O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM
Buda considerou a vida como uma forma de sofrimento e que a sua finalidade era, exclusivamente, encontrar a maneira de libertar-se dele. Para o budismo, a vida é constituída de misérias que geram o sofrimento; por sua vez, o sofrimento é causado pelos desejos insatisfeitos ou pelas emoções perturbadoras e (o sofrimento) deixará de existir se forem eliminados os desejos, sendo necessário, para tanto, uma conduta moderada, e a entrega à meditação em torno das aspirações elevadas do ser.
A fim de transmitir adequadamente suas lições, o príncipe Gautama utilizou-se de parábolas, conforme fez Jesus mais tarde.
O fundamento essencial dos seus ensinos se encontra na Lei do carma, graças à qual o homem é o construtor de sua desdita ou felicidade, mediante o comportamento adotado no período da sua existência corporal. Em uma etapa, a aprendizagem equipa-o para a próxima, sendo que a soma das experiências e ações positivas anula aquelas que lhe constituem débito propiciador de sofrimento.
O sofrimento se apresenta, na criatura humana, como uma enfermidade, que necessita de tratamento conveniente, em que se invistam todos os valores ao alcance, pela primazia de lograr-se o bem-estar e o equilíbrio fisiopsíquico.
Deste modo, o sofrimento pode decorrer do desgosto orgânico ou mental que é um processo degenerativo do instrumento material do homem. As doenças campeiam, e a receptividade daqueles que se encontram incursos nos códigos da Justiça Divina sofrem-nas, mediante as coarctações danosas dos mecanismos genéticos, ou por contaminação posterior, escassez alimentar, traumatismos físicos e psicológicos, num emaranhado de causas próximas, decorrentes dos compromissos negativos do passado mais remoto.
Noutro caso, o sofrimento resulta da transitoriedade da própria vida física e da fragilidade de todos os bens que proporcionam prazer por um momento, convertendo-se em razão de preocupação, de arrependimento, de amargura.
A busca do prazer é inata, instintiva, e o homem se lhe aferra na condição de meta prioritária.
Não raro, ao consegui-lo, frui da satisfação momentânea e, por insatisfação psicológica, propõe-se a prolongá-lo indefinidamente, sofrendo ante a impossibilidade de o manter, pelas alterações naturais que se derivam da impermanência de tudo, pela saturação e, finalmente, pela perda de objetivo após conseguido o anelo.
Por fim, surge o sofrimento dos condicionamentos de ordem física e mental.
Os hábitos arraigados constituem uma segunda natureza, com prevalência na conduta psicológica do homem. As alterações e transformações produzem sofrimento, pela necessidade de ajustamento, pelo esforço da adaptação, e os altibaixos da emoção que tende a reagir às mudanças que se devem operar na conduta.
Encontrado o sofrimento, o homem tem o dever de identificar as suas causas, que procedem dos atos degenerativos próximos ou remotos, referentes às suas reencarnações. Ao lado daqueles que ressumam das dívidas cármicas, estão os decorrentes das suas emoções desequilibradas, que têm nascentes no egoísmo, no apego, na imaturidade psicológica. Dentre outros, apresentam-se em plano de destaque, o medo, o ciúme, a ira, que explodem facilmente engendrando sofrimento.
Chega o momento de buscar-se a cessação deles, qual ocorre com as enfermidades que devem ser tratadas com carinho, porém com disciplina. De um lado, é imprescindível ir-se às causas, a fim de fazê-las parar, ao mesmo tempo evitar novos fatores desencadeantes. Conhecidas as origens, mais fáceis se tornam as terapias que, aplicadas convenientemente, resultam favoráveis ao clima de saúde e de bem-estar.
O esforço empreendido para o término do sofrimento, apresenta-se em etapas que se vão incorporando ao dia-a-dia do indivíduo cioso da sua necessidade de paz.
Impõe-se-lhe o trabalho de condicionar a mente à necessidade da harmonia, recorrendo à meditação em torno das finalidades altruísticas da vida, disciplinando a vontade, exercitando a tranqüilidade diante dos acontecimentos que não podem ser evitados, das ocorrências denominadas tragédias, das quais pode retirar excelentes resultados para o comportamento e a auto-realização. O processo da cessação do sofrimento dá-se, ainda, através do sofrimento que propicia satisfação pela certeza que advém de se estar liberando da sua áspera constrição.
Enfrentar, portanto, o sofrimento, sem válvulas psicológicas escapistas, é uma atitude saudável, muito distante da distonia masoquista habitual. Também resulta de uma disposição consciente para o homem enfrentar-se desnudado, com uma visão otimista em torno do futuro por conquistar.
Realmente, o sofrimento faz parte do mecanismo da evolução na Terra. Nos reinos vegetal e animal ele se encontra na embrionária percepção das plantas, que sofrem as agressões e hostilidades do meio, as contaminações e processos degenerativos. Entre os animais, desde os menos expressivos até os mais avançados biologicamente, o sofrimento se manifesta na sensibilidade nervosa, como forma de produzir novos e mais perfeitos biótipos, em constante adaptação e harmonia das formas do psiquismo neles latente.
A superação do sofrimento é, sem dúvida, o grave desafio da existência humana, que a todos cumpre conseguir.
Este Blog destina-se a pessoas interessadas no estudo e na prática da verdade do evangelho de Jesus, sem alienação e temor.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Nascimento da Consciência
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM
Antropológica e historicamente, a sobrevivência equilibrada do homem e da sociedade tem estado sempre vinculada à idéia de um mito central, no qual se haurem os valores éticos de sustentação das suas atividades e do seu equilíbrio. Toda vez em que fatores adversos interferem nos mitos humanos, desacreditando aquele que sintetiza as suas aspirações, os homens se encaminham para o caos e se agridem e se perturbam, parecendo haver perdido o rumo.
Passada a tempestade, os seus remanescentes, não destruídos in totum, emergem, dando surgimento a uma nova ideação, e um mito criativo aparece preenchendo a lacuna deixada pelo anterior.
No estado atual da sociedade existe a carência de um mito predominante, que aglutine todas as mentes, sobre elas derramando as suas benesses e confortando-as.
A perda do mito expõe os conteúdos psíquicos, que alteram os objetivos das suas necessidades, fazendo-os mergulhar no vazio ou no desinteresse, no prazer ou na alucinação do poder.
Em se considerando que nenhum desses objetivos plenifica o indivíduo, ele passa a disputar a necessidade abrangente do despertar da consciência, interpretando os mitos menores nele jacentes.
Jung, em uma análise profunda, estabeleceu que “a existência só é real quando é consciente para alguém”, afirmando a necessidade que o Criador possui em relação ao homem consciente.
Oportunamente, voltou a esclarecer que “a tarefa do homem é (...) conscientizar-se dos conteúdos que pressionam para cima, vindos do inconsciente”. Esse despertar e crescimento da consciência, ainda segundo o eminente psicanalista, termina por afetar-lhe também o inconsciente.
É obvio que, se os conteúdos psíquicos emergentes formam a consciência, as contribuições atuais desta se irão incorporar ao inconsciente que surgirá mais tarde.
Deste modo, o nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos, que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.
Daí surgem os discernimentos entre as coisas opostas, o eu e o não-eu, o ego e o inconsciente, o sujeito e o objeto, a própria pessoa e a outra. Dando campo aos conflitos, este sentimento que enfrenta e contesta torna-se uma forma altamente criativa de luta, cuja vitória proporciona satisfação, ampliação e aprimoramento da vida.
Sem essa dualidade dos opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência, que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo.
A consciência, do ponto de vista filosófico, é “um atributo altamente desenvolvido na espécie humana e que se caracteriza por uma oposição básica, essencial. E o atributo pelo qual o homem toma em relação ao mundo — bem como aos denominados estados interiores e subjetivos — a distância em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração...
Por sua vez, declara, ainda, Jung. a consciência é “a relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal, pelo ego”. E conclui que “as relações com o ego que não são percebidas como tal são inconscientes”. Estabelece, ademais, a diferença entre consciência e psique, que esta última “representa a totalidade dos conteúdos psíquicos” e como esses conteúdos, na sua totalidade, não estão vinculados no ego, tais não são consciência.
Nos mitos centrais de todos os povos, os opostos formaram a essência das suas crenças, dos seus conteúdos psíquicos geradores da consciência.
