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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Ectoplasma
Ectoplasma Significa: - (do grego ektos – por fora e plasma – da forma modelar) O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico a mente dos encarnados e desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branca-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível. O Ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispíritica (duplo etéreo), pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica.O ectoplasma seria substância originária no protoplasma* das usinas celulares. O Ectoplasma doado pelo médium depois da moldagem pelo processo de condensação, voltará à sua fonte por mecanismo inverso.
Resumo: - Este pequeno ensaio sobre Ectoplasmia faz referências iniciais sobre o significado do título e os pesquisadores que contribuíram na elucidação do processo. Procura mostrar o que é ectoplasma e o resultado de algumas análises realizadas. Apresenta o conceito bioquímico que pode responder pelo processo, onde o ATP, elemento bastante difundido no metabolismo celular e resultante do ciclo de Krebs, seria uma das unidades chaves na formação da substância ectoplásmica.
Na moldagem de objetos ou seres humanos, com propósitos bem definidos, terá de existir o campo de energias responsável pela congregação e orientação das moléculas do ectoplasma, traduzido num verdadeiro campo-organizador, consciente e inteligente pelo que demonstra, representando o agente Psi-Theta (Espírito) ou campo espiritual.
O ectoplasma foi analisado por vários pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:
Dr.V. Dombrowsky (Varsóvia) - "O ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".
Dr. Francês ( Munich) - "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".
Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por Charles Richet - "O ectoplasma está constituído por restos de tecido epitelial e gorduras".
Dr. Hernani G. Andrade - "O ectoplasma é Substância formada com recursos da natureza originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplasma) e de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral (ectomineroplasma)".
Para atingir a materialização será necessário:
A – Forças superiores e sutis da nossa esfera.
B – Ectoplasma – extraído do médium – energia da natureza terrestre material para obter a tangibilidade real.
Fluidos: -A – Forças superiores e sutis da nossa esfera.
Fluidos: – B – Recursos do médium e dos que assistem = Ectoplasma.
Fluidos: - C - Energias da natureza terrestre.
Os fluidos “A” podem ser os mais puros e os fluidos “C” os mais dóceis, mas os fluidos “B” são capazes de estragar e impedir a materialização.
Protoplasma: é a substância que constitui a parte essencial da célula animal ou vegetal e que envolve o núcleo, matéria viva e ativa.
Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos. O ectoplasma é de difícil manipulação, pegajoso, não se moldando facilmente. Por isso, exige treinamentos e técnicas para que os espíritos possam se utilizar deste fluido. Não é o espírito que se materializa, mas é o ectoplasma que se adere à forma do perispírito dele. A substância sofre bastante a influência da luz do dia e da luz branca, o que causa interferências no fenômeno, tornando-se ideal a utilização de uma luz com tom avermelhado. A materialização pode acontecer sob o efeito da luz branca, mas é preciso haver muito ectoplasma. Também é difícil fazer fotos desse fenômeno com flash, uma vez que há interferência da luz nesse momento. Nas materializações, não é utilizado diretamente o ectoplasma puro exalado pelo médium. É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado. A presença de apenas uma pessoa incrédula no ambiente dificulta ou até impede a aderência do ectoplasma no perispírito do espírito.Aqui relacionamos alguns tipos de ectoplasma.
Se o ectoplasma está relacionado com a matéria que constitui o corpo humano, ele deve existir também nos minerais, nas plantas e nos animais em geral. Em termos de complexidade, esse ectoplasma não deve ser igual ao existente nos seres humanos. Em princípio, o ectoplasma mineral é o mais simples. Nos vegetais, que se alimentam principalmente de materiais inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo, em virtude de ter sido trabalhado por eles a partir do material inicial. Já nos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e mesmo outros animais, o ectoplasma deve adquirir uma maior complexidade.
Assim, em função da espécie de vegetal ou animal, certamente haverá qualidades diferentes de ectoplasma. Essa dedução é fácil de ser feita, pois, ao que se sabe, o ectoplasma não-humano não é suficiente ou adequado para a realização de fenômenos físicos e de materialização, já que, se fosse, eles ocorreriam livremente pela manifestação de espíritos desencarnados. Haveria interferência direta destes no mundo dos encarnados, criando grande confusão. No livro Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães Andrade propõe a existência dos seguintes tipos de ectoplasma: ectomineroplasma, originário dos materiais minerais; ectofitoplasma, extraído dos vegetais; ectozooplasma, produzido pelos animais; ectohumanoplasma, gerado pelos humanos. Mas para efeito de simplificação de terminologia, no sentido de tornar o significado mais acessível às pessoas, podemos dizer apenas ectoplasma mineral, vegetal, animal e humano.
O ectoplasma é matéria?
Podemos definir matéria como tudo que é constituído pelos elementos químicos constantes da classificação periódica, além, é claro, dos próprios elementos e das partículas subatômicas. E também aquilo que possui massa e energia, estando sujeito à ação da gravidade, tem peso e ocupa um certo volume no espaço, além de interagir fisicamente com outras porções da matéria através das reações químicas. Já o ectoplasma está sujeito à ação da gravidade e interage fisicamente com a matéria do corpo humano. Nas fotografias, vemos ele sair da boca de um médium como se fosse um pano. O fato da substância cair na direção do solo e do espírito materializado a partir dela estar junto ao chão são evidências de que este fluido está sujeito à ação gravitacional. Alguns autores que já estudaram o ectoplasma em trabalhos de materialização e de efeitos físicos verificaram a ação da gravidade através de balanças. Portanto, podemos concluir que o ectoplasma é matéria. Podemos? Este raciocínio nos conduz a uma conclusão bastante interessante, ou seja, parece haver alguma coisa que se comporta como se fosse uma matéria paralela à que a química descreve. Em outras palavras, é como se houvesse um outro conjunto de elementos químicos coexistindo com aqueles previamente conhecidos ou previstos pela química, como se fosse possível estabelecer pelo menos uma outra classificação periódica.
Apresentação e produção.
O ectoplasma é um combinado de substâncias. Quando os espíritos desencarnados podem dispor dele em bastante quantidade, utilizam-no para a produção de fenômenos mediúnicos de efeitos físicos, combinando-o com outras substâncias extraídas do reservatório oculto da natureza. Para a visão dos desencarnados, o ectoplasma se apresenta como uma massa de gelatina pegajosa, semilíquida e branquíssima que é exalada por todos os poros do médium, mas em maior proporção pelas narinas, pela boca, pelos ouvidos, pelas pontas dos dedos e até pelo tórax.
