sábado, 5 de setembro de 2009

Magoar-se é Adoecer

Mal dos maiores, a mágoa faculta o surgimento de morbos de ordem psíquica na condição orgânica de quem a agasalha.
Metaforicamente, poder-se-ia comparar a mágoa ao apodrecimento da madeira, a ferrugem do metal, apodrecimento e ferrugem que sempre têm efeito destruidor.
Costuma-se afirmar que a mágoa se instala quando o amor é ferido. Ora, quem ama nunca se fere com atitudes e procedimentos da pessoa amada. A expressão popularizada, portanto, mostra-se destituída de lógica, desde que entendamos o que seja o amor, o que significa o verbo amar.
A mágoa pode ser combatida de imediato, caso a criatura use o recurso da oração. É que também todo estado patológico, no seu início, oferece maior facilidade de ser debelado. Permitindo-se a sua continuidade, ela (a mágoa) se desdobra em várias modalidades, toma posse de compartimentos da emotividade, engendrando, em sua caminhada, pustulentas feridas de fundo moral, muitas vezes irreversíveis. A mágoa com livre curso atinge o caminho da aversão, transmudando-se depois para o campo do ódio, tornando-se aí enfermidade de largo período e de conseqüências imprevisíveis pela complexidade em que se enclausura.
Não somente quem cultiva a mágoa dela se ressente, mas os que estão dentro do círculo de sua atuação, geralmente familiares e amigos. Inimigos nem sempre, porque estes têm o revide pronto para desfechar sobre o magoado as suas queixas e seu mau humor.
A mágoa é um entulho que entope os caminhos por onde transita a esperança, a esta obstaculizando a execução da tarefa que lhe é específica: consolar.
Quem se magoa costuma cercar-se de argumentos muito bem urdidos, parecendo justificar quem tem o direito de não perdoar, de não esquecer, desta forma, ensejando a trajetória livre da causa da mágoa que, inegavelmente, é o orgulho.
Quantas e quantas desarmonias fisiológicas se originam na mágoa! Ela é uma geradora de cargas tóxicas de origem mental produzindo desequilíbrios no psiquismo, de cujas conseqüências só se pode esperar o pior, porque podem afetar os aparelhos circulatório, digestivo, nervoso...
Joanna de Ângelis assevera que "O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Suas idéias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se nutre." ("Florações Evangélicas", Editora G. Holman Ltda., pag. 91, psicografia de Divaldo Pereira Franco)
Segundo idéia freudiana, o EU seria o inconsciente, enquanto um membro de sua própria escola, Gustav Geley, afirmava que o inconsciente era o próprio espírito. Desde o feto a psicanálise vem encontrando manifestação do inconsciente, estabelecendo bases, desta forma, para que o psiquismo fetal seja uma realidade.
Fomos entrando por esse terreno meio escorregadio onde se localiza o inconsciente para demonstrar que é nele onde mais se fixa o espírito e suas vivências passadas. Onde ele está, também se encontram os desequilíbrios espirituais que conduzem o ser á mágoa, ao desequilíbrio, às distonias de patogêneses demasiadamente complexas.
Ela, a mágoa, não vem de fora, mas é exumada do interior da criatura, malgrado carregue toda a aparência de que vem de fora, que é trazida pelo semelhante.
O magoado traz toda uma história herdada de seu passado existencial, onde preponderou, com toda certeza, a exteriorização do orgulho e seus sequazes.
O espírito somente habita a Terra, mundo de provas e expiações, porque está enfermo moralmente, e ele somente deixará de reencarnar aqui quando estiver curado dessas enfermidades. A transformação que se apresta é antes moral que material, apesar do homem dirigir todos os seus esforços pela mudança e melhoramento do seu mundo físico que é perecível, esquecendo-se do seu aspecto imperecível - o espiritual.
A contumaz persistência da mágoa no indivíduo provoca, naturalmente, certos tipos de lesões cerebrais, as quais, não sendo combatidas a tempo, podem engendrar momentos de insanidade e de lucidez, numa verdadeira manifestação psicótica.
A mágoa deve ser trabalhada pelos pais tão logo a percebam em seus filhos, evitando assim o seu desenvolvimento. Isso poderá ser logrado, com certeza, caso procurem (os pais) fazer brotar e crescer a religiosidade do amor no interior de seus filhos.
