal então comer uns ovos crus?- Que nojo, Mãe!- Quer então um pouquinho de Farinha de Trigo ou Bicarbonato de Sódio?- Mãe, isso não presta!
A Mãe então respondeu:
- É verdade, todas essas coisas parecem ruins sozinhas, mas quando as colocamos juntas, na medida certa, elas fazem um bolo delicioso! Deus trabalha do mesmo jeito. Às vezes a gente se pergunta por que Ele quis que nós passássemos por momentos difíceis, mas Deus, quando Ele põe todas essas coisas na ordem exata, elas sempre nos farão bem. A gente só precisa confiar n'Ele e todas essas coisas ruins se tornarão algo fantástico! Deus é louco por você. Ele te manda flores em todas as Primaveras e o nascer do Sol todas as manhãs. Sempre que você quiser conversar, Ele vai te ouvir. Ele pode viver em qualquer lugar do universo, e Ele escolheu o seu coração.
Mande essa mensagem para as pessoas que você realmente gosta. Foi o que eu fiz e espero que o seu dia seja como um "pedaço de bolo!". E lembre-se:
A vida pode não ser a festa que nós esperávamos, mas enquanto estivermos aqui vamos aproveitar e dançar conforme a música!
Revista Espírita Cristã

terça-feira, 21 de julho de 2009

Inutil Providência

O desespero, o descontrole emocional e mesmo a precipitação podem causar o grande equívoco; ausência ou distanciamento de afetos igualmente respondem pela ilusão que se dissipa depois, quando já é tarde demais...
Por isso é sempre bom pensar que tudo, mas tudo mesmo, passa! Tudo passa, guardemos essa certeza no coração, na consciência, na memória.
Não nos deixemos abater pelas adversidades. Enfrentemos as dificuldades com coragem, muita coragem, determinação e confiança na própria vida que, afinal, sempre conspira a nosso favor.
Os recursos à nossa volta são imensos, inesgotáveis, todos convidando à superação do difícil momento; disponíveis mesmo, esperando apenas que prestemos mais atenção.
Entregando-se ao grande equívoco, só podemos esperar decepções agravadas, surpresas nada agradáveis e ainda a necessidade de recomeçar, com dificuldades agora mais acentuadas.
Por isso, busquemos os amigos nos momentos de dificuldades. E, mais que isso, procuremos igualmente estender as mãos aos que se debatem, ao nosso lado, nestas circunstâncias de se sentirem abandonados, sentindo-se sem saída para a adversidade que enfrentam.
E caso nos sintamos sozinhos, sem ninguém a buscar, é hora de erguer o pensamento para o Alto e buscar a Paternidade Divina que, igualmente, não nos abandonará.
Matar-se, suicidar-se, é a mais ilusória e inútil das providências que possamos buscar diante dos complexos desafios que possamos enfrentar. O suicídio precipita-nos em mais sofrimento, não resolve a dificuldade e traz-nos a constatação da realidade: ninguém morre! A vida continua. E por isso, matar-se apenas nos levará a outra dimensão, com o agravamento que impusemos a nós mesmos, distantes de nossos afetos e ainda com a necessidade de recomeçar tudo outra vez. E isto ainda somado à vergonha de nos sentirmos um fugitivo, alguém que desvalorizou a vida.
A vida é um patrimônio incomparável, belíssimo. Que não nos assustem as dificuldades. Elas são instrumentos de progresso e aprimoramento.
Confiemos. E continuemos a viver, trabalhando e esperando o melhor!
Jamais fugir da vida. É impossível morrer. Poderemos até destruir o corpo, mas continuaremos a viver, com o remorso de termos destruído o precioso instrumento de progresso e aprimoramento com que Deus nos proveu. E aí distante dos afetos queridos que verdadeiramente nos sustentam a vida.