À feição do magnetismo, ele é energia disseminada e presente em toda a natureza, a qual, pela lei evolutiva, é mais apurada no homem do que no mineral, no vegetal ou no animal. Deduzindo-se que os espíritos encarnados, em contato com a matéria durante a encarnação, produzem o ectoplasma, podemos chegar a algumas conclusões. Se admitimos a existência desta substância nos minerais, nas plantas ou nos animais, podemos entender que um dos ingredientes que forma o ectoplasma é originário dos alimentos, enquanto outro provém do oxigênio que respiramos. Ainda há um outro ingrediente, produzido no interior das células de nosso corpo físico. O que ocorre é uma transformação desses ectoplasmas primários em ectoplasma humano. Mas onde e quando ocorre o processo metabólico das reações químicas, físicas e biológicas entre os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular que geram o ectoplasma? É difícil de se afirmar com certeza onde ele se forma no ser humano. A observação indica uma grande movimentação fluídica no abdome, na altura do umbigo, o que leva alguns pesquisadores a admitir que se forma ectoplasma no aparelho digestivo, através do metabolismo dos alimentos no corpo. Outro lugar em que é comum se perceber que existe uma grande quantidade dessa movimentação é no tórax, fazendo alguns estudiosos concluírem que a produção de ectoplasma ocorre através da respiração, pelo oxigênio.
Como a ciência acadêmica admite que esse fluido se forma no interior das células, muitos entendem que o ectoplasma se forma por todo o corpo no nível celular, embora em quantidades e qualidades diferentes. O sangue pode carregá-la até os pulmões, onde se libera para ser eliminado, da mesma forma que o carbono resultante do metabolismo. Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é uma substância delicada que se produz entre o perispírito e o corpo físico, interligando o plano físico com o espiritual. Isso nos permite deduzir que os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular são captados por meio dos chacras gástrico e esplênico, transformando-se em ectoplasma no interior do duplo etérico. Poderíamos chamar isso de "metabolismo do ectoplasma". Mas é bom lembrar: nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium. É preciso combiná-la com outros dois tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado.
Ectoplasma
SUBSTÂNCIA ainda pouco conhecida,que flui para fora do corpo humano do médium ectoplasta (médium de efeitos físicos), através da sua manipulação , seja pelo inconsciente ou por inteligências externas encarnadas ou desencarnadas , ocorrem fenômenos de ordem superfísica, incluindo a materialização ou ectoplasmia que pode ser parcial ou completa.
Sinonimia: (fontes diversas) atmoplasma, éter vitalizado , hylê, ideoplasma, paquiplasma , primeira matéria, psicoplasma, teleplasma.
Etmologia : Grego : Ektós, por fora, plasma : molde ou substancia.
ligação do Ectoplasma projetado com o emissor:
o Ectoplasma expelido apresenta-se ligado ao médium emissor ou ao indivíduo projetado fora do corpo físico como um canal de alimentação. Há impulsos vitais bidirecionais, dando a aparência de um cordão umbilical.
Interação corpo físico / corpo astral
o Ectoplasma ao se evidenciar demonstra uma interação constante entre os dois corpos ou veículos da consciência, o corpo biológico mais denso e o corpo astral ou extrafisico menos denso
Forma
Ao exteriorizar-se por aplicação de passes magnéticos sobre o médium (Experiência de Raoul Montandan) tende a reproduzir a forma humana (antropomórfica) Vide "Formé materialise' do autor. Há a duplicação do rosto e das demais formas , seguindo a ação dos campos vitais das células do organismo humano ou modelo organizador biológico (perispírito=corpo astral)
Instabilidade
costuma ocorrer uma condição de equilíbrio instável da forma física humana com a forma humanóide (lembrando o gasparzinho ou fantasminha puff !!!)
Subordinação a Consciência
As manifestações do ectoplasma são condicionadas a fatores psicológicos derivados da vontade e da emotividade do comando inteligente direcionador do fenômeno.Inconsciente do médium , inteligência desencarnada ou encarnada)
Aspecto similar a cordão
É comum a forma de fios ou cordões.
Raio de ação
ao contrario do corpo astral que se projeta a longas distancias o ectoplasma tem raio de ação mais ou menos definido , a partir e em torno do corpo humano do médium.
Reabsorção
De natureza muito sensível demonstra tendência automática (programação pelos computadores do corpo astral ?) de retornar e ser reabsorvido pelas estruturas donde emanou.
Impacto de retorno
Em condições adversas pode retornar abruptamente ou recolher-se repentinamente.
Fenômenos de efeitos físicos
O ectoplasma do médium está relacionado a mediunidade de efeitos físicos sendo manipulado pelos espíritos desencarnados
Pseudo-consciência efêmera e dupla
médiuns relatam sentirem uma espécie de consciência dupla de curta duração durante os fenômenos.
Projeção astral:
A exteriorização de ectoplasma pode ocorrer também quando o médium está em desprendimento embora tal fato não seja o mais freqüente
Vias de eliminação
A literatura tradicional considera os orifícios de saída do ectoplasma como os naturais do organismo. (boca, anus, nariz,genitais etc) no entanto é possível que o mesmo saia por todos os poros do corpo.
Coloração
Esbranquiçada variando de tons mais claros a escuros. Já foi descrita até a cor preta o que não se observa comumente.
Elasticidade
Relativa a algumas dezenas de metros
Reação Térmica
Abaixa a temperatura do ambiente humano de contato imediato.
Sensibilidade ao olhar
Descreve-se a influencia do olhar dos circunstantes sobre o ectoplasma (ação mental ?)
Subordinação aos corpos físico e etérico
Parece haver menor subordinação ao corpo astral (perispírito) do que ao corpo etérico (corpo vital) e corpo físico.
Docilidade
Ao contrario do cordão de prata que não atende sempre ao comando mental do espírito o ectoplasma apresenta-se extremamente domesticável
Adesão de partículas
O ectoplasma pode retornar ao emissor com partículas estranhas que aderem a sua estrutura, podendo causar reações no médium
Fotossensibilidade
O ectoplasma é sensível à luz branca comum podendo ser por ela modificado.
Densidade flutuante
Em função dos fenômenos decorrentes de sua exteriorização, (efeitos físicos) pode se apresentar de forma sólida, liquida ou gasosa
Aspecto à observação
Frio, Gelatinoso, grudento, úmido, untuosos e viscoso modificando-se para floculoso, difuso, leitoso, ,liquido, gasoso, plasmático e assemelhados.