As mágoas sejam quais forem as suas etiologias, marcam o eixo das neuroses; já o amor, o perdão, a humildade e a confiança em DEUS marcam a existência da alma sadia, lúcida, feliz...
Esse tipo de patologia da alma estiola a idéia e espalha suspeitas infundadas, isolando quem a cultiva, impossibilitando, inclusive, o auxílio que possa vir do exterior, geralmente de amigos e parentes.
Os agentes psíquicos inferiores, entre eles a mágoa, conspiram contra a serenidade. Os portadores da mágoa são merecedores, deste modo, da nossa compaixão e nunca da nossa indiferença, do nosso desprezo. Não esqueçamos: são enfermos espirituais.
Não há porque valorizar quem se magoa, dispensando-lhes atenções e preocupações, sendo necessário apenas que cultivemos pensamentos salutares, o que nos leva a pairar acima das viciações mentais agasalhadoras desses miasmas morbíficos que se alastram sobre a Terra, enquanto os seus habitantes se mantiverem afastados de DEUS e de quem ELE nos enviou como Guia e Modelo - JESUS.
ADÉSIO ALVES MACHADO

A Turma do Eu Avisei

No ambiente familiar, religioso ou profissional, certamente já convivemos com a Turma do Eu avisei.
È fácil identificá-los, pessimistas incorrigíveis tem sempre uma palavra de desânimo e de desencorajamento.
O profissional que julgando o patrão um explorador torce contra a própria empresa!
O cônjuge que sepulta os sonhos do outro com suas tendências negativas!
O religioso que procura entravar os ideais de seus companheiros de jornada!
Estes estão sempre a espreita, na espera de um insucesso para dar o ar da graça, quando isso acontece, afirmam vitoriosos: - Eu avisei, eu disse que não daria certo!
Para eles tudo é imensamente trabalhoso e doloroso.
A qualquer idéia nova sustentam inúmeras objeções!
Refratários as iniciativas e as mudanças, preferem sempre o acomodamento e a facilidade, julgam assim, estarem seguros quanto as intempéries da vida.
Ignoram que não estamos aqui por mero acidente biológico!
Certamente serão obrigados a mudar suas concepções pela marcha inexorável do progresso humano!
Entretanto, graças a bondade divina temos pessoas que rompem com a Turma do eu Avisei.
Empreendedores que com suas iniciativas trazem o progresso e as benfeitorias ao ser humano, certamente não dão ouvidos a essa Turma!
Voluntários de instituições filantrópicas que desenvolvem fantástico trabalho em prol do desenvolvimento humano ignoram essa Turma!
Idealistas que empregam seu tempo na busca de melhores condições de vida a seus semelhantes desafiam freqüentemente a Turma do Eu avisei!
Ao contrário do que alguns pensam não precisamos ser gênios ou criaturas angelicais para romper com essa turma.
Precisamos sim, de boa vontade!
Aliás você faz parte da Turma do Eu Avisei?

Amor de mãe

A vida é regida pelo amor, sem o qual nada somos, nada conseguimos! Estamos aqui encarnados para aprender, e acima de tudo aprender a amar, ao longo de nossa jornada nos deparamos com histórias de vida emocionantes, como nada acontece por acaso, cabe-nos tirar lições, pois amanhã poderá ser nós a protagonizarmos fatos semelhantes. Falaremos de um filho especial! Filho este que por contingências da vida se viu na adolescência privado do carinho materno.
Sua mãe foi vítima de uma trombose cerebral, o que a deixou em vida vegetativa sem poder falar ou articular qualquer movimento, em conseqüência disso os papeis foram invertidos, o filho teve que assumir os cuidados com a mãe.
Hoje passados 18 janeiros do acontecido, este filho especial conta com 32 anos e continua sua jornada diária, acorda cedo, banha a mãe, lhe dá de comer, troca suas fraudas, enfim, oferece todo o carinho que seu coração abriga.
Não blasfema, nem coloca a culpa em Deus pelo acontecido, antes, trata de fazer o melhor que pode a fim de suavizar a jornada que leva sua progenitora.
