Colaboração do Irmão Sérgio.
Você já se deu conta de que Deus não tem pressa?
A pressa é um dos maiores males dos tempos modernos. É como se a Humanidade desejasse acelerar os acontecimentos num período de tempo muito curto.
E a educação das nossas crianças não foge à regra.
Quando nosso filho procede com infantilidade aos cinco anos de idade, por exemplo, dizemos: Por que não se comporta como um homenzinho?
Qualquer pessoa sensata sabe que ele não é um homenzinho. Mas queremos que a criança aja como adulto, não porque seja bom para ela, mas porque é conveniente para nós. Talvez não porque achemos isso certo, mas porque estamos impacientes.
Roubamos os nossos filhos quando os fazemos atravessar às pressas a infância. Também a nós logramos porque perdemos a oportunidade de nos deixar contagiar pela sua inocência, sua curiosidade espontânea, sua admiração natural, sua alegria sem restrições.
Muitas vezes, a nossa impaciência impede o desenvolvimento de grandes inteligências e de grandes almas, porque esquecemos de que a assimilação do bem é um processo lento.
Certa vez, um pai perguntou ao Diretor de uma Universidade se o Currículo Escolar não poderia ser simplificado para que seu filho pudesse ir por um caminho mais curto.
Sem dúvida, respondeu o educador. Tudo depende, porém, do que o senhor queira fazer do seu filho. Quando Deus quer fazer um carvalho, por exemplo, leva cem anos. Quando quer fazer uma abóbora, precisa apenas de três meses.
É comum nos esquecermos de que as engrenagens das nossas vidas estão interligadas com as do Criador. Assim sendo, como os dentes das engrenagens dos planos de Deus são mais fortes do que os das nossas, quando aceleramos mais que Deus, as nossas se quebram.E por essa razão, cansamo-nos, despedaçamo-nos.
A natureza nos oferece muitas indicações de que o nosso ritmo alucinado não é normal.
Quando saímos dos lugares superlotados, fugimos dos horários e andamos por entre as árvores que crescem devagar e as montanhas silenciosas que parecem estar sempre tranqüilas, absorvemos um pouco da serenidade e da calma da natureza.
No entanto, não devemos confundir paciência com passividade, inércia, e esperar que tudo seja feito por nós. Paciência é determinação de começar cedo a empregar o tempo para realizar coisas úteis.
A melhor ilustração de tudo isso pode ser o caso da menina que disse à mãe, logo depois que uma senhora de cabelos brancos saiu de sua casa: Se eu pudesse ser uma velha assim, tão simpática e tão boazinha, não me importaria de envelhecer.
Está muito bem, respondeu a mãe. Se você quer ser uma velha assim, convém começar desde já, pois ela não ficou assim às pressas.
Pense nisso!
O Sol leva todo o tempo que lhe é necessário para nascer e se pôr. Não é possível apressá-lo.
O gelo no lago se derreterá quando a temperatura do ar for apropriada.
As aves migratórias chegarão e partirão quando estiverem prontas para isso.
Até as invenções, sobre as quais o homem aparentemente exerce absoluto controle, só chegam no tempo próprio, quando a oportunidade amadureceu e a cultura está pronta para recebê-las.
Uma vez mais o Mestre de Nazaré tinha razão ao dizer: Primeiro a erva, depois a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga.
Quis com isso dizer que tudo vem a seu tempo, sem pressa nem desespero.
Pensemos nisso!
Este Blog destina-se a pessoas interessadas no estudo e na prática da verdade do evangelho de Jesus, sem alienação e temor.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Como Desenvolver as Atividades de um Centro Espírita
A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, tem como lema a liberdade de expressão. Assim, não há um órgão centralizador, como ocorre, por exemplo, na Igreja Católica. Há apenas os princípios básicos que sustentam a Doutrina, ou seja: a existência de Deus, dos Espíritos, a possibilidade da comunicação com eles, a existência do mundo espiritual, da Lei de causa e efeito e a reencarnação.
Diante disso, cada centro espírita tem a possibilidade de praticar as atividades doutrinárias da maneira que achar melhor, sendo essencial o bom senso e a seriedade na execução das mesmas.
Colocaremos abaixo, 11 das principais atividades que podem ser praticadas dentro de um centro espírita.
Há que se levar em consideração o espaço físico e a quantidade de pessoas preparadas em um centro espírita, para que todas as atividades possam ser colocadas em prática. Pois caso o grupo espírita ainda não disponha de trabalhadores suficientes ou preparados para os serviços citados, melhor optar por praticar apenas os que tenham condições. Posteriormente, com uma organização e planejamento, poderá ampliar as atividades para melhor atender ao público freqüentador.
A prática correta ou não destas atividades vai variar de acordo com o conhecimento do grupo que dirigir a casa. E a melhor maneira de sabermos se os trabalhos estão sendo feitos dentro dos preceitos de Allan Kardec é analisarmos os resultados obtidos, tanto na orientação como nos tratamentos dos problemas materiais e espirituais dos que buscam ajuda no centro espírita.
RECEPÇÃO: aquele que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem uma série de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre o que é e o que não é Espiritismo. Havendo uma recepção, que pode ser uma simples mesa ou uma sala, o indivíduo poderá para lá se dirigir e obter as informações sobre horário de funcionamento da casa, trabalhos desenvolvidos etc.
É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo.
É necessário que também se evite lidar com dinheiro na recepção. Muitas vezes é na própria recepção que trabalhadores e freqüentadores da casa fazem doações ou pagamentos de alguma promoção beneficente promovida pelo grupo. Para as pessoas que chegam pela primeira vez ao centro espírita, pode causar estranheza e interpretações equivocadas sobre o motivo do dinheiro. Assim, é melhor que qualquer movimentação de dinheiro só seja feita em envelopes ou após o final dos trabalhos abertos ao público.
PALESTRAS: é o principal trabalho de uma casa espírita (veja exemplos de palestras escritas). O ser humano só consegue libertar-se de seus vícios morais ou materiais quando se esclarece dos malefícios que os mesmos trazem para sua existência. É através das palestras que os oradores conseguem levar o conhecimento espiritual existente na Doutrina Espírita.
Porém, por ser uma atividade de maior seriedade, deve ser entregue a pessoas preparadas doutrinariamente e experientes em relação à vida cotidiana. É importante também que o palestrante busque aperfeiçoar-se em técnicas de oratória, o que o ajudará na apresentação das idéias.
O assistente precisa sentir no palestrante o que a Doutrina chama de força moral. Ou seja, que o expositor esteja falando de algo que conhece e pratica.
O tempo destinado à palestra também é importante. Muito curtas, são superficiais; compridas, tornam-se exaustivas. O ideal são palestras que tenham duração de no mínimo 30 minutos e no máximo 40 minutos.
Seu teor deve mesclar os postulados da Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus. Sempre que possível, relacioná-los com o dia-a-dia da sociedade. Assim, o ouvinte poderá fazer ligações do que está ouvindo com seus próprios problemas e dúvidas.
Importante: no momento da palestra, é aconselhável que as demais atividades da casa sejam interrompidas para que todos os trabalhadores e público possam escutá-la. Lembremos que a palestra será o agente modificador do necessitado e incentivador dos que prestam assistência no núcleo.
ATENDIMENTO PARTICULAR: chamado em alguns centros espíritas de consulta ou entrevista, este trabalho visa orientar e ajudar espiritualmente pessoas detentoras de problemas mais graves, e quando necessário, submetê-las a um tratamento espiritual.
Em uma sala reservada, um atendente e um auxiliar (trabalhadores experientes da casa) receberão para uma conversa íntima indivíduos desajustados emocionalmente, desesperados, com dificuldades familiares, amorosas, financeiras, desiludidos da vida.
A recepcionista da casa se encarregará de preencher uma ficha com os dados básicos do atendido (nome, idade, estado civil, endereço), encaminhando-a aos atendentes. Estes, após conversarem com a pessoa, farão os demais apontamentos que julgarem necessários para o acompanhamento do caso, como: estado emocional, religião praticante, se é portador de algum desequilíbrio mental já diagnosticado por médicos, se está sob efeito de remédios, e outras informações que poderão ajudá-los em um possível tratamento espiritual.
Casas que já possuem médiuns devidamente preparados poderão detectar durante a entrevista ou em uma reunião mediúnica se há ou não uma influência espiritual atuando junto ao ser, orientando-o após isso sobre as atitudes a serem tomadas. Caso contrário, o atendente terá seu trabalho limitado, mas poderá orientar o indivíduo dentro de um posicionamento cristão, ajudando-o a corrigir seus defeitos e encontrar a paz procurada.
Importante:
a) Todas as informações prestadas pelo entrevistado ao atendente serão altamente sigilosas. As fichas que contêm anotações sobre a vida particular da pessoa deverão ficar em um fichário sob a responsabilidade daqueles que participaram da entrevista.
b) Caso haja a utilização de um médium verificando a atividade espiritual ao lado do atendido, possíveis manifestações de Espíritos nunca devem ocorrer na presença do necessitado, para evitar possíveis distúrbios psíquicos ou impressões indesejadas.
TRATAMENTO ESPIRITUAL: todo aquele em que foi diagnosticada uma influência espiritual (obsessão) deverá passar por um tratamento espiritual. Ele consiste na aplicação de passes semanais, a ingestão de água fluidificada e o acompanhamento das palestras no centro espírita, buscando a análise constante das imperfeições que possibilitaram à má influência instalar-se ao seu lado, tentando melhorar-se moralmente a cada dia.
Este tratamento será complementado nas reuniões de desobsessão, onde os responsáveis pela ajuda continuarão a evocar a entidade perturbadora no sentido de orientá-la a seguir outro caminho.
Assim, atua-se nos dois campos que geram o problema obsessivo: o obsediado, orientando-o moralmente e auxiliando-o fluidicamente; e o obsessor, alertando-o de seu estado e encaminhando-o para um melhor estágio espiritual.
REUNIÃO MEDIÚNICA E DE DESOBSESSÃO: trata-se de reuniões íntimas onde apenas participam os médiuns (pessoas com maior capacidade de sentir a influência dos Espíritos) da casa e alguns trabalhadores auxiliares, pois ali muitas vezes serão tratados assuntos que dizem respeito à vida particular de pessoas que buscaram auxílio no centro espírita.
A reunião mediúnica serve para que os bons espíritos dêem orientações e para que os sofredores manifestem-se, podendo ser ajudados através de orientações do doutrinador presente. Nela, também é praticada a mediunidade de novatos e médiuns experientes, aperfeiçoando a forma de intercâmbio com o mundo espiritual.
Quanto à reunião de desobsessão, é aconselhável, porém não imprescindível, que seja realizada em dia diferente da reunião mediúnica. Na desobsessão, participariam como médiuns apenas os mais experientes, devido ao nível vibratório das entidades comunicantes, que geralmente é mais baixo. Em centros que utilizam o Atendimento Particular, depois de passarem pela sala de atendimento, e verificadas possíveis influências espirituais (obsessão), os casos serão levados às reuniões de desobsessão. Nestas reuniões, o dirigente da sessão fará o que Allan Kardec denominou de evocação, ou seja: solicitará a Jesus e aos Espíritos superiores que permitam a manifestação da entidade espiritual que está acompanhando determinado ser. Ao se manifestar em um dos médiuns presentes, este Espírito receberá o que o Espiritismo chama de doutrinação, que nada mais é do que uma conversa franca e amigável com o Espírito comunicante. O trabalhador responsável tentará obter do Espírito o que ele deseja ao lado do necessitado e tentará convencê-lo a afastar sua influência, com a ajuda dos Espíritos que dirigem a casa. Também poderão existir manifestações espirituais espontâneas, de acordo com a necessidade prevista pela equipe material e espiritual responsáveis pela reunião.
Importante: para conseguirem-se bons resultados na doutrinação dos Espíritos é necessário que médium e doutrinador tenham uma vida moral sadia. Vícios materiais, como o cigarro, a bebida ou as drogas; e vícios morais, como o adultério, o orgulho, a sensualidade exagerada e a mentira devem ser combatidos rapidamente por aqueles que se dispõem a trabalhar em nome de Jesus em um centro espírita.
Assim como nas palestras, onde o exemplo moral do palestrante é que tocará o indivíduo que o escuta, na mediunidade o Espírito só será convencido de que precisa se modificar se sentir que quem o está orientando ou dando-lhe passagem está esforçando-se também para isso. Caso contrário, a evocação dificilmente trará benefícios ao sofredor.
PASSES: os passes são transmissões de fluidos de um ser para outro. Os fluidos são energias que fazem parte da estrutura material e espiritual dos seres. Nos centros espíritas é aconselhável que os médiuns passistas tenham uma vida regrada, sem os vícios já citados no item “Reuniões mediúnicas”. Afinal, se seus fluidos estiverem contaminados por maus pensamentos ou atitudes indevidas poderão prejudicar ao invés de auxiliar quem os recebe.
