domingo, 25 de abril de 2010

Porque a Reencarnação Passou a ser Condenada Pela Igreja Católica


Vivaldo J. de Araújo
O Concílio de Constantinopla – 553 D.C

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.

Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.

É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.

E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).

Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro " Alegorias ", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: " Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente ".

E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - "se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido". É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave.

Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás.

Por que Existe Reencarnação?


Jorge Carmona
Imagine você vivendo na época da escravidão, sendo de cor branca, dono de uma Senzala, praticando maldades contra negros, seus escravos. Imagine depois, que você morre (desencarna), após tanta maldade.

E agora ? Irá para o INFERNO ETERNO, ou - como um aluno que repete o ano escolar - irá reencarnar, nascendo de novo (conforme afirma Cristo, em João, 3:3), em situações diferentes, para o aprimoramento moral? Imagine então, que você (seu espírito) renasce (reencarna), porém, nascendo, agora, uma criança negra, na mesma Senzala a qual antes era dono. Agora, sendo negro, esquecido do passado, inicia sua vida de sofrimentos, apanhando, inclusive, de seus ex-empregados, sentindo a dor da discriminação e das chibatadas, reclamando de Deus por ter nascido negro. Após várias desencarnações e reencarnações, sempre nascendo negro, você passa a amar os negros pois vai se acostumando com eles, possuindo pais e filhos negros, casando com negros, vivendo seus costumes, etc...

Agora sim. Você novamente morre (desencarna), e pode até reencarnar como branco, pois já aprendeu a amar os negros. E isto acontece, ou seja, você nasce de novo, numa família de brancos, onde seu pai maltrata negros, pois é dono de uma Senzala. Você, agora, mesmo sendo branco, luta a favor dos negros, indo contra seu próprio pai.

Você já está moralmente evoluído, com fins a praticar, inclusive, as ações que Cristo (em Mateus, 25;31/45) menciona ser a condição essencial para viver em um Plano Espiritual Superior, que somente os bons conseguem.

O exemplo acima, talvez o leve a entender a importância de várias vidas, para nossa evolução moral, ora sendo branco, ora negro, ora rico, ora pobre, etc.. Segundo a Bíblia (Hebreus, 9;27), é dado aos homens morrer uma só vez. Contudo, o espírito que habita o homem não morre nenhuma vez. É este espírito imortal que reencarna em corpo de homem, quantas vezes necessário para sua evolução moral. Por exemplo, Cristo afirma a Nicodemos (João, 3;1/12) ser necessário nascer de novo. Nicodemos, não entendendo como poderia o homem (a carne) nascer novamente, pergunta: "como pode um homem nascer, sendo velho ? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?" Cristo responde: "o que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito." Veja o leitor, que a carne, não pode nascer novamente, mas o espírito pode. O ESPÍRITO NUNCA MORRE.

É, praticamente, impossível, em tão curto espaço, explicar reencarnação. Contudo, quem se aprofunda no caso, obtém respostas para várias perguntas, tais como: por que crianças (que segundo algumas Doutrinas, não possuem pecados) nascem aleijadas, cegas, surdas, mudas, com câncer, etc.? Propósito de Deus? Deus possui propósito bons para alguns, e ruins para outros ? Na verdade, o Planeta Terra e o nosso corpo, são as ferramentas que possuímos para nossa evolução moral, pois DEUS É JUSTO, DEUS É BOM, DEUS É AMOR.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Você se Sente Amarrado(a)?


É muito comum as pessoas comentarem que a vida não vai pra frente e que se sentem presas, bloqueadas, sem conseguirem caminhar com mais desenvoltura.
Sentem-se impedidas de realizarem suas atividades mais simples e uma sensação de impotência perante a vida lhes toca o ser.

Porque isso ocorre?

Carregando o FardoSem pretender generalizar, muitas pessoas no decorrer de sua existência, alimentam muitos sentimentos ruins e guardam em si muitas coisas desnecessárias para sua vida.
Semelhante a um viajante que carrega um fardo cheio de coisas e que por onde passa, encontra novos elementos para guardar nesse fardo, chegará um momento em que o fardo estará tão cheio que devido ao peso será quase impossível prosseguir.

Esse fardo seriam esses sentimentos que guardamos em nosso coração, como mágoa, raiva, ódio contido, desejos de vingança, inveja, baixa autoestima, desânimo pela vida, insatisfação, não aceitação das coisas ao redor, etc.