Desagradável ao toque
Alguns pesquisadores referem certa repulsividade ao tocar o ectoplasma
Odor
Pode exalar odor lembrando o gás ozônio.
Composição Química
Controvertida conforme cada pesquisador. Já foram descritas, substancias albuminoides, glóbulos brancos sanguíneos, células epiteliais, muco, lipídios etc.
Combinações
O ectoplasma apresenta-se como um combinação de elementos do corpo etérico do médium (fluido vital) , elementos do corpo humano, elementos provindos de vegetais provavelmente direcionados por mentes extrafisicas, e até fragmentos moleculares de tecidos da roupa do medium
Seccionável
Podem ocorrer rompimentos do ectoplasma expelido para análise laboratorial.
Corporificação
Corporifica veículos ou aparências e desenvolve manifestações orientadas pelas mentes do emissor ou de outrem
Escala de materialidade
corpo biológico
ectoplasma
cordão de prata e corpo etérico
corpo astral
corpo mental
espírito (inconsciente)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Por que Sou espírita?
Porque se creio em um Deus único, infinitamente bom e justo e não posso acreditar que Ele permitiria o sofrimento de inocentes e o privilégio de criminosos. Não posso crer em um Deus que permite a dor e a limitação de crianças mal formadas. Um Deus que permite a fome e a miséria vividas por pessoas simples e honestas. Um Deus que permite as diferenças de talentos e destinos. E que essa permissão seja devida, unicamente, aos seus caprichos e preferências.
Se, creio em um Deus perfeito, que não faz acepção de pessoas, então, tenho que entender as situações acima como justas e merecidas. E elas só seriam realmente parte da Justiça Divina se, explicadas por fatores por nós desconhecidos. O raciocínio lógico nos leva a buscar essas causas em um passado distante, em encanações anteriores.
A revelação, pelos espíritos que compõem a Legião de servidores do Cristo, sobre as leis da reencarnação e de causa e efeito foram o balsamo cicatrizante sobre a extensa ferida no cristianismo medieval, decorrente de sua institucionalização e politização.
Essas leis permitem nossa plena compreensão da infinita Justiça Divina e são divulgadas pela Doutrina Espírita para que o Evangelho do Cristo seja revivido conforme previsto por Jesus.
Nenhuma outra explicação para as dores dos homens e para suas desigualdades é tão eficiente e ampla e, ainda assim, compatível com o Deus justo e bom em que creio. Ao interpretarmos as dores da vida sob essa ótica, mesmo com as mais variadas e dolorosas circunstâncias vividas pelos seres humanos na Terra, em nenhum caso duvidaremos da Infinita Justiça Divina.
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá;
porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós;
mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
João, 16; 7.
Pela esperança
Por ser uma Doutrina que crê e divulga a certeza da vida após a morte, a certeza de que há algo mais a esperar do que meramente nossos corpos comidos pelos vermes. Por considerar a vida espiritual como a verdadeira vida e por ser essa uma vida de realizações e progresso e não de inatividade.
Por desfazer o mito do castigo eterno e mostrar-nos um Deus misericordioso que perdoa-nos quantas vezes precisarmos do seu perdão e nos oferece a possibilidade de evolução e comunhão com Ele, sempre. Por sabermos que, um dia, seremos perfeitos como foi o Cristo e então poderemos usufruir a paz plena que conquistarmos, pelo nosso esforço pessoal, sob a proteção e orientação Divina, durante o longo caminhar sobre as pegadas do Cristo.
Por termos a certeza de que todas as pessoas que amamos chegarão ao mesmo estágio evolutivo e que poderemos partilhar da glória de Deus em conjunto. Que nenhum filho de Deus se perderá, mas serão todos unidos na paz celestial no momento em que for apropriado, a cada um, conforme seu esforço e merecimento.
Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco;
também me convém agregar estas,
e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
João, 10; 16.
Pelo exemplo
Por respeitar a opinião de inúmeros vultos da ciência mundial que se tornaram Espíritas. Por admirar o exemplo de vários abnegados servidores do Cristo. Por serem pessoas com reconhecida capacidade intelectual e que efetivamente contribuíram para o engrandecimento do conhecimento humano.
Eles conquistaram, com méritos próprios, esse grau de respeitabilidade, sendo, portanto, dignos de terem suas idéias e crenças analisadas de forma isenta e racional. Além disso, expuseram sua crença em um ambiente cultural adverso, o que reforça a profundidade de sua fé. Somente uma forte convicção, baseada em estudos profundos e análises racionais, pode levar figuras proeminentes a enfrentarem os preconceitos e exporem-se como defensores da nova revelação.
Entre esses exemplos podemos citar: Allan Kardec, Leon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, Bezerra de Menezes, Herculano Pires, Deolindo Amorim, Chico Xavier, Divaldo Franco, Anália Franco, Antonio Gonçalves da Silva Batuíra, Euripedes Barsanulfo, Auta de Souza, William Crookes, Adelaide Augusta Câmara,Ali Halfeld,Artur Lins de Vasconcelos Lopes, Auta de Souza, Amelie Gabrielle, Anália Emília Franco, Angel Aguarod, Antônio da Silva Neto, Antônio Luís Saião, Aristides de Souza Spínola, Arthur Lins de Vasconcelos Lopes, Augusto Elias da Silva, Augusto José da Silva, Augusto Militão Pacheco, Aurora A. de los S. de Silveira, Antônio Gonçaves da Silva Batuíra, Antônio Pinheiro Guedes, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, Benedito Godoy Paiva, Caírbar de Souza Schutel, Camille Flammarion, Camilo Castelo Branco, Camilo Rodrigues Chaves, Carlos Gomes de Souza Shalders, Carlos Joaquim de Lima e Cirne, Cenyra de Oliveira Pinto, Cleo de Albuquerque Mello, Corina Novelino, Djalma Montenegro de Farias, Djalma Motta Argollo, Divaldo Pereira Franco, Domingos de Barros Lima Filgueiras, Emmanuel, Ernesto Bozano, Ernesto José dos Santos Silva, Eurípedes Barsanulfo, Francisco Candido Xavier, Francisco de Menezes Dias da Cruz, Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, Francisco Raimundo Ewerton Quadros, Francisco Spinelli, Francisco Valdomiro Lorenz, Francisco Vieira Paim Pamplona, Frederico Fígner, Frederico Pereira da Silva Júnior, Frederico Menezes, Geminiano Brazil de Oliveira Góis, Heitor Pinto da Luz e Silva, Humberto de Campos, Inácio Bittencourt, Jacob de Mello, Jeronimo Candido Gomide, Joaquim Antônio de S. Thiago, Joaquim Carlos Travassos, Joana de Angelis, João Luís de Paiva Júnior, João Batista Maia de Lacerda, João Gonçalves do Nascimento, José Florentino de Sena Petitinga, José Plinio Monteiro, Jose Raul Teixeira, José Medrado, Júlio César Leal, Lázaro Luiz Zamenhof, Leon Denis, Leôncio Correia, Leopoldo Cirne, Leopoldo Machado Barbosa, Lírio da Silva Ferreira, Luís da Costa Porto Carreiro, Luís Joaquim de Oliveira, Luís Olímpio Guillon Ribeiro, Luís Olímpio Teles de Menezes, Luiz Sérgio de Carvalho, Manuel Viana de Carvalho, Meimei, Pedro de Vinícius Camargo, Ricardo di Bernardi, Reynaldo Leite, Romeu do Amaral Camargo, Scheilla, Ubaldo Ramalhete Maia, e muitos outros que não pudemos relacionar por falta de espaço ...