Orson Peter Carrara

Nem Castigo, Nem Perdão

Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo divino.
Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castiga-lo por suas faltas, o indivíduo sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.
Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme ser castigado a qualquer momento por um Deus caprichoso e cruel que está sempre à procura de defeitos para se vingar, impondo-nos sofrimentos.
Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte:"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da humanidade.Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça.
Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a idéia de Deus, exagerando-lhe a severidade.
Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao ser infinito.
Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgosta-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento.
Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade. É graças ao sofrimento moral que a alma busca a própria cura.
O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao caminho reto.
Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas criaturas, ainda imperfeitas.
O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do falso movimento da criatura, e que a estimula, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas, que é a harmonia.
E essas leis são justas, imparciais e amorosas. Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias pessoas, foge e, na fuga, se fere profundamente.
O que acontece com seu organismo? Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se movimentar para estancar o sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes que causam infecção.
Se Deus quisesse castiga-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que as células desse indivíduo não trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e o deixassem morrer. Afinal, ele é um criminoso!
Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso. O sol brilha, incansável, sobre justos e injustos, sem se importar com o que acontece sob sua luz.
A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e ricos. As catástrofes naturais arrebatam sábios e ignorantes, velhos e crianças, fortes e fracos.
Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas próprias leis para nos punir ou para nos premiar.
As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis. As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos desajustados.
Nada mais justo do que esta sentença: "a cada um segundo suas obras."
Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais se ofende.
Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas em nossa própria consciência.

Autor: Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita (www.momento.com.br), com base no item 1009 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

O evangelho no Lar

O Evangelho no Lar

Evangelho no Lar (Roteiro):
-Escolher pelo menos um dia da semana, em horário fixo, para a reunião com os familiares. A pontualidade e a assiduidade são importantes;
-Iniciar a reunião com prece de abertura;
-Ler um trecho do Evangelho segundo o Espiritismo (Allan Kardec).
-Comentar o tema lido;
-Concluir com a prece de encerramento, com agradecimento pelas benções da vida recebidas rogando a Jesus o auxilio para o Lar, familiares, amigos, para os sofredores em geral e pelos inimigos.
-Duração: Aproximadamente 30 min.
É facultativo o seguinte:
- Antes da prece de abertura, pode-se também ler uma pequena mensagem de Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Meimei, Neio Lúcio, Maria Dolores, etc. como forma de harmonizar o ambiente.
- No início da reunião pode-se colocar um recipiente com água e pedir na prece de abertura aos Bons Espiritos que fluidifiquem a água. No final da reunião serve-se a água fluidificada aos presentes.
- No início da reunião, pode-se pôr música suave favorecendo um ambiente calmante e harmonizado.

Disse Jesus: «Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles.» (Mateus 18:20)
«Quando o Evangelho penetra no Lar, o coração abre mais facilmente a porta do Mestre Divino.»Pelo Espírito de Emmanuel

DESENVOLVIMENTO
O que é o «Evangelho no Lar»?
Comecemos por definir o que é o Evangelho. O Evangelho são as lições de Jesus codificadas no Novo Testamento.
Muitas pessoas utilizam a expressão «Culto do Evangelho no Lar» para designarem a reunião feita no lar com a finalidade de se estudar o Evangelho à luz do Espiritismo e de se orar.
Não achamos correcto designá-la por «culto», pois tal reunião não constitui nenhum ritual de adoração, nem nenhuma liturgia, como se poderia depreender da palavra «culto», nomeadamente pelas pessoas menos esclarecidas e avisadas. Tais reuniões - de importância transcendente para se elevar vibratoriamente o padrão moral do lar, dos seus participantes e por extensão da Humanidade - deverão ser idênticas às mesmas iniciadas por Jesus em Cafarnaum, na casa de Simão Pedro, e depois no lar dos demais discípulos, para os instruir a respeito da vida e sua finalidade; da nossa postura perante o mundo; da vida futura e do nosso destino.
Eram reuniões simples e informais, sem pruridos de rituais ou outras práticas de carácter exterior, mais para impressionar os sentidos (vista, olfacto, etc.) do que para tocar verdadeiramente a inteligência e o sentimento. Tais exterioridades (imagens, velas, incenso, flores, etc.), a que muitos de nós estamos apegados, são os vestígios atávicos de que ainda não nos libertámos, herdados do judaísmo e do paganismo. Aliás, Jesus combateu de forma sistemática os formalismos farisaicos e Kardec - o «seu mais lúcido discípulo de sempre», nas palavras de Emmanuel - aboliu por completo todo o tipo de rituais na crença. São estas as razões pela qual devemos designar tais reuniões de «Estudo do Evangelho no Lar» ou, simplesmente, de «Evangelho no Lar».