A medida que prosseguimos em nossa jornada evolutiva, coletamos várias experiências nas várias existências sucessivas experimentadas. É comum que carreguemos em nós o fardo de nossas lutas e labores, mas quando não damos lugar ao novo dentro de nós, dando vazão às coisas velhas que não necessitamos mais e que não nos fazem bem, chega um momento que não temos mais espaço para os sentimentos e entramos na fase do bloqueio.

Quando não temos mais espaço para o novo, pelo acúmulo de coisas velhas guardadas em nós, passamos a viver somente a amargura de nossas problemáticas do passado e a lembrança dessas angústias e amarguras consequentemente nos colocarão nessa faixa de bloqueio e daí a sensação de estar preso, amarrado, sem liberdade e com a vida indo por água abaixo.

Assim sendo, liberte-se do velho que há em você e dê oportunidade ao novo.

Perdoe fatos ocorridos em sua vida e procure o perdão daqueles que talves você tenha magoado.
Reveja seus conceitos e pergunte-se se realmente vale a pena o modo que você tem vivido ultimamente.

Quais são seus objetivos? O que você deseja para sua vida? O que você está fazendo para conquistar e atingir suas metas?

Mate o "homem velho" dentro de você. Abra espaço para coisas novas para que o curso de suas águas novamente possam seguir em frente.

Muita paz e que nosso Senhor Jesus Cristo ilumine seu coração.

Centro Espírita Batuíra
R. Estácio de Sá, 193 - Sorocaba/SP

domingo, 11 de abril de 2010

Amizades e Afeições


Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito.
Muito fácil ganhar como perder amigos. Quiçá difícil se apresente a tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.
O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de afetos. Todavia, se o com­portamento pessoal não se padroniza e sustenta em diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se convertem em pesada canga, desagradável parceria que culmina em clima de animo­sidade, gerando futuros adversários.
Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem ser relegados a plano secundário, a fim de que sejam mantidas as afeições.
A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.
O grão não sepulto morre.
O lume sem combustível se apaga.
A máquina sem graxa arrebenta-se.
Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da gentileza se estiola.

*

Se desejas preservar teus amigos não creias con­segui-lo mediante um curso de etiqueta ou de boas maneiras, com que muitas vezes a aparência estudada, artificial, substitui ou esconde os sentimentos reais. Os impositivos evangélicos que te apliques, ser-te-ão admiráveis técnicas de autenticidade, que funcionam como recurso valioso para a sustentação do bem em qual­quer lugar, em toda situação, com qualquer pessoa.
A afabilidade, a doçura, a gentileza de alguém, aparentemente destituído de simpatia conseguem pro­piciar a presença de amigos, retê-los e torná-los afetos puros para sempre.
Amizades se desagregam ou se desgastam exata­mente após articuladas, no período em que os consór­cios fraternos se descuidam de mantê-las.
E isto normalmente ocorre, como conseqüência de atitudes que se podem evitar: o olhar agressivo;
A palavra ríspida;
O atendimento hostil ou negligente;
A lamentação constante;
A irreverência acompanhada pela frivolidade;
A irritação contínua;
A queixa contumaz;
O pessimismo vinagroso.
Os amigos são companheiros que também têm problemas. Por essa razão se acercam de ti.
Usa, no trato com eles, quanto possível, a bonda­de e a atenção, a fim de que, um dia, conforme Jesus enunciou: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chama­do amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”, tornando-te legítimo amigo de todos, con­seqúentemente fruindo as bênçãos da amizade e da afeição puras.

Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito.
Muito fácil ganhar como perder amigos. Quiçá difícil se apresente a tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.
O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de afetos. Todavia, se o com­portamento pessoal não se padroniza e sustenta em diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se convertem em pesada canga, desagradável parceria que culmina em clima de animo­sidade, gerando futuros adversários.
Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem ser relegados a plano secundário, a fim de que sejam mantidas as afeições.
A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.
O grão não sepulto morre.
O lume sem combustível se apaga.
A máquina sem graxa arrebenta-se.
Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da gentileza se estiola.