Se alguém me serve, siga-me,
e onde eu estiver, ali estará também o meu servo.
E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.
João, 12; 26.
Pela solidariedade
Por ser uma Doutrina que defende e prega a solidariedade e o amor ao próximo como os maiores deveres do ser humano. Defende o aforismo de que fora da caridade não há salvação. Se a caridade é expressão e exercício de amor ao próximo, ela efetivamente nos faz ascender rumo à comunhão Divina.
Faz-nos saber, entretanto, que a caridade exercida com interesses secundários ou escusos não é a verdadeira caridade. Este ato é apenas um comércio de favores que, até pode beneficiar quem recebe, mas em nada enobrece o executor. Nem mesmo aquele que estende sua mão ao próximo com o único fim de obter progresso espiritual será atendido em seus anseios. O processo dever necessariamente iniciar-se pelo amor e este por sua vez desencadeia atos.
Sede, pois, misericordiosos,
como também vosso Pai é misericordioso.
Lucas, 6; 36.
Pela ciência
Por se tratar de uma Doutrina que respeita se apóia na ciência. Não nos impõe nenhuma Verdade que se coloque acima da ciência e estimula a utilização do raciocínio crítico. Por se tratar de uma Doutrina que estimula a fé raciocinada e considera esta como a única capaz de enfrentar a verdade face a face em todos os tempos. Por ater-se a evidências e lógica filosófica. Por alertar-nos da necessidade do estudo constante para não sermos tragados por ilusões e mistificações.
Ainda tenho muito que vos dizer,
mas vós não o podeis suportar agora.
João, 16; 12.
Pela dor
Por encontrar o consolo e a explicação para as dores da existência humana. Por sabermos que serão transitórias essas dores e gerarão o progresso necessário para a comunhão Divina. Por sabermos que a dor atual é conseqüência de nossos atos pretéritos e por nos fazer entender que nosso sofrimento é tão intenso quanto aquele que, por ventura, tenhamos causado ao próximo. Assim vivemos na prática o treinamento para a não repetição dos mesmos erros que nos conduziram á situação atual.
Pela dor intensa que eu vivi aos 14 anos, pela dor cruel que eu vivi aos 27, pela dor dramática que eu vivi aos 35 e por todas as outras dores menores que suportei com a ajuda Divina, dos bons espíritos e dos companheiros de jornada. Pelas inúmeras alegrias que me foram dadas, em acréscimo, como energias sobressalentes acumuladas para serem a reserva nos momentos difíceis, pela graça e misericórdia do Criador.
Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados,
porque muito amou;
mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
Lucas, 7; 47.
Pelo amor
Por sermos estimulados por ela a exercitar o amor ao próximo conforme ensinado pelo Cristo. Por termos a noção exata do amor pleno e libertador, aquele que não espera e não cobra. Por sermos premiados com esse amor por nossos familiares, filhos e pelo querido marido, companheiro de muitas caminhadas.
Mas ajuntai tesouros no céu,
onde nem a traça nem a ferrugem consomem,
e onde os ladrões não minam nem roubam.
Mateus, 6; 19.
Pela história
Por verificarmos que a História das religiões nos ensina que houve vários mártires da causa Cristã. E que conforme prometido pelo Cristo seríamos lembrados de seu evangelho pelo Consolador, que nos trouxe a Doutrina Espírita. Os mártires do cristianismo foram os inimigos da ignorância e do fanatismo, impedindo que novas guerras religiosas fossem levadas a termo quando do início dos fenômenos físicos que deram origem á terceira revelação.
Eles, os mártires, deram suas vidas pela liberdade de pensamento e permitiram a retomada dos princípios puros do cristianismo primitivo que foram deturpados pelos detentores do poder religioso. Assim, os conceitos e as revelações cristãs puderam ser resgatados, e novos conhecimentos têm sido adquiridos com o estudo profundo dessa complexa e triste História.
O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não hão de passar.
Mateus, 24,35.
Pelo Cristo
Por encontrarmos toda a coerência e toda a bondade do Cristo, refletidas nos princípios Doutrinários Espíritas. A crença em Deus, na reencarnação, na lei de causas e efeitos, na pluralidade dos mundos habitados e na possibilidade de comunicação com o mundo espiritual. Todos esses princípios são claramente defendidos ou exemplificados pelo Cristo, o Mestre maior.
Muitas vezes Ele utilizou-se de símbolos e parábolas em função de nosso despreparo intelectual e moral para absorvermos ensinamentos tão complexos para aquela época de bárbaros.
Hoje, com as inúmeras conquistas em termos de liberdades individuais, essas realidades estão sendo pesquisadas e comprovadas por inúmeras evidências e não mais estão sendo omitidas em função da ditadura dogmática patrocinada pelo interesse financeiro das grandes estruturas religiosas.
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus,
mas aos outros por parábolas,
para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam.
Lucas, 8; 10.
Pela tolerância
Por se tratar de uma Doutrina que entende a salvação como um longo processo de evolução espiritual que leva a comunhão com Deus na proporção em que nos esforcemos para eliminarmos nossos vícios e fraquezas.
Sendo assim, a Doutrina não é o meio de salvação, este meio é o amor. Por isso entende que todas as religiões do bem são lícitas e levam a salvação. Não precisa ser proselitista e não permite o comércio dos bens espirituais que, só podem ser conquistados e não comprados.
