sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AMARGA CONFISSÃO - ANÔNIMO

Sou mulher como você o é e o desconhecimento das leis da vida, me levou a cometer um dos erros mais desgraçados que uma mulher pode cometer. Hoje assim o compreendo.
Quando os conhecimentos que a ciência proporciona vieram trazer a luz em minha vida, horrorizei-me comigo mesma; acabei de dar conta de que não me haviam informado com a verdade, quando me disseram que somente um conjunto de células seria extirpado, sem que tivesse nenhuma conseqüência, nem material nem psíquica, no curso da vida. Como diz bem o adágio popular! “Olhos que não vêem, coração que não sente”... Os olhos do meu entendimento não viam a vida que se agitava em meu ser e por isso a desprezei.
Hoje não posso deixar de pensar... Quando vejo uma criança pequena, o coração se me estremece ante tão nefasta recordação.
Por isto que lhe confesso e que tão caro é em minha vida, lhe digo: — Jamais se apresse a tomar uma decisão como a que eu tomei, porque não a esquecerá nunca, por muitos anos que lhe conceda a vida e quando chegue a ouvir o pranto e uma criança, este a sacudirá desde as entranhas até ao coração, como me acontece hoje.
Queira Deus que esta minha amarga experiência a contenha em uma situação semelhante; perdoe por não assinar meu nome..., não o poderia fazer.

(Do livrete “Deixem-me Viver”, Autores Diversos)

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