*

Se desejas preservar teus amigos não creias con­segui-lo mediante um curso de etiqueta ou de boas maneiras, com que muitas vezes a aparência estudada, artificial, substitui ou esconde os sentimentos reais. Os impositivos evangélicos que te apliques, ser-te-ão admiráveis técnicas de autenticidade, que funcionam como recurso valioso para a sustentação do bem em qual­quer lugar, em toda situação, com qualquer pessoa.
A afabilidade, a doçura, a gentileza de alguém, aparentemente destituído de simpatia conseguem pro­piciar a presença de amigos, retê-los e torná-los afetos puros para sempre.
Amizades se desagregam ou se desgastam exata­mente após articuladas, no período em que os consór­cios fraternos se descuidam de mantê-las.
E isto normalmente ocorre, como conseqüência de atitudes que se podem evitar: o olhar agressivo;
A palavra ríspida;
O atendimento hostil ou negligente;
A lamentação constante;
A irreverência acompanhada pela frivolidade;
A irritação contínua;
A queixa contumaz;
O pessimismo vinagroso.
Os amigos são companheiros que também têm problemas. Por essa razão se acercam de ti.
Usa, no trato com eles, quanto possível, a bonda­de e a atenção, a fim de que, um dia, conforme Jesus enunciou: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chama­do amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”, tornando-te legítimo amigo de todos, con­seqúentemente fruindo as bênçãos da amizade e da afeição puras.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fórmula Matemática


Clareza da proposta não deixa dúvidas

A fonte inesgotável de estudos que a Doutrina Espírita oferece permite-nos localizar até uma fórmula matemática em seus postulados, mostrando que todas as áreas do conhecimento humano estão na Revelação Espírita e que ela utiliza todos esses conhecimentos para ampliar os próprios ensinos. Isto se deve à sua perene atualidade, pois que oriunda e embasada nas Leis Divinas.

Antes de trazermos aos leitores a fórmula referida, permitimo-nos transcrever parcialmente o texto ditado pelo Espírito Stael (médium: Srta. Eugênie), recebido em 10 de fevereiro de 1860 e publicado por Kardec na edição de março de 1860 da Revista Espírita*, e que recebeu o título de Felicidade:

“Qual o objetivo de cada indivíduo, nesta terra? Quer a felicidade a qualquer preço. Que é o que faz que cada um siga uma rota diferente? É que cada um espera encontrá-la num lugar ou numa coisa que lhe agrada particularmente: uns procuram a glória, outros a riqueza, outros, ainda, as honrarias. O maior número corre em busca da fortuna, que, em nossos dias, é o mais poderoso meio de chegar a tudo. Ela a tudo serve de pedestal. Mas quantos vêem realizada essa necessidade de felicidade? Muito poucos. Perguntai a cada um dos que chegam se atingiram o objetivo a que se propunham. São felizes? Todos responderão: ‘ainda não’. Porque todos os desejos aumentam na proporção daqueles que são satisfeitos. Se hoje há tanta gente que quer interessar-se pelo Espiritismo, é porque, tendo visto que tudo é quimera e, não obstante, querendo alcançá-la, experimentam o Espiritismo como tentaram a riqueza e a glória. Se Deus pôs nos nossos corações essa necessidade tão grande de felicidade, é que esta deve existir algures. Sim, confiai Nele, mas sabei que tudo quanto Deus promete deve ser Divino como Ele e que a felicidade que buscais não pode ser material (...)”.

A mensagem continua citando o conforto da Revelação Espírita, mas o que nos interessa é verificar a simplicidade (e ao mesmo tempo a grandeza) do ensino dos Espíritos.

Verdadeira equação

A resposta à questão 922 de O Livro dos Espíritos pode ser transformada numa equação matemática. Didaticamente, digamos, para ensejar o estudo e mesmo sua aplicação à vida diária. É simples, mas genial. O leitor deve estar curioso. Por isso, não nos alonguemos mais:

Podemos formulá-la assim: F = PN + CT + FF.

O F podemos identificar como Felicidade. Ora, todos querem a felicidade, seja na forma de paz interior, seja na forma de ausência de preocupações ou mesmo realização pessoal, em qualquer área. Consideramos, no entanto, que é impossível a felicidade total sobre um planeta ainda tão cheio de dificuldades. No entanto, é possível sim uma felicidade relativa, que nos permite viver com alegria.

Pois é, a construção diária da felicidade, ainda que relativa e possível neste mundo, é igual a PN + CT + FF, onde PN é posse do necessário. A posse do necessário livra-nos de tolas ansiedades, ambições, torturas outras tais como inveja, ciúme e permite-nos viver com relativa tranqüilidade. Considere-se a grande quantidade de pessoas que não possuem nem o necessário, e muitas vezes ficamos nos debatendo com coisas e coisas que extrapolam o necessário, tornam-se supérfluas e motivos de preocupações e até enfermidades.