Não a tem como um peso a atrapalhar sua caminhada, muito pelo contrário, a considera uma flor que lhe perfuma a existência.
O que esta por trás de toda essa história? Espíritos em missão de reajuste?
Ao certo não sabemos, o que está ao nosso alcance é seu exemplo de renúncia e dedicação.
Esse fato nos força a pensar de como anda nosso relacionamento com aqueles que nos possibilitaram a benção da reencarnação?
Estamos lhes dispensando a atenção necessária? Reservamos um espaço para atende-los?
É bom nos darmos conta de que nossos atuais “velhos” são amigos para a eternidade, certamente poderemos contar com eles não apenas nessa vida mas também nas existências posteriores.
Amá-los e compreendê-los é bem melhor do que apenas suportá-los!
Artigo gentilmente cedido por Wellington Balbo

Álcool, Um Passo para a Morte

A bebida alcoólica carrega um detalhe interessante, qual seja, o de ser uma das mais poderosas e destruidoras drogas a infelicitar o ser humano, mas que, no entanto, tem livre curso o seu uso no seio da sociedade terrena. Ela é uma droga que ataca o sistema nervoso, desequilibrando-o, tal como o fazem o crack, a maconha, o LSD, a cocaína e todas as demais drogas psicoativas.
Ela está ao alcance do bolso de qualquer pessoa, pois que se apresenta muito cara ou bem barata. E tudo de forma LEGAL! É incrível, mas é a verdade, e as nossas autoridades ainda não acordaram para tal fato, ou estão aguardando que medidas proibitivas sérias sejam tomadas, inicialmente pelos chamados países do primeiro mundo, para que só assim se disponham, também, por um rígido controle ou pela proibição em nosso país, já tão cumulado de miséria de todos os tipos.
Ora, é do conhecimento público que o governo arrecada milhões de reais com os impostos taxados sobre as bebidas alcoólicas, esquecidos dos outros milhões gastos com a manutenção dos hospitais públicos que atendem, por determinação governamental, milhões de pessoas com enfermidades que têm as suas origens no uso do álcool. São empresas multinacionais e nacionais que se enriquecem em cima da desgraça do semelhante, provocando, queiram ou não, a lei de ação e reação, ou o carma, como quiserem.
A desculpa esfarrapada, infantil de que "bebe quem quer" não atenua o erro de quem é responsável pela fabricação da bebida alcoólica. Têm culpa, sim, o fabricante e os distribuidores. Eles haverão de responder perante a lei de causa e efeito, proporcionalmente ao grau de participação no ato faltoso, logicamente contrário à lei de Deus.
O álcool, como todos devem saber, é conseguido graças à fermentação de sumos de origem vegetal, tais como da uva e da cana-de-açúcar, ambas possuidoras de glicose. Esta fermentação é conseguida pela interferência de fungos ou bactérias chamadas saprófitas. aquelas que se alimentam de substância em decomposição oriunda de outro ser vivo. (1)
Um dos mais tristes aspectos nisso tudo é que terras férteis, que poderiam estar sendo utilizadas para a produção de alimentos saudáveis, estejam prestando-se à produção de bebidas destruidoras da saúde física e moral do ser humano.
O organismo começa a absorção de uma pequena parcela de álcool pelo estômago e a maior parte pelo intestino delgado. O álcool atravessa o fígado e penetra na corrente sangüínea, alcançando o seu efeito máximo no organismo,e principalmente no cérebro, mais ou menos uma hora após a sua ingestão, variando de conformidade com os organismos e seus funcionamentos. O efeito estonteante perdura por várias horas.
Os efeitos do álcool provocam sobre o organismo, uma grande carência de vitaminas (a chamada avitaminose), o que gera doenças como o raquitismo, que é carência de vitamina D, a pelagra, carência de vitamina B, e beribéri, carência de vitamina B1.
