sábado, 18 de julho de 2009

Incredulidade

Muitos se aproximam do Espiritismo, pedindo provas.
Querem tocar a realidade, como Tomé pediu para tocar as chagas do Cristo.
Esquecem-se, no entanto, de que a convicção também é uma conquista.
Os próprios médiuns, às vezes, oscilam entre a crença e a descrença.
Atribuem o que produzem mediunicamente a si mesmos.
Isso acontece quando o medianeiro é pouco dado a reflexão e ao estudo.
Se todo Médiun estudasse um pouco mais e refletisse sobre a vida, procurando orar para fugir à influência perniciosa daqueles Espíritos que desejam vê-lo estacionar, não se transformaria ele mesmo num obstáculo para os Espíritos que estimariam vê-lo progredir.
O evangelho nos conta o caso do pai de um menino lunático a quem implacável obsessor perseguia. Nem os apóstolos puderam curá-lo. O pai aflito, suplicava: Senhor, eu creio; ajuda a minha incredulidade...
Dizem os evangelistas que, indo a Nazaré, cidade onde fora criado, Jesus " não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Não encontramos uma só passagem em todo o novo Testamento, onde o Mestre se tenha preocupado em convencer alguém pelo fenômeno, e oos fariseus viviam pedindo-lhe "um sinal do Céu"...
Já em Cafarnaum, vemos o Senhor exaltando a fá do centurião que lhe rogava a cura do seu servo, dizendo pela boca dos amigos que ele enviara à divina presença: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa.
" Por isso eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.
" Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro : Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz...
A incredulidade é uma prova que cada um deve superar sozinho.
O Espiritismo não se dirige aos olhos do corpo, mas aos da alma.
O Espírita verdadeiro não apenas crê: sabe; não apenas acredita: tem certeza.

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