domingo, 17 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO INTEGRAL

Divaldo Franco e Joanna de Angelis

 Lições para a felicidade – Importância da educação. - O termo educação é mais abrangente, mais profundo em significado do que aquele que conhecemos.
Educação não se expressa só como transmissão de conhecimentos no campo intelectual a que comumente chamamos educação acadêmica. - Vai mais além. A educação integral não se revela só como aprendizagem no campo da razão e do raciocínio – mas é sempre acompanhada pelo campo dos sentimentos. Campo que possibilita nos tornarmos seres mais solidários, humanos – generosos – fraternos. - Quando reencarnamos trazemos em nosso campo mental emocional uma formação ancestral de vivências passadas rica de valores positivos e negativos, necessitando de aprimoramento e reformulação para o positivo. Estamos todos inseridos na Lei de Progresso irreversível da qual nos fala o Livro dos Espíritos. A criança traz em si como ser milenar que é, esta herança mental que precisa ser corrigida e aprimorada para uma continuidade evolutiva que vai lhe proporcionar a reeducação do seu Espírito que é o objetivo primordial da reencarnação. Todos nós somos dotados do princípio inteligente, por Deus que nos criou e que nos possibilita pensar, sentir, raciocinar, discernir, usar o esforço, a vontade, a livre escolha, pelo livre arbítrio – aprendendo na vivencia de experiências passadas e presentes.
- Todos nós em nossa vida de relação usamos para nos expressarmos, tendências, aptidões e hábitos que desenvolvemos em vivencias passadas e que se expressam em nossa vida social, afetiva, profissional, cultural, etc... O Livro dos Espíritos chama de ideias inatas que se revelam intuitivamente. - Estas tendências e hábitos precisam ser aprimoradas pela Educação Moral, alem da intelectual. Nos preocupamos como pais e professores a oferecer às crianças e jovens a instrução acadêmica no sentido de oferecer bons colégios, aulas de inglês, computação, ginástica, etc... Isto não basta. É fundamental e importante a Educação moral no campo dos sentimentos. Ex: Vemos seres humanos muito intelectualizados sem noção moral e de respeito ao outro. - Se a criança não for bem orientada para o campo moral, vai continuar com os mesmos hábitos que trouxe do passado, e vai continuar pautando a sua vida por estes mesmos hábitos, perdendo oportunidades valiosas de evolução no campo moral. Daí o cuidado que precisam ter pais, professores, responsáveis que são agressivos, rígidos, autoritários e que passam para a criança exemplos ruins, no campo dos sentimentos.
 - Vão tornar as crianças agressivas, aturdidas, desconfiadas, irresponsáveis, inseguras. Estas crianças vão agir pelos instintos que vão resultar em ações e reações biológicas, nas quais não prevalece o uso da razão, do equilíbrio e do bom sentimento. - Como resultado vemos crianças e jovens praticando atos muitas vezes cruéis por não terem nenhuma noção sobre si mesmo e que causam sérios problemas e prejuízos no campo social, pela falta de crescimento moral – espiritual. É a partir da infância que será possível a educação integral – razão e sentimento para a educação do caráter do cidadão que se tornará uma pessoa com condições de colaborar nos variados campos: social, profissional, familiar, afetivo, etc... PRODUTIVAMENTE.
