sábado, 7 de novembro de 2009

A Ciência Na Trilha da Quintessência

O Espiritismo sempre foi claro ao atribuir ao Universo, a onipresença de uma energia primordial, da qual se origina toda a matéria ordinária que conhecemos, dando forma às galáxias, aos mundos, aos corpos orgânicos e inorgânicos. Agora, a ciência humana baseada em cálculos matemáticos e físicos, experimentações e na mais alta exigência na investigação de fenômenos, se depara com novas descobertas.

Físicos e cosmologistas afirmam, através de complicadas equações, que o que vemos é apenas uma amostra do Cosmo, cerca de 5% de sua massa. Isto está em linha com o que os Espíritos nos ensinam referente a nossa limitada visão do Cosmo e provavelmente esta porcentagem é ainda menor. Eles também já se deram conta de que a vastidão dos céus está preenchida fundamentalmente pela chamada matéria escura, espécie de fluído invisível que se esparrama pelo espaço e que leva esse nome porque não interage com a luz; e pela energia escura, que por enquanto só encontra sua maior confirmação através de cálculos matemáticos junto à observação de certos fenômenos no espaço intergaláctico.

Mesmo se um volume de espaço fosse literalmente vazio, sem nada de matéria ou radiação, ele ainda conteria essa energia, o que dá sustentação à resposta dada a Kardec na pergunta 36 de "O Livro dos Espíritos" em que se afirma "...nada é vazio; o que te parece vazio está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e instrumentos."

Muitos cosmologistas estão lidando agora com essa nova idéia e curiosamente a batizaram de Quintessência, que significa "quinto elemento", uma alusão à filosofia da Grécia antiga, que sugeria que o Universo é composto de terra, ar, fogo, água e mais uma substância efêmera que evitaria que a lua e os planetas caíssem para o centro da esfera celeste. Esse nome seria uma espécie de codinome para a energia escura.A quintessência interage com a matéria e evolui de tal forma que se ajusta perfeitamente ao estado atual do universo, o que daria ensejo a várias explicações sobre o passado, o presente e o futuro do universo que buscamos compreender hoje.

Ela ainda apresenta uma característica muito interessante: por ser repulsiva continuaria a crescer sem limites e sem fim, produzindo mais matéria infinitamente e fazendo com que o Universo permaneça em constante expansão, o que também encontra afirmação positiva na doutrina espírita quando diz que a Criação nunca cessou e de que a evolução é uma Lei Universal.

Baseados nesses pontos, logo vemos a semelhança de tais afirmações em relação às explicações dadas à Kardec a cerca da constituição do Universo e as noções de Fluído Cósmico ou Hausto Divino, segundo André Luis em seu livro "Evolução em dois mundos". Até hoje o carro-chefe da ciência para negar a presença de um mundo espiritual, se baseava na afirmativa de não ser possível verificar até então qualquer manifestação através de instrumentos de análise ou observação conhecidos pelo homem. Já que a energia escura ou quintessência não interage com a luz e nem é detectável por nenhum aparelhamento humano, mas ainda assim interage com a matéria, pode-se traçar um paralelo provável com o mundo espiritual.

No capítulo XIV de "A Gênese", no item 7, é dito que o perispírito é formado pela condensação do Fluído Cósmico mas que diferente da matéria comum, conserva sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas; daí o fato de não ser possível perceber-se Espíritos pelos olhos humanos, mas sendo perfeitamente plausível a interação deles com a matéria através de recursos ainda incompreensíveis para nós. Há ainda uma teoria chamada Teoria M (de matriz) que sustenta a possibilidade de dimensões extras, com base nas diferentes condensações dessa quintessência e que encontra semelhança com o mundo espiritual. Provavelmente quando a ciência puder observar a quintessência através de equipamentos, talvez se depare com a presença desses nossos irmãos desenfaixados do corpo carnal, como aconteceu com o Descobridor do Raio-X ao controlar a luz em determinada freqüência e ver que era possível observar ossos que estavam sob a pele. Mas sobretudo, será porquê já teremos alcançado suficiente maturidade espiritual para recebê-los com mais respeito e amor em nossos braços por todo o globo!

Essas são observações ainda acanhadas e um tanto prematuras acerca desse maravilhoso Princípio criado por Deus, já que muito ainda nos falta para compreender a sua totalidade; mas já merecem nossa atenção e satisfação em poder aceitar através da fé e do estudo da doutrina de Jesus, o que os homens ainda terão que trilhar pelos escaninhos da ciência. Felizmente alguns irmãos nossos, empregados temporariamente nos laboratórios para esta respeitosa tarefa, já consideram que uma Teoria de Tudo jamais será estabelecida sem levar em conta uma Consciência como fator de construção do Universo.

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