Encontramo-los nas religiões da antigüidade oriental e, particularmente, no mito da Criação, no qual, os conflitos da treva e da luz, do bem e do mal são relevantes. O Zoroastrismo também o ressuscitou e, mais tarde, a alquimia facultou o surgimento da Pedra Filosofal como mediadora dos opostos, do Santo Gral, como depósito que compõe as bases da consciência humana, a se avolumar através dos tempos, dando, desde o início, a idéia das suas várias expressões, tais: a consciência moral, a consciência de fé, a consciência do dever, de justiça, de paz, de amor...
Os equipamentos constitutivos da consciência sutilizam¬-se, e adquirem mais amplas percepções que facultam o desenvolvimento emocional e ético do homem, auxiliando-o na liberação de conflitos.
As heranças atávicas, que se convertem em arquétipos, no inconsciente individual e coletivo dizem respeito às realidades do Espírito, em si mesmo responsável pelos resíduos psíquicos, que se transformam nos conteúdos preponderantes para a formação da consciência.
O homem deve adquirir o conhecimento para elevar-se do ser bruto, tornando-se o sujeito detentor da consciência. Não lhe bastará conhecer, mas também, viver a experiência de ser o objeto conhecido. Não somente conhecer de fora para dentro, porém, vivenciar o que é conhecido, incorporando-o à sua realidade. Enquanto o ego conhece, o outro passa a ser um objeto detido, conhecido, o que não plenifica. Esta satisfação advém quando o ego, passando pela vivência do que conhece, torna-se, por sua vez, conhecido pelo outro, que também tem a função de sujeito conhecedor. O ego adquire, desse modo, a consciência autêntica, no momento em que é sujeito que conhece o objeto conhecido.
Indispensável, nesse jogo do conhecer sendo conhecido, que se não crie uma dependência em relação à pessoa que conhece. A vida saudável é a que decorre da liberdade consciente, capaz de enfrentar os obstáculos e dificuldades que se apresentam no relacionamento humano e na própria individualidade. Esta é a meta que a consciência almeja.
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM
Antropológica e historicamente, a sobrevivência equilibrada do homem e da sociedade tem estado sempre vinculada à idéia de um mito central, no qual se haurem os valores éticos de sustentação das suas atividades e do seu equilíbrio. Toda vez em que fatores adversos interferem nos mitos humanos, desacreditando aquele que sintetiza as suas aspirações, os homens se encaminham para o caos e se agridem e se perturbam, parecendo haver perdido o rumo.
Passada a tempestade, os seus remanescentes, não destruídos in totum, emergem, dando surgimento a uma nova ideação, e um mito criativo aparece preenchendo a lacuna deixada pelo anterior.
No estado atual da sociedade existe a carência de um mito predominante, que aglutine todas as mentes, sobre elas derramando as suas benesses e confortando-as.
A perda do mito expõe os conteúdos psíquicos, que alteram os objetivos das suas necessidades, fazendo-os mergulhar no vazio ou no desinteresse, no prazer ou na alucinação do poder.
Em se considerando que nenhum desses objetivos plenifica o indivíduo, ele passa a disputar a necessidade abrangente do despertar da consciência, interpretando os mitos menores nele jacentes.
Jung, em uma análise profunda, estabeleceu que “a existência só é real quando é consciente para alguém”, afirmando a necessidade que o Criador possui em relação ao homem consciente.
Oportunamente, voltou a esclarecer que “a tarefa do homem é (...) conscientizar-se dos conteúdos que pressionam para cima, vindos do inconsciente”. Esse despertar e crescimento da consciência, ainda segundo o eminente psicanalista, termina por afetar-lhe também o inconsciente.
É obvio que, se os conteúdos psíquicos emergentes formam a consciência, as contribuições atuais desta se irão incorporar ao inconsciente que surgirá mais tarde.
Deste modo, o nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos, que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.
Daí surgem os discernimentos entre as coisas opostas, o eu e o não-eu, o ego e o inconsciente, o sujeito e o objeto, a própria pessoa e a outra. Dando campo aos conflitos, este sentimento que enfrenta e contesta torna-se uma forma altamente criativa de luta, cuja vitória proporciona satisfação, ampliação e aprimoramento da vida.
Sem essa dualidade dos opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência, que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo.
A consciência, do ponto de vista filosófico, é “um atributo altamente desenvolvido na espécie humana e que se caracteriza por uma oposição básica, essencial. E o atributo pelo qual o homem toma em relação ao mundo — bem como aos denominados estados interiores e subjetivos — a distância em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração...
Por sua vez, declara, ainda, Jung. a consciência é “a relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal, pelo ego”. E conclui que “as relações com o ego que não são percebidas como tal são inconscientes”. Estabelece, ademais, a diferença entre consciência e psique, que esta última “representa a totalidade dos conteúdos psíquicos” e como esses conteúdos, na sua totalidade, não estão vinculados no ego, tais não são consciência.
Nos mitos centrais de todos os povos, os opostos formaram a essência das suas crenças, dos seus conteúdos psíquicos geradores da consciência.
Encontramo-los nas religiões da antigüidade oriental e, particularmente, no mito da Criação, no qual, os conflitos da treva e da luz, do bem e do mal são relevantes. O Zoroastrismo também o ressuscitou e, mais tarde, a alquimia facultou o surgimento da Pedra Filosofal como mediadora dos opostos, do Santo Gral, como depósito que compõe as bases da consciência humana, a se avolumar através dos tempos, dando, desde o início, a idéia das suas várias expressões, tais: a consciência moral, a consciência de fé, a consciência do dever, de justiça, de paz, de amor...
Os equipamentos constitutivos da consciência sutilizam¬-se, e adquirem mais amplas percepções que facultam o desenvolvimento emocional e ético do homem, auxiliando-o na liberação de conflitos.
As heranças atávicas, que se convertem em arquétipos, no inconsciente individual e coletivo dizem respeito às realidades do Espírito, em si mesmo responsável pelos resíduos psíquicos, que se transformam nos conteúdos preponderantes para a formação da consciência.
O homem deve adquirir o conhecimento para elevar-se do ser bruto, tornando-se o sujeito detentor da consciência. Não lhe bastará conhecer, mas também, viver a experiência de ser o objeto conhecido. Não somente conhecer de fora para dentro, porém, vivenciar o que é conhecido, incorporando-o à sua realidade. Enquanto o ego conhece, o outro passa a ser um objeto detido, conhecido, o que não plenifica. Esta satisfação advém quando o ego, passando pela vivência do que conhece, torna-se, por sua vez, conhecido pelo outro, que também tem a função de sujeito conhecedor. O ego adquire, desse modo, a consciência autêntica, no momento em que é sujeito que conhece o objeto conhecido.
Indispensável, nesse jogo do conhecer sendo conhecido, que se não crie uma dependência em relação à pessoa que conhece. A vida saudável é a que decorre da liberdade consciente, capaz de enfrentar os obstáculos e dificuldades que se apresentam no relacionamento humano e na própria individualidade. Esta é a meta que a consciência almeja.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Leis Cármicas e Felicidade
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Nas experiências psicológicas de amadurecimento da personalidade, na busca da plenitude, a incerteza é indispensável, pois que ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo já conseguido.
A certeza significaria, neste sentido, a cessação de motivos e experiências, que são sempre renovadores, facultando a ampliação dos horizontes do ser e da vida.
Graças à incerteza, que não representa falta de fé, os erros são mais facilmente reparáveis e os êxitos mais significativos. Ela ajuda na libertação, pois que a presença do apego, no sentimento, gera a dor, a angústia. Este último, que funciona como posse algumas vezes, como sensação de segurança e proteção noutras ocasiões, desperta o medo da perda, da solidão, do abandono.
A verdadeira solidão — a mente estar livre, descomprometida, observando sem discutir, sem julgar — é um estado de virtude — nem memória conflitante do passado, nem desespero pelo futuro não delineado — geradora de energia, de coragem.
Normalmente, o medo da solidão é o fantasma do estar sozinho, sem ninguém a quem submeter ou a quem subme¬ter-se.
A insegurança porque se está a sós assusta, como se a presença de outra pessoa pudesse evitar os fenômenos automáticos de transformação interna do ser — fisiológica e psicologicamente — impedindo os acontecimentos desagradáveis ou a morte.
É necessário que o homem aprenda a viver com a sua solidão — ele que é um cosmo miniaturizado, girando sob a influência de outros sistemas à sua volta — com o seu silêncio criativo, sem tagarelice, liberando-se da consciência de culpa, que lhe vem do passado.
Destinado à liberdade plena, encontra-se encurralado pelas lembranças arquivadas nos painéis do inconsciente — sua memória perispiritual — que lhe põem algemas em forma de ansiedade, de fobias, de conflitos.