A educação acadêmica – no campo intelectual, abre as portas para atividades externas, propiciando ao Ser adquirir conhecimentos que o tornam capaz para os enfrentamentos e os desafios da vida no campo das conquistas da ciência, tecnologia, adoção de doutrinas filosóficas, sociais, desenvolver suas aptidões para a cultura, a arte, crença religiosa, etc... - Mas é a educação moral que irá desenvolver os sentimentos a que tornarão a criança capaz de superar o egoísmo, a crueldade, a imprevidência, o orgulho que são terríveis inimigos do progresso pessoal, social e coletivo. O progresso individual é que irá auxiliar no progresso coletivo. Como exemplo, as guerras, as lutas nos seus variados campos, em suas variadas expressões. - A educação moral, vai auxiliar o Ser a trabalhar positivamente a sua personalidade, propiciando campo para o crescimento de impulsos morais edificantes – guiando o pensamento de cada um no rumo dos deveres – impulso moral – oferecendo-lhes forças para que propiciem aptidões nobres nas escolhas inevitáveis do dia a dia. O auxiliam a escolher positivamente. O que vemos pelos noticiários, são crianças em nossas escolas, praticando atos cruéis a que chamam “bulling” com outras crianças indefesas ou formando grupos rivais chamados “gangs” que se confrontam para ações nefastas. Em processo de competitividade doentia. - Estamos em processo de evolução individual e coletiva, em processo de reconstrução de sentimentos para um planeta melhor e é pela educação integral – intelectual – moral é que vamos conseguir modelar hábitos saudáveis – roteiro de segurança, equilíbrio de comportamento e interesse pelas conquistas éticas que são indispensáveis à evolução da Humanidade. Pela interconexão energética – magnética – precisamos auxiliar na construção de um planeta melhor colaborando para o todo universal, para o psiquismo do planeta na observação do que pensamos, sentimos e como agimos. - Não prescindimos da vivencia de hábitos e quem não possui hábitos bons vai continuar a ter hábitos maus pelo processo de continuidade do que foram no passado. Todos nós temos em germe, tendência para a beleza e sublimação. Fomos criados por Deus e temos a essência divina em potencial a ser desenvolvido. A lei de Deus é lei de Amor e está inscrita em nossa consciência para ser desenvolvida por cada um de nós pelo processo evolutivo, como nos fala o Livro dos Espíritos. Emmanuel, no Livro Religião dos Espíritos, nos fala que a criança até determinada idade, antes de atingir a adolescência, traz suas faculdades que a permitem pensar – sentir – entorpecidas para que se torne mais susceptível a receber impressões novas e novos conceitos cristãos bem direcionados para a aprendizagem moral. - A criança é como qualquer um de nós um SER PSICOLÓGICO, com pensamentos e sentimentos que precisam ser estimulados a pensar – questionar – dialogar – realizando descobertas que a preparem para os novos enfrentamentos que a vida lhes reserva, não só no campo intelectual como moral. - Quando apresentar impulsos generosos precisa ser estimulada e quando apresentar impulsos agressivos precisa ser desencorajada e esclarecida. As crianças nas primeiras fases apresentam impulsos agressivos, orgulhosos, egoístas como herança mental do passado. É importante a atenção dos pais e professores sobre estes impulsos. Que os adultos a façam entender e perceber que os sentimentos de piedade – ternura -0 bondade – são manifestações aceitas e respeitadas por todos que com ela convivem. - Que dialoguem com as crianças, que o pensamento e sentimento são faculdades que as auxiliam a refletir. Não usar imposições e agressões que as levem à revolta. Exemplo de um oriental no trato com os filhos, que os colocava quando agressivos, para ler e interpretar leituras edificantes com explicações posteriores realizadas por cada um em conjunto com o pai. - Educar é o processo que precisa levar em conta as diferenças individuais – as condições mentais – emocionais do educando que se refletem em sentimentos de medo, ansiedade, angustia, insegurança, levando-os a conflitos existenciais. - Educar é se educar e em um processo de interação do adulto e a criança, e o meio no qual convivem, porque as experiências são contínuas, e estão sempre sendo reformuladas pelo processo dinâmico do viver. - Precisamos aprender a interagir com as mudanças por este processo dinâmico de vida que não é estático e sofre mudanças a todo momento. Ex: muitas vezes, pais irritadiços, nervosos, angustiados passam seu estado de animo para os filhos, assim como tambem os professores na escola passam para os educandos. - Na educação integral – intelecto moral, não existe o pronto – concluído porque pela própria dinâmica do viver, precisamos aprender a ter flexibilidade de reações perante os problemas e imprevistos da vida como um todo. - É importante observar as nossas reações frente às reações alheias e aprender a interagir com a criança e o jovem – para que possamos saber viver com equilíbrio