O passe é aplicado apenas com a imposição das mãos do passista sobre a fronte do indivíduo. Não é necessário tocá-lo.
No momento do passe, o passista busca sintonia com os Espíritos superiores, geralmente através de uma prece feita de pensamento. Com isso, estes amigos espirituais poderão ajuntar seus fluidos aos fluidos do médium, favorecendo ainda mais quem está recebendo. A pessoa após o passe irá se sentir fortalecida e mais disposta frente aos problemas por quais passa.
IMPORTANTE: o passe é um complemente espiritual, e não a solução. Para que o indivíduo possa melhorar é necessário que busque constantemente a libertação de suas imperfeições. Aqueles que buscam a casa espírita apenas para receber o passe devem ser orientados sobre a necessidade do esclarecimento através das palestras e das boas leituras.
LIVROS DE PRECES: muitas pessoas que vêm ao centro têm parentes e amigos que não podem acompanhá-los por variados motivos: doença, viagem, trabalho ou mesmo ignorância sobre o que é a Doutrina Espírita. Outras há que gostariam que seus entes desencarnados recebessem boas vibrações através de orações feitas no núcleo. O livro de preces serve para isso. As pessoas deixam lá os nomes, idade e endereço dos que elas gostariam que fossem beneficiados pela prece. Um trabalhador da casa pode ficar responsável por anotar os dados, que posteriormente serão levados para a reunião mediúnica. Assim, em determinada parte do trabalho, será feita uma prece a Jesus e aos bons Espíritos, pedindo que possam interceder junto àqueles que ali estão anotados.
É necessária a discrição do responsável pelo Livro, para não constranger ou questionar demais aquele que lá coloca um nome.
Importante: sempre que possível, orientar ao público que embora as preces à distância possam levar ajuda, o ideal é a presença da pessoa na casa espírita, onde o amparo será mais direto e os resultados melhores.
ESTUDO DOUTRINÁRIO: é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os trabalhadores em geral, é aconselhável a leitura de “O Livro dos Espíritos” e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Quanto aos que trabalham na mediunidade, a leitura de “O Livro dos Médiuns” torna-se obrigatória para o bom desenvolvimento de suas faculdades.
Se a casa espírita fica sem estudo torna-se presa fácil de Espíritos atrasados que vez por outra tentam atrapalhar o bom andamento dos trabalhos em nome de Jesus. Conhecendo as Obras Básicas da Doutrina, as orientações de Kardec e os conselhos dos Espíritos superiores os trabalhadores do centro estarão mais atentos para saberem se estão ou não fazendo da casa um núcleo espírita sério.
As obras acessórias que existem no movimento espírita, psicografadas (escritas através de médiuns influenciados por Espíritos) por Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros médiuns de renome também podem ser estudadas, desde que não sejam o alvo principal dos estudos. O trabalhador precisa estudar e revisar constantemente as obras de Kardec para poder separar o joio do trigo existente nas obras acessórias.
Importante: Para os que estão ingressando ou querendo ingressar nos trabalhos da casa, é importante que o centro tenha um Curso para Iniciantes.
Há vários cursos deste tipo no movimento espírita, que trazem um resumo da Doutrina e de sua história. É aconselhável que diferente dos trabalhadores, que devem estudar sempre, os iniciantes tenham um curso de curta duração (no máximo 4 meses, com aulas semanais). Caso contrário, poderão desanimar antes de conhecerem mais a fundo o Espiritismo.
Se o curso seguir estas dicas, com certeza será um grande auxiliar na captação de novos trabalhadores para o centro.
ASSISTÊNCIA SOCIAL: a caridade material/social deve fazer parte de toda casa espírita. Se ficarmos apenas na teoria, sem colocar “a mão na massa”, o centro corre o risco de tornar-se apenas um núcleo de muita conversa e pouco serviço.
Para que uma atividade possa ser desenvolvida a contento, é necessário que haja pessoas comprometidas com o serviço. Horários e dias para os trabalhos devem ser definidos e não feitos aleatoriamente. As pessoas envolvidas devem ter consciência da responsabilidade que assumiram, pois muitos carentes da ajuda material e espiritual estarão aguardando o amparo anunciado. Por isso, só deve-se abrir frentes que possam ser mantidas, e não apenas iniciadas sem um planejamento prévio.
Recursos financeiros devem ser destinados para a assistência social. O grupo espírita poderá desenvolver promoções beneficentes periódicas visando arrecadar fundos, tanto para a manutenção da casa, como também para a abertura e ampliação dos trabalhos caritativos.
É importante que toda a parte financeira utilizada tenha relatórios e balancetes mensais de prestação de contas aos trabalhadores da casa, como também ao público em geral, caso necessário. Isso evita possíveis dúvidas e aumenta a confiança dos que se dispõem a ajudar financeiramente a casa.
Trabalhos assistenciais a serem desenvolvidos não faltam: visitas a enfermos em hospitais, manicômios, orfanatos, asilos; distribuição de cestas de alimento, de roupas, de comida; desenvolvimento de escolas profissionalizantes, cursos de gestantes, e evangelização infantil em favelas; visitas a casas de pessoas enfermas; campanha de arrecadação de alimentos em bairros e supermercados; e muitas outras formas de auxílio aos carentes do pão material e da orientação espiritual.
Todo trabalhador do centro espírita deve buscar ao menos um tipo de caridade material por semana. Isso desenvolverá dentro dele o sentimento de compaixão ao próximo, que lhe será muito útil em sua vida, dentro e fora da casa espírita.
EVANGELIZAÇÃO E MOCIDADE: o centro espírita não tem como função substituir os pais na educação religiosa de seus filhos. Porém, pode ser um importante auxiliar neste sentido. Tanto a Evangelização infantil como o trabalho das Mocidades visam integrar a criança e o jovem aos princípios da moral cristã e dos conhecimentos da Doutrina Espírita.
A Evangelização deve ser coordenada por pessoas preparadas no contato com crianças e conhecedoras dos princípios da Doutrina Espírita. Geralmente, as idades admitidas neste setor vão de 04 a 13 anos, subdividindo-as em salas de acordo com a idade, como por exemplo: 4 a 6 anos; 7 a 10 e 11 a 13 anos. É evidente que há grupos que não detêm espaço suficiente para tais divisões, e então irão se adaptar às condições físicas da casa.
O importante é que sejam desenvolvidos os aspectos morais cristãos, preconizados pelo Espiritismo, incutindo nas crianças o desejo da ajuda mútua e do amor ao próximo. Isso pode ser estimulado através de histórias e atividades que busquem fazer as crianças perceberem o quanto é importante cooperar, ser útil e agir pensando no próximo.
Geralmente, a Evangelização infantil ocorre no momento das Palestras Públicas, pois enquanto os pais estão absorvendo os ensinos da Doutrina, seus filhos estarão sendo evangelizados dentro dos preceitos de Jesus e do Espiritismo.
Já a Mocidade é direcionada geralmente a jovens com idade entre 14 e 18 anos. A idade pode variar um pouco, para mais ou para menos. O importante é que não haja grandes diferenças, pois diferentemente da Evangelização, na Mocidade há uma propensão para diálogos e fóruns de discussão sobre temas polêmicos, à luz da Doutrina Espírita. Assuntos como drogas, sexo, violência, próprios da vida que o jovem irá enfrentar, devem ser discutidos e analisados, visando mostrar o que Jesus e o Espiritismo podem ajudá-los em suas escolhas.
É necessário que os responsáveis tenham um conhecimento acima da média sobre a Doutrina Espírita, pois o questionamento do jovem sempre busca uma resposta coerente para suas dúvidas. Além disso, é aconselhável que sejam pessoas que não tenham vícios como o cigarro e o álcool, pois servirão de exemplos aos jovens, mostrando que não há a necessidade de fumar ou beber para sentirem-se felizes.
Enfim, a Mocidade serve principalmente para integrar o jovem no trabalho voluntário, desenvolvendo no mesmo a vontade de ser útil. E fazendo com que ele compreenda que a Doutrina Espírita não é uma religião coercitiva, proibindo tal ou qual coisa. Mas sim, que o Espiritismo nos alerta para as conseqüências de nossos atos.
DIVULGAÇÃO DOUTRINÁRIA: a Doutrina Espírita precisa ser bem divulgada para que diminuam as confusões existentes entre ela e cultos espiritualistas ou afro-brasileiros. Ter uma biblioteca na casa é de extrema importância. O centro poderá comprar ou receber em doações uma série de livros doutrinários que possam esclarecer o leitor sobre as bases do Espiritismo e do mundo espiritual. Estas obras devem ser emprestadas ao público que terá cerca de vinte dias para ler e devolvê-la para a casa. Uma pessoa fica responsável pelo empréstimo e anotação do nome, endereço e telefone do locatário. Com isso, se caso houver uma demora na devolução, o bibliotecário poderá contatar o leitor e lembrá-lo de devolver a obra para que outras pessoas possam usufruí-la também.
Outra forma importante de divulgação são os folhetos (veja exemplo) ou jornais doutrinários que podem ser confeccionados pelo grupo. O teor das matérias deve ser o esclarecimento das práticas espíritas, a exposição de temas evangélicos e o comentário de situações e fatos do cotidiano à luz da Doutrina Espírita.
Estes veículos de divulgação podem ser entregues aos freqüentadores da casa, como também distribuídos nas redondezas do centro espírita, de casa em casa, servindo como propaganda para o núcleo espírita.
TV, internet e rádio também são ótimos veículos de divulgação doutrinária. O grupo deve analisar qual dos meios é o mais apropriado, financeiramente e com pessoas preparadas para desenvolvê-los, e então começar o trabalho.
Persistência e boa vontade são essenciais para que o objetivo de divulgação seja alcançado.
CONCLUSÃO:
Allan Kardec, na Revista Espírita do mês de junho do ano de 1865, afirma o seguinte sobre a necessidade de trabalharmos com responsabilidade e seriedade em um centro espírita:
“Notemos igualmente que é nos centros espíritas verdadeiramente sérios que se fazem os mais sinceros adeptos, porque os assistentes são tocados pela boa impressão que recebem. Ao passo que nos centros espíritas levianos e frívolos, só se é atraído pela curiosidade, que nem sempre é satisfeita. Compreender o verdadeiro objetivo da Doutrina Espírita, empregando-a para fazer o bem a desencarnados e encarnados, é pouco recreativo para certas pessoas, temos que convir. Mas é mais meritório para os que a isso se devotam”. Desenvolver as atividades de um centro espírita com bom senso e perseverança fará com que o espiritismo consiga atingir seus ideais, que são principalmente o esclarecimento e consolação dos que o procuram.
Abaixo, reproduziremos comentários de Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, capítulo 29, a respeito da importância de haver organização nas Sociedades Espíritas.
É um texto muito importante para a reflexão dos espíritas sérios, que visam a prática coerente dos ensinos presentes na Codificação.
DAS SOCIEDADES PROPRIAMENTE DITAS:
334. Tudo o que dissemos das reuniões em geral se aplica naturalmente às Sociedades regularmente constituídas, as quais, entretanto, têm que lutar com algumas dificuldades especiais, oriundas dos próprios laços existentes entre os seus membros.
Freqüentes sendo os pedidos, que se nos dirigem, de esclarecimentos sobre a maneira de se formarem as Sociedades, resumi-los-emos aqui nalgumas palavras.
O Espiritismo, que apenas acaba de nascer, ainda é diversamente apreciado e muito pouco compreendido em sua essência, por grande número de adeptos, de modo a oferecer um laço forte que prenda entre si os membros do que se possa chamar uma Associação, ou Sociedade. Impossível é que semelhante laço exista, a não ser entre os que lhe percebem o objetivo moral, o compreendem e o aplicam a si mesmos. Entre os que nele vêem fatos mais ou menos curiosos, nenhum laço sério pode existir.
Colocando os fatos acima dos princípios, uma simples divergência, quanto à maneira de os considerar, basta para dividi-los. O mesmo já não se dá com os primeiros, porquanto, acerca da questão moral, não pode haver duas maneiras de encará-la. Tanto assim que, onde quer que eles se encontrem, confiança mútua os atrai uns para os outros e a recíproca benevolência, que entre todos reina, exclui o constrangimento e o vexame que nascem da suscetibilidade, do orgulho que se irrita à menor contradição, do egoísmo que tudo reclama para a pessoa em quem domina.
Uma Sociedade, onde aqueles sentimentos se achassem partilhados por todos, onde os seus componentes se reunissem com o propósito de se instruírem pelos ensinos dos Espíritos e não na expectativa de presenciarem coisas mais ou menos interessantes, ou para fazer cada um que a sua opinião prevaleça, seria não só viável, mas também indissolúvel. A dificuldade, ainda grande, de reunir crescido número de elementos homogêneos deste ponto de vista, nos leva a dizer que, no interesse dos estudos e por bem da causa mesma, as reuniões espíritas devem tender antes à multiplicação de pequenos grupos, do que à constituição de grandes aglomerações. Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã.