O uso do álcool, pelo ser humano, gera muitos contra-tempos, como: acidentes de trânsito, de trabalho e no lar; faz a pessoa alegre, galhofeira, desinibida, tornando-a digna de escárnio pois que ela não só perde o senso do ridículo mas também o limite de seus atos; faz do homem tímido e fraco um valentão que, invariavelmente, costuma partir para a briga, não obstante, em muitas ocasiões, mal se equilibra em pé; o ébrio costuma cair ao tropeçar nas próprias pernas; torna-se inconveniente, insensível, apaga-se e... morre para os amigos, porque passa a ser intolerável a sua presença. Em suma, o ébrio é digno da nossa compaixão.
O tóxico aqui tratado, malgrado se esconda dentro de garrafas, rótulos e de embalagens sofisticadas, envenena a criatura humana, provocando-lhe danos físicos , muitos deles irreversíveis, além dos males morais que, na maioria dos casos, são motivos para a desestruturação de famílias, desajustes conjugais, desavenças com os filhos...
O álcool afeta o sistema nervoso, provocando depressão, perda de memória, perda de senso da realidade, neurites e morte. Os vários aparelhos orgânicos passam a sofrer os seguintes males: o respiratório - pneumonia, angina de peito, ou angina pectóris; o digestivo - perda do paladar, úlceras gástricas, hemorróidas, hepatite, cirrose, barriga d'água e irritação da mucosa pancreal; o reprodutor - impotência, nefrite ou "Mal de Bright", gota, uricemia; o circulatório- anemia, hipertensão, hipercolesterolemia, arteriosclerose e dilatação dos vasos.
As conseqüências do alcoolismo são o surgimento de problemas nas áreas familiares, sociais, psicológicas e orgânicas, estas já vistas aqui. No lar, os membros da família se desagregam em decorrência de situações grotescas provocadas pelo alcoolizado. Na área social ocorre o fracasso pela perda do convívio sadio, com reflexos, também, no âmbito profissional. Psicologicamente é costume aparecer, e de forma acentuada, o complexo de culpa cada vez que o alcoólatra se embriaga. A baixa auto-estima toma proporções alarmantes, desgastando intimamente o viciado.
O ser humano bebe porque já traz do passado propensão ao vício de beber, e como se mostra, nesta reencarnação, ainda fraco de caráter, desajustado socialmente, sem possuir uma explicação lógica para a vida, busca motivos para o seu alcoolismo em vários fatores que não correspondem à verdade, Alegam, por exemplo, os viciados, que bebem por causa de um amor não correspondido, por perda de emprego, pelos desajustes familiares que enfrentam, pelos problemas financeiros com que se defrontam, pelos momentos de angústia que se vêem obrigados a passar, etc, etc. Nós, espíritas, sabemos que nada disso explica o alcoolismo, e sim o desajuste do espírito reencarnado que, por ignorância com respeito aos valores morais da vida, buscam uma saída através do alcoolismo. Desejam esconder-se, fugir da vida e se perdem ainda mais por não saberem usar a mente racional em vez da emocional.
O alcoolismo pode e deve ser prevenido, bastando que se não o comece em casa, que a sociedade se esforce por não justificá-lo com o "beber socialmente", e que se ofereça a todos uma vivência religiosa que fale, com logicidade, ao entendimento. Só estes fatores quando bem trabalhados, podem curar o alcoolismo da vida terrena. O alcoólatra necessita de esclarecimento, precisa conhecer as verdadeiras origens de sua compulsão ao álcool, as suas limitações e saber que se pode integrar à vida, levar uma existência feliz, ser uma pessoa alegre sem o álcool circulando em suas veias. Sem a busca do auto-conhecimento, sem a compreensão da vida em seu duplo aspecto - material e espiritual -, fica muito difícil a pessoa deixar o vício. Acima de toda iniciativa para que o alcoólatra deixe o vício, necessário trabalhar sua vontade, o querer livrar-se do vício. A sua participação no processo de cura é fundamental.
Como é do conhecimento espírita que nunca estamos sós, há, junto do alcoólatra. um agravante que ele desconhece: a presença de espíritos também viciados em álcool que o acompanham e o incentivam no vício. Esses desencarnados estão sempre ao lado dos "amigos de bar", daqueles que estão sempre dizendo "vamos tomar uma?" São exatamente os mesmos que fogem, que deixam de ser os "amigos" quando o viciado manifesta o desejo de mudar o comportamento, optando por uma conduta sóbria.