COMO FAZER O EVANGELHO NO LAR
- Escolher um dia e hora certa durante a semana para a reunião do Evangelho no Lar, permitindo que os Bons Espíritos, nossos orientadores, façam-se presentes, no auxílio às tarefas programadas. Como também eles tem suas ocupações, o cumprimento dos horários estabelecidos, facilita a presença dos Guias da Espiritualidade Maior no recinto doméstico.
- Pode-se colocar uma música suave, facilitando a harmonização do próprio ambiente, favorecendo um ambiente mais calmo e tranquilizante para todos os presentes. (Facultativo)
- Pode-se fazer uma pequena leitura dum trecho ou mensagem dos Espíritos Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Meimei, Neio Lúcio, Maria Dolores, etc. (existem bons livros para tal efeito), como forma de preparar o ambiente e harmonizar nossas mentes e sentimentos, facilitando uma maior serenidade e sintonia com a espiritualidade. (Facultativo).
- Fazer uma prece a Deus, a Jesus ou aos Bons Espíritos, pedindo auxílio e a presença da espiritualidade no trabalho a realizar. Tal prece deve ser simples, sentida e concisa (sem palavreado rebuscado e inútil).
- Abrir O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO de forma aleatória, sequencial, ou ainda, no texto designado para esse dia e pedir a algum dos presentes para o ler, findo o qual serão tecidos comentários sobre o mesmo, por alguém designado. Sugere-se, que cada um dos presentes, possa participar com breve comentário da mensagem evangélica lida.
- Podem-se tecer comentários, às situações marcantes do dia a dia, que envolvem a sociedade e os seus elementos, à luz de mensagem evangélica em discussão.
- Terminados os comentários, encerra-se a reunião com uma prece de agradecimento a Deus, a Jesus ou aos Bons Espíritos, pelas oportunidades de crescimento espiritual que nos oferta, pelas bênçãos da vida sob todos os aspectos e pedindo também auxilio para o lar, familiares em geral, vizinhos, colegas de trabalho e seus responsáveis, para os que vivem em difíceis condições materiais, para os causadores de dor e aflição na Humanidade, para os necessitados de toda a ordem, suicidas, toxicómanos em geral, pela paz no Mundo, etc. Não devemos esquecer os nossos inimigos, encarnados ou desencarnados, os que não simpatizam connosco, ou que nós julgamos que não nos são simpáticos, e ainda, as pessoas públicas: governantes, professores, médicos, intelectuais, artistas e religiosos de todos os matizes. Esta prece final com as vibrações, não deve exceder os 6/8 minutos.
- Devemos aproveitar as crianças, quando presentes, caso queiram, para fazerem uma prece, lerem um pequeno trecho ou uma pagela no início dos trabalhos podendo também, participar nos comentários do Evangelho. É uma forma importante de as educarmos para a vida.
- O Evangelho no Lar, pode ser realizado apenas por uma única pessoa, seguindo as informações anteriormente transmitidas. Os comentários devem ser feitos em voz alta, como forma de beneficiar as presenças espirituais que eventualmente se encontrem no ambiente doméstico e que tenham sido trazidas pelos Guias do Mundo Maior para usufruir da vibração e das elucidações comentadas em torno dos ensinos de Jesus.
Considerações importantes:
- O tempo de duração do Evangelho no Lar pode variar entre 20 min. e os 45 minutos.
- A reunião não deve ser interrompida pelos aparelhos electrónicos da casa (telefones, campainha da porta, etc). Também os telemóveis devem permanecer desligados durante o tempo da reunião familiar, salvo excepções de força maior. As pessoas devem ser instruídas, de que aquela hora, está-se a realizar a reunião do «Evangelho no Lar».
- Havendo médiuns ostensivos, não deverão ser permitidas comunicações nem quaisquer outros tipos de manifestações pelos próprios.
- Outras pessoas que manifestem interesse em participar no Evangelho no Lar, poderão ser consentidas pelo responsável, que ministrará as informações que julgar úteis (Seriedade, recolhimento, etc) para o bom desenrolar das tarefas programadas.
- O Evangelho no Lar não obriga que a reunião se faça em volta de uma mesa. Apenas é usada a mesa por maior comodidade.
- Sem obrigatoriedade, pode ser colocado um recipiente de água na mesa, pedindo na prece inícial aos Bons Espíritos para fluidificarem a água com os elementos terapêuticos indispensáveis.