Por me impor esse limite, já que em minha natureza ainda predominam o orgulho e a prepotência. Dentro de uma religião de eleitos, esses meus defeitos aflorariam com o adubo do fanatismo e mais erros eu cometeria.
Por sabermos e reconhecermos publicamente que não pertencemos a um rol de escolhidos. Somos tão ou mais falíveis do que os membros de qualquer outra comunidade religiosa. Por crermos que todos seremos salvos independentemente da igreja, seita ou religião que professemos. Se nos aperfeiçoarmos no caminho do amor ao próximo lá chegaremos com o apoio e a sustentação Divina, qualquer que seja o templo material que nosso corpo físico freqüente.
Aí de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência;
vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.
Lucas,11;52.
Pela humildade
Pelo estímulo que a Doutrina espírita exerce para a reforma íntima de seus adeptos visando a superação de defeitos tais como o orgulho, a vaidade, o egoísmo. Esse estímulo propõe a humildade não subserviente. A humildade autêntica, mas não inocente ou pueril.
Porém, muitos primeiros serão os derradeiros,
e muitos derradeiros serão os primeiros.
Mateus, 19,30.
Pela afinidade
Por ser necessária, para o exercício religioso, uma identificação com as necessidades íntimas de cada um. Aqueles que dependem do ritual, das imagens, dos amuletos, das vestes, não se sentiriam bem em um culto desprovido de qualquer manifestação do simbolismo material. O culto espírita é espiritual e deve refletir os verdadeiros sentimentos íntimos.
O luxo pode ser necessário a outros. Para o espírita um ambiente despojado permite o culto exclusivo das riquezas interiores. Esse culto se restringe ao louvor a Deus e Jesus Cristo. Não cultuamos livros, nem imagens, nem pessoas, mas reconhecemos os ensinamentos Cristãos como o meio mais eficaz de educação evangélica para a ascensão espiritual.
Reconhecemos ainda o exemplo dos vencedores no caminho do Cristo, como irmãos que souberam absorver os ensinamentos evangélicos e souberam divulga-los com propriedade e respeito.
Deus é espírito,
e importa que os que o adoram o adorem em espírito e verdade.
João,4;24.
Pelo encontro pessoal
Por sentir-me rendida pela verdade durante a leitura das explicações espíritas para as questões da existência, da dor e do destino. Nenhum outro sistema de explicações me satisfez plenamente. A força e a lógica dos argumentos vêm de encontro às minhas necessidades, um tanto racionais, em intenção, ainda que não em essência.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu,
e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu,
Mateus, 18; 18.
Pelos fenômenos
A realidade da comunicação com os espíritos e a explicação natural para o fato sem apelação para maravilhas. A confirmação nos evangelhos dessa possibilidade assim como em vários métodos acessíveis à ciência. A assistência recebida do plano espiritual em um trabalho contínuo de doação de amor e energias salutares.
O fato de uma só explicação ser suficiente para toda uma gama de fenômenos. Não sendo necessária a criação de exceções e adaptações. As regras da natureza são iguais para todos, os santos e os pecadores, Deus e Jesus, os profetas e os leigos. Não precisamos e nem vemos Deus derrogando suas leis a todo momento.
Podemos citar um conjunto de evidências que formam a prova dessa possibilidade: A obra de Chico Xavier, as comunicações de entes queridos, a TCI, as materializações, as mesas girantes, a brincadeira do copo, a escrita direta, dentre muitas outras.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias,
falando com ele.
Matheus, 17; 3.
Pelo consolo
Somente as pessoas que passaram pelo sofrimento intenso do medo, da perda, da dor física e moral, podem imaginar o benefício que a esperança e a explicação trazem para o sofredor. Além disso, a assistência caridosa, oferecida indiscriminadamente pelos trabalhadores espíritas, encarnados e desencarnados, aliviam grandemente a dor escruciante da culpa e da desesperança.
Não vos deixarei órfãos;
voltarei para vós.
João, 14; 18.
Pelos frutos
Por que uma árvore má não dá bons frutos. A Doutrina Espírita em seus 147 anos de existência tem colaborado para que o sofrimento humano na terra seja reduzido. Tanto pelo suprimento de necessidades materiais básicas aos miseráveis quanto de consolo aos desesperados. Ampliou o significado da palavra caridade que passou a ser moral, intelectual, filosófica e material.
Porque não há boa árvore que dê mau fruto,
nem má árvore que dê bom fruto.
Lucas, 6; 43.
Pela democracia
Por ser uma Doutrina baseada em princípios democráticos aonde a hierarquia é conquistada de forma intermitente. Por ser escolhido como dirigente espírita àquele que se mostrou mais preparado em determinado momento histórico. Além disso, hierarquia é simples e descentralizada e as decisões são tomadas de em assembléias representativas. Não existem grandes estruturas a serem mantidas e os recursos da comunidade institucionalizada são dirigidos para os necessitados independentemente da religião que professe.
Mas quem pratica a verdade vem para a luz,
a fim de que as suas obras sejam manifestas,
porque são feitas em Deus.
João, 3; 21.
Pelo desprendimento material.
Por haver uma proposta de desligamento material sem a maldição do dinheiro. Por estimular o uso parcimonioso do dinheiro em prol da família e da comunidade. Por reconhecer o mérito do trabalho dedicado e do direito à propriedade. Por propor que o recurso material sirva ao homem e a seu semelhante e não o contrário. Por abominar o uso de coação moral e religiosa na obtenção de recursos financeiros para a manutenção de qualquer estrutura que pretenda representar os fiéis de Deus.
Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo,
perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?
Lucas, 9; 25.
Pela reforma íntima.
Por estimular a guerra íntima contra nossas más tendências e valorizar a auto-estima na proporção em que envolve o autoconhecimento. Por reconhecer essa como a verdadeira luta Cristã, que ao ser vencida repercute em toda a sociedade, já que ela se transforma conforme o ritmo de transformação de seus participes.
Eu não vim chamar os justos,
mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.
Lucas, 5; 32.
Pelo autoconhecimento.
Por reconhecer a dificuldade de lutarmos contra um inimigo desconhecido. Devemos, portanto explorar nosso inconsciente e consciente para detectarmos nossas fraquezas e virtudes para exercermos uma pressão milimétricamente calculada sobre um e outro para que gerem o equilíbrio necessário para obtenção da perfeição esperada e prometida pelo Mestre Jesus.
Vê, pois,
que a luz que em ti há não sejam trevas.