O evangelho-terapia-espírita é o mais eficiente medicamento para todo e qualquer mal que acomete o ser humano, sendo que o Espiritismo é o recurso que deve ser usado na obtenção da cura do alcoolismo porque incita fraternalmente, sem imposição, à mudança de hábitos e a uma nova visão da vida.
(1) Apoio no livro "Tóxicos, duas viagens", de autoria de Eurípedes Kühl, Editora Espírita Cristã Fonte Viva - Belo Horizonte - MG

Caminhando para o suicídio Inconsciente

A invigilância moral que nasce e se estrutura na ignorância humana com relação ao conhecimento da vida espiritual, tem dizimado milhões de criaturas através dos tempos, e o pior é que continuará sua marcha lúgubre.
O Espiritismo vem tirar da pasmaceira moral os espíritos aqui reencarnados a fim de que melhorem, um pouco que seja, a qualidade de suas vidas, fazendo-os ver e sentir as conseqüências de seus vícios, paixões e desatinos cultivados através do corpo carnal.
Nessas horas de devaneio a criatura se deixa envolver por espíritos de baixo astral, ou de baixo padrão vibratório, quando o ser perde o domínio integral de si mesmo. Criam-se algemas cruéis, difíceis de serem abertas. É a malha do vício que aprisiona, cerceia a liberdade, impõe condições, passa a dominar.
Queremos nos referir ao tabagismo, esquecendo por enquanto os demais, como por exemplo o alcoolismo, o uso de drogas, a maledicência, o hábito de caluniar, a glutonaria, o sexo em desregramento, a violência, etc., etc., tudo isso causando sérios curtos-circuitos no perispírito do viciado, energeticamente desestruturando-o, lamentavelmente, tendo em vista que ele será o molde do novo corpo físico da próxima reencarnação do viciado.
Segundo dados colhidos num trabalho sobre saúde, da jornalista Magaly Sonia Gonzales, publicado na revista "Isto É", de julho de 2000, "o vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, província de Yucatán. Um dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi o Monsenhor Nicot, embaixador da França, em Portugal, de onde se derivou o nome nicotina, dado à principal toxina nele contida".
Através das constatações médicas científicas, verifica-se que o fumo é um veneno para o corpo. Como aliado deste princípio, encontramos os preceitos médicos/morais do Espiritismo, que mostra o fumo como um destruidor da mente, que provoca tonteiras, que enseja vômitos no estômago, dispara perturbações brônquicas nos pulmões e no sangue; é um agente envenenador, com ameaças de leucemia.
O tabagismo se apodera do viciado em processo lento mas contínuo, fazendo-o mais uma "vítima", inicialmente de si mesmo, depois dele, o fumo. Em verdade, o viciado se torna escravo de sua vontade pusilânime. O tabagismo é uma doença que, tratada a tempo, tem cura, requerendo do viciado, no entanto, muita obstinação para dele se desvencilhar, determinação esta que ainda não é apanágio dos espíritos aqui residentes.
Para deixar o cigarro é preciso readquirir o poder da vontade que se estiolou diante da prepotência, do autoritarismo da nicotina e seus sequazes.
O viciado é aquele que perde o comando da mente.
A luta do viciado pela recuperação do controle da vontade torna-se mais acerba pelo fato do vício haver encontrado quem lhe insufla maior potência: os espíritos desencarnados tabagistas. As mentes de além-túmulo não se desvinculam com facilidade, sem mais nem menos, deste foco que alimenta seus desregramentos: o fumante terreno.
Os efeitos do tabagismo são devastadores, a saber: afeta o sistema respiratório, provocando bronquite, enfisema, câncer pulmonar, angina do peito, laringite, tuberculose, tosse e rouquidão; ataca o sistema digestivo, dificultando o apetite e a digestão, além de provocar úlcera gastroduodenal, hepatite; aumenta a concentração do ácido úrico, instalando a chamada gota; o sistema circulatório sofre com o aparecimento de varizes, flebite, isquemia, úlceras varicosas, palpitação, trombose, aceleração de doenças coronarianas e cardiovasculares; o sistema nervoso, sempre muito sensível, leva à uremia, mal de Parkinson, vertigem, náuseas, dores de cabeça, nervosismo e opressão. A falta do fumo no organismo do viciado gera ansiedade, angústia, desencadeando crises, convulsões e espasmos. Instala-se, como se depreende, toda uma dependência mental, psíquica e física.