Mesmo quando os fatores da vida se lhe apresentam tranqüilizadores, evade-se do presente sob suspeitas injustificáveis de que não merece a felicidade, refugiando-se no possível surgimento de inesperados sofrimentos.
A felicidade relativa é possível e se encontra ao alcance de todos os indivíduos, desde que haja neles a aceitação dos acontecimentos conforme se apresentam. Nem exigências de sonhos fantásticos, que não se corporificam em realidade, tampouco o hábito pessimista de mesclar a luz da alegria com as sombras densas dos desajustes emocionais.
As heranças do passado espiritual ressumem em manifestações cármicas, que devem ser enfrentadas naturalmente por fazerem parte da vida, elementos essenciais que são constitutivos da existência.
Como decorrência de uma vida anterior dissoluta, surgem os conflitos, as castrações, os tormentos atuais, da mesma forma, como efeito do uso adequado das funções se apresentam as bênçãos de plenificação.
As leis cármicas, que são o resultado das ações meritórias ou comprometedoras de cada indivíduo, geram, na economia evolutiva de cada um, efeitos correspondentes, estabelecendo a ponderabilidade da Divina Justiça, presente em todos os fenômenos da Natureza e da Criação.
O fatalismo cármico da evolução é a felicidade humana, quando o ser, depurado e livre, sentir-se perfeitamente integrado na Consciência Cósmica.
A sua marcha, embora as aparências dissonantes de alegria e tristeza, de saúde e doença, está incursa no processo das conquistas que lhe cumpre realizar, passo a passo, com dignidade e com iguais condições delegadas aos seus semelhantes, sem protecionismos vis ou punições cerceadoras Indevidas, que formaram os arquétipos de privilégio e recusa latentes em muitos.
A resolução para ser feliz rompe as amarras de um carma negativo, face ao ensejo de conquistar mérito através das ações benéficas e construtivas, objetivando a si mesmo, o próximo e a sociedade.
Nenhum impedimento na vida à felicidade.
Uma resignação dinâmica ante o infortúnio — a naturali¬dade para enfrentar o insucesso negando-se a que interfiram no estado de bem-estar íntimo, que independe de fatores externos — realiza a primeira fase do estágio feliz.
O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência são essenciais para adquirir-se a felicidade possível.
Na sofreguidão da posse, o homem supõe que o apego às coisas, a disponibilidade de recursos, a ausência de problemas são os fatores básicos da felicidade e, para tanto, se empenha com desespero.
Ao desfrutar deles, porém, dá-se conta que não se encontra ditoso, embora confortado, porque é no seu mundo íntimo, de satisfação e lucidez em torno das finalidades da vida, que estão os valores da plenitude.
As leis cármicas são a resposta para que alguns indivíduos fruam hoje o que a outros falta, ao mesmo tempo são a esperança para aqueles que lutam e anelam, acenando-lhes a possibilidade próxima de aquisição dos elementos que felicitam.
Idear a felicidade sem apego e insistir para consegui-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-as com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tensões nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas de insucesso, abrindo espaço para o auto-encontro, a paz plenificadora.
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Nas experiências psicológicas de amadurecimento da personalidade, na busca da plenitude, a incerteza é indispensável, pois que ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo já conseguido.
A certeza significaria, neste sentido, a cessação de motivos e experiências, que são sempre renovadores, facultando a ampliação dos horizontes do ser e da vida.
Graças à incerteza, que não representa falta de fé, os erros são mais facilmente reparáveis e os êxitos mais significativos. Ela ajuda na libertação, pois que a presença do apego, no sentimento, gera a dor, a angústia. Este último, que funciona como posse algumas vezes, como sensação de segurança e proteção noutras ocasiões, desperta o medo da perda, da solidão, do abandono.
A verdadeira solidão — a mente estar livre, descomprometida, observando sem discutir, sem julgar — é um estado de virtude — nem memória conflitante do passado, nem desespero pelo futuro não delineado — geradora de energia, de coragem.
Normalmente, o medo da solidão é o fantasma do estar sozinho, sem ninguém a quem submeter ou a quem subme¬ter-se.
A insegurança porque se está a sós assusta, como se a presença de outra pessoa pudesse evitar os fenômenos automáticos de transformação interna do ser — fisiológica e psicologicamente — impedindo os acontecimentos desagradáveis ou a morte.
É necessário que o homem aprenda a viver com a sua solidão — ele que é um cosmo miniaturizado, girando sob a influência de outros sistemas à sua volta — com o seu silêncio criativo, sem tagarelice, liberando-se da consciência de culpa, que lhe vem do passado.
Destinado à liberdade plena, encontra-se encurralado pelas lembranças arquivadas nos painéis do inconsciente — sua memória perispiritual — que lhe põem algemas em forma de ansiedade, de fobias, de conflitos.
Mesmo quando os fatores da vida se lhe apresentam tranqüilizadores, evade-se do presente sob suspeitas injustificáveis de que não merece a felicidade, refugiando-se no possível surgimento de inesperados sofrimentos.
A felicidade relativa é possível e se encontra ao alcance de todos os indivíduos, desde que haja neles a aceitação dos acontecimentos conforme se apresentam. Nem exigências de sonhos fantásticos, que não se corporificam em realidade, tampouco o hábito pessimista de mesclar a luz da alegria com as sombras densas dos desajustes emocionais.
As heranças do passado espiritual ressumem em manifestações cármicas, que devem ser enfrentadas naturalmente por fazerem parte da vida, elementos essenciais que são constitutivos da existência.
Como decorrência de uma vida anterior dissoluta, surgem os conflitos, as castrações, os tormentos atuais, da mesma forma, como efeito do uso adequado das funções se apresentam as bênçãos de plenificação.
As leis cármicas, que são o resultado das ações meritórias ou comprometedoras de cada indivíduo, geram, na economia evolutiva de cada um, efeitos correspondentes, estabelecendo a ponderabilidade da Divina Justiça, presente em todos os fenômenos da Natureza e da Criação.
O fatalismo cármico da evolução é a felicidade humana, quando o ser, depurado e livre, sentir-se perfeitamente integrado na Consciência Cósmica.
A sua marcha, embora as aparências dissonantes de alegria e tristeza, de saúde e doença, está incursa no processo das conquistas que lhe cumpre realizar, passo a passo, com dignidade e com iguais condições delegadas aos seus semelhantes, sem protecionismos vis ou punições cerceadoras Indevidas, que formaram os arquétipos de privilégio e recusa latentes em muitos.
A resolução para ser feliz rompe as amarras de um carma negativo, face ao ensejo de conquistar mérito através das ações benéficas e construtivas, objetivando a si mesmo, o próximo e a sociedade.
Nenhum impedimento na vida à felicidade.
Uma resignação dinâmica ante o infortúnio — a naturali¬dade para enfrentar o insucesso negando-se a que interfiram no estado de bem-estar íntimo, que independe de fatores externos — realiza a primeira fase do estágio feliz.
O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência são essenciais para adquirir-se a felicidade possível.
Na sofreguidão da posse, o homem supõe que o apego às coisas, a disponibilidade de recursos, a ausência de problemas são os fatores básicos da felicidade e, para tanto, se empenha com desespero.
Ao desfrutar deles, porém, dá-se conta que não se encontra ditoso, embora confortado, porque é no seu mundo íntimo, de satisfação e lucidez em torno das finalidades da vida, que estão os valores da plenitude.
As leis cármicas são a resposta para que alguns indivíduos fruam hoje o que a outros falta, ao mesmo tempo são a esperança para aqueles que lutam e anelam, acenando-lhes a possibilidade próxima de aquisição dos elementos que felicitam.
Idear a felicidade sem apego e insistir para consegui-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-as com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tensões nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas de insucesso, abrindo espaço para o auto-encontro, a paz plenificadora.
Manutenção de Propósitos
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÃNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
O homem é um ser muito complexo. Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento.
Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psicológicos e fisiológicos estão a alterá-lo a cada momento.
Do acúmulo destes valores resultam-lhe as aspirações, as tendências e anseios, seus conflitos, ansiedades e realizações.
O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que a realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsiona-o para o progresso, para a evolução, mediante os programas de autoburilamento, de orientação, de trabalho...
O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardando solução.
Torna-se-lhe imperiosa a adoção de propósitos para saber o motivo da confusão mental e entender os problemas, antes que tentar solucioná-los superficialmente, deixando em aberto novas dificuldades deles decorrentes.