335. Já vimos de quanta importância é a uniformidade de sentimentos, para a obtenção de bons resultados. Necessariamente, tanto mais difícil é obter-se essa uniformidade, quanto maior for o número. Nos agregados pouco numerosos, todos se conhecem melhor e há mais segurança quanto à eficácia dos elementos que para eles entram. O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família. As grandes assembléias excluem a intimidade, pela variedade dos elementos de que se compõem; exigem sedes especiais, recursos pecuniários e um aparelho administrativo desnecessário nos pequenos grupos. A divergência dos caracteres, das idéias, das opiniões, aí se desenha melhor e oferece aos Espíritos perturbadores mais facilidade para semearem a discórdia. Quanto mais numerosa é a reunião, tanto mais difícil é conterem-se todos os presentes. Cada um quererá que os trabalhos sejam dirigidos segundo o seu modo de entender; que sejam tratados preferentemente os assuntos que mais lhe interessam. Alguns julgam que o título de sócio lhes dá o direito de impor suas maneiras de ver. Daí, opugnações, uma causa de mal-estar que acarreta, cedo ou tarde, a desunião e, depois, a dissolução, sorte de todas as Sociedades, quaisquer que sejam seus objetivos. Os grupos pequenos jamais se encontram sujeitos às mesmas flutuações. A queda de uma grande Associação seria um insucesso aparente para a causa do Espiritismo, do qual seus inimigos não deixariam de prevalecer-se. A dissolução de um grupo pequeno passa despercebida e, ao demais, se um se dispersa, vinte outros se formam ao lado. Ora, vinte grupos, de quinze a vinte pessoas, obterão mais e muito mais farão pela propaganda, do que uma assembléia de trezentos ou de quatrocentos indivíduos.
Dir-se-á, provavelmente, que os membros de uma Sociedade, que agissem da maneira que vimos de esboçar, não seriam verdadeiros espíritas, pois que a caridade e a tolerância são o dever primário que a Doutrina impõe a seus adeptos. É perfeitamente exato e, por isso mesmo, os que procedam assim são espíritas mais de nome que de fato. Certo não pertencem à terceira categoria. (Veja-se o n. 28.) Mas, quem diz que eles sequer mereçam o simples qualificativo de espíritas? Uma consideração aqui se apresenta, não destituída de gravidade.
336. Não esqueçamos que o Espiritismo tem inimigos interessados em obstar-lhe à marcha, aos quais seus triunfos causam despeito, não sendo os mais perigosos os que o atacam abertamente, porém os que agem na sombra, os que o acariciam com uma das mãos e o dilaceram com a outra. Esses seres malfazejos se insinuam onde quer que contem poder fazer mal. Como sabem que a união é uma força, tratam de a destruir, agitando brandões de discórdia. Quem, desde então, pode afirmar que os que, nas reuniões, semeiam a perturbação e a cizânia não sejam agentes provocadores, interessados na desordem? Sem dúvida alguma, não são espíritas verdadeiros, nem bons; jamais farão o bem e podem fazer muito mal. Ora, compreende-se que infinitamente mais facilidade encontram eles de se insinuarem nas reuniões numerosas, do que nos núcleos pequenos, onde todos se conhecem. Graças a surdos manejos, que passam despercebidos, espalham a dúvida, a desconfiança e a desafeição; sob a aparência de interesse hipócrita pela causa, tudo criticam, formam conciliábulos e corrilhos que presto rompem a harmonia do conjunto; é o que querem. Em se tratando de gente dessa espécie, apelar para os sentimentos de caridade e fraternidade é falar a surdos voluntários, porquanto o objetivo de tais criaturas é precisamente aniquilar esses sentimentos, que constituem os maiores obstáculos opostos a seus manejos. Semelhante estado de coisas, desagradável em todas as Sociedades, ainda mais o é nas associações espíritas, porque, se não ocasiona um rompimento gera uma preocupação incompatível com o recolhimento e a atenção.
337. Se mau rumo a reunião tomar, dir-se-á, não terão as pessoas sensatas e bem-intencionadas, a ela presentes, o direito de crítica; deverão deixar que o mal passe, sem dizerem palavra, e aprovar tudo pelo silêncio? Sem nenhuma dúvida, esse direito lhes assiste: é mesmo um dever que lhes corre.
Mas, se boa intenção os anima, eles emitirão suas opiniões, guardando todas as conveniências e com cordialidade, francamente e não com subterfúgios. Se ninguém os acompanha, retiram-se, porquanto não se concebe que quem não esteja procedendo com segundas intenções se obstine em permanecer numa sociedade onde se façam coisas que considere inconvenientes.
Pode-se, pois, estatuir como princípio que todo aquele que numa reunião espírita provoca desordem, ou desunião, ostensiva ou sub-repticiamente, por quaisquer meios, é, ou um agente provocador, ou, pelo menos, um mau espírita, do qual cumpre que os outros se livrem o mais depressa possível. Porém, a isso obstam muitas vezes os próprios compromissos que ligam os componentes da reunião, razão por que convém se evitem os compromissos indissolúveis. Os homens de bem sempre se acham suficientemente comprometidos: os mal-intencionados sempre o estão demais.
338. Além dos notoriamente malignos, que se insinuam nas reuniões, há os que, pelo próprio caráter, levam consigo a perturbação a toda parte aonde vão: nunca, portanto, será demasiada toda a circunspeção, na admissão de elementos novos. Os mais prejudiciais, nesse caso, não são os ignorantes da matéria, nem mesmo os que não crêem: a convicção só se adquire pela experiência e pessoas há que desejam esclarecer-se de boa-fé. Aqueles, sobretudo, contra os quais maiores precauções devem ser tomadas, são os de sistemas preconcebidos, os incrédulos obstinados, que duvidam de tudo, até da evidência; os orgulhosos que, pretendendo ter o privilégio da luz infusa, procuram em toda parte impor suas opiniões e olham com desdém para os que não pensam como eles. Não vos deixeis iludir pelo pretenso desejo que manifestam de se instruírem. Mais de um encontrareis, que muito aborrecido ficará se for constrangido a convir em que se enganou. Guardai-vos, principalmente, desses peroradores insípidos, que querem sempre dizer a última palavra, e dos que só se comprazem na contradição. Uns e outros fazem perder tempo, sem nenhum proveito, nem mesmo para si próprios. Os Espíritos não gostam de palavras inúteis.
339. Visto ser necessário evitar toda causa de perturbação e de distração, uma Sociedade espírita deve, ao organizar-se, dar toda a atenção às medidas apropriadas a tirar aos promotores de desordem os meios de se tornarem prejudiciais e a lhes facilitar por todos os modos o afastamento. As pequenas reuniões apenas precisam de um regulamento disciplinar, muito simples, para a boa ordem das sessões. As Sociedades regularmente constituídas exigem organização mais completa. A melhor será a que tenha menos complicada a entrosagem. Umas e outras poderão haurir o que lhes for aplicável, ou o que julgarem útil, no regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que adiante inserimos.
340. Contra um outro escolho têm que lutar as Sociedades, pequenas ou grandes, e todas as reuniões, qualquer que seja a importância de que se revistam. Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio delas, mas também no mundo invisível. Assim como há Espíritos protetores das associações, das cidades e dos povos, Espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos, por isso que tanto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem sob o jugo.
Todas as vezes, pois, que, num grupo, um dos seus componentes cai na armadilha, cumpre se proclame que há no campo um inimigo, um lobo no redil, e que todos se ponham em guarda, visto ser mais que provável a multiplicação de suas tentativas. Se enérgica resistência o não levar ao desânimo, a obsessão se tornará mal contagioso, que se manifestará nos médiuns, pela perturbação da mediunidade, e nos outros pela hostilidade dos sentimentos, pela perversão do senso moral e pela turbação da harmonia.
Como a caridade é o mais forte antídoto desse veneno, o sentimento da caridade é o que eles mais procuram abafar. Não se deve, portanto, esperar que o mal se haja tornado incurável, para remediá-lo; não se deve, sequer, esperar que os primeiros sintomas se manifestem; o de que se deve cuidar, acima de tudo, é de preveni-lo. Para isso, dois meios há eficazes, se forem bem aplicados: a prece feita do coração e o estudo atento dos menores sinais que revelam a presença de Espíritos mistificadores. O primeiro atrai os bons Espíritos, que só assistem zelosamente os que os secundam, mediante a confiança em Deus; o outro prova aos maus que estão lidando com pessoas bastante clarividentes e bastante sensatas, para se não deixarem ludibriar.
Se um dos membros do grupo for presa da obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros indícios, a lhe abrir os olhos, a fim de que o mal não se agrave, de modo a lhe levar a convicção de que se enganou e de lhe despertar o desejo de secundar os que procuram libertá-lo…”.
Diante disso, cada centro espírita tem a possibilidade de praticar as atividades doutrinárias da maneira que achar melhor, sendo essencial o bom senso e a seriedade na execução das mesmas.
Colocaremos abaixo, 11 das principais atividades que podem ser praticadas dentro de um centro espírita.
Há que se levar em consideração o espaço físico e a quantidade de pessoas preparadas em um centro espírita, para que todas as atividades possam ser colocadas em prática. Pois caso o grupo espírita ainda não disponha de trabalhadores suficientes ou preparados para os serviços citados, melhor optar por praticar apenas os que tenham condições. Posteriormente, com uma organização e planejamento, poderá ampliar as atividades para melhor atender ao público freqüentador.
A prática correta ou não destas atividades vai variar de acordo com o conhecimento do grupo que dirigir a casa. E a melhor maneira de sabermos se os trabalhos estão sendo feitos dentro dos preceitos de Allan Kardec é analisarmos os resultados obtidos, tanto na orientação como nos tratamentos dos problemas materiais e espirituais dos que buscam ajuda no centro espírita.
RECEPÇÃO: aquele que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem uma série de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre o que é e o que não é Espiritismo. Havendo uma recepção, que pode ser uma simples mesa ou uma sala, o indivíduo poderá para lá se dirigir e obter as informações sobre horário de funcionamento da casa, trabalhos desenvolvidos etc.
É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo.
É necessário que também se evite lidar com dinheiro na recepção. Muitas vezes é na própria recepção que trabalhadores e freqüentadores da casa fazem doações ou pagamentos de alguma promoção beneficente promovida pelo grupo. Para as pessoas que chegam pela primeira vez ao centro espírita, pode causar estranheza e interpretações equivocadas sobre o motivo do dinheiro. Assim, é melhor que qualquer movimentação de dinheiro só seja feita em envelopes ou após o final dos trabalhos abertos ao público.
PALESTRAS: é o principal trabalho de uma casa espírita (veja exemplos de palestras escritas). O ser humano só consegue libertar-se de seus vícios morais ou materiais quando se esclarece dos malefícios que os mesmos trazem para sua existência. É através das palestras que os oradores conseguem levar o conhecimento espiritual existente na Doutrina Espírita.
Porém, por ser uma atividade de maior seriedade, deve ser entregue a pessoas preparadas doutrinariamente e experientes em relação à vida cotidiana. É importante também que o palestrante busque aperfeiçoar-se em técnicas de oratória, o que o ajudará na apresentação das idéias.
O assistente precisa sentir no palestrante o que a Doutrina chama de força moral. Ou seja, que o expositor esteja falando de algo que conhece e pratica.
O tempo destinado à palestra também é importante. Muito curtas, são superficiais; compridas, tornam-se exaustivas. O ideal são palestras que tenham duração de no mínimo 30 minutos e no máximo 40 minutos.
Seu teor deve mesclar os postulados da Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus. Sempre que possível, relacioná-los com o dia-a-dia da sociedade. Assim, o ouvinte poderá fazer ligações do que está ouvindo com seus próprios problemas e dúvidas.
Importante: no momento da palestra, é aconselhável que as demais atividades da casa sejam interrompidas para que todos os trabalhadores e público possam escutá-la. Lembremos que a palestra será o agente modificador do necessitado e incentivador dos que prestam assistência no núcleo.
ATENDIMENTO PARTICULAR: chamado em alguns centros espíritas de consulta ou entrevista, este trabalho visa orientar e ajudar espiritualmente pessoas detentoras de problemas mais graves, e quando necessário, submetê-las a um tratamento espiritual.
Em uma sala reservada, um atendente e um auxiliar (trabalhadores experientes da casa) receberão para uma conversa íntima indivíduos desajustados emocionalmente, desesperados, com dificuldades familiares, amorosas, financeiras, desiludidos da vida.