“É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água, por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas, sob a ação do fluido espiritual ou magnético, ao qual elas servem de veículo, ou se quiserem, de reservatório.”
Allan Kardec, A Gênese, cap. 15

“A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais. “
Espírito Emmanuel através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier – Livro: Segue-me, p. 131.
BENEFÍCIOS DO EVANGELHO NO LAR:

- Contribui para higienizar a psicosfera do lar, diluindo os miasmas mentais segregados por nós – (Discussões, atitudes doentias, conversas menos dignas, etc.) e também pelos Espíritos desequilibrados que por afinidade, atraímos, e coabitam connosco. A prática do amor e a vigilância do nosso campo mental, através de pensamentos nobres e elevados, são favoráveis a uma atmosfera psíquica saudável em nossos lares.
- Os esclarecimentos fornecidos durante a explanação e os comentários da mensagem evangélica, são benéficos a todos nós, iluminando nossos corações, mas também favorecendo as eventuais presenças espirituais que se encontrem no recinto doméstico.
- Os Bons Espíritos afirmam, que todo o trabalho seriamente conduzido, produz consequências benéficas assinaláveis, criando padrões de defesa vibratória em torno do lar, extensível ao prédio e à própria rua que habitamos.
- Produz efeitos positivos e consideravelmente melhorados em todos os que participam do Evangelho no Lar. Pelos esforços individuais realizados, ao pôr em prática os ensinos de Jesus, consignados no Evangelho, fomenta-se um coração mais alegre e vigilante, produzindo uma vibração pessoal mais intensa e saudável e proporcionando uma vida mais feliz e equilibrada.
- O amor deve ser a vibração predominante ao longo do trabalho do Evangelho no Lar, envolvendo a todos os presentes, espíritos encarnados ou desencarnados, com os sentimentos da compreensão, do perdão e da prece.
- A nossa postura de aprender e servir, com dedicação e preserverança contribui para a construção do verdadeiro património do Espírito - o Amor e a Sabedoria - que nos preparam para voos mais altos no processo de evolução.

MENSAGENS DOS ESPÍRITOS:

NO LAR
«Começar na intimidade do templo doméstico , uniformizando o próprio procedimento, dentro e fora dele.Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo, perante os outros.A humildade constrói para a Vida Eterna.Proporcionar às crianças os fundamentos de uma educação sólida e bem orientada, sem infundir-lhes medo ou fantasias, começando por dar-lhes nomes simples e naturais, evitando a pompa dos nomes famosos, susceptíveis de lhes criar embaraços futuros.O lar é a escola primeira.Sempre que possível, converter o santuário familiar em dispensário de socorro aos menos felizes, pela aplicação daquilo que seja menos necessário à mantença doméstica.A Seara do Cristo não tem fronteira.Se está sozinho com a sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender fielmente ao testemunho de amor que lhe cabe, lembrando-se de que responderá, em qualquer tempo, pelos princípios que abraça.A ribalta humana situa-nos sempre no papel que devamos desempenhar.Ao menos uma vez por semana, formar o culto do Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a verdade e irradiando o bem, através de preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas.Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objectos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores arquitectónicos da própria moradia.Não há verdadeiro clima espírita cristão, sem a presença da simplicidade conosco.“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” — Paulo. (I TIMÓTEO, 5:4.)»
Pelo Espírito de André Luiz Médium Waldo Vieira In Conduta Espírita



«Dedica uma das sete noites da semana ao culto do Evangelho no Lar, afim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.Prepara a mesa, coloca água pura, abre o evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora, Jesus virá em visita.Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu.Quando a família ora, Jesus se demora em casa.Quando os corações se unem no liame da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e saúde derrama vinho de paz para todos.Jesus no Lar é vida para o Lar.Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável.Distende, de sua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.Se alguém num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão, em família todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania. Não te afastes da linha direccional do Evangelho entre os teus familiares.Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a quem amas, as directrizes do Mestre e quando possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem de Boa Nova e examina as dificuldades que se perturbam ante a inspiração de Cristo.Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar.E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, afim de que, ligado a ti, possas em casa uma vez por semana em sete noites, ter Jesus Contigo.»
Pelo Espírito de Joanna de ÂngelisMédium Divaldo P. Franco



