Carlos de Brito Imbassahy
Foi nos idos anos de 44/45, meses antes de terminar a II Grande Guerra que se teve notícia de que cientistas italianos, financiados pelos nazistas, estavam fazendo um estudo, à época, conhecido como bebê de proveta.
Do estrondoso noticiário veiculado naquela ocasião, o que se pôde deduzir é que eles haviam chegado à conclusão de que, referindo-se a mulheres sadias, essas só se apresentavam férteis se estivessem dotadas de um campo de energia atuante em seu ventre. Campo esse que acompanhava o feto ao nascer.
Isso justificava o motivo pelo qual algumas senhoras tivessem apenas um ou dois filhos e não mais engravidassem, embora acompanhados do mesmo parceiro, sem resguardos nem preocupações específicas para evitar a gravidez.
Na época, a Física dava início a um profundo estudo sobre campos de energia e estava em voga suas pesquisa, por interesses bélicos, até.
Desenvolvendo suas pesquisas, os italianos conseguiram descobrir que, se mudassem a freqüência do campo térmico, conseguiriam chocar ovos de galinhas recém-postos em pouco mais de 48 horas, sem necessidade dos 21 dias tradicionais.
Assim, tudo indica que eles idealizaram a possibilidade de criar, em torno de uma proveta, um campo semelhante ao detectado no ventre materno e, desse modo, inserindo um óvulo e os genes masculinos, obteriam um bebê fabricado na proveta, como se aquele campo artificial pudesse dispor das condições de vida espiritual para animar um ser humano.
É claro que, sendo eles materialistas, achavam que qualquer campo artificial, igual ao que a futura mãe possuía, fosse capaz de gerar o feto.
Logo em seguida, a guerra terminou. Livre do jugo nazista e independente dele, a Itália voltou a ser um país como dantes. Aproveitou-se disso o Papa Eugênio Pacelli (Pio XII) para proibir tais pesquisas, sob a premissa de que feriam as leis da Criação, ou coisa que o valha.
E ninguém mais soube a que conclusões chegaram os experimentadores.
Passam-se os tempos. Trinta anos após, os suecos conseguem armar um espectrógrafo, aparelho comum em nossas CTI e UTI, capaz de detectar a presença de um campo energético no paciente moribundo, campo esse que abandonava o corpo do mesmo no ato do trespasse. Deram-lhe o nome de alma. Ou melhor, atribuíram ao referido campo a concepção que se tinha de alma.
Acoplaram um dinamômetro à aparelhagem e conseguiram medir, por diferença de peso, que a pessoa viva, no ato da morte, ao perder esse campo, também perdia o equivalente a 22g de ação de energia. Esta experiência é conhecida como a pesagem da alma.
Concluíram, assim, que a dita alma é que dava condição de vida ao organismo, dotando seu corpo somático de personalidade e que, sem ela, tal corpo vira cadáver, apesar de suas células continuarem vivas. Logo, não seriam essas células orgânicas as responsáveis pelo princípio vital daquele organismo. Muito ao contrário, elas perdiam sua vitalidade, gradativamente, com o afastamento do aludido campo dito alma.
Dando prosseguimento aos estudos suecos, Harold Saxton Burr conseguiu aperfeiçoar o espectrógrafo de suas pesquisas a ponto de obter resultados específicos a esse campo, dito alma, e que ele intitulou de life's field (campo de vida). Aliás, nome este dado ao seu livro sobre o tema.
O que poderíamos nós deduzir disso tudo?
Primeiramente, à luz dos estudos de Kardec, concluiríamos que o campo detectado pelos italianos, atuando no ventre materno, provavelmente correspondesse ao perispírito do ser encarnante ou esperando oportunidade para se encarnar.
Justifica-se tal hipótese porque ele acompanha o feto e não mais continua ativo no ventre materno.
Posteriormente, os suecos detectam esse campo, provavelmente o mesmo, já que da pesquisa italiana nada restou. Ele dota o organismo humano de vida e de personalidade, portanto, representa, sem dúvida, a alma ou parte do espírito encarnado do indivíduo, pois, ao se afastar do corpo, abandonando-o, dita-lhe a morte (ou desencarnação).
As mesmas células orgânicas de que dispunha o organismo humano continuam vivas, porém, perdem sua principal característica, definhando e transformando o corpo em cadáver, esvaindo-se assim, o princípio vital.
Pode-se, portanto, concluir que o primeiro passo científico para a comprovação da existência da alma foi dado e que nada, até então, contraria a tese espírita reencarnatória.
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