A solução de agora pode satisfazê-lo por momentos, porém se não são entendidos, eles retornam por outro processo, permanecendo na condição de conflitos a resolver.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da Vida, faz-se necessário um percebimento integral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acusação.
Examiná-lo com imparcialidade, na sua condição de fato que é, com uma mente inocente, sem passado, sem futuro, apenas presente, mediante uma honesta compreensão, é a forma segura de o entender, portanto, de o perceber e digeri-lo convenientemente, sem dar margem a novos comprometimentos. Sem tal experiência se está tentando burlar a mente, qual se deseje saber por palavras o que se passa em algum lugar, sem interesse de ir-se lá, de conhecer-se pessoalmente.
Esta é uma conduta de quem somente busca informação sem interesse pelo conhecimento real, desde que se nega ao esforço do deslocamento até o lugar em pauta.
O entendimento de si mesmo, a fim de encontrar as raízes dos problemas, para extirpá-los, exige uma energia permanente, um propósito perseverante, mantidos com inteireza moral e psicológica. Em caso contrário, desejam-se apenas, informações verbais, sem mais profundas conseqüências.
Todos os problemas existentes no homem, dele mesmo procedem, das suas complexidades, da dominação do seu ego.
Normalmente, em razão do próprio passado, as tentativas de manter os propósitos de autoconhecimento, sem acumulação de dados especulativos, mas de real identificação de si mesmo, redundam em insucesso pela falta de perseverança, pelo desânimo diante das dificuldades do começo da empresa e pelo desinteresse de libertar-se dos conflitos.
O homem se queixa que o autoconhecimento exige despesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca. Talvez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades. A manutenção dos conflitos produz muito mais consumpção de forças. Basta uma atitude de desvalorização dos problemas, como quem deixa cair um fardo simplesmente, ao invés de empenhar-se por atirá-lo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e de auto-aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento, da necessidade de autodescobrir-se, morrendo para as constrições e ansiedades, os medos e rotinas do cotidiano. Desta ação consciente, de que se impregna, o homem se plenifica interiormente, sem neurose ou outros quaisquer fenômenos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.
JOANNA DE ÃNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
O homem é um ser muito complexo. Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento.
Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psicológicos e fisiológicos estão a alterá-lo a cada momento.
Do acúmulo destes valores resultam-lhe as aspirações, as tendências e anseios, seus conflitos, ansiedades e realizações.
O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que a realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsiona-o para o progresso, para a evolução, mediante os programas de autoburilamento, de orientação, de trabalho...
O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardando solução.
Torna-se-lhe imperiosa a adoção de propósitos para saber o motivo da confusão mental e entender os problemas, antes que tentar solucioná-los superficialmente, deixando em aberto novas dificuldades deles decorrentes.
A solução de agora pode satisfazê-lo por momentos, porém se não são entendidos, eles retornam por outro processo, permanecendo na condição de conflitos a resolver.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da Vida, faz-se necessário um percebimento integral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acusação.
Examiná-lo com imparcialidade, na sua condição de fato que é, com uma mente inocente, sem passado, sem futuro, apenas presente, mediante uma honesta compreensão, é a forma segura de o entender, portanto, de o perceber e digeri-lo convenientemente, sem dar margem a novos comprometimentos. Sem tal experiência se está tentando burlar a mente, qual se deseje saber por palavras o que se passa em algum lugar, sem interesse de ir-se lá, de conhecer-se pessoalmente.
Esta é uma conduta de quem somente busca informação sem interesse pelo conhecimento real, desde que se nega ao esforço do deslocamento até o lugar em pauta.
O entendimento de si mesmo, a fim de encontrar as raízes dos problemas, para extirpá-los, exige uma energia permanente, um propósito perseverante, mantidos com inteireza moral e psicológica. Em caso contrário, desejam-se apenas, informações verbais, sem mais profundas conseqüências.
Todos os problemas existentes no homem, dele mesmo procedem, das suas complexidades, da dominação do seu ego.
Normalmente, em razão do próprio passado, as tentativas de manter os propósitos de autoconhecimento, sem acumulação de dados especulativos, mas de real identificação de si mesmo, redundam em insucesso pela falta de perseverança, pelo desânimo diante das dificuldades do começo da empresa e pelo desinteresse de libertar-se dos conflitos.
O homem se queixa que o autoconhecimento exige despesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca. Talvez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades. A manutenção dos conflitos produz muito mais consumpção de forças. Basta uma atitude de desvalorização dos problemas, como quem deixa cair um fardo simplesmente, ao invés de empenhar-se por atirá-lo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e de auto-aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento, da necessidade de autodescobrir-se, morrendo para as constrições e ansiedades, os medos e rotinas do cotidiano. Desta ação consciente, de que se impregna, o homem se plenifica interiormente, sem neurose ou outros quaisquer fenômenos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Relacionamento Pertubadores
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Os indivíduos de temperamento neurótico, tornam-se incapazes de manter um relacionamento estável. Pela própria constituição psicológica, são perturbadores de afetividade obsessiva e, porque inseguros, são desconfiados, ciumentos, por conseqüência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade.
Os conflitos de que são portadores os levam a uma atitude isolacionista, resultado da insatisfação e constante irritabilidade contra tudo e todos. Crêem não merecer o amor de outrem e, se tal acontece, assumem o estranho comportamento de acreditar que os outros não lhes merecem a afeição, podendo traí-los ou abandoná-los na primeira oportunidade. Quando se vinculam, fazem-se absorventes, castradores, exigindo que os seus afetos vivam em caráter de exclusividade para eles. São, desse modo, relacionamentos perturbadores, egocêntricos.
O amor é uma conquista do espírito maduro, psicologicamente equilibrado; usina de forças para manter os equipamentos emocionais em funcionamento harmônico. E uma forma de negação de si mesmo em autodoação plenificadora. Não se escora em suspeitas, nem exigências infantis; elimina o ciúme e a ambição de posse, proporcionando inefável bem-estar ao ser amado que, descomprometido com o dever de retribuição, também ama. Quando, por acaso, não correspondido, não se magoa nem se irrita, compreendendo que o seu e o objetivo de doar-se, e não de exigir. Permite a liberdade ao outro, que a si mesmo se faculta, sem carga de ansiedade ou de compulsão.
Quando estas características estão ausentes, o amor é uma palavra que veste a memória condicionada da sociedade, em torno dos desejos lúbricos, e não do real sentimento que ele representa.
Esse relacionamento perturbador faz da outra pessoa um objeto possuído, por sua vez, igualmente possuidor, gerando a desumanização de ambos.
Ao dizer-se meu amigo, minha esposa, meu filho, meu companheiro, meu dinheiro, a posse está presente e a submissão do possuído é manifesta sem resistência, evitando conflitos no possuidor, não obstante, em conflito aquele que se deixa possuir, até o momento da indiferença, por saturação, desinteresse, ou da reação, do rompimento, transformando-se o afeto-posse em animosidade, em ódio.
Necessária uma nova conduta e para isto a psicologia profunda se torna o estudo de uma nova linguagem libertadora.
A palavra é um símbolo que veste a idéia; por sua vez, formulação de pensamento, que se torna uma memória acumulada e retorna quando se deseja vesti-lo.
A memória da sociedade adicionou conceitos sobre o amor e o relacionamento, estabelecendo sinais que os caracterizam, sem que auscultasse as suas estruturas psicológicas despidas de símbolos.
O homem deve comprometer-se ao autodescobrimento, para ser feliz, identificando seus defeitos e suas boas qualidades, sem autopunição, sem autojulgamento, sem autocondenação.
Pescá-los, no mundo íntimo, e eliminar aqueles que lhe constituem motivos de conflitos, deve ser-lhe a meta... Não se sentir feliz ou desventurado, porém empenhar-se por atenuar as manifestações primitivas de agressividade e pos¬se, desenvolvendo os valores que o equipem de harmonia, vivendo bem cada momento, sem projetos propiciadores de conflitos em relação ao futuro ou programas de reparação do passado.
Simplesmente deve renovar-se sempre para melhor, agindo com correção, sem consciência de culpa, sem autocompaixão, sem ansiedade. Viver o tempo com dimensão atemporal, em entrega, em confiança, em paz.
Pode-se dizer que, no amor, quando alguém se identifica com a pessoa a quem supõe amar, esta, apenas, realizando um ato de prolongamento de si mesmo, portanto, amando-se, e não à outra pessoa. Esta identificação se baseia na memória do prazer e da dor, das alegrias e dos insucessos, portanto, amando o passado e as suas concessões, e não a pessoa em si, neste momento, como é. É habitual dizer-se: “— Amo, porque ela (ou ele) tem compartido da minha vida, das minhas lutas; ajudou-me, sofreu ao meu lado, etc.”