“A noite da oração em família do estudo cristão no lar, é a festiva oportunidade de conviver algumas horas com os Espíritos de Luz que virão ajudar-te nas provações purificadoras, em nome d’Aquele que é o Benfeitor Vigilante e Amigo de todos nós.”
Joanna de Ângelis In Celeiro de Bênçãos (Divaldo Pereira Franco)
Actualizado em ( 30-Dec-2006

domingo, 19 de julho de 2009

Proselitismo

O Espiritismo, ao contrário de outras religiões, não faz proselitismo de arrastamento, e os médiuns, que se lhe dedicam às fileiras, devem adotar idêntico comportamento.
Os Centros Espíritas estão de portas abertas para os que desejam procurá-los e as lições ali ministradas são acessíveis a todos.
Os que estiverem aptos para assimilarem a Doutrina, espontaneamente a procurarão.
Muitos dos que, após o seu primeiro contato com a filosofia espírita, dela se distanciaram, é porque se sentiram "incomodados", a nível de consciência, de vez que, justamente por não exigir nada de ninguém, sentem-se na obrigação de corresponder-lhe de alguma forma.
O comodismo é o responsável pelo atraso espiritual de um sem-número de pessoas e infelizmente,existem religiões que fomentam esse estado de coisas, já que lhes interessa a ingenuidade de seus profitentes.
Habitualmente, diz-se que os espíritas trabalham muito. É que, ansiando por recuperar o tempo perdido, eles compreendem o significado das palavras do Mestre Nazareno: "Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá...
No Espiritismo não há lugar para a ociosidade.
Compreende-se a brevidade da vida física e procura-se fazer o que se pode. O Espírita tem sede de progresso, e os Espíritos-espíritas(se é que podemos rotular assim) também a tem.
É por não fazer proselitismo que a Doutrina tem chamado a atenção de muita gente. Mas o espírita não faz proselitismo porque não deseja que as pessoas sejam espíritas.... Evidentemente que deseja colocar a luz sobre o candeeiro e compartilhá-la com todos, mas sabe que não pode e não deve obrigar ninguém a contemplá-la.
Paulo, que ansiava por espalhar a Boa-Nova, foi rejeitado exatamente pelo povo mais culto da época-o grego-, que, inclusive, no areópago de Atenas, rendia culto ao Deus Desconhecido!
O médiun não deve prevalecer-se de sua mediunidade para fazer proselitismo.
Quando o fruto amadurece, ele despenca da árvore, se bem que o vendaval das provas pode arremessá-lo ao chão, obrigando-o à maturação.
O exemplo é o discurso mais convincente.
A Altercação religiosa deve ser evitada, a todo custo, pelos espíritas idôneos. Dialogar, sim; polemizar, não.
Se o Próprio Cristo não polemizou sobre a verdade, com Pilatos, por que haveríamos de nos arvorar em seus intransigentes defensores?
A discussão religiosa aumenta a distância entre Deus e os homens.
Divulgar a Doutrina, através de todos os recursos lícitos, é dever básico do espírita, desde que não haja imposição.
Que as sementes sejam lançadas e que germinem as que cairem em terreno fértil.

Lembremo-nos de que, dos dez leprosos curados pelo mestre, apenas um voltou para agradecer-lhe...
Silenciando, ainda, ante Pilatos, Jesus não o estaria convidando a descobrir por si mesmo a resporta, como a dizer-nos que o conhecimento da verdade é uma tarefa pessoal?!...

Joanna de Ângelis (Resumo Biográfico)

Joanna de Ângelis


Joanna de Ângelis é o nome adotado pela mentora espiritual do médium Divaldo Pereira Franco, o incansável divulgador da doutrina espírita.
Este espírito, aureolado por infinito amor e profunda sabedoria, tem acompanhado Divaldo na sua trajetória de divulgação doutrinária, assistido a sua Obra de Assistência Social, não deixando, no entanto, de se fazer presente em cada grupamento cristão, levando a sua palavra de esclarecimento e conforto, qual se fora um Sol, que irradia luz, aquece e dá vida, em vários lugares, ao mesmo tempo.
Quanto às suas encarnações passadas, as informações que a espiritualidade e o próprio Espírito nos permitem tomar conhecimento ainda são um pouco vagas. Dentre todas as encarnações de Joanna de Ângelis, foram permitidas a divulgação aqui em nosso plano de apenas quatro, todas marcadas pelo seu exemplo de pungente de humildade e heroísmo:
-Joana de Cusa, nos tempos de Cristo;
-nome ainda desconhecido, Itália nos tempos de Francisco de Assis;
-Sóror Juana Inés de La Cruz, México do século XVII ;
-Joana Angélica de Jesus, Brasil do século XIX;
Poucas pessoas sabem, mas Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade quando do trabalho de implantação da Doutrina Consoladora em nosso plano. No livro "Após a Tempestade", em sua última mensagem, Joanna faz uma referência a esta tarefa.
Após a compilação e organização magistralmente elaborada por Allan Kardec, chegaram à edição final de O Evangelho Segundo o Espiritismo duas mensagens de Joanna de Ângelis, modestamente assinadas como "Um Espírito Amigo".
Joanna de Ângelis é um Espírito de elevadíssimas aquisições espirituais e que possui profundas raízes literárias e poéticas, como podemos perceber em encarnações anteriores e através de seus livros.