A recepcionista da casa se encarregará de preencher uma ficha com os dados básicos do atendido (nome, idade, estado civil, endereço), encaminhando-a aos atendentes. Estes, após conversarem com a pessoa, farão os demais apontamentos que julgarem necessários para o acompanhamento do caso, como: estado emocional, religião praticante, se é portador de algum desequilíbrio mental já diagnosticado por médicos, se está sob efeito de remédios, e outras informações que poderão ajudá-los em um possível tratamento espiritual.
Casas que já possuem médiuns devidamente preparados poderão detectar durante a entrevista ou em uma reunião mediúnica se há ou não uma influência espiritual atuando junto ao ser, orientando-o após isso sobre as atitudes a serem tomadas. Caso contrário, o atendente terá seu trabalho limitado, mas poderá orientar o indivíduo dentro de um posicionamento cristão, ajudando-o a corrigir seus defeitos e encontrar a paz procurada.
Importante:
a) Todas as informações prestadas pelo entrevistado ao atendente serão altamente sigilosas. As fichas que contêm anotações sobre a vida particular da pessoa deverão ficar em um fichário sob a responsabilidade daqueles que participaram da entrevista.
b) Caso haja a utilização de um médium verificando a atividade espiritual ao lado do atendido, possíveis manifestações de Espíritos nunca devem ocorrer na presença do necessitado, para evitar possíveis distúrbios psíquicos ou impressões indesejadas.
TRATAMENTO ESPIRITUAL: todo aquele em que foi diagnosticada uma influência espiritual (obsessão) deverá passar por um tratamento espiritual. Ele consiste na aplicação de passes semanais, a ingestão de água fluidificada e o acompanhamento das palestras no centro espírita, buscando a análise constante das imperfeições que possibilitaram à má influência instalar-se ao seu lado, tentando melhorar-se moralmente a cada dia.
Este tratamento será complementado nas reuniões de desobsessão, onde os responsáveis pela ajuda continuarão a evocar a entidade perturbadora no sentido de orientá-la a seguir outro caminho.
Assim, atua-se nos dois campos que geram o problema obsessivo: o obsediado, orientando-o moralmente e auxiliando-o fluidicamente; e o obsessor, alertando-o de seu estado e encaminhando-o para um melhor estágio espiritual.
REUNIÃO MEDIÚNICA E DE DESOBSESSÃO: trata-se de reuniões íntimas onde apenas participam os médiuns (pessoas com maior capacidade de sentir a influência dos Espíritos) da casa e alguns trabalhadores auxiliares, pois ali muitas vezes serão tratados assuntos que dizem respeito à vida particular de pessoas que buscaram auxílio no centro espírita.
A reunião mediúnica serve para que os bons espíritos dêem orientações e para que os sofredores manifestem-se, podendo ser ajudados através de orientações do doutrinador presente. Nela, também é praticada a mediunidade de novatos e médiuns experientes, aperfeiçoando a forma de intercâmbio com o mundo espiritual.
Quanto à reunião de desobsessão, é aconselhável, porém não imprescindível, que seja realizada em dia diferente da reunião mediúnica. Na desobsessão, participariam como médiuns apenas os mais experientes, devido ao nível vibratório das entidades comunicantes, que geralmente é mais baixo. Em centros que utilizam o Atendimento Particular, depois de passarem pela sala de atendimento, e verificadas possíveis influências espirituais (obsessão), os casos serão levados às reuniões de desobsessão. Nestas reuniões, o dirigente da sessão fará o que Allan Kardec denominou de evocação, ou seja: solicitará a Jesus e aos Espíritos superiores que permitam a manifestação da entidade espiritual que está acompanhando determinado ser. Ao se manifestar em um dos médiuns presentes, este Espírito receberá o que o Espiritismo chama de doutrinação, que nada mais é do que uma conversa franca e amigável com o Espírito comunicante. O trabalhador responsável tentará obter do Espírito o que ele deseja ao lado do necessitado e tentará convencê-lo a afastar sua influência, com a ajuda dos Espíritos que dirigem a casa. Também poderão existir manifestações espirituais espontâneas, de acordo com a necessidade prevista pela equipe material e espiritual responsáveis pela reunião.
Importante: para conseguirem-se bons resultados na doutrinação dos Espíritos é necessário que médium e doutrinador tenham uma vida moral sadia. Vícios materiais, como o cigarro, a bebida ou as drogas; e vícios morais, como o adultério, o orgulho, a sensualidade exagerada e a mentira devem ser combatidos rapidamente por aqueles que se dispõem a trabalhar em nome de Jesus em um centro espírita.
Assim como nas palestras, onde o exemplo moral do palestrante é que tocará o indivíduo que o escuta, na mediunidade o Espírito só será convencido de que precisa se modificar se sentir que quem o está orientando ou dando-lhe passagem está esforçando-se também para isso. Caso contrário, a evocação dificilmente trará benefícios ao sofredor.
PASSES: os passes são transmissões de fluidos de um ser para outro. Os fluidos são energias que fazem parte da estrutura material e espiritual dos seres. Nos centros espíritas é aconselhável que os médiuns passistas tenham uma vida regrada, sem os vícios já citados no item “Reuniões mediúnicas”. Afinal, se seus fluidos estiverem contaminados por maus pensamentos ou atitudes indevidas poderão prejudicar ao invés de auxiliar quem os recebe.
O passe é aplicado apenas com a imposição das mãos do passista sobre a fronte do indivíduo. Não é necessário tocá-lo.
No momento do passe, o passista busca sintonia com os Espíritos superiores, geralmente através de uma prece feita de pensamento. Com isso, estes amigos espirituais poderão ajuntar seus fluidos aos fluidos do médium, favorecendo ainda mais quem está recebendo. A pessoa após o passe irá se sentir fortalecida e mais disposta frente aos problemas por quais passa.
IMPORTANTE: o passe é um complemente espiritual, e não a solução. Para que o indivíduo possa melhorar é necessário que busque constantemente a libertação de suas imperfeições. Aqueles que buscam a casa espírita apenas para receber o passe devem ser orientados sobre a necessidade do esclarecimento através das palestras e das boas leituras.
LIVROS DE PRECES: muitas pessoas que vêm ao centro têm parentes e amigos que não podem acompanhá-los por variados motivos: doença, viagem, trabalho ou mesmo ignorância sobre o que é a Doutrina Espírita. Outras há que gostariam que seus entes desencarnados recebessem boas vibrações através de orações feitas no núcleo. O livro de preces serve para isso. As pessoas deixam lá os nomes, idade e endereço dos que elas gostariam que fossem beneficiados pela prece. Um trabalhador da casa pode ficar responsável por anotar os dados, que posteriormente serão levados para a reunião mediúnica. Assim, em determinada parte do trabalho, será feita uma prece a Jesus e aos bons Espíritos, pedindo que possam interceder junto àqueles que ali estão anotados.
É necessária a discrição do responsável pelo Livro, para não constranger ou questionar demais aquele que lá coloca um nome.
Importante: sempre que possível, orientar ao público que embora as preces à distância possam levar ajuda, o ideal é a presença da pessoa na casa espírita, onde o amparo será mais direto e os resultados melhores.
ESTUDO DOUTRINÁRIO: é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os trabalhadores em geral, é aconselhável a leitura de “O Livro dos Espíritos” e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Quanto aos que trabalham na mediunidade, a leitura de “O Livro dos Médiuns” torna-se obrigatória para o bom desenvolvimento de suas faculdades.
Se a casa espírita fica sem estudo torna-se presa fácil de Espíritos atrasados que vez por outra tentam atrapalhar o bom andamento dos trabalhos em nome de Jesus. Conhecendo as Obras Básicas da Doutrina, as orientações de Kardec e os conselhos dos Espíritos superiores os trabalhadores do centro estarão mais atentos para saberem se estão ou não fazendo da casa um núcleo espírita sério.
As obras acessórias que existem no movimento espírita, psicografadas (escritas através de médiuns influenciados por Espíritos) por Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros médiuns de renome também podem ser estudadas, desde que não sejam o alvo principal dos estudos. O trabalhador precisa estudar e revisar constantemente as obras de Kardec para poder separar o joio do trigo existente nas obras acessórias.
Importante: Para os que estão ingressando ou querendo ingressar nos trabalhos da casa, é importante que o centro tenha um Curso para Iniciantes.
Há vários cursos deste tipo no movimento espírita, que trazem um resumo da Doutrina e de sua história. É aconselhável que diferente dos trabalhadores, que devem estudar sempre, os iniciantes tenham um curso de curta duração (no máximo 4 meses, com aulas semanais). Caso contrário, poderão desanimar antes de conhecerem mais a fundo o Espiritismo.
Se o curso seguir estas dicas, com certeza será um grande auxiliar na captação de novos trabalhadores para o centro.
ASSISTÊNCIA SOCIAL: a caridade material/social deve fazer parte de toda casa espírita. Se ficarmos apenas na teoria, sem colocar “a mão na massa”, o centro corre o risco de tornar-se apenas um núcleo de muita conversa e pouco serviço.
Para que uma atividade possa ser desenvolvida a contento, é necessário que haja pessoas comprometidas com o serviço. Horários e dias para os trabalhos devem ser definidos e não feitos aleatoriamente. As pessoas envolvidas devem ter consciência da responsabilidade que assumiram, pois muitos carentes da ajuda material e espiritual estarão aguardando o amparo anunciado. Por isso, só deve-se abrir frentes que possam ser mantidas, e não apenas iniciadas sem um planejamento prévio.
Recursos financeiros devem ser destinados para a assistência social. O grupo espírita poderá desenvolver promoções beneficentes periódicas visando arrecadar fundos, tanto para a manutenção da casa, como também para a abertura e ampliação dos trabalhos caritativos.
É importante que toda a parte financeira utilizada tenha relatórios e balancetes mensais de prestação de contas aos trabalhadores da casa, como também ao público em geral, caso necessário. Isso evita possíveis dúvidas e aumenta a confiança dos que se dispõem a ajudar financeiramente a casa.
Trabalhos assistenciais a serem desenvolvidos não faltam: visitas a enfermos em hospitais, manicômios, orfanatos, asilos; distribuição de cestas de alimento, de roupas, de comida; desenvolvimento de escolas profissionalizantes, cursos de gestantes, e evangelização infantil em favelas; visitas a casas de pessoas enfermas; campanha de arrecadação de alimentos em bairros e supermercados; e muitas outras formas de auxílio aos carentes do pão material e da orientação espiritual.
Todo trabalhador do centro espírita deve buscar ao menos um tipo de caridade material por semana. Isso desenvolverá dentro dele o sentimento de compaixão ao próximo, que lhe será muito útil em sua vida, dentro e fora da casa espírita.
EVANGELIZAÇÃO E MOCIDADE: o centro espírita não tem como função substituir os pais na educação religiosa de seus filhos. Porém, pode ser um importante auxiliar neste sentido. Tanto a Evangelização infantil como o trabalho das Mocidades visam integrar a criança e o jovem aos princípios da moral cristã e dos conhecimentos da Doutrina Espírita.
A Evangelização deve ser coordenada por pessoas preparadas no contato com crianças e conhecedoras dos princípios da Doutrina Espírita. Geralmente, as idades admitidas neste setor vão de 04 a 13 anos, subdividindo-as em salas de acordo com a idade, como por exemplo: 4 a 6 anos; 7 a 10 e 11 a 13 anos. É evidente que há grupos que não detêm espaço suficiente para tais divisões, e então irão se adaptar às condições físicas da casa.
O importante é que sejam desenvolvidos os aspectos morais cristãos, preconizados pelo Espiritismo, incutindo nas crianças o desejo da ajuda mútua e do amor ao próximo. Isso pode ser estimulado através de histórias e atividades que busquem fazer as crianças perceberem o quanto é importante cooperar, ser útil e agir pensando no próximo.
Geralmente, a Evangelização infantil ocorre no momento das Palestras Públicas, pois enquanto os pais estão absorvendo os ensinos da Doutrina, seus filhos estarão sendo evangelizados dentro dos preceitos de Jesus e do Espiritismo.
Já a Mocidade é direcionada geralmente a jovens com idade entre 14 e 18 anos. A idade pode variar um pouco, para mais ou para menos. O importante é que não haja grandes diferenças, pois diferentemente da Evangelização, na Mocidade há uma propensão para diálogos e fóruns de discussão sobre temas polêmicos, à luz da Doutrina Espírita. Assuntos como drogas, sexo, violência, próprios da vida que o jovem irá enfrentar, devem ser discutidos e analisados, visando mostrar o que Jesus e o Espiritismo podem ajudá-los em suas escolhas.
É necessário que os responsáveis tenham um conhecimento acima da média sobre a Doutrina Espírita, pois o questionamento do jovem sempre busca uma resposta coerente para suas dúvidas. Além disso, é aconselhável que sejam pessoas que não tenham vícios como o cigarro e o álcool, pois servirão de exemplos aos jovens, mostrando que não há a necessidade de fumar ou beber para sentirem-se felizes.