O sentimento que predomina aí é o de gratidão, e gratidão, infelizmente, não é amor, é reconhecimento que deve retribuir, compensar, quando em verdade, o amor é só doação.
Imprescindível, assim, uma nova linguagem que rompa com o atavismo, com a memória da sociedade, acumulada de símbolos, falsos uns, e inadequados outros.
Os relacionamentos humanos tornam-se, portanto, perturbadores, desastrosos, por falta de maturidade psicológica do homem, em razão, também, dos seus conflitos, das suas obsessões e ansiedades.
Graças ao autoconhecimento ele adquire confiança, e os seus conflitos cedem lugar ao amor, que se transforma em núcleo gerador de alegria com alta carga de energia vitalizadora.
O amor, porém, entre duas ou mais pessoas somente será pleno, se elas estiverem no mesmo nível.
A solução, para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos.
Rompendo-se com alguém, não pode o indivíduo crer-se livre para um outro tentame, que lhe resultaria feliz, porqüanto o problema não é a da relação em si, mas do seu estado íntimo, psicológico. Para tanto, como forma de equacionamento, só a adoção do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação, consegue o êxito almejado, porqüanto, para onde ou para quem o indivíduo se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o que é.
Desse modo, transferir-se não resolve problemas. Antes, deve solucionar-se para trasladar-se, se for o caso, depois.
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Os indivíduos de temperamento neurótico, tornam-se incapazes de manter um relacionamento estável. Pela própria constituição psicológica, são perturbadores de afetividade obsessiva e, porque inseguros, são desconfiados, ciumentos, por conseqüência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade.
Os conflitos de que são portadores os levam a uma atitude isolacionista, resultado da insatisfação e constante irritabilidade contra tudo e todos. Crêem não merecer o amor de outrem e, se tal acontece, assumem o estranho comportamento de acreditar que os outros não lhes merecem a afeição, podendo traí-los ou abandoná-los na primeira oportunidade. Quando se vinculam, fazem-se absorventes, castradores, exigindo que os seus afetos vivam em caráter de exclusividade para eles. São, desse modo, relacionamentos perturbadores, egocêntricos.
O amor é uma conquista do espírito maduro, psicologicamente equilibrado; usina de forças para manter os equipamentos emocionais em funcionamento harmônico. E uma forma de negação de si mesmo em autodoação plenificadora. Não se escora em suspeitas, nem exigências infantis; elimina o ciúme e a ambição de posse, proporcionando inefável bem-estar ao ser amado que, descomprometido com o dever de retribuição, também ama. Quando, por acaso, não correspondido, não se magoa nem se irrita, compreendendo que o seu e o objetivo de doar-se, e não de exigir. Permite a liberdade ao outro, que a si mesmo se faculta, sem carga de ansiedade ou de compulsão.
Quando estas características estão ausentes, o amor é uma palavra que veste a memória condicionada da sociedade, em torno dos desejos lúbricos, e não do real sentimento que ele representa.
Esse relacionamento perturbador faz da outra pessoa um objeto possuído, por sua vez, igualmente possuidor, gerando a desumanização de ambos.
Ao dizer-se meu amigo, minha esposa, meu filho, meu companheiro, meu dinheiro, a posse está presente e a submissão do possuído é manifesta sem resistência, evitando conflitos no possuidor, não obstante, em conflito aquele que se deixa possuir, até o momento da indiferença, por saturação, desinteresse, ou da reação, do rompimento, transformando-se o afeto-posse em animosidade, em ódio.
Necessária uma nova conduta e para isto a psicologia profunda se torna o estudo de uma nova linguagem libertadora.
A palavra é um símbolo que veste a idéia; por sua vez, formulação de pensamento, que se torna uma memória acumulada e retorna quando se deseja vesti-lo.
A memória da sociedade adicionou conceitos sobre o amor e o relacionamento, estabelecendo sinais que os caracterizam, sem que auscultasse as suas estruturas psicológicas despidas de símbolos.
O homem deve comprometer-se ao autodescobrimento, para ser feliz, identificando seus defeitos e suas boas qualidades, sem autopunição, sem autojulgamento, sem autocondenação.
Pescá-los, no mundo íntimo, e eliminar aqueles que lhe constituem motivos de conflitos, deve ser-lhe a meta... Não se sentir feliz ou desventurado, porém empenhar-se por atenuar as manifestações primitivas de agressividade e pos¬se, desenvolvendo os valores que o equipem de harmonia, vivendo bem cada momento, sem projetos propiciadores de conflitos em relação ao futuro ou programas de reparação do passado.
Simplesmente deve renovar-se sempre para melhor, agindo com correção, sem consciência de culpa, sem autocompaixão, sem ansiedade. Viver o tempo com dimensão atemporal, em entrega, em confiança, em paz.
Pode-se dizer que, no amor, quando alguém se identifica com a pessoa a quem supõe amar, esta, apenas, realizando um ato de prolongamento de si mesmo, portanto, amando-se, e não à outra pessoa. Esta identificação se baseia na memória do prazer e da dor, das alegrias e dos insucessos, portanto, amando o passado e as suas concessões, e não a pessoa em si, neste momento, como é. É habitual dizer-se: “— Amo, porque ela (ou ele) tem compartido da minha vida, das minhas lutas; ajudou-me, sofreu ao meu lado, etc.”
O sentimento que predomina aí é o de gratidão, e gratidão, infelizmente, não é amor, é reconhecimento que deve retribuir, compensar, quando em verdade, o amor é só doação.
Imprescindível, assim, uma nova linguagem que rompa com o atavismo, com a memória da sociedade, acumulada de símbolos, falsos uns, e inadequados outros.
Os relacionamentos humanos tornam-se, portanto, perturbadores, desastrosos, por falta de maturidade psicológica do homem, em razão, também, dos seus conflitos, das suas obsessões e ansiedades.
Graças ao autoconhecimento ele adquire confiança, e os seus conflitos cedem lugar ao amor, que se transforma em núcleo gerador de alegria com alta carga de energia vitalizadora.
O amor, porém, entre duas ou mais pessoas somente será pleno, se elas estiverem no mesmo nível.
A solução, para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos.
Rompendo-se com alguém, não pode o indivíduo crer-se livre para um outro tentame, que lhe resultaria feliz, porqüanto o problema não é a da relação em si, mas do seu estado íntimo, psicológico. Para tanto, como forma de equacionamento, só a adoção do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação, consegue o êxito almejado, porqüanto, para onde ou para quem o indivíduo se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o que é.
Desse modo, transferir-se não resolve problemas. Antes, deve solucionar-se para trasladar-se, se for o caso, depois.
domingo, 10 de julho de 2011
Problemas Sexuais
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Herança animal predominante em a natureza humana, o instinto de reprodução da espécie exerce um papel de fundamental importância no comportamento dos seres. Funcionando por impulsos orgânicos nos irracionais, expressa-se como manifestação propiciatória à fecundação nos ciclos orgânicos, periódicos, em ritmos equilibrados de vida.
No homem, face ao uso, que nem sempre obedece à finalidade precípua da perpetuação das formas, experimenta agressões e desvios que o desnaturam, tornando-se, o sexo, fator de desditas e problemas da mais variada expressão.
Face à sensação de prazer que lhe é inata, a fim de atrair os parceiros para a comunhão reprodutora, torna-se fonte de tormentos que delineiam o futuro da criatura.
Considerando-se a força do impulso sexual, no comportamento psicológico do homem, as disjunções orgânicas, a configuração anatômica e o temperamento emocional tornam-se de valor preponderante na vida, no inter-relacionamento pessoal, na atitude existencial de cada qual.
A sua carga compressiva, no entanto, transfere-se de uma para outra existência corporal, facultando um uso disciplinado, corretor, em injunções específicas, que por falta de esclarecimento leva o indivíduo a uma ampla gama de psicopatologias destrutivas na área da personalidade.
Com muita razão, Alice Bailey afirmava, diante dos fenômenos de alienação mental, que eles podem ser “... de natureza psicológica, hereditários por contatos coletivos e cármicos”. Introduzia, então, o conceito cármico, na condição de fator desencadeante das enfermidades a expressar-se nas manifestações da libido, de relevante importância nos estudos freudianos.
O conceito, em torno do qual o homem é um animal sexual, peca, porém, pelo exagero.