Meimei (Resumo Biográfico)

Meimei

Meimei - expressão chinesa que significa "amor puro".
Seu nome de batismo, aqui na terra, foi IRMA CASTRO. Nasceu a 22 de Outubro de 1.922, em Mateus Leme-MG.
MEIMEI foi desde criança diferente de todos pela sua beleza fisica e inteligência invulgar.
Era alegre, comunicativa, espirituosa, espontânea. Ela, no entanto, modesta, não se orgulhava dos dotes que DEUS lhe dera. Profundamente caridosa, aproximava-se dos humildes com a esmola que podia oferecer ou uma palavra de carinho e estímulo.
Conheceu ARNALDO ROCHA com quem se casou aos 22 janeiros de idade. Viviam um lindo sonho de amor que durou 2 anos apenas, quando adoeceu novamente.
Esteve acamada três meses, vítima da pertinaz doença - nefrite crônica.
O casamento durou apenas dois anos, pois veio a desencarnar com 24 anos de idade no dia 1º de outubro de 1946, por complicações generalizadas devido a doença. Apesar de todos os esforços e desvelos do esposo,e dos médicos,os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
Logo depois do seu desencarne, seu espírito já esclarecido começou a manifestar-se através de mensagens psicografadas por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, e prossegue nessa linda missão de esclarecimento e consolo, em páginas organizadas em várias obras mediúnicas, que têm se espalhado por todo o Brasil e até além das nossas fronteiras.

Chico Xavier

Chico Xavier

Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.
Desde a infância, Francisco Cândido Xavier via e ouvia os espíritos, em especial o que fora sua mãe (era já orfão), o que o levou, na juventude, rumo ao espiritismo. A partir de 1932, Chico Xavier deu início a uma intensa atividade mediúnica.
Espíritos como Emmanuel, André Luiz e, mesmo, autores consagrados já desencarnados, como aqueles responsáveis pelos poemas do "Parnaso de Além-Túmulo" (Olavo Bilac e Castro Alves, entre outros), sua primeira obra psicografada, o acompanharam ao longo desses anos de produtivo trabalho. Ao longo de quase 75 anos , Chico Xavier foi intermediário (psicógrafo) de mais de 400 títulos.
Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram.
Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã.multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço.
Com 92 anos desta vida terrena, em que desenvolveu importante atividade mediúnica e filantrópica, e após grave pneumonia sofrida durante o ano de 2001, de que se recuperara, desencarnou em (30 de junho de 2002) em Uberaba, onde residia, a causa do desencarne foi uma parada cardíaca.

Bezerra de Menezes (Resumo Biográfico)

Bezerra de Menezes
O Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no dia 29 de Agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Ceará, descendente de antiga família das primeiras que vieram do Sul povoar aquele Estado.
Em 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade. Diplomou-se, em 1856, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. No dia 6 de novembro de 1858, casou-se com Dª Maria Cândida de Lacerda, que faleceu em 24 de março de 1863, deixando-lhe dois filhos (em de 3 anos e um de 1 ano).
Conheceu o espiritismo em 1875 e, em 16 de Agosto de 1886, diante de um público extraordinário, proclamou a sua adesão ao Espiritismo.
A partir daí, toda sua existência foi totalmente dedicada à causa de Cristo, sendo considerado o "médico dos pobres" e o apóstolo da caridade devido à sua dedicação a causa de Cristo, pelo amor que dedicava ao próximo.
Foi vereador e deputado pelo Rio de Janeiro, além de presidente da FEB, Federação Espírita Brasileira, onde conseguiu aglutinar o movimento espírita.
Em 11 de abril de 1900, às onze horas e meia, desencarnava, no Rio de Janeiro, o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, o inolvidável Apóstolo do Espiritismo no Brasil.