Enfim, a Mocidade serve principalmente para integrar o jovem no trabalho voluntário, desenvolvendo no mesmo a vontade de ser útil. E fazendo com que ele compreenda que a Doutrina Espírita não é uma religião coercitiva, proibindo tal ou qual coisa. Mas sim, que o Espiritismo nos alerta para as conseqüências de nossos atos.
DIVULGAÇÃO DOUTRINÁRIA: a Doutrina Espírita precisa ser bem divulgada para que diminuam as confusões existentes entre ela e cultos espiritualistas ou afro-brasileiros. Ter uma biblioteca na casa é de extrema importância. O centro poderá comprar ou receber em doações uma série de livros doutrinários que possam esclarecer o leitor sobre as bases do Espiritismo e do mundo espiritual. Estas obras devem ser emprestadas ao público que terá cerca de vinte dias para ler e devolvê-la para a casa. Uma pessoa fica responsável pelo empréstimo e anotação do nome, endereço e telefone do locatário. Com isso, se caso houver uma demora na devolução, o bibliotecário poderá contatar o leitor e lembrá-lo de devolver a obra para que outras pessoas possam usufruí-la também.
Outra forma importante de divulgação são os folhetos (veja exemplo) ou jornais doutrinários que podem ser confeccionados pelo grupo. O teor das matérias deve ser o esclarecimento das práticas espíritas, a exposição de temas evangélicos e o comentário de situações e fatos do cotidiano à luz da Doutrina Espírita.
Estes veículos de divulgação podem ser entregues aos freqüentadores da casa, como também distribuídos nas redondezas do centro espírita, de casa em casa, servindo como propaganda para o núcleo espírita.
TV, internet e rádio também são ótimos veículos de divulgação doutrinária. O grupo deve analisar qual dos meios é o mais apropriado, financeiramente e com pessoas preparadas para desenvolvê-los, e então começar o trabalho.
Persistência e boa vontade são essenciais para que o objetivo de divulgação seja alcançado.
CONCLUSÃO:
Allan Kardec, na Revista Espírita do mês de junho do ano de 1865, afirma o seguinte sobre a necessidade de trabalharmos com responsabilidade e seriedade em um centro espírita:
“Notemos igualmente que é nos centros espíritas verdadeiramente sérios que se fazem os mais sinceros adeptos, porque os assistentes são tocados pela boa impressão que recebem. Ao passo que nos centros espíritas levianos e frívolos, só se é atraído pela curiosidade, que nem sempre é satisfeita. Compreender o verdadeiro objetivo da Doutrina Espírita, empregando-a para fazer o bem a desencarnados e encarnados, é pouco recreativo para certas pessoas, temos que convir. Mas é mais meritório para os que a isso se devotam”. Desenvolver as atividades de um centro espírita com bom senso e perseverança fará com que o espiritismo consiga atingir seus ideais, que são principalmente o esclarecimento e consolação dos que o procuram.
Abaixo, reproduziremos comentários de Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, capítulo 29, a respeito da importância de haver organização nas Sociedades Espíritas.
É um texto muito importante para a reflexão dos espíritas sérios, que visam a prática coerente dos ensinos presentes na Codificação.
DAS SOCIEDADES PROPRIAMENTE DITAS:
334. Tudo o que dissemos das reuniões em geral se aplica naturalmente às Sociedades regularmente constituídas, as quais, entretanto, têm que lutar com algumas dificuldades especiais, oriundas dos próprios laços existentes entre os seus membros.
Freqüentes sendo os pedidos, que se nos dirigem, de esclarecimentos sobre a maneira de se formarem as Sociedades, resumi-los-emos aqui nalgumas palavras.
O Espiritismo, que apenas acaba de nascer, ainda é diversamente apreciado e muito pouco compreendido em sua essência, por grande número de adeptos, de modo a oferecer um laço forte que prenda entre si os membros do que se possa chamar uma Associação, ou Sociedade. Impossível é que semelhante laço exista, a não ser entre os que lhe percebem o objetivo moral, o compreendem e o aplicam a si mesmos. Entre os que nele vêem fatos mais ou menos curiosos, nenhum laço sério pode existir.
Colocando os fatos acima dos princípios, uma simples divergência, quanto à maneira de os considerar, basta para dividi-los. O mesmo já não se dá com os primeiros, porquanto, acerca da questão moral, não pode haver duas maneiras de encará-la. Tanto assim que, onde quer que eles se encontrem, confiança mútua os atrai uns para os outros e a recíproca benevolência, que entre todos reina, exclui o constrangimento e o vexame que nascem da suscetibilidade, do orgulho que se irrita à menor contradição, do egoísmo que tudo reclama para a pessoa em quem domina.
Uma Sociedade, onde aqueles sentimentos se achassem partilhados por todos, onde os seus componentes se reunissem com o propósito de se instruírem pelos ensinos dos Espíritos e não na expectativa de presenciarem coisas mais ou menos interessantes, ou para fazer cada um que a sua opinião prevaleça, seria não só viável, mas também indissolúvel. A dificuldade, ainda grande, de reunir crescido número de elementos homogêneos deste ponto de vista, nos leva a dizer que, no interesse dos estudos e por bem da causa mesma, as reuniões espíritas devem tender antes à multiplicação de pequenos grupos, do que à constituição de grandes aglomerações. Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã.
335. Já vimos de quanta importância é a uniformidade de sentimentos, para a obtenção de bons resultados. Necessariamente, tanto mais difícil é obter-se essa uniformidade, quanto maior for o número. Nos agregados pouco numerosos, todos se conhecem melhor e há mais segurança quanto à eficácia dos elementos que para eles entram. O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família. As grandes assembléias excluem a intimidade, pela variedade dos elementos de que se compõem; exigem sedes especiais, recursos pecuniários e um aparelho administrativo desnecessário nos pequenos grupos. A divergência dos caracteres, das idéias, das opiniões, aí se desenha melhor e oferece aos Espíritos perturbadores mais facilidade para semearem a discórdia. Quanto mais numerosa é a reunião, tanto mais difícil é conterem-se todos os presentes. Cada um quererá que os trabalhos sejam dirigidos segundo o seu modo de entender; que sejam tratados preferentemente os assuntos que mais lhe interessam. Alguns julgam que o título de sócio lhes dá o direito de impor suas maneiras de ver. Daí, opugnações, uma causa de mal-estar que acarreta, cedo ou tarde, a desunião e, depois, a dissolução, sorte de todas as Sociedades, quaisquer que sejam seus objetivos. Os grupos pequenos jamais se encontram sujeitos às mesmas flutuações. A queda de uma grande Associação seria um insucesso aparente para a causa do Espiritismo, do qual seus inimigos não deixariam de prevalecer-se. A dissolução de um grupo pequeno passa despercebida e, ao demais, se um se dispersa, vinte outros se formam ao lado. Ora, vinte grupos, de quinze a vinte pessoas, obterão mais e muito mais farão pela propaganda, do que uma assembléia de trezentos ou de quatrocentos indivíduos.
Dir-se-á, provavelmente, que os membros de uma Sociedade, que agissem da maneira que vimos de esboçar, não seriam verdadeiros espíritas, pois que a caridade e a tolerância são o dever primário que a Doutrina impõe a seus adeptos. É perfeitamente exato e, por isso mesmo, os que procedam assim são espíritas mais de nome que de fato. Certo não pertencem à terceira categoria. (Veja-se o n. 28.) Mas, quem diz que eles sequer mereçam o simples qualificativo de espíritas? Uma consideração aqui se apresenta, não destituída de gravidade.
336. Não esqueçamos que o Espiritismo tem inimigos interessados em obstar-lhe à marcha, aos quais seus triunfos causam despeito, não sendo os mais perigosos os que o atacam abertamente, porém os que agem na sombra, os que o acariciam com uma das mãos e o dilaceram com a outra. Esses seres malfazejos se insinuam onde quer que contem poder fazer mal. Como sabem que a união é uma força, tratam de a destruir, agitando brandões de discórdia. Quem, desde então, pode afirmar que os que, nas reuniões, semeiam a perturbação e a cizânia não sejam agentes provocadores, interessados na desordem? Sem dúvida alguma, não são espíritas verdadeiros, nem bons; jamais farão o bem e podem fazer muito mal. Ora, compreende-se que infinitamente mais facilidade encontram eles de se insinuarem nas reuniões numerosas, do que nos núcleos pequenos, onde todos se conhecem. Graças a surdos manejos, que passam despercebidos, espalham a dúvida, a desconfiança e a desafeição; sob a aparência de interesse hipócrita pela causa, tudo criticam, formam conciliábulos e corrilhos que presto rompem a harmonia do conjunto; é o que querem. Em se tratando de gente dessa espécie, apelar para os sentimentos de caridade e fraternidade é falar a surdos voluntários, porquanto o objetivo de tais criaturas é precisamente aniquilar esses sentimentos, que constituem os maiores obstáculos opostos a seus manejos. Semelhante estado de coisas, desagradável em todas as Sociedades, ainda mais o é nas associações espíritas, porque, se não ocasiona um rompimento gera uma preocupação incompatível com o recolhimento e a atenção.
337. Se mau rumo a reunião tomar, dir-se-á, não terão as pessoas sensatas e bem-intencionadas, a ela presentes, o direito de crítica; deverão deixar que o mal passe, sem dizerem palavra, e aprovar tudo pelo silêncio? Sem nenhuma dúvida, esse direito lhes assiste: é mesmo um dever que lhes corre.
Mas, se boa intenção os anima, eles emitirão suas opiniões, guardando todas as conveniências e com cordialidade, francamente e não com subterfúgios. Se ninguém os acompanha, retiram-se, porquanto não se concebe que quem não esteja procedendo com segundas intenções se obstine em permanecer numa sociedade onde se façam coisas que considere inconvenientes.
Pode-se, pois, estatuir como princípio que todo aquele que numa reunião espírita provoca desordem, ou desunião, ostensiva ou sub-repticiamente, por quaisquer meios, é, ou um agente provocador, ou, pelo menos, um mau espírita, do qual cumpre que os outros se livrem o mais depressa possível. Porém, a isso obstam muitas vezes os próprios compromissos que ligam os componentes da reunião, razão por que convém se evitem os compromissos indissolúveis. Os homens de bem sempre se acham suficientemente comprometidos: os mal-intencionados sempre o estão demais.
338. Além dos notoriamente malignos, que se insinuam nas reuniões, há os que, pelo próprio caráter, levam consigo a perturbação a toda parte aonde vão: nunca, portanto, será demasiada toda a circunspeção, na admissão de elementos novos. Os mais prejudiciais, nesse caso, não são os ignorantes da matéria, nem mesmo os que não crêem: a convicção só se adquire pela experiência e pessoas há que desejam esclarecer-se de boa-fé. Aqueles, sobretudo, contra os quais maiores precauções devem ser tomadas, são os de sistemas preconcebidos, os incrédulos obstinados, que duvidam de tudo, até da evidência; os orgulhosos que, pretendendo ter o privilégio da luz infusa, procuram em toda parte impor suas opiniões e olham com desdém para os que não pensam como eles. Não vos deixeis iludir pelo pretenso desejo que manifestam de se instruírem. Mais de um encontrareis, que muito aborrecido ficará se for constrangido a convir em que se enganou. Guardai-vos, principalmente, desses peroradores insípidos, que querem sempre dizer a última palavra, e dos que só se comprazem na contradição. Uns e outros fazem perder tempo, sem nenhum proveito, nem mesmo para si próprios. Os Espíritos não gostam de palavras inúteis.
339. Visto ser necessário evitar toda causa de perturbação e de distração, uma Sociedade espírita deve, ao organizar-se, dar toda a atenção às medidas apropriadas a tirar aos promotores de desordem os meios de se tornarem prejudiciais e a lhes facilitar por todos os modos o afastamento. As pequenas reuniões apenas precisam de um regulamento disciplinar, muito simples, para a boa ordem das sessões. As Sociedades regularmente constituídas exigem organização mais completa. A melhor será a que tenha menos complicada a entrosagem. Umas e outras poderão haurir o que lhes for aplicável, ou o que julgarem útil, no regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que adiante inserimos.
340. Contra um outro escolho têm que lutar as Sociedades, pequenas ou grandes, e todas as reuniões, qualquer que seja a importância de que se revistam. Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio delas, mas também no mundo invisível. Assim como há Espíritos protetores das associações, das cidades e dos povos, Espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos, por isso que tanto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem sob o jugo.
Todas as vezes, pois, que, num grupo, um dos seus componentes cai na armadilha, cumpre se proclame que há no campo um inimigo, um lobo no redil, e que todos se ponham em guarda, visto ser mais que provável a multiplicação de suas tentativas. Se enérgica resistência o não levar ao desânimo, a obsessão se tornará mal contagioso, que se manifestará nos médiuns, pela perturbação da mediunidade, e nos outros pela hostilidade dos sentimentos, pela perversão do senso moral e pela turbação da harmonia.