Para os indígenas, a fumaça afastava os "maus espíritos", daí o surgimento dos defumadores. Os pajés jogavam folhas secas no braseiro, ao mesmo tempo em que invocavam os seus deuses. Com o passar do tempo, habituaram-se a fazer um rolo de folhas secas de tabaco, fumegantes, aspirando e tragando a fumaça, o que neles provocava sensações de prazer. Nascia aí, para a desgraça de tantas pessoas e o enriquecimento despudorado de muitas outras, o vício de fumar.
Rogamos a Deus que surjam, cada vez mais, medidas restritivas aos fumantes e aos que propagam o cigarro, como também exemplos de abominação ao tabagismo nas famílias, nas escolas e na sociedade em geral. Com tal procedimento se dará uma demonstração de que o tabagismo é um suicídio em processo inconsciente lento, porém pertinaz.
A tendência do tabagismo é desaparecer antes do alcoolismo. Os dois têm seus dias contados na face da Terra.
Os males de um vício altamente destruidor da vida física, como o tabagismo, destrói também a vida espiritual pelo fato de lesar o perispírito. Acompanhando o espírito na erraticidade, não só de imediato aparecem as seqüelas, mas também no seu retorno à vida carnal, num novo corpo altamente comprometido, estruturado que se acha em matriz defeituosa - o perispírito.
Largar o tabagismo, dizem os entendidos, tem de ser feito de uma só vez. Não concordamos tacitamente com isso, tendo em vista que cada criatura tem suas próprias reações orgânicas. O resultado que se obtém em relação a um caso pode ser diverso daquele que se constata em um outro. Deve-se, entendemos, colocar em ação todos os recursos existentes e, estando a pessoa determinada a parar com o uso do cigarro, surgirá o meio mais eficaz, o que seja mais aconselhável para o seu organismo reagir ao assédio do vício. Referimo-nos ao fato de que, na hora em que o viciado se predispõe a deixar o vício, logo a Espiritualidade Superior passa a cuidar do caso, a ele se dedicando com determinação e amor. O resultado só poderá ser o melhor - libertação do vício.
O Espiritismo analisa o tabagismo como um "inimigo" do ser humano que precisa ser "eliminado". Sendo um gerador de doenças e de dependências, merece do Espiritismo uma batalha sem trégua. Contudo, ele atuará sem violentação de consciências, somente ajudando, com a sua terapia, a quem quer ser ajudado.
O viciado recebe do Espiritismo, além de informações fornecidas pela medicina tradicional quanto aos males provocados pelo fumo, o alerta contra as obsessões e as desastrosas conseqüências no campo energético do espírito, fator este a exigir atenções especiais e procedimentos profundos na mentalização do fumante.
Mostra a Doutrina Espírita a necessidade não só de se cuidar do corpo, mas, sobretudo, do espírito e de seu campo vibratorial, o perispírito.
A visão reencarnatória é o principal fator que induz reformulação dos valores éticos/morais de quem se aproxima do Espiritismo, pois ela representa, acima de tudo, o uso da lógica e da razão na busca de uma melhor compreensão da vida, abrangendo o aspecto dual da existência: o material e o espiritual.
Compete-nos, portanto, ajudar os nossos irmãos a irmãs que se encontram sob o jugo do vício a fugirem desta forma sub-reptícia de mergulhar num suicídio inconsciente.
ADÉSIO ALVES MACHADO

Sabe onde estamos nos Perdendo?

É comum surgirem crises nas instituições humanas. Somos seres falíveis, com inúmeras limitações e dificuldades, e nossas falhas pessoais refletem-se diretamente nas atividades a que nos dedicamos ou nas instituições a que nos vinculamos, seja na condição de funcionário, voluntário, diretor ou mero colaborador.
Estas crises podem receber vários títulos: desorganização, desencontro, melindres, desentendimentos, agressões, separações, divisões, disputas, intrigas, “fofocas de bastidores”, abandonos, brigas, inimizades, calúnias, desastres financeiros e administrativos, entre tantos outros adjetivos que poderíamos colocar.
