domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Médio-dia da Era Nova

Meus filhos, que o Senhor nos abençoe. Naquele 18 de abril de 1857, com O Livro dos Espíritos, raiou a madrugada de uma Era Nova. Nuvens borrascosas acumulavam-se nos céus da cultura humana, tentando impedir que as claridades libertadoras do conhecimento chegassem às consciências humanas. Cento e cinqüenta anos depois, no entanto, O Livro dos Espíritos transforma-se em pujante claridade, sinalizando o meio-dia dessa Era Nova. No momento da grande transição por que passa o planeta terrestre, marchando para mundo de regeneração, a palavra de Jesus restaurada pelos Espíritos imortais alcança as mentes e os corações, inaugurando o período da legítima fraternidade entre as criaturas. Ainda não foi logrado o grande mister de alcançar os objetivos a que se destina esta obra incomparável. Nada obstante, já se pode afirmar que logrou produzir benefícios que se não esperavam naquela manhã ainda assinalada pelas últimas mensagens da invernia, quando a primavera perfumava Paris... A luta prossegue sem quartel, convidando os discípulos fiéis do Mestre incomparável à vigilância, à ação, ao devotamento integral à causa da verdade. O insigne Codificador estabeleceu períodos vários por que passaria o pensamento espírita. Eis-nos, pois, alcançando o período da renovação social, quando o pensamento espírita interferirá na elaboração de leis justas para a sociedade equânime e feliz, quando a voz da mensagem dos Espíritos se erguerá para profligar contra os hediondos crimes que a sociedade invigilante tenta legalizar: o aborto horrendo, a eutanásia infeliz, a pena de morte destruidora de esperança... Os Espíritos, que continuamos ativos além da morte, sabemos que essas não são as soluções ideais, porque somente o amor através da educação moral, conseguirá deter a onda de loucura que toma conta da Terra... Não será através da coerção e das medidas punitivas que se poderão estabelecer as diretrizes para uma sociedade harmônica, pautada no dever. O crime, mesmo quando tornado legal, permanece imoral, clamando por misericórdia e por justiça... Erguei as vossas vozes, agi de consciência profundamente vinculada à imortalidade da alma, laborando para que essas leis injustas não se estabeleçam na Pátria do Evangelho. Mas, se por acaso vierem a ser promulgadas, que o futuro encarregue-se de diluí-las e estabeleça o verdadeiro direito à vida, o respeito pela vida. A programação que estabelecestes para este qüinqüênio é bem significativa, porque verteu do Alto, onde se encontrava elaborada, e vós a vestistes com as considerações hábeis e aplicáveis a esta atualidade. Este é o grande momento, filhos da alma. Não tergiverseis, deixando-vos seduzir pelo canto das sereias da ilusão. Fidelidade à Doutrina é o que se nos impõe, celebrando os cento e cinqüenta anos da obra básica da Codificação Espírita. Não permitais que adições esdrúxulas sejam colocadas em forma de apêndices que desviem os menos esclarecidos dos objetivos essenciais da Doutrina. Kardec é o embaixador dos céus, até este momento o insuperável discípulo do Mestre de todos nós, que soube doar a vida olvidando-se de si mesmo para que a Doutrina Espírita fosse apresentada incorruptível e alcançasse este período sem sofrer qualquer mutilação por parte do conhecimento científico ou das grandes conquistas da Tecnologia. No aspecto religioso, especialmente, oferece-nos, na evocação do Mestre de Nazaré que traz para as ruas das aldeias, das cidades, das metrópoles e das megalópoles o amor como o fez naqueles recuados dias da Galiléia e de Jerusalém, a fim de poder caminhar com todos e conduzi-los não mais ao Calvário, e sim, à gloriosa ressurreição... Sede fiéis, permanecendo profundamente vinculados ao espírito do Espiritismo como o recebestes dos imortais através do preclaro Codificador. Suplicando ao Mestre que nos abençoe sempre, em nome dos companheiros hoje Espíritos-espíritas que estão participando deste e dos próximos ágapes, abraça-vos, paternalmente, o servidor humílimo de sempre, Bezerra de Menezes.(Psicografia de Divaldo Pereira Franco)

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