as mudanças que surgirem. - Quando não sabemos interagir, procuramos vias de fuga para nossos conflitos. Procuramos bebidas, drogas e outros comportamentos não confiáveis, no campo das sensações, tais como sexo mal direcionado em busca de sensações sem amor. - Precisamos todos, crianças, jovens e adultos aprender a realizar nossas próprias descobertas – pensando, questionando, refletindo pela observação contínua de nossos pensamentos e sentimentos e também pela análise do que somos pensamos e como agimos, porque somos o que pensamos e sentimos, nos fala a mentora espiritual Joanna de Ângelis. Não usemos métodos autoritários, rígidos, pois impedirá a criança de desenvolver seu próprio potencial, tornando-a medrosa, irritadiça e insegura. - O espírito que reencarna traz em seu inconsciente tendências, aptidões, percepções variadas, fobias, frustrações, neuroses, psicoses e também bons sentimentos que precisam ser estimulados e trabalhados assim como os transtornos mentais - emocionais precisam ser tratados. Precisamos aprender a ter visão psicológica que nos leve a observar a criança em suas atitudes internas e externas. Não deve haver severidade exagerada, nem negligência, nem agressão, mas firmeza, com serenidade e calma. Só aquele que se observa e se auto-conhece é capaz de auxiliar plenamente o outro. É importante a observação da criança e do jovem – o diálogo – usando técnicas de amor que são reveladas pela observação, carinho e respeito pela criança. Ex: O pai do asilo. Um pai foi visitar o avô da criança em um asilo para idosos. Ao sair com o filho este lhe perguntou: “papai é aqui que eu vou colocar você quando ficar velho?” O pai atemorizado, retirou seu pai do asilo. Isto mostra que o exemplo se transmite pelo respeito e amor pelos mais velhos. A nossa Casa oferece cursos de Evangelização para crianças e jovens. O lar é a primeira escola e os pais os primeiros professores. À matéria lecionada na escola é importante acrescer as lições do Evangelho para a efetiva iluminação das mentes que estão a caminho das esferas superiores. Pitágoras, filósofo grego dizia: “Educai as crianças e não será preciso punir os adultos.

Nossa Relação Com Os Espíritos

Escrito por Victor Rebelo A crença na vida após a morte acompanha a humanidade há milênios. Provavelmente, ela já existia antes mesmo dos nossos registros históricos, mas não podemos dizer que os antigos tinham o mesmo entendimento, sobre o destino da alma, que temos hoje. O pesquisador Fustel de Coulanges, em seu livro A Cidade Antiga, reúne registros demonstrando que, muito antes do culto aos deuses, na cultura greco-romana era realizado o culto aos antepassados. Tinha-se a certeza de que os mortos continuavam a viver debaixo da terra e necessitavam de comida e rituais. Se não fossem realizados, a família sofreria punições – doenças, miséria, calamidades... – de seus ancestrais, que poderiam deixar temporariamente o submundo terreno para protegê-la ou castigá-la, caso não cumprisse com suas obrigações. Era assim que se explicava uma série de fenômenos naturais numa realidade envolvida em mistérios. Alguns antepassados eram reconhecidos como grandes heróis civilizadores, passando a ser considerados, com o tempo, como deuses ou semideuses, tendo o seu culto permanecido por diversas gerações, pela tribo inteira ou até mesmo por toda uma urbe. Com o passar dos séculos, a crença na sobrevivência da alma passa por diversas modificações. Práticas antigas começam a se tornar obsoletas ou simples crendices, caindo em desuso. Mas, ainda assim, relatos de aparições permanecem, seja em casos considerados verídicos ou em obras de ficção mundialmente famosas, como em Hamlet, de Shakespeare, cuja trama se desenvolve a partir da aparição do rei morto, que revela o seu assassino. No século XIX, surgem inúmeros casos de aparições e outros tipos de manifestação do “Além”, no mundo todo, conforme afirmou Allan Kardec. O interessante é que a hipótese dessas manifestações terem como causa os espíritos não foi preestabelecida. Foi o próprio fenômeno que revelou sua causa. A partir daí, com a codificação da doutrina espírita, surge uma nova proposta de relação com os “mortos”, cujo ponto de partida é a análise e a experimentação metodológica. A Ciência ainda não aceita as pesquisas espíritas, porém, cada vez mais aumenta o número de cientistas realizando experimentos que, se não comprovam cientificamente a vida após a morte, pelo menos demonstram a existência de fenômenos que a Ciência, por sua vez, é incapaz de explicar satisfatoriamente sem aceitar a manifestação dos espíritos como causa. O Espiritismo é uma doutrina que ainda está em construção. Cada vez mais novos conhecimentos vão sendo somados. Aos poucos vamos interagindo com os espíritos de forma cada vez mais consciente e livre de superstições. Isso irá preparando as futuras gerações para um convívio mais natural e responsável com os espíritos, num intercâmbio que nos dará a certeza de que a vida continua.