O segundo item, CT significa consciência tranqüila. Aqui o leitor pode concluir por si mesmo: quem tem a consciência tranqüila vive feliz, dorme sem pesar-lhe a consciência e desfruta dessa felicidade possível. Ela significa não causar prejuízos ou dores a quem quer que seja.

E o terceiro item da fórmula? FF é a fé no futuro. Sim, fé no futuro. Quem tem fé, sabe que as situações e circunstâncias contraditórias, tumultuadas, aparentemente injustas, que causam sofrimento e grandes aflições são todas transitórias, vão passar. Apegando-se à realidade de um futuro concreto para todos e feliz, desde que tenhamos consciência tranqüila e não nos desgastemos tanto com a posse de bens que extrapolam o necessário, estaremos usando a fé no futuro (que está sendo construído com o comportamento reto e idôneo do presente) como ponto de apoio para superar os desafios que a vida apresenta. Considere-se que o apego aos bens materiais é elemento determinante de grandes torturas no futuro, por isso nota-se que as três situações estão inteiramente ligadas entre si e a consciência reta, honesta, impede que prejudiquemos terceiros para a conquista desses bens transitórios, embora não estejamos proibidos de adquirir bens.


Realmente um roteiro



Portanto, somemos as três situações: posse do necessário (desprendimento), consciência tranqüila (não causar prejuízos a si mesmo e a terceiros) e fé no futuro (calma, prudência, tolerância, confiança na vida, determinação dos objetivos); concluiremos que elas reúnem as condições da felicidade relativa que se pode alcançar nesta vida. E passamos a entender que nós mesmos a podemos construir...

Está lá na questão 922. Basta que descubramos para pensar e refletir. O interessante mesmo foi transformar a resposta em fórmula matemática, como nos foi apresentada pelo amigo Airton Pereira, em magnífica palestra proferida em Matão-SP.

E como diz o Espírito em sua mensagem, a felicidade que buscais não pode ser material (...)”. Perfeito! Nada mais a acrescentar.

Anorexia e Obesidade




Após as festas natalinas, pude notar em minhas roupas que havia engordado. Corri até a balança mais próxima e constatei a verdade: Engordei cerca de 2,5 kg no fim de semana natalino.

Comecei a pensar na importância de se levar uma vida regrada, harmônica, equilibrada.

Os excessos são sempre perigosos e causam sérios prejuízos à nossa saúde física e psíquica.

No Brasil por exemplo, cerca de 40% dos adultos estão acima do peso. Em nosso país a obesidade está mais preocupante que a desnutrição. Os excessos aliado a vida sedentária sedimentam esse problema em nossa sociedade. Detalhe importante: A reação da obesidade vem em cadeia e afeta também as crianças; com os pais sem tempo de preparar e cuidar de uma alimentação saudável, as crianças vão no embalo alimentar e acabam abusando das inúmeras guloseimas, o resultado não é difícil de prever: Estima-se que cerca de 10% das crianças brasileiras enfrentam problemas com a balança, os prejuízos são enormes e vão desde o abalo na auto estima até sérios problemas cardíacos e circulatórios.

Na outra face da moeda o excesso também comanda o dano que é causado à vida humana. A obsessão por ser magra e as mortes que vem ocorrendo preocupam e trazem a baila o assunto referente a anorexia. No caso da anorexia, a pessoa julga que ser magra é sinal de sucesso, não se alimenta devidamente, e mesmo emagrecendo a olhos vistos tem uma imagem desfocada de seu corpo, ou seja, por mais magro que se esteja, considera-se sempre acima do peso, essa ânsia por conquistar o que julgam o corpo perfeito, lhes faz mergulhar em um mundo de ilusão onde uma das plataformas pode ser a morte.

Os exageros ou a escassez na hora de se alimentar, a vaidade desmedida ou o total desleixo, são válvulas de escape onde atira-se receios, frustrações,ansiedades,tristezas...

Se formos analisar o cerne da questão, esses assuntos têm uma morada: O desconhecimento. Sim, quando se desconhece os objetivos da jornada humana na Terra é mais fácil cair nas raias do exagero, desequilibrando-se.

Por isso, é necessária a educação da alma humana em sua amplitude, que abrange além do esmero intelectual também a educação moral e psicológica do ser humano. É essa educação global que proporciona à criatura enfrentar com serenidade as alegrias e tristezas inerentes a condição humana.