Lucas, 11; 35.
Por não exigir santidade
Por estimular o esforço no caminho da perfeição, mas reconhecer que todos estamos longe disso. Por isso, aceitar-me como membro da comunidade, ainda que eu descumpra muitas das metas de um bom Cristão.
Por saber que os hospitais foram feitos para as doenças e as casas de oração para os pecadores. Sendo assim reconheço minha falhas e limitações e elas não me distanciam da casa de oração, pelo contrário, é por elas que devo estar sempre procurando forças para a luta desigual contra um ego prepotente e pervertido. Assim meu lugar estará sempre disponível entre os lutadores terrestres. E estarei colocando meu ego dominado atrás do meu eu espiritual e divino como nos ensinou Jesus.
Mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça;
e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
Lucas, 22; 32.
Giselle Fachetti Machado.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Cura Pela Fé
Cura pela Fé
Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Palavras Iniciais. 4. Ação Magnética no Processo de Cura: 4.1. A Função do Fluido universal; 4.2. Níveis de Condensação do Fluido Universal; 4.3. A Ação dos Espíritos sobre a Matéria. 5. As Dimensões da Fé: 5.1. Como Sentimento Inato; 5.2. Fé Humana, Divina, Dogmática e Racional; 5.3. A Fé como Sentido da Vida. 6. Fé, Vontade, Espírito e Espiritismo: 6.1. Os Milagres derrogam as Leis Naturais? 6.2. Basta a Fé para Curar? 6.3. O Poder da Fé. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é mostrar que o magnetismo pessoal aliado a uma fé ardente e impulsionado pela vontade tem um poder ilimitado de cura.
2. CONCEITO
Cura – Ação ou efeito de curar. Tratamento, recuperação da saúde. Fig. Melhoria, regeneração, emenda; solução.
Fé - do latim fides. O termo é empregado em muitas acepções que poderiam ser divididas em profanas e religiosas. No sentido profano, significa dar crédito na existência do fato, fazer bom juízo sobre alguém, expressar sinceridade no modo de agir etc. Quando o testemunho no qual se baseia a confiança absoluta é a revelação divina, fala-se de Fé no seu sentido religioso. A Fé, neste sentido, não é um ato irracional. Com efeito, o espírito humano só pode aderir incondicionalmente a um objeto quando possui a certeza de que é verdadeiro (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo).
"Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade. Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar: "eu sei", com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento". (Xavier, 1977, pergunta 354)
3. PALAVRAS INICIAIS
Para avivar o nosso interesse sobre o assunto da cura pela fé, anotaremos algumas idéias:
1. As curas relatadas no Evangelho denotam os milagres realizados por Jesus. Dentre eles, lembramos a cura de uma mulher que sofria hemorragia durantes 12 anos, a do paralítico, a dos dez leprosos, a do que tinha uma das mãos secas, a da mulher curvada, a dos possessos etc.
2. Diante desses fatos, parece-nos que Jesus estava acima das Leis Naturais. Contudo, não é o caso. É que conhecedor do magnetismo e das suas manipulações podia operar curas, que aos olhos do vulgo pareciam milagres, ou seja, acontecimentos que derrogam as leis conhecidas da matéria.
3. Aspectos dogmáticos da fé: muitas seitas cristãs acham que se deve recorrer exclusivamente à prece para obter cura dos males físicos, sem utilizar médico ou remédio.
4. O poder da fé tem sido também estudado pelos cientistas. Recentemente, em programa de televisão, houve a comunicação de uma experiência feita num hospital. Os pacientes de uma determinada doença foram separados em dois grupos: o que recebeu prece e o que não a recebeu. O grupo que recebeu vibrações através da prece à distância teve uma melhora mais rápida do que o grupo que não recebeu.
4. AÇÃO MAGNÉTICA NO PROCESSO DE CURA
4.1. A FUNÇÃO DO FLUIDO UNIVERSAL
O fluido universal é a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o da imponderabilidade e o da ponderabilidade, que são os diversos níveis de condensação que a matéria pode assumir. Para uma compreensão mais clara, partamos da idéia de que Deus é a causa primária de todas as coisas. Dele vertem-se dois princípios: espiritual e material. O Espírito é individualização do princípio espiritual e o corpo físico a individualização do princípio material. O Espírito precisa do fluido universal para se comunicar com o corpo físico.
4.2. NÍVEIS DE CONDENSAÇÃO DO FLUIDO UNIVERSAL
1) Matéria. Solidificação do fluido universal.
2) Corpo Físico – células e órgãos – é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve para e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua ação.
3) Fluido Vital é o elemento que dá vida à matéria orgânica. Pode ser denominado de magnetismo ou eletricidade.
4) Perispírito – invólucro semi-material do Espírito. Nos encarnados, serve de laço intermediário entre o Espírito e a matéria; nos Espíritos errantes, constitui o corpo fluídico do Espírito.
5) Ectoplasma – situado entre matéria densa e a matéria perispirítica – serve para a realização dos fenômenos de efeitos físicos, principalmente a materialização.
4.3. A AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE A MATÉRIA
O Espírito, embora seja alguma coisa, difere de tudo aquilo que conhecemos por matéria. Dada a sua natureza espiritual, necessita de um elemento semi-material para que possa agir sobre a matéria (corpo físico). Allan Kardec denominou este elemento de Perispírito. Conclui-se que o Espírito somente atua sobre a matéria se fizer uso do Perispírito. Observe que no próprio processo de reencarnação há uma ligação de átomo por átomo, célula por célula do princípio espiritual com o princípio vito-material do germe.
Assim sendo, é através do perispírito que os Espíritos auxiliam na cura de uma doença. Neste caso, o médium seria apenas um intermediário.Contudo, o médium pode usar o seu próprio magnetismo e transferir as suas energias balsamizantes para o outro ser mais debilitante. Por isso, na época de Kardec, falava-se muito em magnetizadores, sendo, inclusive, um dos motivos que levou Kardec a freqüentar as reuniões de mesas girantes.
5. AS DIMENSÕES DA FÉ
5.1. A FÉ COMO SENTIMENTO INATO
Tanto na teologia cristã quanto na Doutrina Espírita, partimos do princípio de que a fé é algo inato no ser humano. É como que uma luz lançada por Deus na mente e no coração de cada crente. O fato de tomar diferentes nuances, em cada uma das diversas crenças, revela a sabedoria divina de que a compreensão da natureza depende exclusivamente da capacidade evolutiva de cada um. Freqüentar o Espiritismo não nos torna mais sábio do que o católico, do que o protestante, do que o ateu etc.