Como a caridade é o mais forte antídoto desse veneno, o sentimento da caridade é o que eles mais procuram abafar. Não se deve, portanto, esperar que o mal se haja tornado incurável, para remediá-lo; não se deve, sequer, esperar que os primeiros sintomas se manifestem; o de que se deve cuidar, acima de tudo, é de preveni-lo. Para isso, dois meios há eficazes, se forem bem aplicados: a prece feita do coração e o estudo atento dos menores sinais que revelam a presença de Espíritos mistificadores. O primeiro atrai os bons Espíritos, que só assistem zelosamente os que os secundam, mediante a confiança em Deus; o outro prova aos maus que estão lidando com pessoas bastante clarividentes e bastante sensatas, para se não deixarem ludibriar.
Se um dos membros do grupo for presa da obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros indícios, a lhe abrir os olhos, a fim de que o mal não se agrave, de modo a lhe levar a convicção de que se enganou e de lhe despertar o desejo de secundar os que procuram libertá-lo…”.
domingo, 2 de janeiro de 2011
A Loucura da Violência
Entre as expressões do primarismo, no mercado das paixões humanas, destaca-se com realce a violência, espalhando angústia e dor.
Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais formosas florações da vida, estabelecendo o caos.
Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa, alucinada.
*
Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento do senso moral, que o espírito aprimora através da educação, do exercício dos valores éticos, da amplitude de consciência.
Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação edificante, face às suas vinculações com os reflexos instintivos do período animal, que se prolongam, perturbadores.
Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também provoca reações equivalentes em sucessão quase incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no percurso destrutivo.
Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força devastadora da violência.
*
Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar hábitos de não-violência.
Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse desequilíbrio.
Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às investidas dessa agressividade.
Reflexões em torno dos deveres morais produzem a conscientização do bem, gerando o clima que preserva os sentimentos da fraternidade.
A violência é adversária do processo de evolução, fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se, e, sem forças, termina no abismo do auto-aniquilamento ou do assassínio...
*
A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem reciprocamente;
quando os filhos se sentem preteridos por falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...
Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;
quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e perturbam os outros;
quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os compromissos e os comportamentos alheios;
quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício dos fortes aparentes;
quando os sentimentos inferiores da maledicência, da calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo, da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;
quando os pendores asselvajados não encontram orientação;
quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo nas ruas do mundo e invadindo os lares;
quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e internacionais...
A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome do primitivismo humano remanescente.
*
O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.
Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que terminam insuflando-te reações infelizes.
Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para o apressar do progresso humano.
Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o ódio.
A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.
Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o, lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais formosas florações da vida, estabelecendo o caos.
Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa, alucinada.
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Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento do senso moral, que o espírito aprimora através da educação, do exercício dos valores éticos, da amplitude de consciência.
Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação edificante, face às suas vinculações com os reflexos instintivos do período animal, que se prolongam, perturbadores.
Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também provoca reações equivalentes em sucessão quase incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no percurso destrutivo.
Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força devastadora da violência.
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Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar hábitos de não-violência.
Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse desequilíbrio.
Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às investidas dessa agressividade.
Reflexões em torno dos deveres morais produzem a conscientização do bem, gerando o clima que preserva os sentimentos da fraternidade.
A violência é adversária do processo de evolução, fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se, e, sem forças, termina no abismo do auto-aniquilamento ou do assassínio...
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A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem reciprocamente;
quando os filhos se sentem preteridos por falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...
Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;
quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e perturbam os outros;
quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os compromissos e os comportamentos alheios;
quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício dos fortes aparentes;
quando os sentimentos inferiores da maledicência, da calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo, da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;
quando os pendores asselvajados não encontram orientação;
quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo nas ruas do mundo e invadindo os lares;
quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e internacionais...
A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome do primitivismo humano remanescente.
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O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.
Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que terminam insuflando-te reações infelizes.
Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para o apressar do progresso humano.
Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o ódio.
A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.
Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o, lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Compromisso com a Fé
Qualquer compromisso que se assume impõe deveres que devem ser atendidos, a fim de conseguir-se a desincumbência feliz.
Se te comprometes com a área da cultura sob qualquer aspecto, enfrentas programas e horários, disciplina e atenção, para alcançares a meta pretendida.
Se buscas trabalho e desenvolvimento econômico, arrostas obrigações sucessivas, obediência, ação constante, e através dessa conduta chegarás aos objetivos que anelas.
Se te comprometes com a edificação da família, muitos imperativos se te fazem indispensáveis atender, de forma que o lar se transforme em realidade feliz.
Se aceitas o compromisso social, tens que te submeter a inúmeras condições inadiáveis, para atingires os efeitos ditosos.
Compromisso é vínculo de responsabilidade entre o indivíduo e o objetivo buscado.
Ninguém se pode evadir, sem tombar na irresponsabilidade.
Medem-se a maturidade e a responsabilidade moral do ser através da maneira como ele se desincumbe dos compromissos que assume.
O profissional liberal que enfrenta dificuldades, para o desempenho dos compromissos, luta e afadiga-se para bem os atender, mantendo-se consciente e tranqüilo.
O operário que aceita o compromisso do trabalho, sejam quais forem as circunstâncias e os desafios, permanece na atividade abraçada até sua conclusão.
Compromisso é luta; é desempenho de dever.
O prazer sempre decorre da honorabilidade com que cada qual se desincumbe da ação.
*
Em relação à fé religiosa, a questão é semelhante.
Quem se apresenta no campo espiritual buscando a ilunminação, não tem condição de impor requisitos, mas, aceitá-los conforme são e devem ser seguidos.
Não se trata de um mercado de valores comezinhos, que devem ser leiloados e postos para a disputa dos interesses subalternos.
O compromisso com a fé religiosa é de alta relevância, pois se trata de ensejar a libertação do indivíduo, dos vícios e delitos a que se condicionou, e que o atormentam.
São graves os quesitos da jé religiosa.
Mesmo em se tratando de preservar a liberdade do candidato à fé, ela não modifica os programas que devem ser considerados e aplicados na transformação moral íntima.
Estabelecida a dieta moral, o necessitado de diretriz esforça-se para aplicar, incorporar as lições hauridas no seu cotidiano. Nenhuma modernidade altera as leis da vida, que são imutáveis.
Desse modo, o compromisso com a fé não permite ao indivíduo adaptar a linha direcional da doutrina que busca aos seus hábitos perniciosos e às suas debilidades morais.
*
O Espiritismo apóia-se moralmente nas lições de Jesus, sendo a sua, a mesma moral vivida e ensinada pelo Mestre.
Adaptar essa moral às licenças atuais, aos escapismos éticos em moda, às concessões sentimentais de cada um, constitui grave desconsideração ao excelente conteúdo que viceja no pensamento espírita.
Indispensável que o compromisso com a fé espírita mantenha-se inalterado, sem a incorporação dos modismos perniciosos e perturbadores do momento, assim ensejando a transformação moral para melhor de todos quantos o aceitem em caráter de elevação.
Somente assim, todo aquele que abrace a fé, que luz na Doutrina Espírita, terá condições para vencer estes difíceis dias em paz de consciência, mesmo que sob chuvas de incompreensões e desafios constantes do mal, dos vícios e dos perturbadores.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Se te comprometes com a área da cultura sob qualquer aspecto, enfrentas programas e horários, disciplina e atenção, para alcançares a meta pretendida.
Se buscas trabalho e desenvolvimento econômico, arrostas obrigações sucessivas, obediência, ação constante, e através dessa conduta chegarás aos objetivos que anelas.
Se te comprometes com a edificação da família, muitos imperativos se te fazem indispensáveis atender, de forma que o lar se transforme em realidade feliz.
Se aceitas o compromisso social, tens que te submeter a inúmeras condições inadiáveis, para atingires os efeitos ditosos.
Compromisso é vínculo de responsabilidade entre o indivíduo e o objetivo buscado.
Ninguém se pode evadir, sem tombar na irresponsabilidade.
Medem-se a maturidade e a responsabilidade moral do ser através da maneira como ele se desincumbe dos compromissos que assume.
O profissional liberal que enfrenta dificuldades, para o desempenho dos compromissos, luta e afadiga-se para bem os atender, mantendo-se consciente e tranqüilo.
O operário que aceita o compromisso do trabalho, sejam quais forem as circunstâncias e os desafios, permanece na atividade abraçada até sua conclusão.
Compromisso é luta; é desempenho de dever.
O prazer sempre decorre da honorabilidade com que cada qual se desincumbe da ação.
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Em relação à fé religiosa, a questão é semelhante.
Quem se apresenta no campo espiritual buscando a ilunminação, não tem condição de impor requisitos, mas, aceitá-los conforme são e devem ser seguidos.
Não se trata de um mercado de valores comezinhos, que devem ser leiloados e postos para a disputa dos interesses subalternos.
O compromisso com a fé religiosa é de alta relevância, pois se trata de ensejar a libertação do indivíduo, dos vícios e delitos a que se condicionou, e que o atormentam.
São graves os quesitos da jé religiosa.
Mesmo em se tratando de preservar a liberdade do candidato à fé, ela não modifica os programas que devem ser considerados e aplicados na transformação moral íntima.
Estabelecida a dieta moral, o necessitado de diretriz esforça-se para aplicar, incorporar as lições hauridas no seu cotidiano. Nenhuma modernidade altera as leis da vida, que são imutáveis.
Desse modo, o compromisso com a fé não permite ao indivíduo adaptar a linha direcional da doutrina que busca aos seus hábitos perniciosos e às suas debilidades morais.
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O Espiritismo apóia-se moralmente nas lições de Jesus, sendo a sua, a mesma moral vivida e ensinada pelo Mestre.
Adaptar essa moral às licenças atuais, aos escapismos éticos em moda, às concessões sentimentais de cada um, constitui grave desconsideração ao excelente conteúdo que viceja no pensamento espírita.
Indispensável que o compromisso com a fé espírita mantenha-se inalterado, sem a incorporação dos modismos perniciosos e perturbadores do momento, assim ensejando a transformação moral para melhor de todos quantos o aceitem em caráter de elevação.
Somente assim, todo aquele que abrace a fé, que luz na Doutrina Espírita, terá condições para vencer estes difíceis dias em paz de consciência, mesmo que sob chuvas de incompreensões e desafios constantes do mal, dos vícios e dos perturbadores.
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Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Ação da Amizade
A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Esperança.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Esperança.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Jesus: O Exemplo a Ser Seguido
Por mais de uma feita procurei, em rapaz, desviar-me das diretrizes traçadas por Deus, por onde palmilharia eu na senda do progresso, da evolução espiritual. É que forças subjugadoras induziam-me ao mau caminho; faziam-me divisar horizontes nebulosos, e, vencido pelo desânimo, achava lógico, razoável mesmo, sair da vida material pela porta escusa do rompimento voluntário dos liames que uniam o meu espírito, enfraquecido pela falta de oração, a um corpo esgotado pelo nervosismo doentio, causado pelo apego aos bens da Terra.
Justamente por isso, em vão esgotava-me por conseguir tranqüilidade material. Minhas lembranças pretéritas eram reavivadas, maldosamente, pelos que me sabiam inseguro de mim mesmo e, sempre que ocasiões oportunas vislumbravam reacendiam em mim a chama do amor ao fausto, à intemperança, à vida regalada dos antigos senhores feudais ...
Conferindo-me direitos que eu próprio não tinha, gostava de censurar o meu próximo - encontrar o argueiro do olho de meu vizinho, esquecido da trave que permanecia no meu próprio. Por isto, por falta ao cumprimento conceito do Cristo "não julgueis para não serdes julgados", da mesma forma era eu também, submetido às severas críticas de entidades espirituais que, também como eu, sabiam descobrir faltas alheias, mas eles próprios andavam braços dados ao erro.
Deveria eu estar atento, sim, muito atento à minha reforma espiritual; deveria eu vigiar e sondar o meu coração. Por estas razões, pela falta de caridade cristã, irmã da fé e filha do amor, deixava-me levar pelas induções dos que permanecem nas trevas.
Concluireis: "Foste, então, um médium, que andou à falcatrua. Sofreste perseguições, tais, que nos causam receio até em supormos situações semelhantes aplicadas a qualquer um de nós, porquanto temos, também, as nossas faltas!"
Realmente; em geral, os médiuns ferem os pés nos espinhos das urzes do caminho que os leva à mediunidade. Entretanto, iluminados pelo exemplo grandioso do Cristo, compreendemos que cada um de nós deve tomar de sua cruz e segui-lo. Jesus exemplificou-nos pelo Calvário a verdade de que o merecimento do bom filho é cumprir a vontade do Pai. E não foi o nosso Pai quem nos conferiu a mediunidade? Nós a recebemos como graça, para a depuração, para a elevação de nosso espírito e para o cumprimento da lei do amor a Deus e ao próximo?