Naturalmente, as heranças atávicas impõem-lhe a força do instinto sobre a razão, levando-o a estados ansiosos como depressivos. Todavia, a necessidade do amor é-lhe superior. Por falta de uma equilibrada compreensão da afetividade, deriva para as falazes sensações do desejo, em detrimento das compensações da emoção.
Mais difícil se apresenta um saudável relacionamento afetivo do que o intercurso apressado da explosão sexual, no qual o instinto se expressa, deixando, não poucas vezes, frustração emocional.
Passados os rápidos momentos da comunhão física, e já se manifestam a insatisfação, o arrependimento, os conflitos perturbadores...
A falta de esclarecimento, no passado, em torno das funções do sexo, os mistérios e a ignorância com que o vestiram, desnaturaram-no.
A denominada revolução sexual dos últimos tempos, igualmente, ao demitizá-lo, abriu espaços de promiscuidade para os excessivos mitos do prazer, com a conseqüente desvalorização da pessoa, que se tornou objeto, instrumento de troca, indivíduo descartável, fora de qualquer consideração, respeito ou dignidade.
A sociedade contemporânea sofre, agora. os efeitos da liberação sem disciplina, através da qual a criatura vive a serviço do sexo, e não este para o ser inteligente, que o deve conduzir com finalidades definidas e tranqüilizadoras.
As aberrações se apresentam, neste momento, com cidadania funcional, levando os seus pacientes a patologias graves que alucinam, matam e os levam a matar-se.
A consciência deve dirigir a conduta sexual de cada indivíduo, que lhe assumirá as conseqüências naturais.
Da mesma forma que uma educação castradora é responsável por inúmeros conflitos, a liberativa em excesso abre comportas para abusos injustificáveis e de lamentáveis efeitos no psiquismo profundo.
A vida se mantém sob padrões de ordem, onde quer que se manifeste. Não há, aí, exceção para o comportamento do homem. Por esta razão, o uso indevido de qualquer função produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar.
Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que pode e deve canalizar para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
Exclusão feita aos portadores de enfermidades mentais a se refletirem na conduta sexual, o pensamento é portador de insuspeitável influência, no que tange a uma salutar ou desequilibrada ação genésica.
o mesmo fenômeno ocorre nas mais diferentes manifestações da vida humana. Mediante o seu cultivo, eles se exteriorizam no comportamento de forma equivalente.
A vida, portanto, saudável, na área do sexo, decorre da educação mental, da canalização correta das energias, da ação física pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os derivativos, auxiliando o indivíduo na eleição de atitudes que proporcionam bem-estar onde quer que se encontre.
As ambições malconduzidas, toda frustração decorrente do querer e não poder realizar, dão nascimento ao conflito. O conflito, por sua vez, quando não eqüacionado pela tranqüila aceitação do fato, sobrepondo a identidade real ao ego dominador e insaciável, termina por gerar neuroses. Estas, sustentadas pela insatisfação, transmudam-se em paranóia de catastróficos resultados na personalidade.
Considerado na sua função real e normal, o sexo é santuário da vida, e não paul de intoxicação e morte.
Estimulado pelo amor, que lhe tem ascendência emocional, propicia as mais altas expressões da beleza, da harmonia, da realização pessoal; acalma, encoraja para a vida, tornando-se um dínamo gerador de alegrias.
Os problemas sexuais se enraízam no espírito, que se aturde com o desregramento que impõe ao corpo, exaurindo as glândulas genésicas e exteriorizando-se em funções incorretas, que se fazem psicopatologias graves, a empurrar a sua vítima para os abismos da sombra, da perversidade e do crime.
A liberação das distonias sexuais, mais perturbam o ser, que se transfere de uma para outra sensação com sede crescente, mergulhando na promiscuidade, por desrespeito e desprezo a si mesmo e, por extensão, aos outros. A sua é uma óptica desfocada, pela qual passa a ver o mundo e as demais pessoas na condição de portadoras dos seus mesmos problemas, só que mascaradas ou susceptíveis de viverem aquela conduta, quando não deseja impor a sua postura especial como regra geral para a sociedade.
Sob conflito psicológico, o portador de problema sexual, ou de outra natureza, não se aceita, fugindo para outros comportamentos dissimuladores; ou quando se conscientiza e resolve-se por vivê-lo, assume feição chocante, agressiva, como uma forma de enfrentar os demais, de maneira antinatural, demonstrando que não o digeriu nem o assimilou.
Toda exibição oculta um conflito de timidez ou inconformação, de carência ou incapacidade.
Uma terapia psicológica bem cuidada atenua o problema sexual, cabendo ao paciente fazer uma tranqüila auto-análise, que lhe faculte viver em harmonia com a sua realidade interna, nem sempre compatível com a sua manifestação externa.
Não basta satisfazer o sexo — toda fome e sede, de momento, saciadas, retornam, em ocasião própria — mas, harmonizar-se, emocionalmente, vivendo em paz de consciência, embora com alguma fome perfeitamente suportável, ao invés do constante conflito da insatisfação decorrente da imaginação fértil, que programa prazeres contínuos e elege companhias impossíveis de conseguidas em qualquer faixa sexual que se estagie.
Ninguém se sente pleno, no mundo, acreditando-se haver logrado tudo quanto desejava.
A aspiração natural e calma para atingir um próximo patamar, faz-se estímulo para o progresso do indivíduo e da sociedade.
Os problemas sexuais, por isto mesmo, devem ser enfrentados sem hipocrisia, nem cinismo, fora de padrões estereotipados por falsa moralidade, tampouco levados à conta de pequeno significado. São dificuldades e, como tais, merecem consideração, tempo e ação especializada.
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Herança animal predominante em a natureza humana, o instinto de reprodução da espécie exerce um papel de fundamental importância no comportamento dos seres. Funcionando por impulsos orgânicos nos irracionais, expressa-se como manifestação propiciatória à fecundação nos ciclos orgânicos, periódicos, em ritmos equilibrados de vida.
No homem, face ao uso, que nem sempre obedece à finalidade precípua da perpetuação das formas, experimenta agressões e desvios que o desnaturam, tornando-se, o sexo, fator de desditas e problemas da mais variada expressão.
Face à sensação de prazer que lhe é inata, a fim de atrair os parceiros para a comunhão reprodutora, torna-se fonte de tormentos que delineiam o futuro da criatura.
Considerando-se a força do impulso sexual, no comportamento psicológico do homem, as disjunções orgânicas, a configuração anatômica e o temperamento emocional tornam-se de valor preponderante na vida, no inter-relacionamento pessoal, na atitude existencial de cada qual.
A sua carga compressiva, no entanto, transfere-se de uma para outra existência corporal, facultando um uso disciplinado, corretor, em injunções específicas, que por falta de esclarecimento leva o indivíduo a uma ampla gama de psicopatologias destrutivas na área da personalidade.
Com muita razão, Alice Bailey afirmava, diante dos fenômenos de alienação mental, que eles podem ser “... de natureza psicológica, hereditários por contatos coletivos e cármicos”. Introduzia, então, o conceito cármico, na condição de fator desencadeante das enfermidades a expressar-se nas manifestações da libido, de relevante importância nos estudos freudianos.
O conceito, em torno do qual o homem é um animal sexual, peca, porém, pelo exagero.
Naturalmente, as heranças atávicas impõem-lhe a força do instinto sobre a razão, levando-o a estados ansiosos como depressivos. Todavia, a necessidade do amor é-lhe superior. Por falta de uma equilibrada compreensão da afetividade, deriva para as falazes sensações do desejo, em detrimento das compensações da emoção.
Mais difícil se apresenta um saudável relacionamento afetivo do que o intercurso apressado da explosão sexual, no qual o instinto se expressa, deixando, não poucas vezes, frustração emocional.
Passados os rápidos momentos da comunhão física, e já se manifestam a insatisfação, o arrependimento, os conflitos perturbadores...
A falta de esclarecimento, no passado, em torno das funções do sexo, os mistérios e a ignorância com que o vestiram, desnaturaram-no.
A denominada revolução sexual dos últimos tempos, igualmente, ao demitizá-lo, abriu espaços de promiscuidade para os excessivos mitos do prazer, com a conseqüente desvalorização da pessoa, que se tornou objeto, instrumento de troca, indivíduo descartável, fora de qualquer consideração, respeito ou dignidade.
A sociedade contemporânea sofre, agora. os efeitos da liberação sem disciplina, através da qual a criatura vive a serviço do sexo, e não este para o ser inteligente, que o deve conduzir com finalidades definidas e tranqüilizadoras.