Desiludir-se e procurar saídas exteriores para sentir-se valorizado é uma porta enganosa que nos locomove a desequilíbrios de todos os matizes. O grande segredo está em descobrir-se, valorizar-se, saber que existe uma razão para estarmos aqui, a chave para nosso sucesso como seres humanos está dentro de nós mesmos, basta nos dispormos a desbravar nossos sentimentos, nossos receios, nossa intimidade.

Anorexia e obesidade, duas faces de uma mesma moeda, duas irmãs que têm em comum um pai chamado excesso, serão banidas apenas quando conhecermos a nós mesmos.

Pensemos nisso.


Artigo gentilmente cedido por Wellington Balbo
Baurú - SP

Paradigmas e Preconceitos


Posturas resistentes só embaçam o progresso

Uma frase atribuída a Albert Einstein agiganta um dos maiores desafios da evolução humana: o preconceito. A frase é: "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". O preconceito, segundo o dicionário (1), é conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados; opinião desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. A própria definição já indica o equívoco de sua existência e danosas conseqüências.

O preconceito é responsável pela manutenção de paradigmas que têm atravancado o progresso humano. A palavra paradigma não tem uma conceituação que indique dificuldades ou males, mas como ela significa (1) modelo, padrão, protótipo, está sujeita, em ações concretas e nos relacionamentos humanos, à ação do nefasto preconceito e suas manifestações.

Estas reflexões surgiram em virtude da leitura de pequeno texto, que abaixo reproduzimos, de autoria desconhecida:

COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os
outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.

A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais
subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro
substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.

Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra, questionem-se por que estão batendo...

Neste ponto podemos notar como a frase atribuída a Albert Einstein ganha força. Quantas e quantas situações, da vida real, não estão enquadradas nesses preconceitos impostos, dificultando, pois, a mudança de paradigmas impregnados de vícios e resistências que atravancam o progresso.
Lucidez de Kardec

E melhor ainda é defrontar-se com a lucidez de Allan Kardec em texto publicado na Revista Espírita, de julho de 1862 (2), quando, em matéria que intitulou O Ponto de Vista, a abordagem abre caminho sobre a questão do foco de visão em que se coloca qualquer observador, sofrendo aí, neste caso, as influências de si mesmo e das circunstâncias em que se coloca. Aspectos, importância, detalhes, gravidade, foco, opções ou decisões mudam completamente de direção se alterado o ponto de vista em que se situam possíveis contendores ou diante de desafios individuais.

Apresentando o novo ponto de vista que o Espiritismo apresenta para a vida e sua finalidade, Kardec apresenta essa preciosidade:

“(...) mostra-nos a vida da alma, o ser essencial, porque é o ser pensante (...) Entretanto o homem, colocando no centro da vida, com esta se preocupa como se fosse durar sempre. Para ele tudo assume proporções colossais: a menor pedra que o fere afigura-se-lhe um rochedo; uma decepção o desespera; um revés o abate; uma palavra o enfurece. (...) Triunfar é o fim de seus esforços, o objetivo de todas as suas combinações; mas, quanto à maioria delas, que é o triunfo? Será, se não possuem os meios de vida, criar por meios honestos uma existência tranqüila? Será a nobre emulação de adquirir talento e desenvolver a inteligência? Será o desejo de deixar, depois de si, um nome justamente honrado e realizar trabalhos úteis para a humanidade? Não, triunfar é suplantar o vizinho, eclipsá-lo, afastá-lo, mesmo derrubá-lo, para lhe tomar o lugar. (...)”

E, referindo-se ao desejo de mudança de paradigmas pessoais e coletivos, à luz do pensamento espírita, pondera Kardec:

“(...) Como tudo isto muda de aspecto quando, pelo pensamento, sai o homem do vale estreito da vida terrena e se eleva na radiosa, esplêndida e incomensurável vida de além-túmulo! Como então tem piedade dos tormentos que se criou à vontade! Como então lhe parecem mesquinhas e pueris as ambições, a inveja, as suscetibilidades, as vãs satisfações do orgulho! É como se na idade madura considerasse os brincos infantis; (...)”

E, convenhamos, essas últimas linhas bem indicam as manifestações e os prejuízos de tolos preconceitos, originários de paradigmas que se estabelecem pela força, pelo orgulho. Infelizmente. Nada mais a acrescentar, apesar da exuberância do texto integral de Kardec. Aliás, diga-se de passagem, todo ele, convidativo à mudança de posturas, de abertura a novos pontos de vista, para paradigmas que estimulem o progresso e a disseminação de idéias que tragam o bem geral