5.2. FÉ HUMANA, DIVINA, DOGMÁTICA E RACIONAL
No âmbito da Doutrina Espírita, Allan Kardec ao discutir o problema da Fé, ensina-nos que ela pode ser dividida em fé humana e divina. A Fé humana pode ser expressa como a confiança do homem em suas forças, em sua natureza e em seus propósitos de vida. É a expectativa do pedreiro que, ao começar uma construção, tem certeza que irá terminá-la. É a confiança do médico que, ao iniciar uma cirurgia, acredita que irá finalizá-la e proporcionará um alívio à pessoa enferma. A Fé divina pressupõe a confiança num ser transcendental, que se alia à fé humana. Voltando ao exemplo do pedreiro e do médico: os dois conhecem as técnicas tanto para levantar paredes quanto para recortar o corpo humano, mas submetem-se aos imperativos de uma força maior, de uma força transcendental, que é Deus. Ainda: o sentimento inato pode ser expresso como dogmático – crer cegamente num artigo de fé – ou racional – tudo passando pelo crivo da razão. É por isso que Allan Kardec diz: “Não há inabalável senão aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade”.
5.3. A FÉ COMO SENTIDO DA VIDA
Movimentarmo-nos na vida revela uma faceta da fé. Nas ações mais ordinárias, nos atos de adoração a Deus, no cuidado com o meio ambiente estamos nos expressando como imagem e semelhança de Deus. E quanto mais aprendemos, mais vamos nos submetendo a voz de um Deus interior, que quer sempre o nosso bem. Com a captação desses conhecimentos, aprendemos que nem o nosso próprio corpo nos pertence, pois foi doado Deus para auxiliar a nossa evolução espiritual.
No que tange à manifestação da fé, o importante é respeitar cada qual em sua crença, pois embora ela tenha ligação com os aspectos históricos, culturais e ideológicos de um povo, no fundo, cada qual, só responderá por aquilo que tiver plantado dentro do seu próprio coração.
6. FÉ, VONTADE, ESPÍRITO E ESPIRITISMO
6.1. OS MILAGRES DERROGAM AS LEIS NATURAIS?
A vinda de Jesus, como vimos anteriormente, foi marcada pelos diversos milagres que realizava. Algumas vezes dizia: “tua fé te curou”. Ele curava, mas não eram todos os que podiam ser curados. Precisava de um elemento adicional, ou seja, a crença do enfermo, daquele que recebeu o fluido magnético.
No âmbito da Doutrina Espírita os fatos, considerados milagrosos, não derrogaram as leis da natureza. Foram apenas a manipulação correta do fluido universal. Assim, quando soubermos usar o nosso magnetismo e a nossa vontade conseguiremos os mesmos prodígios que conseguiram os apóstolos, depois da advertência de Jesus, a respeito da pouca fé dos mesmos. Ele disse: “Se tiverdes a fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte para passar para o outro lado, e ele passará”.
6.2. BASTA A FÉ PARA CURAR?
Aqui, Allan Kardec, faz indiretamente um crítica às seitas cristãs, que apelam unicamente para a fé, não permitindo que seus adeptos vão à procura de orientação médica. O crente será curado? Basta orar para nos livramos de nossas provações? A prece auxilia, dá-nos mais força, mais energia, mas não nos livra das provas que devemos passar. Do mesmo modo é a fé. Ela auxilia-nos, mas antes de tudo, devemos ter em mente o merecimento. Será que estamos aptos para a saúde? O Espírito Irmão X, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, relata-nos nos capítulos 25 (Cura) e 26 (Doentes e Doenças), do livro Estante de Vida e capítulo 40 (Rogativa Reajustada), do livro Luz Acima, os inconvenientes de apressar a cura do ser humano. Para conviver com a saúde, temos de nos preparar para ela.
6.3. O PODER DA FÉ
"O poder da Fé recebe uma aplicação direta e especial na ação magnética; por ela o homem age sobre o fluido, agente universal, lhe modifica as qualidades e lhe dá uma impulsão, por assim dizer, irresistível. Por isso aquele que, a um grande poder fluídico normal junta uma Fé ardente pode, apenas pela vontade dirigida para o bem, operar esses fenômenos estranhos de cura e outros que, outrora, passariam por prodígios e que não são, todavia, senão as conseqüências de uma lei natural. Tal o motivo pelo qual Jesus disse aos apóstolos: se não haveis curado é que não tínheis fé" (Kardec, 1984, cap. XIX, item 5).
7. CONCLUSÃO
Tenhamos sempre em mente o nosso aprimoramento espiritual. É somente através das virtudes evangélicas que podemos nos curar e auxiliar a cura dos outros com êxito.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Fé Que Transporta Montanhas
Este tema visa esclarecer ao público qual o verdadeiro sentido da fé e o que ela significa para as nossas vidas. Como a Doutrina Espírita compreende este sentimento e de que forma colocá-lo em prática frente às dificuldades da existência.
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)
Explique esta passagem, onde Jesus diz que quem tiver fé do tamanho de um grão de mostarda, ou seja, muito pequeno, terá capacidade para remover montanhas. Com isso, o Mestre nos faz refletir sobre quanto somos descrentes nos momentos difíceis. Que temos muita teoria, mas na hora da prova, fraquejamos. E que uma pequena dose de fé já nos faria maravilhas.
É necessário deixar claro que as montanhas que serão transportadas são um simbolismo dos nossos problemas, dificuldades. São também as nossas limitações, os nossos defeitos e imperfeições.
Jesus nos deixa claro o poder deste sentimento tão falado e tão pouco compreendido e praticado, pois ele esclarece que nada nos será impossível se soubermos usar esta poderosa força espiritual.
Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o objetivo proposto.
No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação. Todos nós temos que ter esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.
Cite ao público vários exemplos de homens que realizaram grandes tarefas para o bem da sociedade, acreditando no seu próprio potencial, em vários campos de atuação, como por exemplo: a política, as ciências, os descobrimentos e também o campo empresarial.
No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior.
Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.
Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão. É ela quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender. Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita. Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual. Reafirme o que diz o E.S.E., que é necessários compreender antes de ver.
Deixe claro o perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)
Encerrando a palestra, saliente que a Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento não salva ninguém. É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos, mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos. É o benefício que podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.
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Perca de Entes Queridos
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Perca de Entes Queridos
A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a mesma intensidade. É a lei da vida a que estamos sujeitos. Quando nascemos, nossa única certeza absoluta no transcorrer da vida será a de que um dia morreremos. Não há como fugir a esta realidade.