E as instituições espíritas, compostas por seres humanos igualmente falíveis que todos somos, não estão livres desses pesadelos que colocam a perder grandes investimentos de pioneiros, no passado, como de dedicados trabalhadores do presente. Isso nos dois planos da vida e não exclusivamente do ponto de vista material, mas especialmente na valorização da condição humana nas diversas áreas que se queira relacionar.
Muitas dessas crises são oportunidades de crescimento; outras poderiam ser evitadas e muitas – a maioria delas – simplesmente surgem porque ainda nos deixamos perder por bagatelas do relacionamento. Porém, sabe-se de onde se originam?
É simples. Muitas crises são construídas paulatinamente pela nossa invigilância, quando:
a) Consideramo-nos indispensáveis;
b) Tornamo-nos centralizadores e deixamos de preparar sucessores ou continuadores;
c) Desejamos impor pontos de vistas, considerando que somente nós sabemos;
d) Tornamo-nos indiferentes aos sentimentos das pessoas;
e) Desejamos fazer como achamos que deve ser feito, desconsiderando posições alheias;
f) Desejamos abraçar todas as tarefas, concentrando-as em nossa incomparável capacidade e experiência;
g) Tomamos para nós o título de enviado, missionário, porta-voz da espiritualidade ou aquele trabalhador sempre consciente e infalível;
h) Tornamo-nos fiscalizadores da conduta alheia;
i) Deixamo-nos levar pela crítica contumaz aos esforços alheios...
j) Quando levamos para o lado pessoal...
k) Quando consideramos as outras pessoas incapazes de levar adiante qualquer tarefa e as marginalizamos pelo ponto de vista de nossa opinião pessoal.
Será preciso continuar com tão nefasta relação? Não, são as circunstâncias humanas, não é mesmo? Infelizmente. Mas é daí que surgem as crises, que nem sempre são construtivas. Nossos pensamentos infelizes, nossa língua inoportuna, nossos gestos e posturas destroem iniciativas e “matam” ambientes, relacionamentos e instituições.
Pessimismo? Exagero? Penso que não.
Estamos nos deixando perder por bagatelas... Voltemo-nos para a finalidade principal de nossa amada e grandiosa Doutrina Espírita: o aprimoramento moral de nós mesmos.
Artigo gentilmente cedido por Orson Peter CarraraAssessor de Imprensa da Casa Editora O Clarim em Matão SP

Pessimismo - Atitude destridora

O planeta, por suas características de atraso ético/moral/espiritual, carrega habitantes intoxicados, podemos dizer que quase a maioria, por um estado mental pessimista. Tal pessimismo origina-se no hábito lastimável da lamentação, do acúmulo de mágoas e de queixas. O somatório leva à vivências e convivências conturbadas.
É, como se pode aquilatar, um comportamento enfermiço, arrastando milhões de pessoas ao desestímulo, insuflando temperamentos voltados à violência e seus sequazes. No fundo, tais criaturas, mesmo que agindo inconscientemente, desejam desviar o curso da vida terrena em seu derredor, insatisfeitas que se acham, com ela, pelo não atendimento aos seus caprichos.
A pessoa que contumazmente reclama, queixa-se, vive insatisfeita, tem uma visão distorcida da realidade existencial, desconhecendo, como não poderia deixar de ser, o papel desempenhado pela vida espiritual em nossas reencarnações que são intercaladas pelas necessárias vidas na matéria.
Em geral, o tipo de pessoa aqui analisada apresenta-se como vítima inocente de tudo quanto lhe acontece, porque não cogita, nem de leve, sobre reencarnação, lei de causa e efeito, evolução espiritual, influência dos espíritos, bons e menos bons, em nossas vidas e outras questões doutrinárias do Espiritismo. Ignora as fases positivas e as concessões que lhes são ofertadas pela Vida, adotando uma forma de ingratidão que sempre acarreta conseqüências infelizes.
Os ideais de enobrecimento humano são torpedeados pelas pessoas alimentadas mentalmente de pessimismo, o qual se deriva da autocomiseração. Atormentam-se os pessimistas e passam também a atormentar as criaturas desprevenidas, assim aumentando o número de deprimidos que recorrem às clínicas psiquiatras em busca de solução para o que elas mesmas criaram, invigilantemente.