As aberrações se apresentam, neste momento, com cidadania funcional, levando os seus pacientes a patologias graves que alucinam, matam e os levam a matar-se.
A consciência deve dirigir a conduta sexual de cada indivíduo, que lhe assumirá as conseqüências naturais.
Da mesma forma que uma educação castradora é responsável por inúmeros conflitos, a liberativa em excesso abre comportas para abusos injustificáveis e de lamentáveis efeitos no psiquismo profundo.
A vida se mantém sob padrões de ordem, onde quer que se manifeste. Não há, aí, exceção para o comportamento do homem. Por esta razão, o uso indevido de qualquer função produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar.
Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que pode e deve canalizar para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
Exclusão feita aos portadores de enfermidades mentais a se refletirem na conduta sexual, o pensamento é portador de insuspeitável influência, no que tange a uma salutar ou desequilibrada ação genésica.
o mesmo fenômeno ocorre nas mais diferentes manifestações da vida humana. Mediante o seu cultivo, eles se exteriorizam no comportamento de forma equivalente.
A vida, portanto, saudável, na área do sexo, decorre da educação mental, da canalização correta das energias, da ação física pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os derivativos, auxiliando o indivíduo na eleição de atitudes que proporcionam bem-estar onde quer que se encontre.
As ambições malconduzidas, toda frustração decorrente do querer e não poder realizar, dão nascimento ao conflito. O conflito, por sua vez, quando não eqüacionado pela tranqüila aceitação do fato, sobrepondo a identidade real ao ego dominador e insaciável, termina por gerar neuroses. Estas, sustentadas pela insatisfação, transmudam-se em paranóia de catastróficos resultados na personalidade.
Considerado na sua função real e normal, o sexo é santuário da vida, e não paul de intoxicação e morte.
Estimulado pelo amor, que lhe tem ascendência emocional, propicia as mais altas expressões da beleza, da harmonia, da realização pessoal; acalma, encoraja para a vida, tornando-se um dínamo gerador de alegrias.
Os problemas sexuais se enraízam no espírito, que se aturde com o desregramento que impõe ao corpo, exaurindo as glândulas genésicas e exteriorizando-se em funções incorretas, que se fazem psicopatologias graves, a empurrar a sua vítima para os abismos da sombra, da perversidade e do crime.
A liberação das distonias sexuais, mais perturbam o ser, que se transfere de uma para outra sensação com sede crescente, mergulhando na promiscuidade, por desrespeito e desprezo a si mesmo e, por extensão, aos outros. A sua é uma óptica desfocada, pela qual passa a ver o mundo e as demais pessoas na condição de portadoras dos seus mesmos problemas, só que mascaradas ou susceptíveis de viverem aquela conduta, quando não deseja impor a sua postura especial como regra geral para a sociedade.
Sob conflito psicológico, o portador de problema sexual, ou de outra natureza, não se aceita, fugindo para outros comportamentos dissimuladores; ou quando se conscientiza e resolve-se por vivê-lo, assume feição chocante, agressiva, como uma forma de enfrentar os demais, de maneira antinatural, demonstrando que não o digeriu nem o assimilou.
Toda exibição oculta um conflito de timidez ou inconformação, de carência ou incapacidade.
Uma terapia psicológica bem cuidada atenua o problema sexual, cabendo ao paciente fazer uma tranqüila auto-análise, que lhe faculte viver em harmonia com a sua realidade interna, nem sempre compatível com a sua manifestação externa.
Não basta satisfazer o sexo — toda fome e sede, de momento, saciadas, retornam, em ocasião própria — mas, harmonizar-se, emocionalmente, vivendo em paz de consciência, embora com alguma fome perfeitamente suportável, ao invés do constante conflito da insatisfação decorrente da imaginação fértil, que programa prazeres contínuos e elege companhias impossíveis de conseguidas em qualquer faixa sexual que se estagie.
Ninguém se sente pleno, no mundo, acreditando-se haver logrado tudo quanto desejava.
A aspiração natural e calma para atingir um próximo patamar, faz-se estímulo para o progresso do indivíduo e da sociedade.
Os problemas sexuais, por isto mesmo, devem ser enfrentados sem hipocrisia, nem cinismo, fora de padrões estereotipados por falsa moralidade, tampouco levados à conta de pequeno significado. São dificuldades e, como tais, merecem consideração, tempo e ação especializada.
O Devir Psicológico
O HOMEM INTEGRAL
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVLADO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Por largo tempo houve uma preocupação, na área psicológica, para encontrar-se as raízes dos problemas do homem, o seu passado próximo — vida pré-natal, infância e juventude a fim de os eqüacionar.
A grande e contínua busca produzia, não raro, um desesperado anseio para a compreensão dos fenômenos castradores e restritivos da existência, no dealbar dela mesma.
Interpretações apressadas, comumente, tentavam liberar os pacientes dos seus conflitos, atirando as responsabilidades da sua gênese aos pais desequipados, uns superprotetores, outros agressivos, que, na sua ignorância afetiva, desencadeavam os complexos variados e tormentosos.
Tratava-se de uma forma simplista de desviar o problema de uma para outra área, sem a real superação ou equação do mesmo.
Os pacientes, esclarecidos indevidamente, adquiriam ressentimentos contra os responsáveis aparentes pelas suas aflições, transferindo-se de postura patológica. Em reação, na busca do que passavam a considerar como liberdade, independência daqueles agentes castradores, inibidores, faziam-se bulhentos, assumindo atitudes desafiadoras, na suposição de que esta seria uma forma de afirmação da personalidade, de auto-realização. E o ressentimento inicial contra os pais, os familiares e educadores crescia, transferindo-se, automaticamente, para a sociedade como um todo.
A conscientização dos fenômenos neuróticos não deve engendrar vítimas novas, contra as quais sejam atiradas todas as responsabilidades. Isto impede o amadurecimento psicológico do paciente, que assume uma posição injusta de deserdado da sociedade, aí se refugiando para justificar todos os seus insucessos.
Sem dúvida, desde o momento da vida extra-uterina, há um grande choque na formação psicológica do bebê, ao qual se adicionam outros inumeráveis, decorrentes da educação deficiente no lar e no grupamento social.
O mundo, com as suas complexidades estabelecidas e para ele impenetráveis, apresenta-se agressivo e odiento, exigindo-lhe alto suprimento de habilidades para escapar-lhe ao que considera suas ciladas.
Nessas circunstâncias adversas para a formação psicológica do homem, devemos convir que as suas causas precedem a existências anteriores, que formaram as estruturas da individualidade ora reencarnada, responsáveis pelas resistências ou fragilidades dos componentes emocionais. No mesmo clã e sob as mesmas condições, as pessoas as enfrentam de forma diversa, desvelando, nas suas reações, a constituição de cada uma, que antecede ao fenômeno da concepção fetal.
A moderna visão psicológica, embora respeitando as injunções do passado atual, busca desenvolver as possibilidades latentes do homem, o seu vir-a-ser, centralizando a sua interpretação nos seus recursos inexplorados. Há, nele, todo um universo a conquistar e ampliar, liberando as inibições e conflitos, diante dos novos desafios que acenam com a auto-realização e o amadurecimento íntimo.
De etapa a etapa, ele avança conquistando as terras novas da vida e da experiência, que se sobrepõem aos alicerces fragmentários da infância, substituindo-os vagarosamente.
O devir psicológico é mais importante do que o seu passado nebuloso, que o sol da razão consciente se encarregara de clarear, sem ilhas de sombra doentia na personalidade.
Extraordinariamente, em alguns casos de psicoses e neuroses, de dificuldades no inter-relacionamento pessoal, de inibições sexuais e frustrações, pode-se recorrer a uma viagem consciente ao passado, a fim de encontrar-se a matriz cármica e aplicar-lhe a terapia especializada, capaz de conscientizar o paciente e ajudá-lo na superação do fator perturbante. Mesmo assim, a experiência terapêutica exige os recursos técnicos e as pessoas especializadas para o tentame, evitando-se apressadas conclusões falsas e o mergulho em climas obsessivos que impõem mais cuidadosa análise e tratamento adequado.
A questão, pela sua gravidade, exige siso e cuidados especiais.
A nova psicologia profunda pretende desvendar as incógnitas das várias patologias que afetam o comportamento psicológico do homem, utilizando-se de uma nova linguagem e desenvolvendo os recursos da sua evolução ainda não excogitados.
Por enquanto, o indivíduo não se conhece, apresentando-se como se fora uma máquina com as suas complicadas funções, que busca automatizar.