Em torno de um médium, há condensações de fluidos que constituem sua aura de atração poderosa sobre os que, libertos do corpo, possuem vibrações afins. Assim, não perseverando no bem, não desejando tornar-se fiel intermediário dos mensageiros da Boa Nova, torna-se o médium um poderoso ímã às vibrações dos que são contrários à difusão da luz eterna.
Portanto, estava em meu livre-arbítrio evitar os tormentos, aos quais, em geral, me submetia pela minha servidão à negligência espiritual.
Sofria e fazia que sofressem comigo. Exasperava-me; era descuidoso no trato com os que me criaram no coração profundas raizes do afeto. Depois, com dificuldade, era que condenava os fatos ocorridos. Dificilmente compreendia como chegara a exteriorizar sentimentos que, positivamente, não eram meus.
Tinha verdadeira repulsa pelos que menosprezavam os humildes, pelos que se ufanavam de suas posses materiais. No entanto, por vezes, sentia-me orgulhoso, descaridoso para com os menos favorecidos materialmente, mal grado meu. Reconditamente, tramava grandes embates de sentimentos e, por vezes, chegando à vitória sobre o mal, orava sentidamente à Maria de Nazaré. Ah! irmãos, grande consolo encontrei sempre, como encontro hoje, no amor puríssimo de Maria! As penas que me afligiam encontravam termo, e grande paz inundava meu ser. Sentia-me feliz, satisfeito por haver encontrado tranqüilidade de espírito.
Quando estas situações aflitivas me dominavam, embalde procurava concentrar o pensamento em estudos, em uma atividade qualquer. Tomado de angustiosa agitação, necessidade havia de buscar, cheio de ansiedade, auxílio na proteção do Alto. Graças ao Senhor, minhas súplicas jamais foram desatendidas! Miserável, nada merecendo de meus guias tutelares, entretanto, era sempre solicitamente amparado, tão logo orasse, tomado de fervoroso sentimento de perdão. Quantas e quantas vezes roguei perdão, por ter ouvidos de ouvir e fazer-me de surdo. Porém, ai de mim, o coração, enfraquecido pela invigilância, não perseverava no bom caminho. Perseverar no bem é chave miraculosa que nos abre, de par em par, a porta da mansão da paz e da bem-aventurança.
Sempre que tiverdes que trabalhar, médiuns, obreiros da seara de Jesus, não vos descureis de, como preparação indispensável, sine qua non, robustecer-vos pela prece vibrante, sincera, prece esta que vos colocará sob proteção de vossos guias, de entidades amoráveis, de espíritos benfeitores.
Quão difícil é o vosso encargo, qual seja, o de comungardes, pelos eflúvios de vossos corações, com os eflúvios emanados das entidades superiores, se para tal não vos orientais pelos conceitos do Cristo! E quão responsável é o médium que se apresta ao labor santificante, o de vos reunirdes, em nome de Jesus, para o trabalho espiritual, sem um acurado exame introspectivo, a fim de agir segundo o Evangelho citado por Mateus, cap.V: 23 e 24, que recomenda não nos dirijamos ao Senhor sem que antes nos tenhamos reconciliado com os nossos inimigos.
Se agasalhais o espinho ferino da inimizade e perdoais o vosso irmão, sois bom espírita. Se vos entregais, por comprazimento, a inveja, à calúnia, não sois dignos de servirdes ao Cristo. Lavai-vos, purificai-vos, primeiramente, pela oração sincera, pela extirpação de vossos defeitos, que são percalços na tarefa a que vos dedicais. Quantos erros cometem os homens por serem perseverantes no mal?!
Não é do meu intuito apresentar-me com a autoridade de pregador, ou de orientador que para tanto não possuo virtudes nem cabedal. Falo-vos, tão-somente, como um amigo irmão. Qual irmão que, tendo passado da vida material para a espiritual, transposto o Rubicão segundo os que encaram a morte sob um prisma sombrio, sente atração poderosa por concitar seus demais irmãos ao bem, tendo ele próprio experiências mais amplas, colhidas no além-túmulo. Seriam estas experiências utilizadas com proveito pelos que ficaram no jugo da carne? Um só pensamento impele-me a traduzir-vos o que me vai n'alma - o da prática do bem. Desejo-vos o bem futuro, médiuns. Desejo possais colher aqui flores e mais flores que vos transportem de júbilo.
Penosamente arrastava-me, assim posso exprimir-me, todas as vezes que caminhava rumo ao centro espírita, ao núcleo de nossas reuniões espirituais. Sentia-me, a contragosto, e crivado de defeitos, visivelmente contrariado comigo mesmo em não estar de conformidade com o preparo espiritual que deveria ter. Sentia-me inclinado a retroceder em meus passos, já que tão merecedor de censuras de meus guias espirituais eu me achava.
Qual um mau aluno, ante um mestre enérgico e consciencioso, eu queria sempre evitar uma aproximação maior com os esclarecidos espíritos, dos quais recebia orientações sábias, todas as vezes em que chegava ao grupo espírita a que pertencia, apresentando-me densamennte carregado de fluidos pesados. Meus confrades lembram-se, quem sabe, com piedade, da pessoa daquele médium retardatário ou, quando não, faltoso! É que não vigiava com o espírito alerta pelas diretrizes bem definidas na moral dos Evangelhos de Jesus, como o médium deve desempenhar-se de suas tarefas, sob as bênçãos do Altíssimo.
Não foi sem dificuldades que me aprestei ao labor. Havia já colhido experiência amargas da vida. Com o coração mais espiritualizado pela dor, pelo sofrimento, fui compreendendo, sentindo, quão bela é a Doutrina de Jesus e quão preciosa é a luz que nos vem da Terceira Revelação. Instado por terceiros, levado pelo desejo de fazer alguma coisa em benefício de meu próximo, interessei-me em trabalhar como médium, principalmente, para esclarecer os espíritos das trevas e perdoar meus inimigos. Entretanto, se bem decidi, bem não soube firmar a minha decisão no serviço da caridade. Freqüentemente, deixava-me em empolgar pelo desânimo; dava ouvido as más sugestões; subestimava o valor do meu concurso na tarefa, tanto assim que dizia a meus confrades: Talvez seja melhor que vocês arranjem outro médium. Eu não dou boa conta! ... "
Meus companheiros, bondosamente, sorriam, pilheriavam e, com pulso firme, não permitiam que eu me furtasse ao cumprimento do sagrado dever. Nem sempre há oportunidades favoráveis ao desenvolvimento da mediunidade, mormente quando o médium, desconhecendo os princípios básicos da moral cristã, não pauta sua conduta dentro de um padrão elevado. Quanto mais ignorante das palavras do Cristo, mais difícil se torna o desenvolvimento da mediunidade a serviço fraterno entre os espíritos. A base em que se deve assentar a mediunidade, quando o indivíduo deseja fazer despertar em si os dons magnéticos em prol da causa espírita cristã, deve ser o Evangelho do Cristo. Primeiramente, guardar em seu coração os ensinos de nosso Mestre, procurando banhar-se nas águas límpidas das verdades divinas, purificar-se por uma diretriz cristã e pura. Só depois, então, poderá dispor-se à tarefa. Assim deveria ser, porquanto antes de nos sentarmos à mesa do banquete, é necessário tenhamos as mãos lavadas.
Jesus nos falou, assim, diversas vezes, por parábolas. Ele foi e é contra as práticas exteriores. Estejamos certos de que o bom cristão não imita os fariseus, purificando-se apenas exteriormente. Jesus advertiu-nos da necessidade de termos lavadas as mãos antes do banquete - banquete da vida eterna - simbolizando que devemos ter o espírito elevado pela oração ao Pai, lavada a nossa alma pelo desejo de regeneração própria, a fim de partilharmos deste banquete -- espiritual. O médium mal preparado ficará sujeito as tentações, das quais não saberá fugir, as sugestões malsãs e, até mesmo, sujeito a ser veiculo de falsos profetas.
Não será falta de médiuns que dificultará a divulgação da Boa Nova. Pelo contrário, médiuns pouco avisados, mal iniciados, servirão de pedras de escândalo, causarão danos a si próprios e à propagação da Doutrina. É muito grave o passo dado por aquele que, admirando o esplendor da luz, se esquece de conservar em si mesmo o brilho de uma luz interior, que se chama "cumprimento do dever perante Jesus' É muito grave dizer: "Sou médium", "Sou espírita", e servir de ponto de discórdia, veículo de simulacros, repasto as observações malsãs. Nos evangelhos existem ensinos vários a vos alertar contra o mau servo. Sejamos dos que, tendo recebido um denário, fizeram jus ao quinhão recebido do Senhor.
Estas advertências, já vos disse e torno a frisar, partem de um coração que, se vive, é por uma única razão, pela bondade infinita de Deus.
E, em louvor, em gratidão às bênçãos recebidas, desejo repartir convosco o pão que ora recebo - verdades que, as conhecendo, releguei ao descaso pela minha invigilância, verdades sem as quais não podereis caminhar, médiuns, triunfalmente para a vitória. Qual é esta vitória? A de vencerdes o mal, pelo bem; a de perdoardes, sendo espezinhados; a de sorrirdes felizes, sendo perseguidos; a de vibrardes bem alto a corda sensível do vosso coração, em amor a Deus, que vos da a graça da vida terrena como resgate de vossas dívidas.
Ah! Quantas recordações penosas me dilaceram a alma, que em queixumes lamenta: "-Jesus, perdão, por não haver compreendido, o sentido e exemplificado a tua grandiosa Doutrina! Tu que já me perdoaste setenta vezes sete, perdoa-me, Jesus, ainda mais uma vez!
E célere, rápido como um pensamento de amor, penso em vós, irmãos em Cristo, nos percalços que vos cercam, nas urzes que se antepõem à vossa jornada e, tomado de fraternal carinho, elevo o meu pensamento em prece, rogando ao divino pastor o seu amparo para todos vós. Irmãos, divisai sempre a luz brilhante da verdade! Não vos percais por ínvios caminhos.
Pedro Richard Filho
Justamente por isso, em vão esgotava-me por conseguir tranqüilidade material. Minhas lembranças pretéritas eram reavivadas, maldosamente, pelos que me sabiam inseguro de mim mesmo e, sempre que ocasiões oportunas vislumbravam reacendiam em mim a chama do amor ao fausto, à intemperança, à vida regalada dos antigos senhores feudais ...
Conferindo-me direitos que eu próprio não tinha, gostava de censurar o meu próximo - encontrar o argueiro do olho de meu vizinho, esquecido da trave que permanecia no meu próprio. Por isto, por falta ao cumprimento conceito do Cristo "não julgueis para não serdes julgados", da mesma forma era eu também, submetido às severas críticas de entidades espirituais que, também como eu, sabiam descobrir faltas alheias, mas eles próprios andavam braços dados ao erro.
Deveria eu estar atento, sim, muito atento à minha reforma espiritual; deveria eu vigiar e sondar o meu coração. Por estas razões, pela falta de caridade cristã, irmã da fé e filha do amor, deixava-me levar pelas induções dos que permanecem nas trevas.
Concluireis: "Foste, então, um médium, que andou à falcatrua. Sofreste perseguições, tais, que nos causam receio até em supormos situações semelhantes aplicadas a qualquer um de nós, porquanto temos, também, as nossas faltas!"
Realmente; em geral, os médiuns ferem os pés nos espinhos das urzes do caminho que os leva à mediunidade. Entretanto, iluminados pelo exemplo grandioso do Cristo, compreendemos que cada um de nós deve tomar de sua cruz e segui-lo. Jesus exemplificou-nos pelo Calvário a verdade de que o merecimento do bom filho é cumprir a vontade do Pai. E não foi o nosso Pai quem nos conferiu a mediunidade? Nós a recebemos como graça, para a depuração, para a elevação de nosso espírito e para o cumprimento da lei do amor a Deus e ao próximo?
Em torno de um médium, há condensações de fluidos que constituem sua aura de atração poderosa sobre os que, libertos do corpo, possuem vibrações afins. Assim, não perseverando no bem, não desejando tornar-se fiel intermediário dos mensageiros da Boa Nova, torna-se o médium um poderoso ímã às vibrações dos que são contrários à difusão da luz eterna.
Portanto, estava em meu livre-arbítrio evitar os tormentos, aos quais, em geral, me submetia pela minha servidão à negligência espiritual.
Sofria e fazia que sofressem comigo. Exasperava-me; era descuidoso no trato com os que me criaram no coração profundas raizes do afeto. Depois, com dificuldade, era que condenava os fatos ocorridos. Dificilmente compreendia como chegara a exteriorizar sentimentos que, positivamente, não eram meus.