A morte não faz parte de nossas preocupações imediatas. Vamos levando a vida sem pensarmos que um dia morreremos, aí, quando menos esperamos, ela nos bate à porta arrebatando-nos um ser amado e então, sentimo-nos impotentes diante dela e o pensamento de que ”nunca mais o verei”, aumenta mais nossa dor.
Algumas pessoas sentem com maior intensidade a perda do ente amado, demorando a se recuperar da dor pela partida daquele ente querido. Principalmente, se a morte ocorreu repentinamente, de uma forma brusca, como acontece em desastres ou através da violência. Existem também pais que perdem seus filhos em tenra idade, quando começavam a sonhar para eles um futuro promissor.
Com a perda vem a tristeza e a revolta: “Por que meu filho morreu tão cedo? Era preferível a morte ter me levado no lugar dele, pois já vivi muito enquanto ele não teve tempo de viver”, e por aí seguem tantas outras exclamações contra a partida daquele ser tão querido. Então, vem a procura, a busca de um consolo que possa realmente acalmar e levar um pouco de tranqüilidade ao espírito, e vem a indagação que tanta angústia traz ao coração: “Onde meu filho estará agora? Só queria saber se ele está bem, como se sente.”. Começa, então, a procura por notícias, o afã de saber o paradeiro daquele que se foi para nunca mais, segundo a visão acanhada que se tem de “vida” e de “morte”.
A possibilidade da comunicação com o ser querido leva muitas pessoas a desejarem, a todo custo, uma mensagem, uma palavra que possa proporcionar-lhes a aceitação do ocorrido ou que lhes minore a enorme saudade que sentem.
É muito gratificante, através do intercâmbio espiritual, sabê-los felizes, certificando-se, através de relatos deles próprios com detalhes de sua nova existência, que eles continuam ligados aos familiares pelos laços indestrutíveis das afeições sinceras.
No entanto, é necessário precaver-se contra a urgência desenfreada de se obter, a qualquer custo, principalmente em pouco tempo de desencarnação dos entes queridos, a comunicação tão desejada com o intuito de acalmar o coração saudoso.
Sabemos que a comunicação em pouco tempo de desencarne não é totalmente impossível, mas não é recomendável, visto o espírito encontrar-se num estado de adaptação a sua nova vida e de sentir-se ainda fortemente ligado às vibrações materiais. A precaução deve ser necessária, pois, no afã de obtê-las a qualquer custo, corre-se o risco de procurar-se meios indevidos para tais comunicações, que, não os colocando em sintonia com os seres amados, mais tempo os afastarão deles.
O cuidado é necessário, pois no desejo de obter-se a comunicação, a pessoa incauta pode ser vítima de mistificações de falsos médiuns, devendo por isso mesmo, certificar-se da idoneidade das pessoas para que tal comunicação se dê a contento.
A mediunidade não deve ser encarada como um dom nosso, e sim, um dom, a nós, dado por Deus, uma ferramenta de trabalho em benefício não só do próximo como do próprio médium, pois se bem utilizada é uma ponte para a evolução de nosso ser.
Mas a paciência para se obter a comunicação deve ser levada em conta, pois existem barreiras dos dois lados que podem adiar por um bom tempo o tão sonhado intercâmbio.
A desencarnação requer um período de adaptação ao mundo espiritual a que o espírito se submete com a ajuda de amigos espirituais abnegados. E se ele estiver ainda no estágio de adaptação, tais comunicações poderão mostrar-se inadequadas para o momento que ele atravessa, portanto, requerendo um período bem maior para que possa realizar-se com mais eficácia.
Em casos extremos, pode acontecer do desencarnado, ao ver o estado de sofrimento dos familiares com a sua partida, pedir aos espíritos responsáveis por sua adaptação ao mundo espiritual para ir acalmar-lhes os corações.
O tempo também é diferente entre as duas dimensões, ou seja, segundo os espíritos eles não sentem o tempo como nós, podendo um período de dois anos tornar-se um tempo longo para os familiares ao desejarem a comunicação, enquanto para os espíritos, levando-se em conta, principalmente, a evolução espiritual dos mesmos, ser um tempo bastante curto.
A comunicação mediúnica para atender irmãos desencarnados, sofredores ou não, requer um preparo todo especial para o seu desempenho, tanto na dimensão material quanto na espiritual. Desde cedo, os irmãos responsáveis para que tais comunicações se processem, já começam o preparo, com antecedência, dos médiuns que irão atender aos espíritos, baseando-se principalmente na sintonia espiritual existente entre encarnados e desencarnados, ligando cada espírito ao médium que melhor possa se adequar à comunicação.
Por isso não é fácil, para quem é médium, dar notícias desse ou daquele desencarnado para as pessoas que os procurem para obter a comunicação.
Muitas vezes, os espíritos dos entes queridos vêm nos visitar e nós não damos por isso, ou mesmo, durante o sono, nosso espírito vai se encontrar com o dele, vai visitá-lo, e não guardamos lembrança de nada, a não ser uma saudade, uma lembrança dele que não sabemos nem porque nos vem tão repentinamente.
O que sabemos através dos ensinamentos espirituais, é que todos nós ao fecharmos nossos olhos para a vida material e nos transferirmos para a vida espiritual, ficaremos num sono, numa espécie de torpor, recebendo todo o amparo e ajuda de equipes espirituais para nos desfazermos das vibrações materiais com maior rapidez.
Então, esse período para o espírito é de fundamental importância, requer daqueles que ficaram, o amparo da prece e de vibrações de amor e de que seus sofrimentos não ultrapassem aquele da saudade, sem extrapolar para a revolta com os desígnios de Deus.
O importante é atentarmos que o desencarnado requer um tempo para se reconhecer. Muitas vezes eles não se sentem mortos, sentem-se como se estivessem num sonho; ficam sem entender o estado em que estão, sentem-se diferentes, não se enxergam sem o corpo físico e ficam desorientados.
Esse estado de perturbação acontece principalmente com quem desencarna de forma abrupta ou violenta, como costuma ser em casos de desastre. Mas, esses irmãos não ficam sozinhos nunca. É preciso que saibamos disso: os espíritos responsáveis por eles estão junto esperando que as vibrações materiais mais grosseiras se desfaçam, cuidando com todo o carinho para que eles possam se adaptar ao novo estado.
Parte 2
Texto revisado por Cris
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