Tudo deve convergir em favor da retificação dos erros nas suas mais variadas formas de manifestação. Com a adoção deste procedimento saneador, costuma a pessoa, interessada pela sua reforma interior, a ter que enfrentar obstáculos revestidos aparentemente de intransponibilidade. É justamente aí que a atuação pessimista se mostra mais numerosa e ativa. Os fracassos se agravam, o desânimo impera e a crítica destrutiva transparece preponderantemente.
Com o pessimismo e o hábito da crítica destrutiva, não há o favorecimento de estímulos à saúde, ao bem-estar psico-físico, mas sim do incentivo à valorização das doenças.
A recuperação das patologias diminuem por haver ignorância quanto à ação benfazeja da mente saudável sobre os implementos celulares, estes que são os delicados mecanismos dos nervos, os quais agem nos sutis equipamentos cerebrais onde operam os neurônios. Estes sofrem, desta maneira as descargas vibratórias desequilibradas, e verdadeiros curtos circuitos são estabelecidos.
Diz o Espírito Joanna de Ângelis que "A conduta pessimista constitui vício grave do Espírito comprometido com a própria consciência". Torna-se necessária, como se percebe, uma mudança radical no estilo de comportamento mental. Um salto de um extremo a outro, do pessimismo para o otimismo.
A saúde física e mental se constitui num estado natural da vida, o que parece o contrário no nosso mundo, quando as enfermidades se alastram de forma impressionante e vão se mostrando como resultados de distúrbios morais que a alma invigilante e ignorante costuma insculpir nas delicadas organizações celulares, exigindo imediata reparação para que a doença não chegue a um estado irreversível.
Sem a higienização, a assepsia da mente, esta distonia que ocorre propicia a instalação das doenças de etiologias as mais variadas. Somente através da harmonização geral do seu campo energético o ser humano desfrutará saudavelmente da vida. Sem isto, a flora e a fauna microbiana se instalam e proliferam por encontrarem campo propício, ideal para suas operações destruidoras, as quais levam à produção das degenerações celulares.
O ser humano caminha, vai em frente, mesmo sem ter uma noção mais exata do fenômeno que o leva ao crescimento intelecto-moral, à plenitude, à sublimação.
Os degraus evolutivos são granjeados pelo esforço despendido na ação do Bem, o que faz com que o ser reconheça o seu auto-valor, que atinja outros patamares evolutivos e alcance, por fim, as cumeadas da evolução.
A vida, na sua essencialidade, é alicerçada em desafios permanentes, habituamo-nos a conceituar, sendo que nossos limites e dificuldades, que vão surgindo pelo caminho para serem vencidos, estão em nosso mundo íntimo, nos atavismos e reminiscências menos felizes, e não no mundo exterior. Transformam-se, assim, em excelentes aguilhões que nos projetam longe, fazendo com que descortinemos uma outra visão da existência na carne e fora dela, tudo isso graças às admiráveis dádivas recebidas de Deus para o nosso tentame finalista da Vida - a perfeição.
Se queremos complicar ainda mais o quadro de realizações enobrecedoras, comecemos por nos queixar e reclamar de tudo e de todos, e o pessimismo, tóxico letal de nossas nobres realizações, assumirá o papel de carrasco de nossos anelos superiores, vitimando-nos sem piedade.
As etapas da evolução são vencidas, pouco a pouco, ora trabalhando-se a nossa condição intelecto-moral, outras vezes vivenciando as experiências mais doridas, estas que mais nos fixam às preciosas lições da vida, de forma indelével, desta forma nos capacitando pata tentames mais auspiciosos e elevados.
Valiosos são os recursos em disponibilidade para o triunfo: otimismo, alegria de viver, bom humor, simpatia e confiança em Deus, em Sua providência e também na Espiritualidade Superior. Com estes trunfos morando em nosso mundo interior, haveremos de nos libertar dos atávicos pensamentos pessimistas, os quais precisam, devem ser abandonados em favor da auto-realização, da auto-plenificação..
ADÉSIO ALVES MACHADO