É indispensável, assim, que tome consciência de si. o que lhe independe da inteligência, da atividade de natureza mental.
A consciência expressa-se em uma atitude perante a vida, um desvendar de si mesmo, de quem se é, de onde se encontra, analisando, depois, o que se sabe e quanto se ignora, equipando-se de lucidez que não permite mecanismos de evasão da realidade. Não finge que sabe, quando ignora; tampouco aparenta desconhecer, se sabe. Trata-se, portanto, de uma tomada de conhecimento lógico.
Esses momentos de consciência impõem exercício, até que sejam aceitos como natural manifestação de comportamento. Para tanto, devem ser considerados os diversos critérios de duração, de freqüência e de largueza, como de discernimento.
Por quanto tempo se permanece consciente, em estado de identificação? Quantas vezes o fenômeno se repete e de que o indivíduo está consciente?
Factível estabelecer-se uma programação saudável.
No painel existencial, no qual nada é fixo e tudo muda, torna-se inadiável a busca da consciência atual sem as fixações do passado, de modo a multiplicar os estímulos para o futuro que chegará.
Destaca-se aí, a necessidade do equilíbrio, que segundo Pedro Ouspenski, é “como aprender a nadar”. A dificuldade inicial cede então lugar à realização plena.
O homem amargurado, que se faz vítima dos conflitos, deve aprender a resolver os desafios do momento, despreocupando-se das ocorrências traumáticas e gerando novas oportunidades. As suas propostas para amanhã começam agora, não aguardando que o tempo chegue, porque é ele quem passará pelas horas e chegará àquela dimensão a que denomina futuro.
A estrutura psicológica social — soma de todas as experiências culturais, históricas, políticas, religiosas — exerce uma função compressiva no comportamento do homem, que se deve libertar mediante o amadurecimento pessoal, que elimina o medo, a ira, a ambição, característicos das heranças atávicas, e se programa dentro das próprias possibilidades inexploradas.
A consciência do vir-a-ser proporciona uma mente aberta, com capacidade para considerar com clareza e saúde todos os fatos da existência, comportando-se de maneira tranqüila, com possibilidades de conquistar o infinito.
JOANNA DE ÂNGELIS - ESPÍRITO
DIVLADO PEREIRA FRANCO - MÉDIUM.
Por largo tempo houve uma preocupação, na área psicológica, para encontrar-se as raízes dos problemas do homem, o seu passado próximo — vida pré-natal, infância e juventude a fim de os eqüacionar.
A grande e contínua busca produzia, não raro, um desesperado anseio para a compreensão dos fenômenos castradores e restritivos da existência, no dealbar dela mesma.
Interpretações apressadas, comumente, tentavam liberar os pacientes dos seus conflitos, atirando as responsabilidades da sua gênese aos pais desequipados, uns superprotetores, outros agressivos, que, na sua ignorância afetiva, desencadeavam os complexos variados e tormentosos.
Tratava-se de uma forma simplista de desviar o problema de uma para outra área, sem a real superação ou equação do mesmo.
Os pacientes, esclarecidos indevidamente, adquiriam ressentimentos contra os responsáveis aparentes pelas suas aflições, transferindo-se de postura patológica. Em reação, na busca do que passavam a considerar como liberdade, independência daqueles agentes castradores, inibidores, faziam-se bulhentos, assumindo atitudes desafiadoras, na suposição de que esta seria uma forma de afirmação da personalidade, de auto-realização. E o ressentimento inicial contra os pais, os familiares e educadores crescia, transferindo-se, automaticamente, para a sociedade como um todo.
A conscientização dos fenômenos neuróticos não deve engendrar vítimas novas, contra as quais sejam atiradas todas as responsabilidades. Isto impede o amadurecimento psicológico do paciente, que assume uma posição injusta de deserdado da sociedade, aí se refugiando para justificar todos os seus insucessos.
Sem dúvida, desde o momento da vida extra-uterina, há um grande choque na formação psicológica do bebê, ao qual se adicionam outros inumeráveis, decorrentes da educação deficiente no lar e no grupamento social.
O mundo, com as suas complexidades estabelecidas e para ele impenetráveis, apresenta-se agressivo e odiento, exigindo-lhe alto suprimento de habilidades para escapar-lhe ao que considera suas ciladas.
Nessas circunstâncias adversas para a formação psicológica do homem, devemos convir que as suas causas precedem a existências anteriores, que formaram as estruturas da individualidade ora reencarnada, responsáveis pelas resistências ou fragilidades dos componentes emocionais. No mesmo clã e sob as mesmas condições, as pessoas as enfrentam de forma diversa, desvelando, nas suas reações, a constituição de cada uma, que antecede ao fenômeno da concepção fetal.
A moderna visão psicológica, embora respeitando as injunções do passado atual, busca desenvolver as possibilidades latentes do homem, o seu vir-a-ser, centralizando a sua interpretação nos seus recursos inexplorados. Há, nele, todo um universo a conquistar e ampliar, liberando as inibições e conflitos, diante dos novos desafios que acenam com a auto-realização e o amadurecimento íntimo.
De etapa a etapa, ele avança conquistando as terras novas da vida e da experiência, que se sobrepõem aos alicerces fragmentários da infância, substituindo-os vagarosamente.
O devir psicológico é mais importante do que o seu passado nebuloso, que o sol da razão consciente se encarregara de clarear, sem ilhas de sombra doentia na personalidade.
Extraordinariamente, em alguns casos de psicoses e neuroses, de dificuldades no inter-relacionamento pessoal, de inibições sexuais e frustrações, pode-se recorrer a uma viagem consciente ao passado, a fim de encontrar-se a matriz cármica e aplicar-lhe a terapia especializada, capaz de conscientizar o paciente e ajudá-lo na superação do fator perturbante. Mesmo assim, a experiência terapêutica exige os recursos técnicos e as pessoas especializadas para o tentame, evitando-se apressadas conclusões falsas e o mergulho em climas obsessivos que impõem mais cuidadosa análise e tratamento adequado.
A questão, pela sua gravidade, exige siso e cuidados especiais.
A nova psicologia profunda pretende desvendar as incógnitas das várias patologias que afetam o comportamento psicológico do homem, utilizando-se de uma nova linguagem e desenvolvendo os recursos da sua evolução ainda não excogitados.
Por enquanto, o indivíduo não se conhece, apresentando-se como se fora uma máquina com as suas complicadas funções, que busca automatizar.
É indispensável, assim, que tome consciência de si. o que lhe independe da inteligência, da atividade de natureza mental.
A consciência expressa-se em uma atitude perante a vida, um desvendar de si mesmo, de quem se é, de onde se encontra, analisando, depois, o que se sabe e quanto se ignora, equipando-se de lucidez que não permite mecanismos de evasão da realidade. Não finge que sabe, quando ignora; tampouco aparenta desconhecer, se sabe. Trata-se, portanto, de uma tomada de conhecimento lógico.
Esses momentos de consciência impõem exercício, até que sejam aceitos como natural manifestação de comportamento. Para tanto, devem ser considerados os diversos critérios de duração, de freqüência e de largueza, como de discernimento.
Por quanto tempo se permanece consciente, em estado de identificação? Quantas vezes o fenômeno se repete e de que o indivíduo está consciente?
Factível estabelecer-se uma programação saudável.
No painel existencial, no qual nada é fixo e tudo muda, torna-se inadiável a busca da consciência atual sem as fixações do passado, de modo a multiplicar os estímulos para o futuro que chegará.
Destaca-se aí, a necessidade do equilíbrio, que segundo Pedro Ouspenski, é “como aprender a nadar”. A dificuldade inicial cede então lugar à realização plena.
O homem amargurado, que se faz vítima dos conflitos, deve aprender a resolver os desafios do momento, despreocupando-se das ocorrências traumáticas e gerando novas oportunidades. As suas propostas para amanhã começam agora, não aguardando que o tempo chegue, porque é ele quem passará pelas horas e chegará àquela dimensão a que denomina futuro.
A estrutura psicológica social — soma de todas as experiências culturais, históricas, políticas, religiosas — exerce uma função compressiva no comportamento do homem, que se deve libertar mediante o amadurecimento pessoal, que elimina o medo, a ira, a ambição, característicos das heranças atávicas, e se programa dentro das próprias possibilidades inexploradas.
A consciência do vir-a-ser proporciona uma mente aberta, com capacidade para considerar com clareza e saúde todos os fatos da existência, comportando-se de maneira tranqüila, com possibilidades de conquistar o infinito.
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