Tinha verdadeira repulsa pelos que menosprezavam os humildes, pelos que se ufanavam de suas posses materiais. No entanto, por vezes, sentia-me orgulhoso, descaridoso para com os menos favorecidos materialmente, mal grado meu. Reconditamente, tramava grandes embates de sentimentos e, por vezes, chegando à vitória sobre o mal, orava sentidamente à Maria de Nazaré. Ah! irmãos, grande consolo encontrei sempre, como encontro hoje, no amor puríssimo de Maria! As penas que me afligiam encontravam termo, e grande paz inundava meu ser. Sentia-me feliz, satisfeito por haver encontrado tranqüilidade de espírito.
Quando estas situações aflitivas me dominavam, embalde procurava concentrar o pensamento em estudos, em uma atividade qualquer. Tomado de angustiosa agitação, necessidade havia de buscar, cheio de ansiedade, auxílio na proteção do Alto. Graças ao Senhor, minhas súplicas jamais foram desatendidas! Miserável, nada merecendo de meus guias tutelares, entretanto, era sempre solicitamente amparado, tão logo orasse, tomado de fervoroso sentimento de perdão. Quantas e quantas vezes roguei perdão, por ter ouvidos de ouvir e fazer-me de surdo. Porém, ai de mim, o coração, enfraquecido pela invigilância, não perseverava no bom caminho. Perseverar no bem é chave miraculosa que nos abre, de par em par, a porta da mansão da paz e da bem-aventurança.
Sempre que tiverdes que trabalhar, médiuns, obreiros da seara de Jesus, não vos descureis de, como preparação indispensável, sine qua non, robustecer-vos pela prece vibrante, sincera, prece esta que vos colocará sob proteção de vossos guias, de entidades amoráveis, de espíritos benfeitores.
Quão difícil é o vosso encargo, qual seja, o de comungardes, pelos eflúvios de vossos corações, com os eflúvios emanados das entidades superiores, se para tal não vos orientais pelos conceitos do Cristo! E quão responsável é o médium que se apresta ao labor santificante, o de vos reunirdes, em nome de Jesus, para o trabalho espiritual, sem um acurado exame introspectivo, a fim de agir segundo o Evangelho citado por Mateus, cap.V: 23 e 24, que recomenda não nos dirijamos ao Senhor sem que antes nos tenhamos reconciliado com os nossos inimigos.
Se agasalhais o espinho ferino da inimizade e perdoais o vosso irmão, sois bom espírita. Se vos entregais, por comprazimento, a inveja, à calúnia, não sois dignos de servirdes ao Cristo. Lavai-vos, purificai-vos, primeiramente, pela oração sincera, pela extirpação de vossos defeitos, que são percalços na tarefa a que vos dedicais. Quantos erros cometem os homens por serem perseverantes no mal?!
Não é do meu intuito apresentar-me com a autoridade de pregador, ou de orientador que para tanto não possuo virtudes nem cabedal. Falo-vos, tão-somente, como um amigo irmão. Qual irmão que, tendo passado da vida material para a espiritual, transposto o Rubicão segundo os que encaram a morte sob um prisma sombrio, sente atração poderosa por concitar seus demais irmãos ao bem, tendo ele próprio experiências mais amplas, colhidas no além-túmulo. Seriam estas experiências utilizadas com proveito pelos que ficaram no jugo da carne? Um só pensamento impele-me a traduzir-vos o que me vai n'alma - o da prática do bem. Desejo-vos o bem futuro, médiuns. Desejo possais colher aqui flores e mais flores que vos transportem de júbilo.
Penosamente arrastava-me, assim posso exprimir-me, todas as vezes que caminhava rumo ao centro espírita, ao núcleo de nossas reuniões espirituais. Sentia-me, a contragosto, e crivado de defeitos, visivelmente contrariado comigo mesmo em não estar de conformidade com o preparo espiritual que deveria ter. Sentia-me inclinado a retroceder em meus passos, já que tão merecedor de censuras de meus guias espirituais eu me achava.
Qual um mau aluno, ante um mestre enérgico e consciencioso, eu queria sempre evitar uma aproximação maior com os esclarecidos espíritos, dos quais recebia orientações sábias, todas as vezes em que chegava ao grupo espírita a que pertencia, apresentando-me densamennte carregado de fluidos pesados. Meus confrades lembram-se, quem sabe, com piedade, da pessoa daquele médium retardatário ou, quando não, faltoso! É que não vigiava com o espírito alerta pelas diretrizes bem definidas na moral dos Evangelhos de Jesus, como o médium deve desempenhar-se de suas tarefas, sob as bênçãos do Altíssimo.
Não foi sem dificuldades que me aprestei ao labor. Havia já colhido experiência amargas da vida. Com o coração mais espiritualizado pela dor, pelo sofrimento, fui compreendendo, sentindo, quão bela é a Doutrina de Jesus e quão preciosa é a luz que nos vem da Terceira Revelação. Instado por terceiros, levado pelo desejo de fazer alguma coisa em benefício de meu próximo, interessei-me em trabalhar como médium, principalmente, para esclarecer os espíritos das trevas e perdoar meus inimigos. Entretanto, se bem decidi, bem não soube firmar a minha decisão no serviço da caridade. Freqüentemente, deixava-me em empolgar pelo desânimo; dava ouvido as más sugestões; subestimava o valor do meu concurso na tarefa, tanto assim que dizia a meus confrades: Talvez seja melhor que vocês arranjem outro médium. Eu não dou boa conta! ... "
Meus companheiros, bondosamente, sorriam, pilheriavam e, com pulso firme, não permitiam que eu me furtasse ao cumprimento do sagrado dever. Nem sempre há oportunidades favoráveis ao desenvolvimento da mediunidade, mormente quando o médium, desconhecendo os princípios básicos da moral cristã, não pauta sua conduta dentro de um padrão elevado. Quanto mais ignorante das palavras do Cristo, mais difícil se torna o desenvolvimento da mediunidade a serviço fraterno entre os espíritos. A base em que se deve assentar a mediunidade, quando o indivíduo deseja fazer despertar em si os dons magnéticos em prol da causa espírita cristã, deve ser o Evangelho do Cristo. Primeiramente, guardar em seu coração os ensinos de nosso Mestre, procurando banhar-se nas águas límpidas das verdades divinas, purificar-se por uma diretriz cristã e pura. Só depois, então, poderá dispor-se à tarefa. Assim deveria ser, porquanto antes de nos sentarmos à mesa do banquete, é necessário tenhamos as mãos lavadas.
Jesus nos falou, assim, diversas vezes, por parábolas. Ele foi e é contra as práticas exteriores. Estejamos certos de que o bom cristão não imita os fariseus, purificando-se apenas exteriormente. Jesus advertiu-nos da necessidade de termos lavadas as mãos antes do banquete - banquete da vida eterna - simbolizando que devemos ter o espírito elevado pela oração ao Pai, lavada a nossa alma pelo desejo de regeneração própria, a fim de partilharmos deste banquete -- espiritual. O médium mal preparado ficará sujeito as tentações, das quais não saberá fugir, as sugestões malsãs e, até mesmo, sujeito a ser veiculo de falsos profetas.
Não será falta de médiuns que dificultará a divulgação da Boa Nova. Pelo contrário, médiuns pouco avisados, mal iniciados, servirão de pedras de escândalo, causarão danos a si próprios e à propagação da Doutrina. É muito grave o passo dado por aquele que, admirando o esplendor da luz, se esquece de conservar em si mesmo o brilho de uma luz interior, que se chama "cumprimento do dever perante Jesus' É muito grave dizer: "Sou médium", "Sou espírita", e servir de ponto de discórdia, veículo de simulacros, repasto as observações malsãs. Nos evangelhos existem ensinos vários a vos alertar contra o mau servo. Sejamos dos que, tendo recebido um denário, fizeram jus ao quinhão recebido do Senhor.
Estas advertências, já vos disse e torno a frisar, partem de um coração que, se vive, é por uma única razão, pela bondade infinita de Deus.
E, em louvor, em gratidão às bênçãos recebidas, desejo repartir convosco o pão que ora recebo - verdades que, as conhecendo, releguei ao descaso pela minha invigilância, verdades sem as quais não podereis caminhar, médiuns, triunfalmente para a vitória. Qual é esta vitória? A de vencerdes o mal, pelo bem; a de perdoardes, sendo espezinhados; a de sorrirdes felizes, sendo perseguidos; a de vibrardes bem alto a corda sensível do vosso coração, em amor a Deus, que vos da a graça da vida terrena como resgate de vossas dívidas.
Ah! Quantas recordações penosas me dilaceram a alma, que em queixumes lamenta: "-Jesus, perdão, por não haver compreendido, o sentido e exemplificado a tua grandiosa Doutrina! Tu que já me perdoaste setenta vezes sete, perdoa-me, Jesus, ainda mais uma vez!
E célere, rápido como um pensamento de amor, penso em vós, irmãos em Cristo, nos percalços que vos cercam, nas urzes que se antepõem à vossa jornada e, tomado de fraternal carinho, elevo o meu pensamento em prece, rogando ao divino pastor o seu amparo para todos vós. Irmãos, divisai sempre a luz brilhante da verdade! Não vos percais por ínvios caminhos.
Pedro Richard Filho
sábado, 1 de janeiro de 2011
Não é o Ano Novo e Sim o Homem Novo
Prezados Irmãos!
Que a doce Paz de jesus esteja hoje e sempre nos nossos corações!
Falamos muito em um ano novo com novas realizações e conquistas e pedimos assim aleatoriamente, sem tentar fazer uma reflexão do que temos passado.
É preciso não um ano novo e Sim um homem novo, onde sua condição ético-moral seja de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, para que possamos transformar nossas vidas em albergue de alegrias.
De que nos adianta pedir , se não nos esforçarmos em nos torná-mos melhores para nossos semelhantes e para com a própria natureza, procurando conservá-la para que no período de regeneração as gerações não venham a sofrer com nossos desmandos.
Encontro muitas pessoas em desespero, dizendo que Deus as abandonou. Fiquem cientes que isto nunca acontecerá, pois Ele sempre estará junto a Ti com a espiritualidade a seu comando, interessada em seu progresso espiritual.
Acontece, que nas atribulações da vida, esquecemos de sintonizar com o plano superior e essa sintonização depende muito de nós querermos, pois tem tantos espíritos amigos pedindo que vc abra o campo vibracional para que Eles possam ajudá-lo. Temos que fazer nossa parte que é mínima, com pensamentos elevados, procurando praticar a caridade(existe diversas formas de praticar) e obdecer: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!
Pensamentos de vingança, ódio, inveja e tantas coisas maléficas, como pode um espírito que te quer ajudar entrar em frequência contigo diante desses pensamentos?
É preciso o equilíbrio emocional em todas as situações, pois a prece de coração nunca deixará de ter a resposta. Não adinta ladainhas e sim palavras que venham realmente do coração, para que o Pai misericordioso que tudo vê possa ajudá-lo.
Coragem meus irmãos a hora é chegada, não espere por ano novo, e sim por uma transformação interna, quer te faça caminhar em busca da casa dos bem aventurados.
Ave Jesus!
Antonio Carlos Laranjeira Miranda
Que a doce Paz de jesus esteja hoje e sempre nos nossos corações!
Falamos muito em um ano novo com novas realizações e conquistas e pedimos assim aleatoriamente, sem tentar fazer uma reflexão do que temos passado.
É preciso não um ano novo e Sim um homem novo, onde sua condição ético-moral seja de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, para que possamos transformar nossas vidas em albergue de alegrias.
De que nos adianta pedir , se não nos esforçarmos em nos torná-mos melhores para nossos semelhantes e para com a própria natureza, procurando conservá-la para que no período de regeneração as gerações não venham a sofrer com nossos desmandos.
Encontro muitas pessoas em desespero, dizendo que Deus as abandonou. Fiquem cientes que isto nunca acontecerá, pois Ele sempre estará junto a Ti com a espiritualidade a seu comando, interessada em seu progresso espiritual.
Acontece, que nas atribulações da vida, esquecemos de sintonizar com o plano superior e essa sintonização depende muito de nós querermos, pois tem tantos espíritos amigos pedindo que vc abra o campo vibracional para que Eles possam ajudá-lo. Temos que fazer nossa parte que é mínima, com pensamentos elevados, procurando praticar a caridade(existe diversas formas de praticar) e obdecer: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!
Pensamentos de vingança, ódio, inveja e tantas coisas maléficas, como pode um espírito que te quer ajudar entrar em frequência contigo diante desses pensamentos?
É preciso o equilíbrio emocional em todas as situações, pois a prece de coração nunca deixará de ter a resposta. Não adinta ladainhas e sim palavras que venham realmente do coração, para que o Pai misericordioso que tudo vê possa ajudá-lo.
Coragem meus irmãos a hora é chegada, não espere por ano novo, e sim por uma transformação interna, quer te faça caminhar em busca da casa dos bem aventurados.
Ave Jesus!
Antonio Carlos Laranjeira Miranda
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